13 DE NOVEMBRO DE 2020 - EDIÇÃO Nº 2076 COM A 4ª PARTE DO TEMA CARTOLA
COLUNA
JCF
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
2076 – CARTOLA COMPOSITOR BRASILEIRO – PARTE - 4
10/NOVEMBRO/2020 – Minha
Coluna JCF criada em 11 de maio de 2015 e a criei com a missão de publicar
diariamente edições de “recontando história e divulgando cultura e assim eu
tenho feito diariamente e esta já edição de nº 2076 terá a continuidade da
edição nº 2075 e a finalização do tema principal.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cartola_(compositor)
Continuação...
Ainda em 1964, Cartola e Zica se casaram oficialmente (às vésperas do casamento, ele compôs "Nós Dois" para ela), e o sambista atuou no filme "Ganga Zumba". de Carlos Diegues, no papel de um escravo. Ele já havia atuado discretamente em "Orfeu Negro" e ainda participaria de "Os Marginais". O samba "O Sol Nascerá" foi gravado por Isaura Garcia.
Em 1965 foi lançado o álbum com gravações do Show Opinião, no ano anterior, realizado entre Zé Keti, João do Vale e Nara Leão - esta incluiu "O Sol Nascerá" (de Cartola e Elton Medeiros) no repertório do LP.[3] Esta gravação tornou Cartola, assim como outros sambistas de seu círculo, conhecidos pelo público de classe média da época, projetando-os profissionalmente. Em consequência do prestígio que ganhou, Cartola chegou a ter seu nariz retocado pelo célebre cirurgião plástico Ivo Pitanguy.[4] Pery Ribeiro e Bossa Três também regravam "O Sol Nascerá".[8]
Ainda em 1965 Cartola iniciou a
construção de uma casa (verde e rosa) ao pé do morro da Mangueira, em terreno doado pelo então Estado da Guanabara.[6] Naquele mesmo ano e no seguinte
fez participação em dois discos de Elizeth
Cardoso, que gravou o samba "Sim" (parceria
com Oswaldo Martins e Leny Andrade).[8] Ainda
em 1966 gravou com Clementina de Jesus seu samba "Fiz
por você o que pude".[8]
Em 1968 participou em duas faixas do LP "Fala, Mangueira", que reuniu, além dele, Nelson Cavaquinho, Carlos Cachaça, Clementina de Jesus e Odete Amaral. Também naquele ano, Cartola gravou com Odete Amaral "Tempos Idos" (parceria com Carlos Cachaça) e Ciro Monteiro gravou "Tive Sim".
A glória na velhice
Cartola
em foto de 1970.
Em 1970 Cartola protagonizou
uma série de apresentações promovidas pela União
Nacional dos Estudantes, intituladas "Cartola
Convida", na praia do Flamengo, onde
recebia grandes nomes do samba. Também naquele ano, a Abril Cultural
lançou um volume dedicado à sua obra na série "História da música
popular brasileira", no qual o sambista interpretou "Preconceito", de
sua autoria. Em 1972 Paulinho da Viola gravou "Acontece" e Clara Nunes gravou "Alvorada", com Carlos Cachaça e Hermínio
Bello de Carvalho. Em 1973 Elza Soares gravou "Festa
da Vinda", parceria com Nuno Veloso.[8]
Mas a consagração definitiva
viria somente em 1974, alguns meses antes de completar 66 anos, quando o
sambista finalmente gravou seu primeiro disco solo. Cartola,
levado por Beth Carvalho, após a gravação de "As Rosas Não Falam", foi
lançado pelo pesquisador musical, produtor de discos e publicitário Marcus Pereira. O
disco, que recebeu vários prêmios e foi considerado um dos melhores daquele
ano,[1] reunia
uma coleção de obras-primas de Cartola e uma equipe de instrumentistas de
primeira linha no acompanhamento. O sambista interpretou "Acontece", "Tive
Sim" e "Amor Proibido" (canções de
autoria própria), "Disfarça e Chora" e "Corra
e Olhe o Céu" (parceria com Dalmo Casteli), "Sim" (com
Oswaldo Martins), "O Sol Nascerá" (com Élton de
Medeiros), "Alvorada" (com Carlos Cachaça e Hermínio
Bello de Carvalho), "Festa da Vinda" (com Nuno
Veloso), "Quem Me Vê Sorrindo" (com Carlos Cachaça)
e "Ordenes e Farei" (com Aluizio).
