06/OUTUBRO/2020 - JCF
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2019
– BIOGRAFIA OSVALDO CRUZ
30/09/2020 – Nesta edição nº 2019 veremos a
biografia do médico sanitarista OSVALDO CRUZ
Fonte: https://www.ebiografia.com/oswaldo_cruz/
Osvaldo
Cruz
Médico sanitarista
brasileiro
Biografia de Osvaldo Cruz
Osvaldo
Cruz (1872-1917) foi um médico brasileiro. Sanitarista, bacteriologista e epidemiologista
ele foi o responsável pela erradicação da peste bubônica, da febre
amarela, da varíola no país.
Infância e
Formação
Osvaldo
Gonçalves Cruz nasceu em São Luiz de Paraitinga, São Paulo, no dia 5 de agosto
de 1872. Filho de Bento Gonçalves Cruz, médico carioca, e de Amélia Bulhões da
Cruz, em 1877 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro.
Osvaldo Cruz Iniciou os estudos com sua mãe e aos 5 anos já sabia ler e escrever. Estudou no Colégio Laure, no São Pedro de Alcântara e no Abílio. Ingressou depois no Externato Dom Pedro II, onde fez os preparatórios para medicina.
Em
1887, com 15 anos, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e seu
fascínio era pelo microscópio. Em 1891, ainda estudante, publicou dois
trabalhos pioneiros sobre microbiologia, um ramo novo da medicina. Em 1892, com
20 anos, formou-se em medicina.
Início da
Carreira
Osvaldo
Cruz começou a trabalhar no Laboratório de bacteriologia na Cadeira de Higiene
da Faculdade de Medicina. Após a morte do pai, acumulou a chefia da clínica
paterna.
Em 24
de dezembro de 1892, defendeu sua tese com o tema "Veiculação Microbiana
pelas águas do Rio de Janeiro". Em 1893 casa-se com Emília da Fonseca, com
quem teve seis filhos.
Com a
ajuda do sogro, Instalou um laboratório, após perder o emprego na faculdade.
Nessa mesma época, conheceu Sales Guerra, que o indicou para o Gabinete de
Anatomia Patológica do Rio de Janeiro.
Em 1896
vai para Paris, para trabalhar com Olhier e Vilbert, especialistas em medicina
legal, mas seu interesse por microbiologia o levou a estagiar no Instituto
Pasteur sob a direção de Émile Roux, descobridor do soro antidiftérico.
Peste Bubônica
Em 1899, ao voltar ao Brasil, logo foi encarregado pela diretoria do Instituto de Higiene de debelar o surto de peste bubônica que assolava o porto de Santos.
A
Fazenda Manguinhos, no Rio de Janeiro, foi escolhida para instalação do
Instituto Soroterápico Nacional, para a fabricação do soro, uma vez que
importa-lo seria demorado e dispendioso.
Osvaldo
Cruz foi indicado para diretor técnico do Instituto, inaugurado, sem
solenidades, em julho de 1900. Em condições precárias e com uma equipe
improvisada o soro logo ficou pronto e foi enviado para Santos, diminuindo
rapidamente a mortalidade provocada pela peste.
Combate à Febre Amarela
Em
1902, Osvaldo Cruz assumiu a direção geral do Instituto Manguinhos e logo
começou a ampliação e o transformou em um
.
centro de pesquisas e experimentos científicos, permitindo a formação de
especialistas em moléstias tropicais.
Nessa
época, o Rio de Janeiro também era assolado pela peste bubônica, pela varíola e
a febre amarela. Osvaldo Cruz foi indicado para Diretor da Saúde Pública, pelo
presidente Rodrigues Alves, tomando posse em 26 de março de 1903.
Exterminar a febre amarela que rondava os portos e as cidades do litoral, foi a primeira medida de Osvaldo Cruz, que conhecia as experiências desenvolvidas pelo médico cubano, Finlay, que apontava como transmissor da febre o mosquito rajado que proliferava nas águas estagnadas..
Osvaldo
Cruz isolou os doentes e iniciou a campanha para acabar com as águas paradas.
Um contingente de 85 homens foi a campo e mesmo com o descrédito da população,
a febre amarela foi debelada em três anos.
A Revolta da Vacina
A
varíola, ao contrário da febre amarela, entrava no país com os imigrantes
vindos do exterior e com as pessoas que chegavam do norte e do nordeste. A
vacina já era obrigatória em vários países europeus.
Em maio
de 1904, Osvaldo Cruz determinou que os agentes sanitários começassem a
vacinação em massa da população.
Porém,
uma campanha popular contra Osvaldo Cruz e contra a vacinação obrigatória tomou
conta dos jornais. Em consequência, o número de vacinados teve uma grande
queda.
Propagavam-se os rumores mais absurdos a respeito da vacina, dizia-se que além de não evitar a moléstia, causava outras doenças. Durante vários dias a cidade foi tomada pela desordem e revolta com o povo enfrentando a polícia.
Depois
de vários conflitos, o governo consegue sufocar um levante militar e a revolta
popular, mas teve que revogar a obrigatoriedade da vacina. Em 1908 uma nova
epidemia de varíola assolou o Rio. A partir de então, a vacinação passou a
acontecer com mais calma. Nesse mesmo ano, o Instituto soroterápico
recebeu o nome de Instituto Osvaldo Cruz.
Últimos Anos
Em 1909, com a saúde abalada, Osvaldo
Cruz deixa a direção da Saúde Pública, dedicando-se apenas ao Instituto. Em
1910 aceitou o convite da empresa que construía a estrada de ferro
Madeira-Mamoré na região amazônica e fez um estudo do saneamento da região.
Osvaldo Cruz foi a Belém debelar a febre amarela. Comandou também o
saneamento do vale amazônico, com a colaboração de Carlos Chagas.
Em 1911 em Dresden, na Alemanha, a Exposição Internacional de Higiene
confere um diploma de honra ao Instituto Osvaldo Cruz. Autor de cerca de
cinquenta títulos científicos, em 1912, foi eleito para a Academia Brasileira
de Letras, para a cadeira n.º 5. Em 1916 retira-se para Petrópolis, já bem
debilitado.
Osvaldo Cruz
faleceu de insuficiência renal, em Petrópolis, no Estado do Rio de
Janeiro, no dia 11 de fevereiro de 1917.
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