11 DE NOVEMBRO DE 2020 - EDIÇÃO Nº 2074 - JCF
COLUNA
JCF
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
2074
– CARTOLA P COMPOSITOR BRASILEIRO
09/NOVEMBRO/2020 – Minha
Coluna JCF criada e, 11 de maio de 2015 a criei com a missão de publicar
diariamente edições de “recontando história e divulgando cultura e assim eu
tenho feito diariamente e esta já edição de nº 2074 terá como tema principal
lembrar do genial compositor brasileiro chamado Angenor de Oliveira, mas
conhecido como Cartola – OMC –
CARTOLA AOS 4 ANOS COM "BIELA" NO BAIRRO CATETE RIO DE JANEIRO...JCF
1ª fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cartola_(compositor)
Cartola (compositor)
Angenor de Oliveira, mais
conhecido como Cartola OMC (Rio de
Janeiro, 11 de
outubro de 1908 — Rio de
Janeiro, 30 de
novembro de 1980), foi um cantor, compositor, poeta e violonista brasileiro.
Tem como maiores sucessos as músicas As Rosas não Falam, O Mundo É um Moinho e Preciso me
Encontrar.
Considerado por diversos músicos
e críticos como o maior sambista da história da música brasileira, Cartola nasceu no bairro
do Catete, mas
passou a infância no bairro de Laranjeiras. Tomou
gosto pela música e pelo samba ainda
menino e aprendeu com o pai a tocar cavaquinho e violão. Dificuldades
financeiras obrigaram a família numerosa a se mudar para o morro da Mangueira, onde então começava a
despontar uma incipiente favela.
Na Mangueira, logo conheceu e fez amizade com Carlos Cachaça — seis anos mais velho — e outros bambas, e se iniciaria no mundo da boêmia, da malandragem e do samba. Com 15 anos, após a morte de sua mãe, abandonou os estudos — tendo terminado apenas o primário. Arranjou emprego de servente de obra e passou a usar um chapéu-coco para se proteger do cimento que caía de cima. Por usar esse chapéu, ganhou dos colegas de trabalho o apelido "Cartola". Junto com um grupo de amigos sambistas do morro, Cartola criou o Bloco dos Arengueiros, cujo núcleo em 1928 fundou a Estação Primeira de Mangueira. Ele compôs também o primeiro samba para a escola de samba, "Chega de Demanda". Os sambas de Cartola se popularizaram na década de 1930, em vozes ilustres como Araci de Almeida, Carmen Miranda, Francisco Alves, Mário Reis e Sílvio Caldas.
Em 1974, aos 66 anos, Cartola
gravou o primeiro de seus quatro discos-solo e
sua carreira tomou impulso de novo com clássicos instantâneos como "As
Rosas não Falam", "O Mundo É um Moinho", "Acontece", "O Sol
Nascerá" (com Elton
Medeiros), "Quem Me Vê Sorrindo" (com Carlos
Cachaça), "Cordas de
Aço", "Alvorada" e "Alegria". No
final da década de 1970, mudou-se da Mangueira para uma casa em Jacarepaguá, onde
morou até a morte, em 1980.
CARTOLA - SAMBA E POESIA - JCF
Biografia
Do Catete para a Mangueira
Cartola
aos 4 anos, com Biela, no Catete.
Angenor de Oliveira nasceu em
1908 na cidade do Rio de Janeiro. Era o mais velho dos oito filhos do casal
Sebastião Joaquim de Oliveira e Aída Gomes de Oliveira. Apesar de ter recebido
o nome de Agenor, foi registrado como Angenor — fato que só viria a descobrir
muitos anos mais tarde, ao tratar dos papéis para seu casamento com Dona Zica na
década de 1960. Para não ter que providenciar a mudança do nome em cartório, a
partir de então passou a assinar oficialmente seu nome como Angenor de
Oliveira.
Sua família materna era
de Campos dos Goytacazes (RJ) e seus antepassados
foram escravos do primeiro Barão de Carapebus, proprietário do Solar do
Beco. Nesse local nasceu seu avô materno, Luís Cipriano Gomes, famoso
cozinheiro, que trabalhou em Macaé (RJ)
— na Fazenda da Bertioga, propriedade da aristocrata D. Julia Nogueira da Gama
e Gavinho — até ser aliciado por D. Anita
Peçanha, prima de D. Julia e esposa do futuro Presidente do
Brasil, Nilo Peçanha. O avô de Cartola foi levado para o Rio de
Janeiro, chegando a servir o casal Peçanha no Palácio do Catete.