Também em 1974 a mesma gravadora Marcus Pereira lançou o LP "História das escolas de samba: Mangueira", no qual Cartola interpretou algumas faixas. Pouco depois, durante uma entrevista ao radialista e produtor Luiz Carlos Saroldi, em um programa especial para a Rádio Jornal do Brasil, apresentou dois sambas ainda inéditos: "As Rosas Não Falam" e "O Mundo é um Moinho". Ainda naquele ano, o sambista participou do programa radiofônico "MPB - 100 ao vivo" - os programas foram editados em oito LPs com o mesmo título e em um dos álbuns ocupou todo um lado, deferência só concedida a dois outros convidados, Luiz Gonzaga e Paulinho da Viola - e se apresentou no bairro carioca de Botafogo, em que atuou ao lado da cantora Rosana Tapajós e do flautista Altamiro Carrilho.[8] Gal Costa regravou "Acontece".[8]
Logo depois, em 1976, a mesma
gravadora lançou o segundo LP, também intitulado Cartola. O
sucesso do álbum foi puxado por uma de suas mais famosas criações, "As Rosas Não Falam",
incluída na trilha sonora de uma novela da Rede Globo. Ainda
em seu segundo disco, Cartola interpretou suas composições "Minha", "Sala
de Recepção", "Aconteceu", "Sei
Chorar", "Cordas de Aço" e "Ensaboa".
Gravou também as canções "Preciso me encontrar" (de Candeia), "Senhora
tentação" (de Silas de Oliveira)
e "Pranto de Poeta" (de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito).
Também nesse ano, Clementina de Jesus gravou "Garças
Pardas" (parceria com Zé da Zilda).
A grande popularidade obtida
pelo samba levou Cartola a uma divulgação inédita de seu trabalho. Realizou seu
primeiro show individual, no Teatro da Galeria, no bairro do Catete,
acompanhado pelo Conjunto Galo Preto. O show foi um sucesso de público e se estendeu
por quatro meses em várias partes do país.
Em 1977 o sambista dividiu com
um novo parceiro, Roberto Nascimento, uma turnê por palcos do Sesc,
no interior de São Paulo.[9] Em
meio ao grande sucesso, Cartola voltou a desfilar pela Mangueira, após 28 anos de
ausência no desfile de carnaval. O seu samba "Tive,
Sim" foi defendido por Ciro
Monteiro na I Bienal do Samba, promovida pela TV
Record, e terminou classificado em quinto lugar no concurso.[4] Também foi convidado pela
Prefeitura de Curitiba para integrar o júri do desfile das
escolas de samba locais, onde, pela primeira e única vez, julgou um desfile das
escolas. Beth Carvalho gravou com sucesso "O
mundo é um moinho". Em junho de 1977 a Rede
Globo apresentou o programa "Brasil Especial" número
19, dedicado exclusivamente a Cartola, e que obteve grande êxito. Em setembro
daquele mesmo ano, o sambista participou, acompanhado por João
Nogueira, do "Projeto Pixinguinha", no Rio de Janeiro, e depois em uma excursão
pelas principais cidades brasileiras. O sucesso do espetáculo os levou a
excursionar por São Paulo, Curitiba e Porto
Alegre.[6][8]
Ainda em 1977, em outubro, a
gravadora RCA lançou "Verde que te quero rosa", seu
terceiro disco solo, com igual sucesso de crítica. Um dos grandes destaques do
álbum foi "Autonomia", com arranjo do maestro Radamés Gnatalli.[4] Desse LP fazem parte o samba-canção "Autonomia",
além de "Nós Dois", composta especialmente para o
casamento com Zica, em 1964. Recriou "Escurinha", samba
do mangueirense Geraldo
Pereira, falecido prematuramente em consequência de uma briga com
"Madame Satã". Estão presentes ainda os
sambas "Desfigurado", "Grande Deus", "Que
é feito de você" e "Desta vez eu vou" (todos
de sua autoria), "Fita meus olhos" (com Osvaldo
Vasques) e "A canção que chegou" (com Nuno Veloso.
Vou abortar para finalizar na
edição nº 2077 esta estupenda biografia recheada de samba,
poesia e vida... jcf
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