22 DE NOVEMBRO DE 2020 - EDIÇÃO Nº 2088 - CONFLITOS MOROS X FILIPINAS - JCF
COLUNA
JCF – DESDE 11/05/2015
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pela historia e cultura
2088
– A FILIPÍNAS E OS MOROS
20/11/2020
– EDIÇÃO Nº 2088 TERÁ O REGISTRO SOBRE AS FILIPINAS E OS MOROS.OU SIMPLESMENTE
CONFLITOS MOROS..
1ª fonte: https: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conflito_Moro
Conflito Moro
Conflito Moro ou ainda chamado de Insurreição
Islâmica nas Filipinas é uma revolta em curso na ilha de Mindanao, nas Filipinas.
Em
1969, tensões políticas e hostilidades abertas se desenvolveram entre o governo
das Filipinas e os grupos rebeldes muçulmanos moro. A insurgência dos moros foi
desencadeada pelo massacre
de Jabidah, no qual morreram 60 comandos dos filipinos muçulmanos em
uma operação planejada para recuperar a
parte oriental do estado malaio de Sabah.
Em resposta, o professor da Universidade das Filipinas Nur Misuari criou
a Frente
Moro de Libertação Nacional (FMLN), um grupo armado rebelde
empenhado em estabelecer um Mindanao independente. Ao longo dos anos, a FMLN se
dividiria em vários grupos diferentes, incluindo a Frente
Moro de Libertação Islâmica (FMLI), que pretende estabelecer
um Estado islâmico dentro
das Filipinas. A insurgência dos moros está enraizada em uma longa história de resistência do povo
Bangsamoro contra o domínio estrangeiro, que remonta à anexação estadunidense
das Filipinas em 1899. Desde então, a resistência moro tem persistido contra o
governo filipino.
As estatísticas de vítimas do conflito variam; no entanto, as estimativas conservadoras do Uppsala Conflict Data Program indicam que pelo menos 6.015 pessoas foram mortas no conflito armado entre o governo das Filipinas e as facções Abu Sayyaf, Combatentes da Liberdade Islâmica Bangsamoro, FMLI e FMLN entre 1989 e 2012.
Antecedentes

Filipinos cristãos, que serviram sob o exército espanhol, em busca de rebeldes moros em sua batalha contra os filipinos muçulmanos em 1887. O problema da insurgência em Mindanao está enraizado nos anos 1500, quando os espanhóis chegaram na região
Acima: soldados filipinos e americanos durante um exercício em
conjunto. |
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Dat |
Os moros tem uma história de
resistência contra o domínio espanhol, estadunidense e japonês por 400 anos.
Durante o conflito
espanhol-moro, a Espanha repetidamente
tentou conquistar o Sultanato de Sulu, o Sultanato
de Maguindanao e a Confederação dos Sultanatos em Lanao dos
moros. A violenta luta armada contra os japoneses, os filipinos, os espanhóis e
os estadunidenses é considerada pelos atuais líderes moro muçulmanos como sendo
parte de um longo período de quatro séculos do "movimento de libertação
nacional" dos Bangsamoro (Nação Moro). A longa resistência
pelos muçulmanos moro persistiu e se transformou em sua atual guerra pela
independência contra o Estado filipino. A raiz do conflito se
origina nas guerras espanholas e estadunidenses contra os moros.
Após a Guerra
Hispano-Americana em 1898, um outro conflito desencadeou no sul
das Filipinas entre os revolucionários muçulmanos das Filipinas e as forças
armadas dos Estados Unidos que ocorreu entre 1899 e 1913. Os filipinos se
opuseram ao domínio estrangeiro dos Estados Unidos, o qual reivindicava as
Filipinas como seu território. Em 14 de agosto de 1898, após derrotar as forças
espanholas, os Estados Unidos estabeleceram um governo militar nas Filipinas
sob o general Wesley
Merritt como Governador Militar. As forças
estadunidenses assumiram o controle em Jolo em
18 de maio de 1899 e em Zamboanga em
dezembro de 1899. O brigadeiro-general John C.
Bates foi enviado para negociar um tratado com o sultão de
Sulu, Jamalul Kiram II. Kiram estava frustrado com a tomada de poder
estadunidense, haja vista esperava recuperar a soberania após a derrota das
forças espanholas no arquipélago. O objetivo principal de Bates era garantir a
neutralidade dos moros na Guerra
Filipino-Americana e estabelecer a ordem no sul das Filipinas.
