27 JANEIRO 2021 - COLUNA JCF - EDIÇÃO Nº 024 2021 - A FADA DI REPOLHO...JCF
COLUNA
JCF – DESDE 11/05/2015
JCF
Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
024-2021
– A HISTORIA DO CINEMA
22/JANEIRO/2021 – EDIÇÃO Nº 027-2021 RETRATAREI
UM CONTO POPULAR DE 1896 – A FADA DOS REPOLHOS.JCF
1ª fonte: https://catarinas.info/pioneiras-do-cinema-a-inventiva-e-visionaria-alice-guy-blache/
Pioneiras
do Cinema: a inventiva e visionária Alice Guy-Blaché
Não há nada
relativo à realização de um filme que uma mulher não possa fazer tão facilmente
quanto um homem, e não há razão para que ela não possa dominar completamente
todos os detalhes técnicos dessa arte”.
A frase inspiradoramente feminina é de autoria de Alice
Guy-Blaché, a primeira diretora de cinema da história. Responsável pela
realização de mais de mil filmes, Alice Guy também foi a primeira roteirista,
produtora e diretora de um estúdio cinematográfico e, para além destes feitos
pioneiros, deixou também uma herança inestimável à cinematografia mundial com a
estética e os temas abordados em suas realizações. Seu legado fez também enorme
diferença para outras pioneiras que seguiram alargando caminhos na realização
de filmes e na construção de uma linguagem específica para esta expressão
criativa.
Incrivelmente, ainda nos dias de hoje, a história do cinema
negligencia os nomes e o legado de muitas mulheres – mas muitas mesmo –, que
contribuíram para o desenvolvimento da arte e da indústria cinematográfica. Nos
primórdios e na chamada Era Clássica do Cinema há incontáveis mulheres das
quais nunca tivemos notícias até que as próprias mulheres se ocupassem de
trazer estas contribuições à luz, não só do cinematógrafo, mas também da
história social e cultural humana. É sobre estas realizadoras e pensadoras do
cinema que a atual
série de artigos pretende
se debruçar, sem, no entanto, ter a intenção de esgotar o tema ou dar conta de
todas as trajetórias daquelas que colaboraram para transformar o cinema numa
arte popular.
Alice Guy Blache dirigindo/Imagem: acervo.
A cinematografia
como a conhecemos na atualidade foi pensada, praticada e aperfeiçoada por
inúmeras mulheres desde o seu surgimento, a ponto de ter sido a francesa Alice
Guy-Blaché a primeira pessoa a dirigir um filme narrativo e ficcional, ao
contrário do que comumente se acreditava ao conferir este acontecimento ao seu
conterrâneo, o ilusionista e diretor Georges Méliès, reconhecido pelo
emblemático Viagem à Lua, filme de 1902.
O primeiro filme a
desenvolver uma história de forma narrativa foi na realidade A Fada dos Repolhos, concebido,
produzido e dirigido por Alice Guy, que adaptou uma tradicional fábula francesa
sobre a origem dos bebês. Antes desta realização os registros feitos pelas
primeiras invenções, que permitiram capturar imagens em movimento, eram de
caráter documental, como foram os impressionantes filmes projetados pelos
irmãos Lumiére no Grand Café du Boulevard des Capucines, em Paris,
no ano de 1895. Na ocasião o público viu, pela primeira vez, as históricas
imagens dos A Saída dos Operários da Fábrica Lumière e A Chegada do Trem
na Estação, que encantam plateias até hoje.
O filme dirigido
por Alice Guy, cujo título original é La Fee aux Choux, foi estrelado
pela sua amiga Yvonne Serrand, que interpretava a fada na versão fílmica do
conhecido conto popular francês. A diretora contou com a ajuda de outras amigas
para a realização que teve que ser produzida aos domingos, nos horários de
folga do seu trabalho como secretária de Léon Gaumont. Aos 21 anos Alice foi
admitida pelo proprietário da empresa Gaumont, que àquela data dedicava-se à
comercialização de equipamentos e suprimentos fotográficos, para depois
tornar-se uma companhia de produção cinematográfica em atividade até os nossos
dias. Ela havia feito um curso de taquigrafia para poder garantir seu sustento
depois do falecimento do pai e da falência das livrarias da família.
O lançamento
daquela pequena produção de menos de um minuto de duração deu-se pouco tempo
antes da estreia de Le Manoir du diable, primeiro filme
dirigido por Georges Méliès, no ano de 1896. Por muito tempo este diretor foi
considerado erroneamente como o precursor do cinema de ficção, deixando patente
que a história oficial do cinema foi escrita sob um olhar masculino e que ainda
temos muito a descobrir sobre a participação feminina na cinematografia
mundial.
Cena do filme “A Fada dos Repolhos”, de 1986/Foto: acervo
A EXPERIMENTAÇÃO COMO CRIADORA
“Com
essa invenção a morte não será mais absoluta. As pessoas que vimos na tela
estarão conosco movendo-se e vivas, mesmo após a sua morte”, exclamava
o entusiasmado artigo no jornal La
Poste, referindo-se a primeira apresentação do cinema em público
realizada por Louis e Auguste Lumière, naquele final de século. Era o
cinematógrafo: uma câmera que fazia as fotografias fixas ganharem movimento.
Foi exatamente a
possibilidade de tornar perenes as imagens captadas pelas primeiras invenções
cinematográficas que despertou em Alice Guy-Blaché a vontade de experimentar
como criadora. Com o argumento de promover o equipamento posteriormente
aprimorado pela Gaumont, Alice convenceu seu chefe de que pequenos filmes
promocionais poderiam impulsionar as vendas do aparelho e da nova tecnologia,
ampliando os negócios da companhia.
A sagacidade da
pioneira para os negócios viu nos filmes documentais sobre o cotidiano da
cidade um potencial que ia além do uso doméstico e científico: ela previu que
os filmes seriam um espetáculo de entretenimento massivo e propôs ao seu patrão
que investisse nos equipamentos apresentados naquela histórica exibição.
Dias antes daquela projeção pública Gaumont havia sido convidado por Louis Lumiére para uma demonstração privada daquilo que seria levado para a que foi a primeira sessão de cinema de que se tem notícia. Alice Guy também estava entre o seleto grupo de convidados acompanhando o empresário e ficou encantada com as possibilidades que vislumbrou para contar histórias.
Muito possivelmente a tendência narrativa demonstrada por
Alice desde seus primeiros filmes deve-se ao fato de ter sido filha de um
livreiro empreendedor que lhe legou o gosto pela literatura e o tino comercial.
Alice criava filmes com uma trama que se desenvolvia. León Gaumont ficou tão
entusiasmado com o resultado de Alice em seu primeiro filme que criou um
departamento de cinema narrativo que ficou a cargo da diretora.
VOU ABORTAR ESTA
EDIÇÃO, JÁ MARAVILHADO COM O RE SULTADO,POIS SOU UM CINÉFILO E CINEMA É UMA DAS
BELAS ARTES CULTURAIS...JCF
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