27 JANEIRO 2021 - COLUNA JCF - EDIÇÃO Nº 024 2021 - A FADA DI REPOLHO...JCF


 

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024-2021 – A HISTORIA DO CINEMA

 

22/JANEIRO/2021 – EDIÇÃO Nº 027-2021 RETRATAREI UM CONTO POPULAR DE 1896 – A FADA DOS REPOLHOS.JCF

1ª fonte: https://catarinas.info/pioneiras-do-cinema-a-inventiva-e-visionaria-alice-guy-blache/

Pioneiras do Cinema: a inventiva e visionária Alice Guy-Blaché

Não há nada relativo à realização de um filme que uma mulher não possa fazer tão facilmente quanto um homem, e não há razão para que ela não possa dominar completamente todos os detalhes técnicos dessa arte”.

A frase inspiradoramente feminina é de autoria de Alice Guy-Blaché, a primeira diretora de cinema da história. Responsável pela realização de mais de mil filmes, Alice Guy também foi a primeira roteirista, produtora e diretora de um estúdio cinematográfico e, para além destes feitos pioneiros, deixou também uma herança inestimável à cinematografia mundial com a estética e os temas abordados em suas realizações. Seu legado fez também enorme diferença para outras pioneiras que seguiram alargando caminhos na realização de filmes e na construção de uma linguagem específica para esta expressão criativa.

Incrivelmente, ainda nos dias de hoje, a história do cinema negligencia os nomes e o legado de muitas mulheres – mas muitas mesmo –, que contribuíram para o desenvolvimento da arte e da indústria cinematográfica. Nos primórdios e na chamada Era Clássica do Cinema há incontáveis mulheres das quais nunca tivemos notícias até que as próprias mulheres se ocupassem de trazer estas contribuições à luz, não só do cinematógrafo, mas também da história social e cultural humana. É sobre estas realizadoras e pensadoras do cinema que a atual série de artigos pretende se debruçar, sem, no entanto, ter a intenção de esgotar o tema ou dar conta de todas as trajetórias daquelas que colaboraram para transformar o cinema numa arte popular.


Alice Guy Blache dirigindo/Imagem: acervo.

A cinematografia como a conhecemos na atualidade foi pensada, praticada e aperfeiçoada por inúmeras mulheres desde o seu surgimento, a ponto de ter sido a francesa Alice Guy-Blaché a primeira pessoa a dirigir um filme narrativo e ficcional, ao contrário do que comumente se acreditava ao conferir este acontecimento ao seu conterrâneo, o ilusionista e diretor Georges Méliès, reconhecido pelo emblemático Viagem à Lua, filme de 1902.

O primeiro filme a desenvolver uma história de forma narrativa foi na realidade A Fada dos Repolhos, concebido, produzido e dirigido por Alice Guy, que adaptou uma tradicional fábula francesa sobre a origem dos bebês. Antes desta realização os registros feitos pelas primeiras invenções, que permitiram capturar imagens em movimento, eram de caráter documental, como foram os impressionantes filmes projetados pelos irmãos Lumiére no Grand Café du Boulevard des Capucines, em Paris, no ano de 1895. Na ocasião o público viu, pela primeira vez, as históricas imagens dos A Saída dos Operários da Fábrica Lumière e A Chegada do Trem na Estação, que encantam plateias até hoje.

O filme dirigido por Alice Guy, cujo título original é La Fee aux Choux, foi estrelado pela sua amiga Yvonne Serrand, que interpretava a fada na versão fílmica do conhecido conto popular francês. A diretora contou com a ajuda de outras amigas para a realização que teve que ser produzida aos domingos, nos horários de folga do seu trabalho como secretária de Léon Gaumont. Aos 21 anos Alice foi admitida pelo proprietário da empresa Gaumont, que àquela data dedicava-se à comercialização de equipamentos e suprimentos fotográficos, para depois tornar-se uma companhia de produção cinematográfica em atividade até os nossos dias. Ela havia feito um curso de taquigrafia para poder garantir seu sustento depois do falecimento do pai e da falência das livrarias da família.

O lançamento daquela pequena produção de menos de um minuto de duração deu-se pouco tempo antes da estreia de Le Manoir du diable, primeiro filme dirigido por Georges Méliès, no ano de 1896. Por muito tempo este diretor foi considerado erroneamente como o precursor do cinema de ficção, deixando patente que a história oficial do cinema foi escrita sob um olhar masculino e que ainda temos muito a descobrir sobre a participação feminina na cinematografia mundial.

Cena do filme “A Fada dos Repolhos”, de 1986/Foto: acervo

A EXPERIMENTAÇÃO COMO CRIADORA 

“Com essa invenção a morte não será mais absoluta. As pessoas que vimos na tela estarão conosco movendo-se e vivas, mesmo após a sua morte”, exclamava o entusiasmado artigo no jornal La Poste, referindo-se a primeira apresentação do cinema em público realizada por Louis e Auguste Lumière, naquele final de século. Era o cinematógrafo: uma câmera que fazia as fotografias fixas ganharem movimento.

Foi exatamente a possibilidade de tornar perenes as imagens captadas pelas primeiras invenções cinematográficas que despertou em Alice Guy-Blaché a vontade de experimentar como criadora. Com o argumento de promover o equipamento posteriormente aprimorado pela Gaumont, Alice convenceu seu chefe de que pequenos filmes promocionais poderiam impulsionar as vendas do aparelho e da nova tecnologia, ampliando os negócios da companhia.

A sagacidade da pioneira para os negócios viu nos filmes documentais sobre o cotidiano da cidade um potencial que ia além do uso doméstico e científico: ela previu que os filmes seriam um espetáculo de entretenimento massivo e propôs ao seu patrão que investisse nos equipamentos apresentados naquela histórica exibição.

Dias antes daquela projeção pública Gaumont havia sido convidado por Louis Lumiére para uma demonstração privada daquilo que seria levado para a que foi a primeira sessão de cinema de que se tem notícia. Alice Guy também estava entre o seleto grupo de convidados acompanhando o empresário e ficou encantada com as possibilidades que vislumbrou para contar histórias.

Muito possivelmente a tendência narrativa demonstrada por Alice desde seus primeiros filmes deve-se ao fato de ter sido filha de um livreiro empreendedor que lhe legou o gosto pela literatura e o tino comercial. Alice criava filmes com uma trama que se desenvolvia. León Gaumont ficou tão entusiasmado com o resultado de Alice em seu primeiro filme que criou um departamento de cinema narrativo que ficou a cargo da diretora.

VOU ABORTAR ESTA EDIÇÃO, JÁ MARAVILHADO COM O RE SULTADO,POIS SOU UM CINÉFILO E CINEMA É UMA DAS BELAS ARTES CULTURAIS...JCF

 

 


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