20/ABR/2020 - JCF


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1852 – Império Otomano – Cultura e Costumes do Povo
17/ABRIL/2020 – Esta edição nº 1852 farei o o registro do Império Otomano em Continuação à edição nº 1851...

Império Otomano

Império Otomano (em turco otomano: دَوْلَتِ عَلِيّهٔ عُثمَانِیّه; transl.: Devlet-i ʿAliyye-yi ʿOsmâniyye ou عثمانلى دولتى; Osmanlı Devleti; em turco modernoOsmanlı Devleti ou Osmanlı İmparatorluğu) também conhecido como Império Turco ou Turquia Otomana, foi um império fundado no fim do século XIII no noroeste da Anatólia na vizinhança de Bilecik e de Söğüt pelo líder tribal oguz Osmã I. Depois de 1354, os otomanos cruzaram para a Europa, e com a conquista dos Bálcãs o Beilhique Otomano foi transformado em um império transcontinental. Os otomanos acabaram com o Império Bizantino com a conquista de Constantinopla em 1453 por Maomé, o Conquistador.

 POVO TURCO OTOMANO...JCF

Durante os séculos XVI e XVII, no auge de seu poder sob o reinado de Solimão, o Magnífico, o Império Otomano era um império multinacional e multilíngue que controlava grande parte do Sudeste da Europa, da Ásia Ocidental, do Cáucaso, do Norte de África e do Chifre da África. No início do século XVII, o império continha 32 províncias e numerosos estados vassalos. Alguns deles foram mais tarde absorvidos no Império Otomano, enquanto outros foram concedidos vários tipos de autonomia ao longo dos séculos.
Com Constantinopla como sua capital e controle de terras ao redor da bacia do Mediterrâneo, o Império Otomano foi o centro das interações entre os mundos oriental e ocidental por seis séculos. Apesar do declínio do império ser considerado uma consequência da morte de Solimão, esta interpretação não é mais apoiada pela maioria dos historiadores acadêmicos. O império continuou a manter uma economia, sociedade e forças armadas flexíveis e fortes durante o século XVII e boa parte do XVIII.  No entanto, durante um longo período de paz de 1740 a 1768, o sistema militar otomano ficou defasado em relação aos de seus rivais europeus, como os impérios Habsburgo e Russo. Consequentemente, os otomanos sofreram severas derrotas militares no final do século XVIII e início do XIX, o que os levou a iniciar um processo abrangente de reforma e modernização conhecido como Tanzimat. Assim, ao longo do século XIX, o Estado otomano tornou-se muito mais poderoso e organizado, apesar de sofrer mais perdas territoriais, especialmente nos Bálcãs, onde surgiram uma série de novos Estados.
IMPÉRIO TURCO OTOMANO...JCF
Os otomanos aliaram-se ao Império Alemão no início do século XX, com a ambição imperial de recuperar seus territórios perdidos, juntando-se à Tríplice Aliança na Primeira Guerra Mundial. O império foi capaz de se manter em grande parte do conflito global, apesar da Revolta Árabe em seus domínios. Com registros de antes da Primeira Guerra Mundial, mas com maior intensidade durante a guerra, várias atrocidades foram cometidas pelo governo otomano contra armêniosassírios e gregos pônticos. A derrota do império e a ocupação de parte de seu território pelas Potências Aliadas após a Primeira Guerra resultaram na sua divisão e na perda dos seus territórios do Oriente Médio, que foram divididos entre o Reino Unido e a França. A bem sucedida Guerra de Independência Turca contra as potências ocupantes levou ao surgimento da República da Turquia no coração anatoliano e à abolição da monarquia e do califado otomano.

História

Ascensão (1299-1453)


