20 DE JANEIRO DE 2021 - COLUNA JCF - EDIÇÃO Nº 019-2021 - FREI CANECA -UM MARTI BRASILEIRO - JCF
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JCF – DESDE 11/05/2015
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Clovis - Tradição e Cultura
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pela historia e cultura
019-2021
– FREI CANECA – MÁRTIR BRASILEIRO
19 JANEIRO 2021 – EDIÇÃO Nº 019-2021 TERÁ O
REGISTRO BIOGRÁFICO DO FREI CANECA
1ª fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Frei_Caneca
Frei Caneca
Joaquim da Silva Rabelo,
depois Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, mas popularmente
conhecido apenas como Frei Caneca (Recife, 20 de
agosto de 1779 — Recife, 13 de janeiro de 1825), foi um religioso e político brasileiro.
Esteve implicado na Revolução Pernambucana (1817) e foi líder e
mártir da Confederação do Equador (1824). Como jornalista,
esteve à frente do Typhis Pernambucano.
A seu respeito, refere Evaldo Cabral de Mello: "O homem que,
na história do Brasil, encarnará por excelência o
sentimento nativista era curiosamente um lusitano 'jus sanguinis'."
EXECUÇÃO DE FREI CANECA,,,JCF
Biografia
Frei Caneca
De família humilde, desde cedo
demonstrando inteligência viva e grande força moral. Era filho primogênito de
um tanoeiro português,
Domingos da Silva Rabelo, e de sua esposa, Francisca Maria Alexandrina de
Siqueira. A família residia na cidade do Recife, mais precisamente no povoado
de Fora-de-Portas, edificado ao tempo das invasões holandesas para
o serviço do porto, de vocação artesanal e marcadamente portuguesa. A sua mãe
tinha um primo carmelita, o que pode explicar que se tenha tornado
noviço do Carmo e tomado o hábito em 1796, no Convento de Nossa Senhora do
Carmo, onde professou no ano seguinte (1797).
Ordenou-se em 1801, com a
necessária dispensa apostólica de idade pois tinha 22 anos, e passou a ser
conhecido como Joaquim do Amor Divino Caneca, sendo este último nome uma
homenagem ao seu pai, que fabricava vasilhames. Criando o Seminário de Olinda, obteve autorização para
cursar ali as disciplinas que a Ordem não lhe havia oferecido. Frequentava
a biblioteca do Seminário e a dos Oratorianos, em
Recife, formando a sua notável erudição. Em 1803 foi nomeado professor de Retórica e Geometria de
seu convento, onde lecionou posteriormente Filosofia racional
e moral. A partir de certo momento, o "seu interesse extrapolou os
muros do claustro, como indica seu provimento na cadeira pública de geometria
da comarca de Alagoas". Ali permaneceu pouco tempo, dada a
perspectiva de nomeação para idêntica cadeira no Recife, a qual não se
concretizou pela Revolução de 1817.
Joaquim do Amor Divino Rabelo foi iniciado maçom na Loja Maçônica Academia de Suassuna[1] e posteriormente filiado a Loja Maçônica Academia do Paraíso, que tiveram, elas ambas, suas colunas reerguidas pelo Grande Oriente Independente de Pernambuco.[
De ideias
liberais, partilhava ideias republicanas e
frequentou a Academia do Paraíso, um dos centros de reunião
daqueles que, influenciados pela Revolução Francesa e pela independência dos EUA, conspiravam contra o jugo
português.
Movimentos e Revoltas Políticas
Movimento em Pernambuco e prisão na Bahia
Participou ativamente da chamada Revolução Pernambucana (1817), que proclamou
uma República e organizou o primeiro governo
independente na região. Não há referência a participação sua, diz Cabral de
Mello, "nos acontecimentos inaugurais da sedição de 6 de
março, como a formação do governo provisório. Assim é que da relação
dos eleitores que o escolheram, não consta seu nome. Sua presença só se detecta
nas últimas semanas de existência do regime, ao acompanhar o exército
republicano que marchava para o sul da província a enfrentar as tropas do conde
dos Arcos, ocasião em que, segundo a acusação, teria exercido de capitão de
guerrilhas." Era conselheiro do exército republicano do sul, comandado
pelo coronel Suassuna.
