09/JUNHO/2020 - JCF
p/ 10/junho/2020 - jcf
Descrição
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J.C.F.CLOVIS
TRADIÇÃO E CULTURA
JCF
Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
1914
– CHE – O GUERRILHEIRO
06/06/2020 – Edição nº 1914 o destaque e tema
principal será sobre Ernesto Che Guevara – O Guerrilheiro
Che Guevara
Descrição
Ernesto Guevara, mais conhecido como "Che" Guevara,
foi um revolucionário marxista, médico, autor, guerrilheiro, diplomata e
teórico militar argentino. Uma figura importante da Revolução Cubana, seu rosto
estilizado tornou-se um símbolo contra cultural de rebeldia e insígnia global
na cultura popular. Wikipédia
1. Mochileiro da América
No início de 1952, antes de
iniciar o último período do curso de medicina, Ernesto
Guevara estava insatisfeito. Sentia que precisava conhecer melhor
as pessoas de quem iria tratar pelo resto da vida. Ele queria ir além da
Argentina e tinha um parceiro em seus anseios: Alberto Granado. Era dele a
motocicleta que chamavam de La Poderosa (uma Norton de 500 cilindradas), na
qual partiram em janeiro.
A moto só aguentou até o Chile,
onde foi abandonada sem freios. O dinheiro acabou em março e ele passou a
depender de quem lhe desse comida, carona e abrigo. Todavia, ele foi
além. Na época, não era um revolucionário. Se comportava apenas
como um jovem incomodado om a pobreza e as suas desigualdades. Visitou
hospitais na Bolívia e ajudou um leprosário na Amazônia peruana.
2. Golpe e revolução
Quando Che
Guevara chegou à Guatemala, o governo de Jacobo Arbenz tentava
mudar o país, implementou a reforma agrária e garantiu direitos trabalhistas
aos operários. O bom relacionamento do político com a esquerda fez da Guatemala
o destino perfeito para perseguidos políticos de toda a América. Ernesto
apreciava o clima progressista que se vivia naquele momento e se aproximou dos
militantes socialistas, principalmente do grupo monca distas.
Todavia, a situação no país
esquentou. Arbenz irritou latifundiários e grandes empresas, como a United
Fruit, e passou a ser pressionado para renunciar ao cargo. Em junho de 1954, a
capital foi bombardeada por Honduras com apoio dos Estados Unidos. Guevara
refugiou-se na embaixada argentina e, em carta enviada à sua mãe, criticou
Arbenz e mostrou sua nascente veia revolucionária.
3. Amizade com Fidel
Fidel Castro chegou ao México em
junho de 1995, junto com seu irmão Raúl e outros dissidentes cubanos, com o
objetivo de organizar a luta armada em Cuba. Eram conhecidos como moncadistas
por terem participado do ataque ao quartel de Moncada, em Santiago de Cuba, em
1953, na tentativa de derrubar a ditadura de Fulgencio Batista. Fidel
permaneceu preso em Havana até maio de 1954. Foi anistiado e fugiu.
Guevara conheceu Fidel em junho de
1955 e, menos de um ano depois, deixou o trabalho em hospitais para integrar ao
grupo. Como médico do exército rebelde, participou do treinamento de guerrilha
no Rancho San Miguel. Como consequência, ficou 57 dias preso. Foi nesse período
que enviou uma carta à sua mãe incorporando o Che – apelido dado a ele pelos
amigos cubanos – à sua assinatura.
4. O grande roubo do trem
O avanço da guerrilha liderada
parecia irrefreável no final de 1958. Para seguir rumo a Havana, no entanto,
era preciso tomar Santa Clara, o principal entroncamento de transportes da
ilha. Com apenas 340 homens para enfrentar as tropas do exército apoiada por
aviões e tanques, a estratégia de Che era tomar um carregamento de armas que
chegaria á cidade em 29 de dezembro.
Os guerrilheiros sabotaram os trilhos
e o trem descarrilou. “Os homens eram tirados com coquetéis de Molotov do trem
blindado, que se convertera em um verdadeiro forno”, escreveu Che. Os soldados
se renderam, entregando um arsenal de 600 fuzis, 1 milhão de cartuchos, dezenas
de metralhadoras, um canhão de 20 milímetros, morteiros e bazucas. Finalmente,
eles estavam prontos para Havana.
