12/JUNHO/2020 - JCF


COLUNA JCF CLÓVIS
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Viajando pela historia e cultura
1917 – CARLOS LACERDA II

 

10/JUNHO/2020 -   Esta edição 1917 que retrata as atividades do política brasileiro Carlos Lacerda destacando “LACERDA E A POSSE DE JUSCELINO”...



A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar.

Lacerda e a posse de Juscelino

Lacerda participou ainda de nova tentativa de golpe de estado em 1955, quando se uniu aos militares e à direita udenista para impedir a eleição e a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek e seu vice-presidente, João Goulart.

VÍDEO DA POSSE DE JK PRESIDENTE EM 1956+++

https://youtu.be/1-YhiawAI9g?t=102

As manobras intervencionistas começaram já no período eleitoral, quando ocorreu o episódio da Carta Brandi, uma notícia supostamente falsa plantada pelos opositores no jornal de Lacerda que envolvia João Goulart num pretenso contrabando de armas da Argentina para o Brasil.
Após a eleição de Juscelino, Carlos Luz, presidente interino à época, aliado aos militares e a Carlos Lacerda, tramaram uma nova intervenção. A bordo do Cruzador Tamandaré, fizeram a resistência, no entanto o navio fora alvejado a tiros pela artilharia do exército a mando do General Teixeira Lott, que tinha pretensões de se candidatar à presidência. Foi o último tiro de guerra disparado na Baía da Guanabara no Rio de Janeiro. Durante anos, o episódio ficou conhecido como o golpe de Lott, um dos únicos golpes legalistas de nossa história.
Vencido após a sua tentativa de golpe, Lacerda partiu para um exílio breve em Cuba, que ainda estava sob o regime do caudilho Fulgencio Batista, antes de Fidel chegar ao poder através da Revolução Cubana.
Voltou em seguida para reassumir sua cadeira de deputado e continuar a oposição a Juscelino Kubitschek, atacando, entre outras coisas, a construção de Brasília.

Governador da Guanabara
. Em 24 de Agosto de 1961, Lacerda fez um discurso em cadeia nacional de rádio e televisão, atacando o presidente Jânio Quadros, antigo aliado. A renúncia de Jânio ocorreu no dia seguinte, em 25 de agosto.
Com a transferência da capital para Brasília, candidatou-se ao governo do recém-criado estado da Guanabara. Apesar do grande favoritismo inicial, Lacerda foi eleito por pequena margem, tendo sido ajudado pela divisão de votos populares que ocorreu com a candidatura de Tenório Cavalcanti ao mesmo cargo.


Palácio do Catete




A escadaria principal do Palácio do Catete - JCF

Durante seu governo, foi divulgado que policiais assassinavam os mendigos que perambulavam pela cidade e jogavam seus corpos no rio da Guarda, afluente do rio Guandu. O governo de Carlos Lacerda foi acusado pela imprensa de oposição de ter dado instruções aos policiais para que realizassem estes assassinatos. Tal assunto foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa, do então Estado da Guanabara, onde Paulo Duque foi o seu relator. Lacerda demitiu o Secretário de Segurança e o envolvimento dos escalões superiores do governo nestes fatos nunca foi provado.
Foi um dos principais articuladores civis do golpe militar de 1964, porém voltou-se contra ele em 1966, com a prorrogação do mandato do presidente Castelo Branco. Segundo Lacerda, a prorrogação do mandato de Castelo Branco levaria o recém instalado governo "revolucionário" consolidar-se num regime militar permanente. Confiava no sucesso do governo que tinha realizado no estado da Guanabara para enfrentar o candidato de oposição Juscelino Kubitschek.
A 22 de Julho de 1964 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo 

A desilusão com 1964 e a cassação

Em novembro de 1966 lançou a Frente Ampla, movimento de resistência ao Regime militar de 1964, que seria liderada por ele e por seus antigos opositores João Goulart e Juscelino Kubitschek. Foi cassado em dezembro de 1968 pelo regime militar e levado preso para um Regimento de Cavalaria da Polícia Militar, onde ficou na mesma cela que o seu antigo companheiro do PCB Mário Lago, com quem não falava há décadas. Em seguida, voltou a trabalhar por pouco tempo como jornalista, antes de dedicar-se às atividades na editora de sua propriedade, Nova Fronteira;
VÉDO - CARLOS LACERDA - POSSE DE JK - CANAL HISTORIA...JCF

https://youtu.be/wLNc1aQFWcU?t=41

Morreu na Clínica São Vicente, vítima de um infarto no miocárdio. O fato de os três líderes da Frente Ampla terem morrido em datas muito próximas levantou uma teoria de que essas mortes pudessem estar relacionadas, o que nunca foi comprovado.
Em 20 de maio de 1987, através do decreto federal nº 94.353, teve restabelecidas, post mortem, as condecorações nacionais que lhe foram retiradas e Lacerda foi reincluído nas ordens do mérito das quais fora excluído em 1968.

Empresário

Em 1965 fundou a Editora Nova Fronteira, que publicou importantes autores nacionais e estrangeiros, inclusive o Dicionário Aurélio (de 1975 até 2004).
Escreveu numerosos livros, entre eles: O Caminho da Liberdade (1957), O Poder das Ideias (1963), Brasil entre a Verdade e a Mentira (1965), Paixão e Ciúme (1966), Crítica e Autocrítica (1966), A Casa do Meu Avô: pensamentos, palavras e obras (1977).
Depoimento (1978) e Discursos Parlamentares (1982) foram compilados e publicados após a sua morte.
Vou abortar e retornar em outra oportunidade...JCF




















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