21/MAR/2020 - SÁBADO - JCF
A Lenda do Cálice Sagrado
Origem
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JCF
Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
1809
– O SANTO GRAAL
05MAR2020 – ESTA EDIÇÃO Nº
1809 TERÁ O REGISTRO DO SANTO GRAAL – É UMA EXPRESSÃO MEDIEVAL QUE DESIGNA NORMALMENTE O CÁLICE
SUPOSTAMENTE USADO POR JESUS CRISTO NA ÚLTIMA CEIA, E ONDE, NA LITERATURA, JOSÉ DE ARIMATEIA COLHEU O SANGUE DE
JESUS DURANTE A CRUCIFICAÇÃO...
Santo Graal é
uma expressão medieval que
designa normalmente o cálice supostamente usado por Jesus
Cristo na Última
Ceia, e onde, na literatura, José de Arimateia colheu o sangue de Jesus
durante a crucificação, entretanto
a origem do Santo Graal é muito anterior ao cristianismo, o Graal já existe
entre os Celtas . A primeira referência a ele aparece num poema onde conta
a busca do rei Arthur e seus cavaleiros por um recipiente mágico. Este
recipiente poderia dar novo sabor a alimentos, vida e vigor às pessoas. A
questão é que quando esta lenda aparece durante a Idade
Média, ela passa por um processo de cristianização. E neste contexto o recipiente
mágico, que traria novamente vida e prosperidade num período de miséria a Camelot, se
torna o Santo Graal.
Ele está presente nas Lendas
Arturianas, sendo o objetivo da busca dos Cavaleiros da Távola Redonda, único
objeto com capacidade para devolver a paz ao reino de Arthur. No entanto, outra
interpretação (embora sem nenhum fundamento histórico), diz que ele
designa a descendência de Jesus segundo
a lenda, ligada à Dinastia Merovíngia. Nesta
versão, o Santo Graal significaria Sangreal ou seja Sangue
Real. Finalmente, também há uma interpretação em que ele é a representação
do corpo de Maria Madalena, uma seguidora de Jesus.
Estes dois últimos pontos de vista se popularizaram com o romancista e escritor
de "O Código da Vinci" Dan
Brown.
A Lenda do Cálice Sagrado
Segundo a lenda, José de Arimateia teria recolhido no Cálice
usado na Última Ceia (o Cálice Sagrado), o sangue que jorrou de
Cristo quando ele recebeu o golpe de misericórdia, dado pelo soldado
romano Longinus, usando uma lança, depois da
crucificação.
Entretanto existem evidências
da existência do Santo Graal antes mesmo do cristianismo, e ainda afirma
que apesar das diferentes referências cristãs, a própria Igreja Católica nunca
levou a sério esta lenda. BEHREND (2007) apresenta a origem da lenda celta que
é de um século antes de Cristo. Os celtas eram guerreiros impiedosos, tanto as
mulheres como os homens e costumavam decapitar os mortos, pois assim
acreditavam que eles não poderiam ressuscitar. Este ato impiedoso se fundamenta
na lenda de um caldeirão mágico onde pessoas mergulhadas nele voltavam a vida.
Arqueólogos encontram um túmulo de um príncipe com um enorme caldeirão (grande
o suficiente para uma pessoa caber dentro), com figuras de homens que eram
mergulhados no caldeirão e voltavam a vida.
Em outra versão da lenda, teria
sido a própria Maria Madalena que teria ficado com a guarda do cálice e o teria
levado para a França, onde passou o resto de sua vida.
A lenda tornou-se popular
na Europa nos séculos
XII e XIII por
meio dos romances de Chrétien de Troyes, particularmente através do
livro "Le Conte du Graal" publicado por volta de 1190, e que
conta a busca de Perceval pelo cálice.
Mais tarde, o poeta francês Robert
de Boron publicou Roman de L'Histoire du Graal, escrito
entre 1200 e 1210, que
tornou-se a versão mais popular da história e já tem todos os elementos da
lenda como a conhecemos hoje.
Na literatura medieval, a
procura do Graal representava a tentativa por parte do cavaleiro de alcançar a
perfeição. Em torno dele criou-se um complexo conjunto de histórias
relacionadas com o reinado de Artur na Inglaterra, e da
busca que os Cavaleiros da Távola Redonda fizeram para obtê-lo e devolver a paz
ao reino. Nas histórias misturam-se elementos cristãos e pagãos relacionados
com a cultura celta.
A presença do Graal na Inglaterra é
justificada por ter sido José de Arimateia o fundador da Igreja
Inglesa, para onde foi ao sair da Palestina.
