07 NOVEMBRO DE 2020 - EDIÇÃO Nº 2069 - ALBERTO SANTOS DUMONT - JCF
COLUNA
JCF – 11/05/2015
JCF
Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
2069
– ALBERTO SANTOS DUMONT - CURIOSIDADES
06/11/2020-edição nº 2069 terá um resumo biográfico além de
curiosidades de Alberto santos Dumont...
1ª fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/alberto-santos-dumont.htm
Alberto Santos Dumont
antos
Dumont ficou marcado na história brasileira por seus grandes feitos
na área da aviação. Ele foi um cientista com grande engenhosidade e capacidade
para inventar objetos. Nasceu em uma família muito rica porque seus pais eram
donos de plantações de café. Dedicou sua vida à aeronáutica e à aviação e
passou seus últimos anos deprimido por ver o avião ser usado na guerra.
Nascimento e juventude
Alberto Santos Dumont nasceu em 20 de julho
de 1873, em um sítio que ficava em Cabangu, atualmente conhecida como
cidade de Santos Dumont, em Minas Gerais. Santos Dumont descendia de
uma família francesa, uma vez que seu pai, Henrique Dumont, era
filho de François Dumont e Euphraise Honoré, dois franceses que vieram ao
Brasil em busca de pedras preciosas.
O pai de Santos Dumont era engenheiro por formação, tendo
trabalhado na construção de estradas de ferro. Depois, ele decidiu adquirir
terras no interior de São Paulo e dedicou-se ao cultivo
do café, uma das
atividades mais lucrativas do Brasil no final do século XIX. Sendo assim,
Santos Dumont nasceu em uma família bastante rica.
A mãe de Santos Dumont chamava-se Francisca
de Paula Santos e era filha de um comendador, portanto, também vinha
de uma família de posses. Do casamento de Francisca com Henrique, nasceram oito
filhos, dos quais Alberto Santos Dumont foi o sexto e o quarto do sexo
masculino.
Durante sua infância, Santos Dumont tinha grande interesse pela literatura, sendo as obras de Júlio Verne, escritor francês, as favoritas dele. Ainda na infância, Dumont interessava-se pela estrada de ferro que seu pai tinha construído em sua fazenda. As terras de Henrique Dumont eram tão extensas que a estrada de ferro construída dentro delas tinha 96 km de extensão.
O gosto de Santos Dumont pelo
maquinário das ferrovias e por outros que existiam na fazenda de seu pai já
demonstrava a sua disposição para a sua futura atuação. Da leitura de Verne,
ele extraiu a sua admiração pelo céu e pela aviação, a qual levaria por toda a
sua vida, tornando-se um dos grandes cientistas brasileiros.
Ida para a Europa
A partir
de 1890, a vida de Santos Dumont passou por algumas transformações por conta da saúde de
seu pai. Nesse ano, Henrique Dumont sofreu um acidente caindo de uma
charrete. Durante a queda, ele bateu a cabeça no chão, resultando-lhe um derrame
cerebral e uma consequente hemiplegia (paralisia de um dos lados do corpo).
Por causa do acidente, o pai de Dumont ficou incapacitado de administrar a fazenda e decidiu vendê-la para buscar tratamento na Europa. As terras de Henrique Dumont foram vendidas por 12 mil contos de réis, uma verdadeira fortuna. Os pais de Dumont ficaram com 1/3 da quantia, e o resto dela foi dividido entre os seus filhos.
Em 6 de abril de 1891, Santos Dumont, alguns de seus irmãos e seus
pais embarcaram rumo a Paris. Foi na França que
Dumont encontrou as condições para que pudesse desenvolver
suas habilidades científicas. A capital francesa vivia o auge
da Belle
Époque, período na história europeia marcado pela euforia com o progresso e
o avanço da ciência.
Em Paris
ele manifestou interesse pela elaboração de dirigíveis e
balões, mas a falta de verbas (pois ainda dependia financeiramente de
seu pai) fê-lo desistir desses planos temporariamente.
Ele então dedicou-se ao estudo de motores de combustão interna, e esse
interesse levou-o a comprar um automóvel fabricado
pela Peugeot, em 1891. O carro fazia 16 km/h, e quando seus pais retornaram ao
Brasil (no final de 1891), Santos Dumont trouxe-o consigo. Isso fez dele o primeiro
homem a dirigir um carro na América do Sul.
No retorno ao Brasil, Santos Dumont foi emancipado pelo
seu pai, recebeu uma parte de sua herança e uma promessa de seu pai: “você não
precisa pensar em ganhar a vida: eu lhe deixarei o suficiente para viver”.
