26 DE NOVEMBRO DE 2020 - EDIÇÃO Nº 2085 FORTE PRÍNCIPE DA BEIRA 3ª PARTE - JCF
COLUNA
JCF – DESDE 11/05/2015
JCF
Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
2085
– REAL FORTE PRINCIPE DA BEIRA - RO
18/11/2020 – EDIÇÃO º 2085
TERÁ A CONTINUAÇÃO DA EDIÇÃO 2084 DO TEMA REAL FORTE PRÍNCIPE DA BEIRA TAMBÉM CONHECIDO
COMO FORTALEZA DO PRÍNCIPE DA BEIRA...
1ª fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Real_Forte_Pr%C3%ADncipe_da_Beira
Continuação...
Real Forte Príncipe da Beira
Continuação...
O século XX
Abandonado à época da Proclamação da República do
Brasil, o forte foi visitado pelo Almirante José Carlos de Carvalho e outras autoridades (6 de
julho de 1913), que lavraram Ata de sua visita, tendo deliberado:
·
Confiar o monumento histórico à guarda do Estado de Mato Grosso,
até que o Governo Federal resolva sobre sua administração definitiva;
·
Remover uma das peças de artilharia ainda encontradas nele para
o Museu Nacional no Rio de Janeiro, bem
como uma das meias-portas de madeira de lei, onde se acham ainda fixadas
ferragens daquela época;
Além disso, o Governo do Estado de Mato Grosso resolveu remover para as dependências do forte arruinado o posto fiscal interino de Lamego e a manter um destacamento de polícia incumbido da guarda e conservação do forte.
Na ocasião, entre as canhoneiras, jaziam dez canhões grandes e um pequeno, nas ruínas de um cômodo. A limpeza do mato de capoeira das dependências foi feita por cortesia da "Madeira-Mamoré Railway / Guaporé Rubber Estate". Constatou-se o furto dos pequenos canhões de bronze, de portas, janelas, madeiras de lei que serviam de esteio e grande quantidade de telhas, levados para o outro lado da fronteira, e escolheu-se para remoção uma peça de ferro de calibre doze com a marca monograma GR abaixo de uma Coroa, um 2 entrelaçado e na culatra o número 21-3-26.
Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958) visitou as suas ruínas em 1914, tendo-lhe procedido trabalhos de limpeza da mata que a asfixiara.[8] Demorou, entretanto, até 1930 para que uma nova expedição do Exército brasileiro as redescobrisse, voltando a guarnecê-las dois anos após, ali instalando o Contingente Especial de Fronteira do Forte Príncipe da Beira, que, em 1954, teve a sua designação mudada para 7º Pelotão de Fronteira, e, em 1977, para 3º Pelotão Especial de Fronteira, subordinado ao 6º Batalhão Especial de Fronteira.
Tombada desde 1950 pelo IPHAN,
em 8 de abril de 1983 em
solenidade com a presença do Presidente da República do Brasil, General João Baptista de Figueiredo, e do
embaixador de Portugal, Adriano Carvalho, sob
salva de 21 tiros de canhão, foi assinado Termo de Compromisso entre
o Ministério da Educação e
Cultura, o Ministério do Exército e o Governo de Rondônia visando a
restauração, conservação e utilização do forte. Técnicos do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional se responsabilizaram pela pesquisa arqueológica
(foi encontrado material lítico pré-colombiano com c. 10 mil anos de idade) e
pelos levantamentos necessários à elaboração do projeto de restauração, que
contou ainda com a participação de consultores portugueses da Fundação Calouste Gulbenkian (Professor Viana de
Lima), uma vez que todo o material iconográfico de construção da
fortaleza se encontra em Portugal. O Ministério do Exército, através do 3º
Pelotão Especial de Fronteira ficou responsável, à época, pelo apoio
material ao projeto.
O século XXI
Vizinho ao Real Forte
Príncipe da Beira encontra-se o quartel do PEF (1º
Pelotão Especial de Fronteira) - os chamados
"Sentinela do Guaporé", sob a jurisdição do 6.º Batalhão de
Infantaria de Selva. É uma organização militar vinculada à 17.ª Brigada de
Infantaria de Selva, sediada em Porto
Velho.
A partir de 2009 estavam
em progresso trabalhos de prospecção arqueológica no interior do forte, por
iniciativa do Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sob a coordenação do
arqueólogo Fernando Marques,
do Museu Paraense Emílio Goeldi. Os
trabalhos, previstos para durar três anos, destinam-se a requalificar o forte
para a visitação turística.
A comunidade quilombola
A Comunidade Quilombola
do Forte Príncipe da Beira foi reconhecida oficialmente como
remanescente de quilombolas em 19/08/2005 pelo pela Fundação Palmares, portaria
de certificação 32/2005. Forma parte dos territórios negros do Vale do Rio
Guaporé, situados na divisa entre Brasil e Bolívia, constituídos desde o século
XVIII. Segundo ALMEIDA "As crônicas de expedições punitivas
relatam os quilombos constituídos por negros e indígenas. O contato entre
negros e indígenas do Vale do Guaporé possibilitou uma nova fisionomia
étnica." Organizados pela Associação Quilombola do Forte (Asqforte) a
comunidade pleiteia com apoio do Ministério Público Federal de Ji Paraná a
realização do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) pelo
INCRA para definir os seus direitos territoriais na área de terras públicas
atualmente sob controle do Exército Brasileiro, segundo o decreto 4.887/2003,
que regula trâmites da regularização de áreas quilombolas previstas no art. 68
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
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