Depois de alguma negociação o Tratado Bates seria assinado, o qual foi baseado
em um tratado espanhol anterior. O Tratado Bates fez assegurar a
neutralidade dos muçulmanos no sul, porém na verdade foi criado para ganhar
tempo para os estadunidenses até a guerra no norte terminar. Depois
da guerra, em 1915, os estadunidenses impuseram o Tratado Carpenter em
Sulu.
GRUPO DE FILIPINOS TENTANDO ESCAPAR DOS COMBATES COM OS MOROS...JCF
Em 20 de março de 1900, o
general Bates foi substituído pelo brigadeiro-general William
August Kobbé e o Distrito de Mindanao-Jolo foi elevado a um
departamento abrangente. As estadunidenses em Mindanao foram reforçadas e as
hostilidades com o povo moro diminuíram, embora haja relatos de estadunidenses
e outros civis sendo atacados e mortos pelos moros.
A invasão estadunidense começou
em 1904 e terminou no período do major-general John J. Pershing, o terceiro e último
governador militar da província moro, ainda que uma importante resistência
continuasse em Bud Dajo e Monte Bagsak em Jolo. Os estadunidenses massacraram
centenas de mulheres e crianças moro no massacre de Bud Dajo.
As repetidas rebeliões pelos
moros contra o governo estadunidense continuou a irromper, mesmo depois da
principal Rebelião Moro encerrar,
até a ocupação
japonesa das Filipinas durante a Segunda Guerra
Mundial. Durante a invasão japonesa das Filipinas, o moros travariam
uma insurgência contra os japoneses em Mindanao e Sulu até o Japão se render em
1945.
O RTESULTADO DOS CONFLITOS: RUÍNAS,,,JCF
Histórico
Mapa das Filipinas mostrando as áreas de maioria moro muçulmanas
em Mindanao.
Os moros se organizaram politicamente em
meados da década de 1960 com a Organização Moro de Libertação Nacional, fundada
em 1966. De um movimento de oposição mais regionalista do que religioso,
rapidamente passou a exigir a independência de todas as ilhas do sul das
Filipinas de maioria muçulmana, com o surgimento do movimento de independência
de Mindanao. O massacre
de Jabidah em março de 1968, o massacre de Manili em junho de
1971 e a instauração da lei marcial em
21 de setembro de 1972 iriam concluir a radicalização da oposição moro.
A Frente
Moro de Libertação Nacional (FMLN), fundada em 1969, decide
tomar uma ação militar. As primeiras conversações entre o governo e a FMLN
ocorreram em Jeddah em 1975, mas não tiveram êxito. Ao
mesmo tempo que os separatistas se aliaram com os guerrilheiros comunistas, o
exército filipino tenta derrubar a insurgência militarmente.
Os
Acordos de Trípoli em dezembro de 1976, projeta a autonomia das 13 províncias das
Filipinas visando acabar com o conflito, porém o referendo de
abril de 1977, realizado em todo o país, é boicotado pelos separatistas, causando
um retorno da violência.
A
revolta perde intensidade no final da década. Após as conversações iniciadas
pela presidente Corazon Aquino,
em 1986, foi assinado um acordo em janeiro de 1987 em Jeddah, consolidando a
autonomia. A oposição da Frente
Moro de Libertação Islâmica (FMLI) bloqueia o processo de paz,
porém a Região
Autónoma do Mindanau Muçulmano é criada em 1990 e um
"Programa de Reconciliação Nacional e de Desenvolvimento"
implementado.
FILIPÍNOS MAL PREPARADOS - FAZER O QUE NA GUERRA? JCF
Um cessar-fogo da FMLN é estabelecido bilateralmente com o governo em novembro de 1993, um prelúdio para a assinatura de um tratado de paz em setembro de 1996. Este processo de paz leva ao surgimento de grupos islamitas opositores, a Frente Moro de Libertação Islâmica (principal rival do FMLN) e a Abu Sayyaf, fundada em 1992.
Um
cessar-fogo foi assinado em 1997 entre o governo central em Manila e a Frente
Moro de Libertação Islâmica, mas foi abolido em 2000 sob a presidência de Joseph Estrada. Entretanto as negociações
ainda estão em curso para tentar acabar com o conflito.
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ATÉ UMA PRÓXIMA EDIÇÃO...JCF
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