Cartola nasceu no bairro carioca do Catete, onde também passou parte de sua infância. Quando tinha oito anos, sua família se mudou para as Laranjeiras, onde ele se tornou torcedor do time do bairro, o Fluminense. Nas Laranjeiras, entrou em contato com os ranchos carnavalescos "União da Aliança" e "Arrepiados" — neste último tocava cavaquinho (instrumento musical que lhe tinha sido dado pelo pai quando tinha somente 8 ou 9 anos de idade), o que também fazia nos desfiles do Dia de Reis, em que suas irmãs saíam em grupos de "pastorinhas". Era tão entusiasmado pelo "Arrepiados" que, mais tarde, ao participar da fundação da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, sugeriu que as cores desse rancho — o verde e o rosa — fossem as mesmas da nascente agremiação, que seria um símbolo dos mais reverenciados no mundo do samba. Por outro lado, Carlos Cachaça disse que tinha existido no Morro da Mangueira um antigo rancho chamado Caçadores da Floresta, cujas cores eram exatamente o verde e o rosa.
Em 1919, movidos por
dificuldades financeiras, os Oliveira foram para o morro da Mangueira, então
uma pequena e nascente favela com
menos de cinquenta barracos. Logo, outro morador da Mangueira, Carlos
Cachaça, seis anos mais velho que Cartola, se tornaria, além de amigo por toda
a vida, o seu parceiro mais constante em dezenas de sambas.
Cartola aos 12 anos, na Mangueira.
CARTOLA O SAMBA FICOU MAIS BONITO COM MÚSICAS RECHEADAS DE POESIA...JCF
Quando tinha 15 anos, abandonou os estudos (tinha concluído apenas o quarto ano primário) para trabalhar, ao mesmo tempo em que se inclinava para a vida boêmia. Na adolescência, trabalhou como aprendiz de tipógrafo, mas logo se transformou em pedreiro. Foi enquanto trabalhava nas obras de construção que ele ganharia o apelido com que se tornaria reconhecido como um dos grandes nomes da música popular brasileira. Para que o cimento não lhe caísse sobre os cabelos, resolveu passar a usar um chapéu-coco, que os colegas diziam parecer mais uma cartolinha, e assim, começou a ser chamado de "Cartola".
Tinha 17 anos quando sua mãe morreu. Pouco depois, após conflitos crescentes com o pai, inimigo da malandragem, acabou expulso de casa. Levou então por algum tempo uma vida de vadio, bebendo e namorando, frequentando zonas de prostituição e contraindo doenças venéreas, perambulando pelas noites e dormindo em trens de subúrbio. Esses hábitos o levaram a se enfraquecer fisicamente, adoecido e mal-alimentado, na cama de um pequeno barraco. Uma vizinha do seu barraco chamada Deolinda, sete anos mais velha, casada e com uma filha de dois anos – passou a cuidar e a gostar dele. Os dois acabaram se envolvendo. Tinha na época apenas 18 anos e estava morando sozinho. Decidiram viver juntos e Deolinda deixou o marido, levando a filha, que o compositor criaria como sua.
O surgimento do sambista
O barraco dividido por Cartola
e Deolinda era habitado por mais gente, todos sustentados pela dona de casa,
que lavava e cozinhava para fora. Sob seu teto e de Deolinda, Noel Rosa foi
se abrigar algumas vezes, à procura de um refúgio tranqüilo. Cartola
exercia a atividade de pedreiro apenas
esporadicamente, preferindo assumir o ofício de compositor e violonista nos
bares e tendas locais. À época, já se firmava como um dos maiores criadores do
morro, ao lado do grande amigo Carlos
Cachaça e Gradim.
CARTOLA SEU VIOLÃO NOS BRAÇOS E AS LETRAS POÉTICAS NA CABEÇA...JCF
Com estes e outros compositores, Cartola integrava uma turma de brigões e arruaceiros que, não por acaso, formaram o Bloco dos Arengueiros, em 1925, para brincar o carnaval. Esse bloco seria o embrião da Estação Primeira de Mangueira. A ampliação e fusão do bloco com outros existentes no morro gerou, em 28 de abril de 1928, a segunda escola de samba carioca e uma das mais tradicionais da história do carnaval da cidade. Cartola, um dos seus sete fundadores, também assumiu a função de diretor de harmonia da escola, em que permaneceu até fins da década de 1930. O nome Estação Primeira foi escolhido porque, contando a partir da Central do Brasil, o morro de Mangueira ficava na primeira estação de trem de um lugar em que havia samba. Cartola compôs "Chega de Demanda", o primeiro samba escolhido para o desfile e que só seria gravado pelo compositor em 1974, para o disco "História das Escolas de Samba: Mangueira".
