15/MAIO/2020



COLUNA JCF – TRADIÇÃO E CULTURA
JCF Clovis -  Tradição e Cultura
Viajando pela historia e cultura
1890 –  A LENDA DE PROMETEUS

12/MAIO/2020 -   Prometeu. Escultura de Nicolas-Sébastien Adam, 1762, Louvre. Prometeu (em grego: Προμηθεύς, transl.: Promēthéus, "antevisão"), na mitologia grega, é um titã (da segunda geração), filho de Jápeto (filho de Urano; um incesto entre Urano e Gaia) e irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio


CRIATURA MÍTICA...JCF

Prometeu (em gregoΠρομηθεύςtransl.Promēthéus, "antevisão"), na mitologia grega,[nota 1] é um titã (da segunda geração), filho de Jápeto (filho de Urano; um incesto entre Urano e Gaia[4]) e irmão de AtlasEpimeteu e Menoécio.[5][6] Algumas fontes citam sua mãe como sendo Tétis, enquanto outras, como Pseudo-Apolodoro, apontam para Ásia[5] oriental, também chamada de Clímene, filha de Oceano. Foi um defensor da humanidade, conhecido por sua astuta inteligência, responsável por roubar o fogo de Héstia e dá-lo aos mortais.[nota 2] Zeus, que temia que os mortais ficassem tão poderosos quanto os próprios deuses o teria então punido por este crime, deixando-o amarrado a uma rocha por toda a eternidade enquanto uma grande águia comia todo dia seu fígado — que se regenerava no dia seguinte. O mito foi abordado por diversas fontes antigas (entre elas dois dos principais autores gregosHesíodo e Ésquilo[10]), nas quais Prometeu é creditado — ou culpado — por ter desempenhado um papel crucial na história da humanidade.

Etimologia

etimologia popular do termo promēthéus vem de uma junção no grego antigo, onde pro significa "antes" e manthano significa "aprender"; resultando em "antevisão". Uns linguistas modernos, no entanto, apontaram que o nome poderia ter uma raiz proto-indo-europeia que também produziu o pramath védico, "roubar", com Prometeu como o ladrão do fogo. O mito védico do roubo do fogo por Mātariśvan é análogo ao relato presente na mitologia grega. A estes cognatos etimológicos pode-se acrescentar pramantha, ferramenta usada para se fazer fogo.
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HISTÓRIA
Segundo Hesíodo foi dada a Prometeu e a seu irmão Epimeteu a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometheus encarregou-se de supervisioná-la. Na obra, Epimeteu atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do homem, formou-o do barro. Mas como Epimeteu gastou todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão Prometeu. Este então roubou o fogo dos deuses e deu-o aos homens. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia (ou abutre) dilacerava seu fígado que, todos os dias, regenerava-se. Esse castigo devia durar 30 000 anos.
Prometeu foi libertado do seu sofrimento por Hércules que, havendo concluído os seus doze trabalhos, se dedicou a aventuras. No lugar de Prometeu, o centauro Quíron deixou-se acorrentar no Cáucaso, pois a substituição de Prometeu era uma exigência para assegurar a sua libertação.



