08 DE JANEIRO DE 2021 - EDIÇÃO Nº 004-2021-JCF - CONJURAÇÃO BAIANA - TERCEIRA PARTE E DESFECHO...JCF
COLUNA
JCF
DESDE
11/05/2015
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
0003/2021
– A REVOLUÇÃO BAIANA SEGUNDA PARTE
05/01/2021 – Nesta
edição nº 0003/2021 vou abordar e registrar a Segunda Parte da Revolução Baiana do tema principal “A HISTORIA
DO BRASIL” (Continuação da nº 0002/2021)
Conjuração Baiana
Descrição
Conjuração Baiana, também denominada como Revolta
dos Alfaiates e recentemente também chamada de Revolta dos Búzios, foi um
movimento de caráter emancipacionista, ocorrido no final do século XVIII, na
então Capitania da Bahia, na colônia
brasileira. Wikipédia
Data de início: 1798
Data de término: 1799
Resultado: Repressão Militar; Prisão e execução de revoltosos
Período: Final do século XVIII (1798-1799)
Conjuração Baiana
Conjuração
Baiana,
também denominada como Revolta dos Alfaiates (uma vez que
alguns participantes da trama exerciam este ofício) e recentemente
também chamada de Revolta dos Búzios, foi um movimento de
caráter emancipacionista, ocorrido no final
do século XVIII (1798-1799), na então Capitania da Bahia, na colônia brasileira. Diferentemente
da Inconfidência Mineira (1789-1792), foi difundida pela
historiografia tradicional enquanto sendo um movimento de caráter popular em
que defendiam a independência e mais igualdade racial, um
governo republicano, democrático, com liberdades
plenas, o livre
comércio e abertura dos portos como principais pontos, além de um
salário maior para os soldados.
O
movimento teve participação de pessoas com profissões mais simples, como sapateiros, bordadores, ex escravos
e escravos, além, claro, de alfaiates.
A
revolta teve grande influência de ideias iluministas, que ganharam força com
a Revolução Francesa, além de alguns processos de independência
no continente americano, como Estados
Unidos e Haiti, junto com a
Inconfidência Mineira.
A
população se encontrava em um nível muito grande de insatisfação. Esse cenário
começou alguns anos antes, quando foi decidido que Salvador deixaria de ser
capital e que o Rio de Janeiro seria o novo local central da colônia.
Com a diminuição da atenção para a Bahia, recursos passaram a ser menores, o
que provocou dificuldades administrativas. Havia carência de alguns alimentos e
os impostos cobrados eram altos para a população, o que acabou culminando na
revolta.
Entre
os principais líderes do movimento destacaram-se os soldados Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas e os
alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus Nascimento. Os quatro conjurados eram negros e pardos,
e foram condenados à forca. Também esteve envolvido na conjuração o jornalista
e cirurgião Cipriano Barata, que recebeu pena branda.
A
revolta pretendia surpreender o governo, mas acabou falhando, uma vez que um
dos integrantes contou os detalhes dos planos, permitindo que forças militares
fossem mobilizadas para reprimir os revoltosos.
2ª fonte: https://www.todamateria.com.br/conjuracao-baiana/
1. ISTÓRIA
2. ›
Conjuração Baiana (1798)
Juliana
Bezerra
A Conjuração Baiana ou
Revolta dos Alfaiates foi um movimento político popular ocorrido em Salvador,
Bahia, em 1798.
Tinha como objetivos separar a Bahia de Portugal, abolir a escravatura e
atender às reivindicações das camadas pobres da população.
É também conhecida como "Conspiração dos Búzios" ou
"Revolta dos Alfaiates", por ter como principais líderes os alfaiates
João de Deus e Manuel Faustino dos Santos Lira.
A Conjuração Baiana foi composta, em sua maioria, por escravizados,
negros livres, brancos pobres e mestiços, que exerciam as mais diferentes
profissões, como sapateiros, pedreiros, soldados, etc.
Influenciada pela Revolução Francesa e pela Revolução Haitiana, a
Conjuração Baiana foi fortemente reprimida. Seus membros foram presos e, em
1799, os líderes do movimento foram condenados à morte ou ao degredo.
Líderes da
Conjuração Baiana
Além da liderança exercida
pelos alfaiates, o movimento também era encabeçado pelos soldados Luís Gonzaga
das Virgens e Lucas Dantas.