“ |
O rapaz foi
lá e disse: "Cartola, vem cá. O Mário Reis tá aí, queria comprar um
samba teu". "O quê? Comprar samba? Você tá maluco, rapaz? (...) Eu
não vou vender coisa nenhuma." (...) Ele disse: "Quanto é que você
quer pelo samba?". Eu virei pro cara, no cantinho, disse assim:
"Vou pedir 50 mil réis". "O quê, rapaz? Pede 500." (...)
Com muito medo, pedi 500 contos. "Não, dou 300. Tá bom?" Eu disse
assim: "Bom, me dá esses 300 mesmo". Mas com muito medo (...) Mas
botou meu nome direitinho, legal (...). Ele comprou, mas não deu para a voz
dele. Então gravou Chico, Francisco Alves. |
” |
|
— Cartola,
sobre o samba "Que Infeliz Sorte", Almanaque da Folha. |
Em 1932, Francisco
Alves e Mário
Reis gravaram outro samba seu, "Perdão, Meu
Bem". Também remonta àquela época a amizade e a parceria que Cartola
estabeleceu com Noel Rosa. Com o "poeta de Vila Isabel",
compôs "Tenho Um Novo Amor", interpretada por Carmen
Miranda, "Não Faz, Amor" e "Qual
Foi o Mal Que Eu Te Fiz", interpretadas por Francisco
Alves. Ainda naquele ano, Sílvio
Caldas lançou "Na Floresta", de
autoria de Cartola, do próprio Sílvio e ainda a primeira composição em parceria
com Carlos Cachaça. Também em 1932, a
Mangueira foi campeã do desfile promovido pelo jornal "O Mundo
Esportivo" com o samba "Pudesse Meu Ideal", sua
primeira parceria com Carlos
Cachaça.
CARTOLA PARTIU EM 30 DE NOVEMBRO DE 1980 MAS NOS DEIXOU UM VERDADEIRO TESOUCO MUSICAL...JCF
Em 1933 Cartola viu pela
primeira vez um samba seu se tornar sucesso comercial: "Divina
Dama", novamente na voz de Francisco Alves. Arnaldo
Amaral gravou "Fita Meus Olhos" (com
B. Vasquez), canção que encerrava o breve ciclo inicial de gravações de
composições suas. A partir dali, o sambista passou a compor exclusivamente para
a sua escola no morro, marginalizando-se do círculo artístico e de produção
discográfica da cidade. Em 1935 novamente a Mangueira teve premiado no
desfile um samba de Cartola, "Não Quero Mais", feito
com Carlos Cachaça e Zé da
Zilda, que foi gravado, em 1936, por Araci de
Almeida e regravado, em 1973, por Paulinho
da Viola, com o título alterado para "Não Quero Mais Amar A
Ninguém".
Em 1940 Cartola foi convidado
pelo maestro e
compositor erudito Heitor Villa-Lobos, seu admirador, a formar um
grupo de sambistas - entre eles, Donga, Pixinguinha, João da
Baiana - para fazer algumas gravações de música popular brasileira para
outro maestro mundialmente famoso, o norte-americano Leopold Stokowski (que percorria a América
Latina recolhendo músicas nativas), realizadas a bordo do navio
Uruguai, ancorado no pier da Praça
Mauá, no Rio de Janeiro. Dos sambas que Cartola gravou a bordo
do navio, "Quem Me Vê Sorrindo", composto com Carlos
Cachaça, saiu em um dos quatro discos de 78 rpm lançados comercialmente
apenas nos Estados Unidos pela gravadora Columbia. Além
da sua primeira gravação, foi registrado nesse álbum o coro da Mangueira com as vozes de Dona
Neuma e de suas irmãs, a clarineta de Luís Americano, emboladas de Jararaca e
Ratinho, a flauta de Pixinguinha, além das participações de Donga e João da
Baiana e um arranjo de Villa-Lobos para o tema indígena Canidé Joune.
Popular, Cartola também atuou como cantor na rádio, apresentando músicas suas e de outros compositores. Ainda em 1940 criou com Paulo da Portela o programa A Voz do Morro, na Rádio Cruzeiro do Sul, no qual apresentavam sambas inéditos, cujos títulos deviam ser dados pelos ouvintes. Assim, o programa premiava o ouvinte que tivesse sugerido o título escolhido para o samba. Em 1941 formou, junto com Paulo da Portela e Heitor dos Prazeres, o Conjunto Carioca, que durante um mês realizou apresentações em um programa da Rádio Cosmos, da cidade de São Paulo. Em 1942 "Não Posso Viver Sem Ela" (parceria com Alcebíades Barcellos) foi lançada no famoso disco "Ai Que Saudades da Amélia", de Ataulfo Alves.
VOU ABORTAR E CONTINUAR E
FINALIZAR EM OUTRAS EDIÇÕES...JCF
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