Segundo algumas histórias, o
Santo Graal teria ficado sob a tutela da Ordem
do Templo, também conhecida como Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do
Templo de Salomão ou Ordem dos Templários, instituição militar-religiosa
criada para defender as conquistas nas Cruzadas e
os peregrinos na Terra Santa. Alguns associam aos templários a
irmandade que Wolfram cita em "Parzifal".
Segundo uma das versões da
lenda, os Templários teriam levado o cálice para a aldeia
francesa de Rennes-Le-Château. Em outra versão, o cálice teria sido levado
de Constantinopla para Troyes, na França,
onde ele desapareceu durante a Revolução Francesa.
HISTORIADORES AFIRMAM TER ENCONTRADO O CÁLICE USADO POR JESUS NA ÚLTIMA CEIA - JCF
Em um país de maioria católica
como o Brasil, a
figura do Graal é tida, comumente, como a da taça que serviu Jesus durante
a Última Ceia e na qual José de Arimateia teria recolhido o sangue
de Jesus crucificado proveniente da ferida no
flanco provocada pela lança que, tradicionalmente, atribui-se ao centurião romano
Longino («Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as
pernas, mas um dos soldados perfurou-Lhe o lado com uma lança e logo saiu
sangue e água» (João 19:33-34)).
A Igreja Católica não dá ao cálice mais do
que um valor simbólico e acredita que o Graal não passa de literatura medieval,
apesar de reconhecer que alguns personagens possam realmente haver existido.
Nas representações de José de Arimateia em vitrais de igrejas, ele aparece
segurando não um cálice, mas dois frascos ou galheteiros".
Alguns tomam o cálice de ágata
que está na Catedral de Valência, na Espanha, como
aquele que teria servido Cristo na Última Ceia. É por isso um importante centro
de peregrinação.
Independentemente da veneração
popular, esta referência é fundamental para o entendimento do simbolismo do
Santo Graal já que, como explica a própria Igreja em relação à ferida causada
por Longino, "do peito de Cristo adormecido na cruz, sai a água viva do
batismo e o sangue vivo da Eucaristia. Deste modo, Ele é o cordeiro Pascal
imolado".
Origem
A etimologia do Santo
Graal tem inúmeras procedências, dentre as quais compara-se San
Graal com SanG Real em referência ao imaculado sangue
de Cristo coletado em um gradalis - cálice em latim. Com o
brilho resplandecente das pedras sobrenaturais, o Graal, na literatura, às
vezes aparece nas mãos de um anjo, às
vezes aparece sozinho, movimentando-se por conta própria. Porém, a experiência
de vê-lo só poderia ser conseguida por cavaleiros que se mantivessem castos.
Transportado para a história
do Rei Arthur, onde nasce o mito da taça sagrada,
encontramos o rei agonizante vendo o declínio do seu reino. Em uma visão,
Arthur acredita que só o Graal pode curá-lo e tirar a Bretanha das trevas. Manda
então seus cavaleiros em busca do cálice, fato que geraria todas as histórias
em torno da Busca do Graal.
REI ARTUR E O SANTO GRAAL ...JCF
É interessante notar que a água
é uma constante na história de Arthur. É na água que a vida começa, tanto a
física como a espiritual. Arthur teria sido concebido ao som das marés,
em Tintagel, que
fica sob o castelo do Duque da Cornualha; tirou
a Bretanha das mãos bárbaras em doze batalhas, cinco das quais às margens de um
rio; entregou sua espada Excalibur ao
espírito das águas e, ao final de sua saga, foi carregado pelas águas para
nunca mais morrer. Certo de que sua hora havia chegado, Arthur pede a Bedivere que
o leve à praia, onde três fadas (elemento ar) o aguardam em uma barca.
"Consola-te e faz quanto possas porque em mim já não existe confiança para
confiar. Devo ir ao vale de Avalon para
curar a minha grave ferida", diz o rei.
Avalon é a mítica ilha das
macieiras onde vivem os heróis e deuses celtas e
onde teria sido forjada a primeira espada de Arthur - Excalibur. Na Cornualha,
o nome Avalon - que em galês refere-se à maçã - é relacionado com a festa das
maçãs, celebrada durante o equinócio de outono. Acreditam alguns que Avalon
é Glastonbury, onde tanto Arthur quanto Guinevere teriam
sido enterrados. A abadia de Glastonbury, onde repousaria o casal, é tida
também como o lugar de conservação do Graal.
(Na astronomia, o equinócio é
definido como o instante em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o equador
celeste (a linha do equador terrestre
projetada na esfera celeste).)
ATÉ A PRÓXIMA...JCF
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