Com o desaparecimento do Sultanato de Rum, por volta de 1300, a Anatólia turca foi dividida em uma colcha de retalhos de estados independentes, os beilhiques. Por volta de 1300, o enfraquecido Império Bizantino havia perdido a maioria de suas províncias na Anatólia para dez beilhiques. Um desses beilhiques eram liderados por Osmã I, filho de Ertogrul, da região de Esquiceir na Anatólia Ocidental. No mito da fundação do império contada em uma história medieval turca conhecida como "O sonho de Osmã", Osmã quando jovem sonhou com a visão de um império que era uma grande árvore cujas raízes se estendiam por três continentes e seus ramos cobriam os céus. Ainda de acordo com o sonho, essa árvore que simbolizava o império de Osmã, alcançava quatro rios com suas raízes, o Tigre, o Eufrates, o Nilo e o Danúbio. Essa árvore fazia sombra em quatro cadeias de montanhas, o Cáucaso o Tauro, o Atlas e os Bálcãs. Osmã I era admirado como um governante forte e dinâmico, muito depois de sua morte, passou a ser um elogio entre os turcos a frase "ele pode ser tão bom como Osmã." Durante seu reino como sultão, Osmã estendeu as fronteiras otomanas até a fronteira do Império Bizantino e estabeleceu um governo formal e cujas instituições iriam mudar drasticamente a vida por todo o império. O governo usou a entidade legal conhecida como millet, na qual minorias étnicas e religiosas podiam lidar seus assuntos independentemente do poder central.
IMPÉRIO OTOMANO - POTENCIA MARÍTIMA....JCF
No século após a morte de Osmã I, o domínio otomano começou a se estender sobre o Mediterrâneo Oriental e os Bálcãs. Seu filho, Orcano I capturou a cidade de Bursa em 1324 e a tornou capital do Estado otomano. A queda de Bursa em mãos otomanas significou o fim do domínio bizantino no noroeste da Anatólia. A importante cidade de Salonica foi conquistada aos venezianos em 1387, e a vitória turca na batalha do Cosovo em 1389, efetivamente, marcou o fim do poder sérvio na região, abrindo caminho para a expansão otomana na Europa. A Batalha de Nicópolis em 1396, amplamente considerada como a última cruzada de larga escala da Idade Média, não conseguiu parar o avanço vitorioso dos turco-otomanos. Com a extensão do domínio turco nos Bálcãs, a estratégica conquista de Constantinopla tornou-se um objetivo fundamental. O império controlou quase todas as terras ex-bizantinas que circundavam a cidade, mas os bizantinos foram temporariamente aliviados quando Tamerlão invadiu a Anatólia na Batalha de Ancara em 1402, prendendo o sultão Bajazeto I. A captura de Bajazeto gerou o caos entre os turcos. O Estado entrou em uma guerra civil que durou de 1402 a 1413, com os filhos de Bajazeto lutando pela sucessão. Ela só terminou quando Maomé I, o Cavalheiro emergiu como o sultão e restaurou o poder, pondo fim ao período que ficou conhecido como Interregno otomano.

Crescimento (1453-1683)

Expansão e apogeu (1453-1566)[editar | editar código-fonte]

Sultão Maomé II, o Conquistador entra em Constantinopla, por Fausto Zonaro (1854–1929)
Parte dos territórios otomanos nos Bálcãs (por exemplo, Tessalônica, a Macedônia e Cosovo) foi temporariamente perdida após 1402, sendo posteriormente recuperada por Murade II entre 1430 e 1450. Seu filho, Maomé II, o Conquistador, reorganizou o Estado e os militares, e demonstrou sua habilidade militar ao capturar Constantinopla em 29 de maio de 1453, com 21 anos de idade.
IMPÉRIO TURCO OTOMANO...JCF
A cidade se tornou a nova capital do Império Otomano, e Maomé II assumiu o título de Kayser-i Rûm ("César de Roma"). No entanto, este título não foi reconhecido pelos gregos ou pelos europeus ocidentais, e os czares russos passaram então a alegar serem os sucessores do título imperial oriental. Para consolidar a sua aclamação, Maomé II aspirava ter controle sobre a capital ocidental, Roma, e as forças otomanas ocuparam partes da península Itálica, a partir de Otranto e Apúlia, em 28 de julho de 1480. Mas depois da morte de Maomé II, em 3 de maio de 1481, a campanha na Itália foi cancelada e as forças otomanas recuaram.
A conquista otomana de Constantinopla consolidou o status do império como uma força em potencial no sudeste da Europa e no Mediterrâneo oriental. Durante este tempo, o Império Otomano entrou em um período de conquistas e expansão ampliando suas fronteiras mais longe na Europa e no norte da África. As conquistas em terra foram orientadas pela disciplina e inovação do exército otomano, e sobre o mar, a Marinha Otomana ajudou nesta expansão significativamente. A marinha também bloqueou as principais rotas comerciais marítimas, em concorrência com as cidades-estado italianas no mar Negromar Egeu e mar Mediterrâneo e com possessões portuguesas no mar Vermelho e oceano Índico. O Estado também prosperou economicamente, graças ao seu controle das rotas de maior tráfego entre a Europa e a Ásia. Este bloqueio sobre o comércio entre a Europa Ocidental e a Ásia é frequentemente citado como um fator primário de motivação para que os reis da Espanha financiassem a viagem de Cristóvão Colombo para encontrar outra rota de navegação para a Ásia.
Vou abortar o terminar este tema em uma próxima edição...



 



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