Continua na edição nº 0003/2021 com a Segunda Parte ...JCF
Continuação...
COLUNA
JCF
DESDE
11/05/2015
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
0003/2021 –
A REVOLUÇÃO BAIANA SEGUNDA PARTE
Continuação da Edição nº 0002/2021...
Os quatro
líderes da Conjuração Baiana condenados à morte em 1799. (imagem: Revista Caros Amigos)
A maçonaria exerceu uma forte influência sobre a conjuração, pois os
ideais políticos da Revolução Francesa chegavam ao Brasil também por intermédio
deste grupo.
A primeira loja maçônica criada na Bahia, Cavaleiros da Luz, contava com
a participação de diversos intelectuais que se envolveram na conjuração.
São eles: José da Silva Lisboa, futuro visconde de Cairu; o cirurgião
Cipriano Barata, o "médico dos pobres"; o farmacêutico João Ladislau
de Figueiredo; o padre Francisco Gomes; o professor de latim Francisco Barreto
e o tenente Hermógenes Pantoja, que se reuniam para ler Voltaire, traduzir
Rousseau e organizar a conspiração.
Contexto
histórico da Conjuração Baiana
Da mesma forma, repercutia na Bahia o movimento chefiado pelo negro
alforriado Toussaint Louverture, no Haiti, contra os colonizadores franceses -
o primeiro grande levante de escravizados bem sucedidos na história.
Outra causa que levou à revolta foi o fato da população da cidade de
Salvador estar em situação de penúria, depois que a capital do Brasil colônia
foi transferida para o Rio de Janeiro, em 1763. Afirmou-se a necessidade de
fundar na Bahia uma república Democrática, onde não houvesse diferenças sociais
e onde todos fossem iguais.
No dia 12 de agosto de 1798, a
cidade de Salvador amanheceu coberta de papéis manuscritos pregados aos muros
das igrejas. Os
panfletos chamavam a população à luta e proclamavam ideias de liberdade,
igualdade, fraternidade e República.
Um dos principais dizeres era:
Animai-vos povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa
Liberdade: o tempo em que todos seremos irmãos, o tempo em que todos seremos
iguais.
Fim da
Conjuração Baiana
A distribuição dos panfletos com palavras de ordem levou as autoridades
a agir prontamente e reprimir a manifestação. Alguns membros foram presos e
forçados a delatar o restante dos participantes.
O governador da Bahia, Fernando José de Portugal e Castro, soube através
de uma denúncia feita por Carlos Baltasar da Silveira, que os conspiradores
iriam se reunir no Campo de Dique, no dia 25 de agosto.
A ação do governo foi rápida e o coronel Teotônio de Souza foi
encarregado de surpreendê-los em flagrante. Diante da aproximação das tropas do
governo, alguns conseguiram fugir.
Reprimida a rebelião, as prisões sucederam-se e o movimento foi
desarticulado. Foram presas 49 pessoas, das quais três eram mulheres, nove
escravizados e outros homens livres que exerciam profissões como alfaiates,
barbeiros, soldados, bordadores e pequenos comerciantes.
Os principais envolvidos foram julgados e condenados à morte. No dia 8
de novembro de 1799, um ano e dois meses depois dos acontecimentos, os acusados
foram declarados culpados por traição.
Desta maneira, receberam a pena de morte por enforcamento e depois
esquartejados: Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas, João de Deus e Manuel
Faustino dos Santos Lira. Os corpos foram expostos em diversos locais da cidade
de Salvador para servir de exemplo a possíveis subversivos.
Os intelectuais e membros da maçonaria que
participaram da conjuração receberam penas mais brandas ou foram absolvidos.
Continua na edição nº 004/2021 com a terceira parte e desfecho...JCF
COLUNA
JCF
DESDE
11/05/2015
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
0004/2021 – JCF - A REVOLUÇÃO BAIANA TERCEIRA PARTE E DESFECHO
Fonte: https://www.todamateria.com.br/conjuracao-baiana/
Conjuração
Baiana (1798)
uliana Bezerra
Professora
de História
A Conjuração Baiana ou
Revolta dos Alfaiates foi um movimento político popular ocorrido em Salvador,
Bahia, em 1798.
Tinha como objetivos separar a Bahia de Portugal, abolir a escravatura e
atender às reivindicações das camadas pobres da população.
