10/MAIO/02020 - jcf
( Para 11/maio/2020

DO COLUNISTA
antes de postar minha edição nº 1884 quero deixar bem claro que o tema escolhido é do conhecimentos de todos cristãos mas principalmente para nós católicos nos traz muito conforto lermos sobre o povo "hebreu", povo que teve a missão de libertar seu povo das mãod de ferro dos faraós dpo EGITO, libertados atravéz de Moisés após ter recebido odens do proprio DEUS ÚNICO...TODOS CONHECEM UM POUCO DE MOISÉS , mas talvés seja um conhecimento superficial, portanto após esta edição farei também, seguindo o mesmo tema, mas será o destaque do ÊXODO" que nada mais é que o relato da fuga dos Hebreus da escravidão no Egito... JCF

JCF Clovis -  Tradição e Cultura
Viajando pela historia e cultura
1884 –  CULTURA DO POVO HEBREU

10/MAIO/2020 – Edição nº 1884 terá o registro da cultura e costumes do Povo hebreu...jcf





Os hebreus foram um dos primeiros povos a cultuar um único deus, isto é, eram monoteístas. No judaísmo, religião professada pelos hebreus, o único deus é Javé, cuja imagem não pode ser representada em pinturas ou estátuas. O judaísmo é baseado nos Dez Mandamentos supostamente revelados a Moisés no monte Sinai.3 de out. de 2018
O povo hebreu tem o início de sua organização na Mesopotâmia. Segundo Jaime Pinsky, “Isso é contado na Bíblia e comprovado por diversas evidências. O hebraico é uma língua semita, pertencente ao mesmo grupo do aramaico e de outras faladas na Mesopotâmia, baseada em estrutura de raízes triconsonantais (origem hebraico), uma particularidade delas. Notável mesmo é verificar a utilização de mitos mesopotâmicos entre os hebreus.” Mitos mesopotâmicos incorporados na teologia judaica, como o Dilúvio e a Epopeia de Gilgamesh, entre outros. Da Mesopotâmia os hebreus migraram para o território hoje conhecido como Palestina, sempre travando contato, usualmente belicoso, com seus vizinhos mais próximos desde que se instalaram na Região.
Possivelmente uma seca muito grave na Região os tenha forçado a nova migração, desta vez para o Egito, ali se estabelecendo como um povo associado. Não há – fora dos textos considerados sagrados do judaísmo e do cristianismo – confirmação quanto ao fato de os hebreus de Goshen haverem, em algum momento, sido escravizados pelos egípcios. Fosse como fosse, estavam sujeitos à mesma tributação – que incluía o trabalho para o Estado – que os nativos de sua nova terra.


Moisés e o Monoteísmo Ético – Origens Míticas
Segundo o sociólogo peruano José Carlos Mariátegui, os povos capazes de construir um mito multitudinário, unificador e sólido, têm maiores chances de se perpetuar. O povo hebreu construiu um dos mais duradouros mitos multitudinários de que se tem notícia.
Conta a Tanakh(*) – que conta aproximadamente com os mesmos livros do Antigo Testamento da Bíblia Cristã – que Moisés era filho do casal hebreu Jocheber e Amram que, temendo por sua vida diante de um decreto de faraó sobre a morte dos recém-nascidos (de quem os hebreus esperavam um redentor para a escravidão em que viviam), colocou-o numa cesta de vime e o lançou a Nilo. Dali foi recolhido pela filha de faraó que o criou como se fosse fruto de seu próprio ventre, criando-o como príncipe de sangue real egípcio. Por algumas circunstâncias acaba descobrindo sua origem e passa a lutar pela libertação da escravização de seu povo, sendo banido por faraó, dali se dirige à região de Midiã, encontra o sacerdote Jetro e se casa com sua filha Zípora. Ao pé do monte Sinai vê uma sarça que arde em chamas sem queimar, fica curioso, se dirige ao local e recebe a voz do “Deus sem Nome” decretando que volte ao Egito e liberte seu povo da escravidão.

De volta ao Egito, realiza uma série de milagres inclusive lançando uma série de pragas sobre o Egito (nuvens de gafanhotos, chuva de granizo em chamas, o rio Nilo se converte em sangue por sete dias e assim por diante) que acabam por “abrandar o coração de faraó” que se decide por permitir ao povo hebreu sair do Egito e voltar à Canaã, “terra onde emana Leite e Mel”.
Subindo ao Monte Sinai, ficando o povo no sopé à sua espera, Moisés medita e ergue profundas preces por quarenta dias. O povo, fatigado de esperar no deserto, retorna às crenças egípcias populares construindo ícones de deuses animais e se propõe a voltar ao Egito. No entretempo, o “Deus sem Nome” fala a Moisés dando-lhe as Tábuas da Lei com os Dez Mandamentos. Ao descer, enfurece-se com a idolatria e falta de fé de seu povo, arroja sobre os hereges as Tábuas da Lei, sobe novamente ao Monte e obtém novas Tábuas, desta vez escritas “pela própria mão de Deus” e decide que o povo seja punido com 40 anos de peregrinação no deserto até a chegada a Canaã – havia um caminho bem mais curto.