Santos Dumont então retornou a Paris, e lá iniciou sua trajetória como um dos
grandes nomes da aeronáutica e aviação.
Dumont chegou a Paris em 1892, poucos dias antes do falecimento de
seu pai. Ele contratou um professor que lhe auxiliou em assuntos como física e
química. Tempos depois, ele ingressou na Universidade de Bristol, na
Inglaterra, como ouvinte e participou de aulas sobre construção de motores e de
objetos aeronáuticos e navais.
O aeroplano 14-Bis foi um dos projetos mais famosos de Santos
Dumont, e com ele o aviador brasileiro conseguiu um voo de 220 metros.
A partir
de 1897, Dumont iniciou seus primeiros testes no ramo da aeronáutica. Daí em
diante, ele dedicou largos anos de sua vida, primeiro, à produção de dirigíveis
e, depois, à de aviões. Seu primeiro dirigível foi usado em fevereiro de
1898, mas fracassou, só conseguindo ter um voo de sucesso na sua terceira
tentativa, em setembro do mesmo ano. Nessa ocasião, Santos Dumont chegou a 400 metros
de altura.
Em novembro de 1901, um de seus dirigíveis garantiu-lhe um prêmio.
Em 4 de novembro, ele concorreu ao Prêmio Deutsch, que
consistia em cumprir um trajeto em Paris pilotando um dirigível por até 30
minutos. Santos Dumont alcançou o feito e recebeu 129 mil francos pela
sua conquista, mas ele não ficou com o dinheiro: deu metade para a equipe que o
ajudou a construir o dirigível, e a outra metade distribuiu entre pobres
parisienses.
Nesse período, Dumont dedicou-se
ainda a projetos de outros dirigíveis, sempre procurando melhorar suas
construções. Ele chegou a fazer passeios em Paris usando-as e era uma das
personalidades mais conhecidas dessa cidade no começo do século XX. Foi somente
em 1905 que ele iniciou os testes para desenvolver uma aeronave que fosse mais
pesada que o ar.
Desses projetos nasceu o 14-Bis, aeroplano desenvolvido por Santos Dumont, com um motor de 50 cavalos de potência. O 14-Bis teve dois voos destacados: o primeiro aconteceu em 23 de outubro de 1906, com 60 metros de altura. O segundo voo foi assistido por membros da Federação Aeronáutica Internacional (FAI), no dia 12 de novembro de 1906, fazendo um voo de 220 metros a seis metros de altura em Paris.
No começo de 1909, ele apresentou o seu novo projeto: o Demoiselle. Esse
avião foi então seu novo sucesso, e, após passar por alguns ajustes, ch
egou a
alcançar 90 km/h. Como ele não quis patenteá-lo na época,
muitos aviões foram construídos baseados nele.
ESTA IMAGEM MOSTRA SANTOS DUMONT EM SEU CARRO NO BRASIL POIS ÊLE FOI O PRIMEIRO HOMEM A DIRIGIR UM CARRO NO BRASIL...JCF
Últimos anos
Em 1910, Santos Dumont sofreu um acidente em um de
seus novos modelos do Demoiselle, e por isso decidiu
aposentar-se, sua saúde não suportava mais o risco que envolvia o seu ofício.
Nessa época ele também foi diagnosticado com esclerose múltipla,
doença que até hoje não possui cura.
Nessa mesma década, Dumont viu sua invenção ser usada na Primeira Guerra Mundial, o que o
perturbou bastante. No período da guerra, ele ainda foi falsamente acusado de
ser um espião alemão, mas foi constatado que era inocente. Esse episódio e o
agravamento de sua condição de saúde fizeram com que ele decidisse retornar ao
Brasil.
Os últimos anos da vida de Santos Dumont foram marcados pela depressão, e
por isso ele passou por diversas clínicas de repouso na Europa e no Brasil. A
péssima situação de sua saúde física e mental fez com que ele fosse passado aos
cuidados de seu sobrinho Jorge Dumont Vilares.
Tio e sobrinho instalaram-se em um hotel no Guarujá, interior de
São Paulo, mas o estouro da Revolução
Constitucionalista contribuiu para abalar mais a saúde mental do
inventor brasileiro. Acredita-se que, no dia de sua morte, aviões sobrevoaram e
bombardearam alguma região próxima de onde Santos Dumont estava.
Perturbado com a cena de um avião promovendo destruição, Santos
Dumont aproveitou-se da breve saída de seu sobrinho e cometeu
suicídio, no dia 23 de julho de 1932, aos 59 anos de idade.
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