Página do processo de julgamento dos líderes da Revolução
Pernambucana, 1819. Arquivo Nacional
"Com
uma pesada corrente de ferro no pescoço o prisioneiro ia andando devagar.
Estava descalço, usava uma batina suja e rasgada, vigiado por soldados bem
armados. Em direção ao porto, caminhava em silêncio. A Revolução Pernambucana
tinha sido esmagada, mas a ideia de libertar a província do poder central
estava cada vez mais viva."
Com a derrota do movimento, foi
preso e enviado para Salvador,
na Bahia. Ali
passou quatro anos detido, dedicando-se à redação de uma gramática da língua portuguesa.
Retorno a Pernambuco
Libertado em 1821, no contexto
do movimento constitucionalista em Portugal, Frei Caneca voltou a Pernambuco e
retomou as atividades políticas. Durante a sua viagem, chegou a ser detido
ainda na antiga cadeia de Campina
Grande, na Paraíba.
Página do processo de julgamento dos líderes da Revolução Pernambucana, 1819. Arquivo Nacional
Em 1821 esteve implicado no chamado movimento de Goiana, uma segunda sedição emancipacionista que, com apoio dos principais proprietários da mata norte e algodoeira da província, proclamou adesão às Cortes de Lisboa. Um exército de milícias rurais e da tropa de primeira linha marchou contra o Recife, sem ocupar a cidade. Os goianistas tampouco conseguiram adesão substancial na mata sul. A "Convenção do Beberibe" consagrou em setembro o "status quo", prevendo que as juntas de Recife e de Goiana continuariam a atuar nas áreas sob seu controle, à espera de decisão das Cortes. Estas determinaram a eleição de uma Junta Provisória e foi instalado o primeiro governo autônomo da província em outubro de 1821.
A Junta Governativa de Gervásio
A Junta Governativa de Gervásio
Frei Caneca apoiou a formação
da primeira Junta Governativa de Pernambuco, presidida
por um comerciante, Gervásio Pires Ferreira, que o nomeou para a cadeira
pública de geometria da vila do Recife. Foi uma Junta muito recifense, em que o
poder veio ao clero, às camadas urbanas, ao comércio, às Forças Armadas, às
profissões liberais - as forças derrotadas em 1817. Gervásio foi a figura
dominante de um governo que atuou para buscar o consenso, líder de um setor do
comércio português já nacionalizado pela residência, pelo nascimento, por laços
de família com a terra. E tinha pertencido ao governo do movimento de 1817,
companheiro de Frei Caneca nas prisões da Bahia.
Em 1822 Frei Caneca, que apoiou
com entusiasmo a Junta, redigiu a "Dissertação sobre o que se deve
entender por pátria do cidadão e deveres deste para com a mesma pátria".
Queria dar formulação teórica a um dos principais objetivos de Gervásio,
conciliar o comércio português da província com a nova ordem de coisas. Sua
principal tese é a de que os portugueses domiciliados na terra e a ela ligados
por vínculos de família e dos interesses deviam ser considerados tão
pernambucanos quanto os naturais da terra.
O dilema era entretanto grande.
Diz Evaldo Cabral de Mello, página 25 da obra citada: "As Cortes de
Lisboa, por um lado, e a regência de D. Pedro, por outro, encarnavam, em termos
das aspirações de 1817, opções igualmente legítimas, se bem que incompletas e
contraditórias. Por um lado, o Soberano Congresso oferecia um regime liberal,
sob uma monarquia constitucional, muito embora, a partir de fevereiro de 1822,
ficasse claro no Brasil que elas cobrariam o preço da não restauração pura e
simples do monopólio comercial, que era impossível ressuscitar, mas de um
sistema preferencial para o comércio e a navegação portugueses. Por sua vez, a
regência do Rio prometia a liberdade de comércio e a Independência mas com a
fatura previsível da construção de um regime autoritário baseado no
centro-sul."
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VOU ABORTAR E CONTINUAR EM OUTRA EDIÇÃO A CONCLUSÃO DO TEMA...JCF
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