05/junho/2020 - JCF
Biografia
O teatro, o rádio e a televisão
O cinema
Morte
COLUNA
JCF – TRADIÇÃO E CULTURA
JCF
Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
1903
– QUEM FOI MAZZAROPI
25/MAIO/2020 – segunda feira
e esta edição nº 1903 terá o registro do
fantástico MAZZAROPI – O LEGÍTIMO CAIPIRA BRASILEIRO MAS UM TREMENDO COMEDIANTE...
Mazzaropi
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Nome completo
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Amácio Mazzaropi
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Nascimento
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Nacionalidade
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Morte
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Ocupação
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Atividade
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Amácio Mazzaropi (São Paulo, 9 de
abril de 1912 — São Paulo, 13 de
junho de 1981) foi um ator, humorista, cantor e cineasta brasileiro.[1]
Considerado o maior cômico do
cinema brasileiro, é o único artista que ficou milionário fazendo filmes no
país. Suas produções foram fenômeno de público por mais de três décadas.
Biografia
Filho de Bernardo
Mazzaropi, imigrante italiano e
Clara Ferreira, portuguesa, com
apenas dois anos de idade sua família muda-se para Taubaté, no
interior de São Paulo. O pequeno Amácio passava longas
temporadas no município vizinho de Tremembé, na
casa do avô materno, o português João José Ferreira, exímio tocador de viola e dançarino de cana
verde. Seu avô também era animador das festas do bairro onde morava,
às quais levava seus netos que, desde cedo, entram em contato com a vida
cultural do caipira, que tanto inspirou Mazzaropi.
Em 1919, sua família volta à
capital e Mazzaropi ingressa no curso primário do Colégio Amadeu Amaral, no
bairro do Belém. Bom aluno, era reconhecido
por sua facilidade em decorar poesias e
declamá-las, tornando-se o centro das atenções nas festas escolares. Em 1922,
morre o avô paterno e a família muda-se novamente para Taubaté, onde abrem um
pequeno bar. Mazzaropi continua a interpretar tipos nas atividades escolares e
começa a frequentar o mundo circense.
Preocupados com o envolvimento do filho com o circo, os pais mandam Amácio aos
cuidados do tio Domenico Mazzaroppi, em Curitiba, onde
trabalhou na loja de tecidos da família.
Já com quatorze anos, em 1926,
regressa à capital paulista ainda com o sonho de participar em espetáculos
circenses. Finalmente entra para a caravana do Circo La Paz. Nos
intervalos do número do faquir,
Mazzaropi conta anedotas e causos, ganhando uma pequena
gratificação. Sem poder se manter sozinho, em 1929 Mazzaropi volta a Taubaté
com os pais, onde começa a trabalhar como tecelão, mas não consegue se manter
longe dos palcos e atua numa escola do bairro.
O teatro, o rádio e a televisão
Com a Revolução Constitucionalista de
1932, segue-se uma grande agitação cultural e Mazzaropi estreia em sua primeira
peça de teatro, chamada A herança do Padre João. Já em 1935,
consegue convencer seus pais a seguir turnê com sua companhia e a atuarem como
atores. Até 1945, a Troupe Mazzoropi percorre muitos
municípios do interior de São Paulo, mas não há dinheiro para melhorar a
estrutura da companhia.
Com a morte da avó materna,
Dona Maria Pita Ferreira, Mazzaropi recebe uma herança suficiente para comprar
um telhado de zinco para seu pavilhão, podendo assim estrear na capital, com
atuações elogiadas por jornais paulistanos. Depois, parte com a companhia em
turnê pelo Vale do Paraíba. A grave situação de saúde de
seu pai complica a situação financeira da companhia de teatro e, em 8 de
novembro de 1944, morre Bernardo Mazzaroppi.
Dias após a morte de seu pai,
estreia no Teatro Oberdan ao lado de Nino Nello, sendo ator e diretor da peça Filho
de sapateiro, sapateiro deve ser, acolhida com entusiasmo pelo público.
Em 1946, convidado por Dermival
Costa Lima, da Rádio
Tupi, estreia o programa dominical Rancho Alegre, encenado ao vivo no
auditório da emissora no bairro do Sumaré e dirigido por Cassiano Gabus Mendes. Em 1950, este mesmo programa
estreou na TV Tupi, mas agora contava com a coadjuvação
dos atores João
Restiffe e Geny Prado.
Mazzaropi tinha um hobby, gostava de cantar valsa, MPB e seresta com
os seus amigos.
O cinema
Convidado por Abílio Pereira de Almeida e Franco
Zampari, Mazzaropi estreia seu primeiro filme, intitulado Sai da
Frente, em 1952, rodado pela Companhia Cinematográfica
Vera Cruz, onde produziria mais dois filmes. Com as dificuldades
financeiras da Vera Cruz, Mazzaropi faz, até 1958, mais cinco filmes por
diversas produtoras.
Naquele mesmo ano, vende sua
casa e cria a PAM Filmes (Produções Amácio Mazzaropi) e
passa não só a produzir, mas distribuir os filmes em todo o Brasil. A primeira
obra da nova produtora é Chofer de Praça.
Em 1959, é convidado por José Bonifácio de Oliveira
Sobrinho, mais conhecido como Boni, na época da TV
Excelsior de São Paulo, a fazer um programa de variedades que fica
no ar até 1962. Neste mesmo ano começa a produzir um de seus filmes mais
famosos, Jeca Tatu, que estreia nos cinemas no ano seguinte.
Em 1961, Mazzaropi adquire uma
fazenda onde inicia a construção de seu primeiro estúdio de gravação, que
produziria seu primeiro filme em cores, Tristeza
do Jeca, que foi também o primeiro filme veiculado na televisão,
pela Excelsior, conquistando o prêmio de melhor ator
coadjuvante, para Genésio
Arruda, e melhor canção.
Cinco anos mais tarde, lança o
filme O Corintiano, recorde de bilheteria do cinema nacional.
Em 1972, é recebido pelo então presidente da República, o general Emílio Garrastazu Médici, ao
qual pede mais apoio ao cinema brasileiro. Em 1973, produz Portugal, minha saudade, com
cenas gravadas no Brasil e em Portugal.
No ano seguinte, começa a
construir em Taubaté um grande estúdio cinematográfico,
uma oficina de cenografia e um hotel para os atores e técnicos.
A partir de então produz e distribui mais cinco filmes até 1979.
Morte
Seu 33º filme, Maria
Tomba Homem, nunca seria terminado. Depois de 26 dias internado, Mazzaropi
morre, vítima de um câncer na medula
óssea aos 69 anos de idade no hospital Albert Einstein de São Paulo. Foi sepultado na cidade de Pindamonhangaba, no
mesmo cemitério onde seu pai já repousava. Nunca
se casou, mas, segundo declarações de seu filho André Mazzaropi, nutriu durante
a vida um amor
platônico pela apresentadora e amiga Hebe
Camargo; deixando também cinco filhos adotivos: Péricles Moreira
(1943-?), Pedro Francelino de Souza (1954-2009), João Batista de Souza
(1953-1983), Carlos Garcia (1942-2008) e André Luiz Mazzaropi.
Que
bela biografia deste monstro e caipira brasileiro – É coisa nossa – É de valor
imenso...Claro que ao publicar esta edição farei acompanhar um vídeo com um dos
melhores filmes: TRISTEZA DO JECA.. Com muito orgulho volto afirmar que também
sou meio “JECA E CAIPIRA” – pois nasci em uma bela fazenda, portanto sou meio
caipira, sou um autêntico brasileiro conhecedor um pouco de como a gente é
feliz sendo “caipira”...JCF
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