  • Tanakh contém 24 livros e é basicamente equivalente ao Antigo Testamento Cristão. Divide-se tradicionalmente em três grupos de livros: A Torá ou Pentatêuco; os Neviim ou Profetas e os Ketuvim, 11 livros conhecidos como “Escritos”.
 Segundo Amy Jill Levine, Doutora pela Universidade de Duke e Professora da prestigiosa “Vanderbilt University Divinity School” reconhecidamente a maior Autoridade no assunto, no curso sobre o Antigo Testamento da coleção “Great Courses”, o fascínio da civilização e cultura hebraica não nos permite olvidar que, quase com toda a certeza, os Patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó) e mesmo Moisés não eram pessoas reais, mas construções mitológicas poderosas para a formação do passado histórico de um povo orgulhoso, sendo suas sagas preciosíssimas para conhecermos a fundo o ideário em que se insere até hoje o povo hebreu. 

Cliquem abaixo para acesso ao vídeo...JCF

https://recordtv.r7.com/os-dez-mandamentos/videos/hebreus-presenciam-milagre-ao-ver-o-mar-vermelho-se-abrir-15092018

Versão Gnosiológica


Segundo Édouard Schuré em sua obra monumental “Os Grandes Iniciados”, Moisés foi Iniciados nos Mistérios do Egito chegando a ascender ao cargo de Sumo Sacerdote em Heliópolis. Seu nome de batismo seria Osarsiph – derivativo de Osíris, deus de Heliópolis. Ao contrário da versão mais corrente, Schuré defende a tese de que o faraó em sua época – note que seu nome jamais é mencionado nos textos sagrados – não era Ramsés II, mas Amenófis III. Teria conhecido pessoalmente Amenófis IV, que trocou seu nome para Akhenaton ao instituir a primeira religião monoteísta do mundo. De fato, o Salmo 104 é uma adaptação poética do “Hino ao Sol”, de Akhenaton.
Não temos como aferir se Osarsife era filho legítimo ou adotado pela princesa. Os registros históricos são conflitantes a este respeito e há muito de fundamentalismo obnubilando(definição da palavra obnubilando: ofuscando) as pesquisas.
Um relato recorrente na Tradição dá conta de que, enviado a inspecionar uma construção em andamento em Goshen, Osarsife testemunha um soldado egípcio vergastar sem compaixão um trabalhador hebreu. Tomado de ira – a sede de justiça sempre foi uma característica dos Grandes Iniciados – derruba o agressor, toma-lhe a arma e o mata. Este gesto o obriga a exilar-se em Míidiã.
Jetro era um homem de pele negra – séculos atrás os etíopes eram os faraós do Egito – que guardava as tradições, sendo ele mesmo um Iniciado nos segredos de Ísis e Osíris. Na região de Midiã gestava-se o “culto ao Deus único”. Passando pelas provas necessárias à expiação de seu crime, Osarsife “renasce” recebendo então o nome de Moisés.

Êxodo

“Subir ao Monte” é sempre uma referência à Iluminação. Iluminado, Moisés retorna ao Egito e consegue a retirada do povo hebreu prometendo-lhes nova morada própria, “numa terra onde mana leite e mel”. A migração em massa dos hebreus em direção à Palestina é conhecida como Êxodo. “Viagens” Hollywoodianas à parte, não há relato independente dando conta de haver ocorrido uma migração em massa de escravos fugidos do Egito, menos ainda de tropas a prossegui-los ou um faraó afogado nas águas de um Mar Vermelho “miraculosamente” aberto apenas para a passagem dos fugitivos. Constante somente dos relatos dos livros sagrados, Jill Levine insere essa história também no campo da mitologia… As Tábuas da Lei, com os Dez Mandamentos, sintetiza brilhante do Código de Hamurábi, confirmando mais uma vez a influência das culturas mesopotâmica e egípcia na formação ética do povo hebreu.
No capítulo dedicado a Orfeu, o já citado Édouard Schuré informa que Dionísio realizou milagres como abrir o mar para que o povo passe a seco e tirar água de uma pedra no deserto apenas batendo seu bastão nela. Dionísio também teria sido encontrado num cesto flutuando sobre as águas. A mesma história se repete no caso de Teseu, Perseu e uma série de outros personagens mitológicos, deixando clara a interação entre os povos do Oriente Médio e Mediterrâneo nos primórdios da Civilização Clássica.
Os termos “hebreu”, “israelita” e “judeu” são usados no senso comum como sinônimos. De fato, “hebreu” é uma expressão derivada das línguas mesopotâmicas para designar o povo originário “do outro lado” do Eufrates. Quando deixaram o Egito e se instalaram em Canaã após subjugar os povos que ali viviam, passam a se chamar “israelitas”, principalmente após o reinado de Davi. O termo “judeu” refere-se a um povo e uma religião, aquela instituída por Moisés há mais de 3.000 anos. Em nossos dias, embora seja teoricamente possível a conversão ao judaísmo, esta é de rara a inexistente na prática. O fator “sangue” ou “descendência” pesa muito neste caso.
O “profeta” hebreu, na prática era mais um líder e conselheiro espiritual, despido da conotação oracular que o termo adota na Civilização Greco-Romana.
Vou abortar esta edição 1884 deste tema polêmico dos tempos dos hebreus e continuar na edição nº 1885 destacando o “ÊXODO”...JCF

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