CRIATURAS MÍTICAS DA MITOLOGIA GREGA...JCF
Versões do mito

Hesíodo

O mito de Prometeu apareceu pela primeira vez na Teogonia (versos 507 a 616), obra do poeta épico grego do fim do século VIII a.C., Hesíodo. Filho do titã Jápeto com Clímene, umas das oceânides, era irmão de MenoécioAtlas e Epimeteu. Na Teogonia, Hesíodo descreve Prometeu como um desafiante inferior à onipotência e onisciência de Zeus. Num célebre episódio, durante um banquete destinado a selar a paz entre mortais e imortais, Prometeu foi responsável por aplicar um estratagema em Zeus (545-557), ao colocou duas oferendas diferentes diante do deus olímpico: uma delas consistia de uma seleção de carne escondida dentro de um estômago de boi (alimento escondido dentro de um exterior repulsivo), enquanto a outra consistia dos ossos do boi totalmente envoltos em "reluzente gordura" (algo impossível de ser consumido dentro de um exterior atraente). Zeus escolheu a segunda, abrindo assim um precedente para os futuros sacrifícios, e a partir de então os humanos teriam passado a ficar com a carne dos animais que sacrificavam, dedicando aos deuses apenas os ossos, envoltos numa camada de gordura. O truque enfureceu Zeus, que retirou o fogo dos humanos como forma de retribuição. Prometeu, por sua vez, roubou o fogo dentro de um gigantesco caule de funcho, devolvendo-o à humanidade. Isto enraiveceu ainda mais Zeus, que enviou Pandora, a primeira mulher, para viver com os homens. Forjada por Hefesto a partir do barro, e trazida à vida por obra dos quatro ventos, todas as deusas do Olimpo reuniram-se para adorná-la. "Dela descende a geração das femininas mulheres", escreveu Hesíodo, "dela é a funesta geração e grei das mulheres, grande pena que habita entre homens mortais, parceiras não da penúria cruel, porém do luxo.
CRIATURA MÍTICA...JCF

Prometeu por sua vez, como castigo eterno, foi acorrentado a uma rocha no Cáucaso, onde seu fígado era devorado cotidianamente por uma águia, apenas para vê-lo regenerar-se durante a noite, segundo a lenda, devido à sua imortalidade. Anos mais tarde, o herói grego Héracles (ou Hércules romano) abateria a águia e libertaria Prometeu de seus grilhões.
Hesíodo abordou novamente a história de Prometeu em sua obra Os Trabalhos e os Dias (versos 42 a 105). Nela, o poeta fala com maior detalhe da reação de Zeus ao roubo do fogo. O deus olímpico não apenas retira o fogo dos e de subsistência" (42). Não tivesse Prometeu provocado a ira de Zeus (44-47), "comodamente em um só dia trabalharias para teres por um ano, podendo em ócio ficar; acima da fumaça logo o leme alojarias, trabalhos de bois e incansáveis mulas se perderiam." Hesíodo também expande a história da primeira mulher, citada na Teogonia, chamando-a agora explicitamente de Pandora ("A que tudo dá"). Após Prometeu roubar o fogo, Zeus envia-a aos homens como retaliação; apesar dos avisos de Prometeu, seu irmão Epimeteu aceita o "presente" dos deuses. Pandora foi advertida por Epimiteu para que nunca abrisse o baú do qual ele retirou os atributos que deu como presente aos animais, pois lá não restava nada de bom. Entretanto, Pandora tinha uma característica inerente a todas as mulheres, a curiosidade. Movida por este sentimento insaciável, Pandora abre o baú, e de dentro do mesmo saem todos os males e doenças que afligem a humanidade, tais como pestes, ciúme, inveja, ganância, e vários outros. Percebendo o erro cometido, Pandora se apressa em fechar o baú, na tentativa de evitar que todos os males saíssem, e com isso consegue evitar a saída do pior de todos os males, aquele que acaba com a esperança. Por isso, por pior que a situação esteja, o homem ainda consegue ter esperança em dias melhores.

CRIATURAS DA MITOLOGIA GREGA...JCF
O professor de literatura grega da Universidade de Florença, Angelo Casanova, vê em Prometeu uma reflexão da figura antiga, pré-hesiódica, do trapaceiro (trickster), que servia para mostrar a mistura do bem e do mal que existe na vida humana, e cuja confecção do homem a partir do barro já seria um motivo oriental familiar, citado no Enuma Elish; como oponente de Zeus era análogo aos titãs, e, como eles, foi punido. Como defensor da humanidade conquistou um status semi-divino em Atenas. O episódio da Teogonia na qual ele é libertado é interpretado por Casanova como sendo uma interpolação posterior a Hesíodo.
Vou abortar e retornar em outra oportunidade...jcf

 





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