5. O
paredão da morte
No início de 1959, o calor da tomada
de Havana e dos combates que se seguiram não arrefeçara. Em meio à incerteza
quanto ao triunfo do movimento socialista em Cuba, discutia-se o que fazer com
os prisioneiros que haviam defendido o governo de Batista, o ditador deposto.
Eram militares acusados de tortura, crimes comuns e execução de rebeldes.
Che não escondeu sua posição sobre o
assunto. Para ele, a revolução só triunfaria se todos fossem julgados e
passagem as penas que recebessem. Ele defendia a execução dos condenados. E
assim foi.
Em La Cabanã – uma antiga fortaleza
construída pelos espanhóis no século 18 -, em janeiro de 1959 foram fuziladas
dezenas de pessoas no que ficou conhecido como “El Paredón”. Até 1960, entre
200 e 700 pessoas foram mortas. Até hoje,
cubanos contrários ao regime de Fidel citam o episódio como um assassínio indiscriminado e
culpam Che pelas mortes.
6. Crise dos mísseis
Che era a favor da presença de
mísseis soviéticos em território cubano. De fato, ele participou ativamente do
acordo militar com o governo soviético que, em julho de 1952, instalou armas
nucleares em Cuba. Para ele, a presença dos mísseis protegeria a ilha de uma
invasão.
O
presidente John Kennedy deu um ultimato aos soviéticos para retirarem as armas.
Caso contrário, ameaçava retaliar. Em outubro, Kruschev concordou em levar os
mísseis de volta. Che e Fidel sentiram-se traídos. Foi o mais próximo que o
mundo chegou de uma guerra nuclear.
7. O
desaparecimento de Che
Em 1965, correu a notícia, primeiro
em Cuba e depois na imprensa mundial, que Che estava preso num hospital.
Semanas depois, um novo boato: ele teria vendido segredos militares de Cuba e
desertado. As falsas informações procuravam explicar um fato concreto: Guevara
estava desaparecido. E permaneceria assim durante quase oito meses.
Na verdade, Che havia partido para a
missão mais secreta da Revolução Cubana. Tão confidencial que só 25 anos depois
foi totalmente confirmada por Fidel Castro. Era a participação de Guevara – e
do governo Cubano – na guerrilha na República Democrática do Congo. Lá, Che e
cerca de 70 soldados cubanos juntaram-se ao grupo rebelde local. O objetivo era
reinstituir o regime nacionalista de esquerda e Patrice Lumumba, morto em
janeiro de 1961.
Os cubanos enfrentaram várias
dificuldades, não conseguiram sequer compreender dialetos locais. Quando
perderam o apoio da Tanzânia, os congoleses desistiram da luta.
8. Tio Ramón
“Mamá, acho que esse senhor está
apaixonado por mim”, disse Aliusha a sua mãe Aleida após beijar o homem que
conhecia como tio Ramón. Ao ouvir a menina, então com 5 anos, os olhos do velho
se encheram de lágrimas. Aliusha era a filha mais velha de Aleida e Ernesto
Guevara.
Tio Ramón era Ramón Benítez. E Ramón
Benítez era Che Guevara. O disfarce havia sido produzido pelo governo cubano,
que criou identidades falsas, nos anos de 1965 e 1996, para que pudesse
permanecer incógnito em Cuba – bem como entrar e sair do país – e assim poder
planejar e executar seu plano de fomentar movimentos de guerrilha socialista
pela África e pela América. Ramón era um homem de meia idade, na faixa dos 50
anos. O disfarce exigiu que Che retirasse boa parte dos cabelos e usasse óculos
de aros grossos e dentes postiços.
Foi um dos momentos
mais difíceis de Che em toda sua vida. Tudo precisava permanecer em sigilo
máximo. O medo de espionagem era enorme e se temia que, caso descobrissem que
Che sairia de Cuba, ele fosse perseguido e morto.
Vou abortar e retornar em uma outra
edição...JCF
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