É também conhecida como "Conspiração dos Búzios" ou
"Revolta dos Alfaiates", por ter como principais líderes os alfaiates
João de Deus e Manuel Faustino dos Santos Lira.
A Conjuração Baiana foi composta, em sua maioria, por escravizados,
negros livres, brancos pobres e mestiços, que exerciam as mais diferentes
profissões, como sapateiros, pedreiros, soldados, etc.
Influenciada pela Revolução
Francesa e pela Revolução Haitiana, a Conjuração Baiana foi fortemente
reprimida. Seus membros foram presos e, em 1799, os líderes do movimento foram
condenados à morte ou ao degredo.
Líderes da Conjuração Baiana
Além da liderança exercida pelos alfaiates, o movimento também era encabeçado pelos soldados Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas.
Os quatro líderes da Conjuração Baiana
condenados à morte em 1799. (imagem: Revista Caros Amigos)
A maçonaria exerceu uma forte
influência sobre a conjuração, pois os ideais políticos da Revolução Francesa
chegavam ao Brasil também por intermédio deste grupo.
A
primeira loja maçônica criada na Bahia, Cavaleiros da Luz, contava com a
participação de diversos intelectuais que se envolveram na conjuração.
São eles: José
da Silva Lisboa, futuro visconde de Cairu; o cirurgião Cipriano Barata, o
"médico dos pobres"; o farmacêutico João Ladislau de Figueiredo; o
padre Francisco Gomes; o professor de latim Francisco Barreto e o tenente
Hermógenes Pantoja, que se reuniam para ler Voltaire, traduzir Rousseau e
organizar a conspiração.
Contexto
histórico da Conjuração Baiana
Da
mesma forma, repercutia na Bahia o movimento chefiado pelo negro alforriado
Toussaint Louverture, no Haiti, contra os colonizadores franceses - o primeiro
grande levante de escravizados bem sucedidos na história.
Outra
causa que levou à revolta foi o fato da população da cidade de Salvador estar
em situação de penúria, depois que a capital do Brasil colônia foi transferida
para o Rio de Janeiro, em 1763. Afirmou-se a necessidade de fundar na Bahia uma
república Democrática, onde não houvesse diferenças sociais e onde todos fossem
iguais.
No dia
12 de agosto de 1798, a cidade de Salvador amanheceu coberta de papéis
manuscritos pregados aos muros das igrejas. Os panfletos chamavam a população à
luta e proclamavam ideias de liberdade, igualdade, fraternidade e República.
Um dos
principais dizeres era:
Animai-vos povo baiense que está para chegar o tempo feliz da
nossa Liberdade: o tempo em que todos seremos irmãos, o tempo em que todos
seremos iguais.
Fim da
Conjuração Baiana
A
distribuição dos panfletos com palavras de ordem levou as autoridades a agir
prontamente e reprimir a manifestação. Alguns membros foram presos e forçados a
delatar o restante dos participantes.
O
governador da Bahia, Fernando José de Portugal e Castro, soube através de uma
denúncia feita por Carlos Baltasar da Silveira, que os conspiradores iriam se
reunir no Campo de Dique, no dia 25 de agosto.
A ação
do governo foi rápida e o coronel Teotônio de Souza foi encarregado de surpreendê-los
em flagrante. Diante da aproximação das tropas do governo, alguns conseguiram
fugir.
Reprimida
a rebelião, as prisões sucederam-se e o movimento foi desarticulado. Foram
presas 49 pessoas, das quais três eram mulheres, nove escravizados e outros homens
livres que exerciam profissões como alfaiates, barbeiros, soldados, bordadores
e pequenos comerciantes.
Os principais envolvidos foram
julgados e condenados à morte. No dia 8 de novembro de 1799, um ano e dois
meses depois dos acontecimentos, os acusados foram declarados culpados por
traição.
Desta maneira, receberam a pena de morte por enforcamento e depois esquartejados: Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas, João de Deus e Manuel Faustino dos Santos Lira. Os corpos foram expostos em diversos locais da cidade de Salvador para servir de exemplo a possíveis subversivos.
Os intelectuais e membros da
maçonaria que participaram da conjuração receberam penas mais brandas ou foram
absolvidos.
Apesar
de seu terrível desfecho, a Conjuração Baiana influenciou outros movimentos
como a independência (1822), a Revolta do Malês (1835) e a abolição da
escravatura (1888).
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