26 JANEIRO 2021 - JCF - COLUNA JCF - EDIÇÃO Nº 028 -02021 - UM CONTO BRASILEIRO...JCF
COLUNA
JCF – DESDE 11/05/2015
JCF
Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
028-2021
– CULTURA POPULAR BRASILEIRA
22/JANEIRO/2021 – EDIÇÃO Nº 028-2021
RETRATAREI A CULTURA POPULAR BRASILEIRA E INICIANDO ESTE TEMA VAMOS REGISTRAR
PO CONTO BRASILEIRO DA ONÇA E O BODE...JCF
A cultura popular brasileira reúne um conjunto de
lendas, mitos e tradições do país, que estão calcados na história e na
miscigenação de culturas, das quais se destacam: a portuguesa, a
africana e a indígena. Conheça exemplos de cultura popular que
se destacam em cada área.
1ª fonte: https://www.pensador.com/a_onca_e_o_bode/
O
primeiro conto popular
brasileiro a ser retratado nesta edição nº
028/2021 será “A ONÇA E O BODE”
A Onça e o Bode
Uma onça queria fazer uma casa e
achou um lugar onde tirou o mato para ali fazer a sua casa.
O bode, que também andava com vontade
de fazer uma casa, foi procurar um lugar, e, chegando no que a onça tinha
aberto espaço no mato, disse:
— Bravo! Que belo lugar para levantar
a minha casa!
O bode cortou logo umas palhas e
fixou naquele lugar. Depois se foi embora.
No dia seguinte, a onça lá chegando e
vendo as palhas, disse:
— Oh! Quem me está ajudando?! Bravo,
é Deus que está me ajudando!
Começou a armar todas as palhas, e
foi-se.
O bode, quando veio de novo,
admirou-se e disse:
— Oh! Quem está me ajudando?! É Deus
que está me protegendo.
Botou logo a armação do telhado na
casa, e foi-se.
Vindo a onça, ainda mais se espantou,
e botou as ripas e os enchimentos e retirou-se.
O bode veio, e levantou a casa e
foi-se. A onça veio e cobriu. O bode veio e tapou. Assim foram, cada um por sua
vez, aprontando a casa. Finalizada, veio a onça, fez a sua cama e meteu-se
dentro. Logo depois chegou o bode, e, vendo a outra, disse:
— Não, amiga, esta casa é minha,
porque fui eu quem fixei as palhas, armei o telhado, levantei, e tapei.
— Não, amigo, respondeu a onça, a
casa é minha, porque fui eu que retirei o mato do lugar, botei as travessas, as
ripas, os enchimentos, e o cobri.
Depois de um tempo, a onça, que
estava com vontade de comer o bode, disse:
— Mas não haja briga, amigo bode, nós
dois podemos ficar morando na casa.
O bode aceitou, mas com muito medo. O
bode armou a sua rede bem longe da onça. No outro dia a onça disse:
— Amigo bode, quando você me vir
franzir o couro da testa, eu estou com raiva, tome sentido!
— Eu, amiga onça, quando você me vir
balançar as minhas barbinhas ali nas goteiras e dar um espirro, você fuja, que
eu não estou de brincadeira.
Depois a onça saiu, dizendo que ia
buscar de comer. Lá, por longe de casa, pegou um grande bode e, para fazer medo
ao seu companheiro, matou-o, e entrou com ele pela casa adentro. Atirou-o no
chão e disse:
— Está aqui, amigo bode, esfole e
trate para nós comer.
O bode, quando viu aquilo, disse lá
consigo: "Quando este, que era tão grande, você matou, quanto mais a
mim!"
No outro dia ele disse à onça:
— Agora, amiga onça, quem vai buscar
de comer sou eu.
E largou-se. Chegando longe, avistou
uma onça bem grande e gorda, disfarçou e pôs-se a tirar cipós no mato. A onça
veio chegando, e, vendo aquilo, disse:
— Amigo bode, para que tanto cipó?
— Para quê?! O negócio é sério, trate
de si... O mundo está para acabar, e é com dilúvio...
O que está dizendo, amigo bode?
— É verdade. E você, se quiser
escapar, venha se amarrar, que eu já me vou.
A onça foi, e escolheu um pau bem
alto e grosso, pedindo ao bode para que a amarrasse. O bode amarrou-a
perfeitamente e, quando a viu bem segura, meteu-lhe o cacete, até matá-la.
Depois arrastou-a.
Chegou em casa, largou-a no chão,
dizendo:
— Está aqui. Se quiser esfole e
trate.
A onça ficou espantada e com medo.
Ambos temiam um ao outro.
Certo dia, o bode estava tomando ar
fresco e olhou para a onça, ela estava com o couro da testa franzido. Ele teve
receio, abalou as barbas e largou um espirro. Logo correram cada um para seu
lado.
E ainda hoje correm de medo um do outro...____________________________________________________________
ATÉ A PRÓXIMA...JCF


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