10 DE FEVEREIRO DE 2021 - COLUNA JCF - TRADIÇÃO E CULTURA - EDIÇÃO Nº  047 -02021- JCF


 

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047-2021 – OS SOLDADOS DA BORRACHA (RO)

 

 

09/FEVEREIRO/2021 – EDIÇÃO Nº 047-2021 RETRATAREI OS DESTEMIDOS SOLDADOS DA BORRACHA (RO)

1ª fonte: http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2014/10/aos-94-anos-ex-soldado-da-borracha-conta-historia-de-amor-por-porto-velho.html

Aos 94 anos, ex-soldado da borracha conta história de amor por Porto Velho

 

o início da década de 1940, o objetivo do ex-soldado da borracha Francisco da Rocha, hoje com 94 anos, era vir à Amazônia ganhar dinheiro com a extração de látex e depois voltar para o estado natal, o Rio Grande do Norte. Ele, o pai, a mãe e três irmãos chegaram a Porto Velho com esse intuito. O comércio de borracha movimentava parte da economia do país durante a Segunda Guerra Mundial.

 

No Rio Grande do Norte, a situação era difícil para a família. "Sabe qual era a situação de ter o produto, mas não ter pra quem vender? Tínhamos muitas criações no Nordeste, mas ninguém tinha dinheiro para comprar nossas mercadorias", relata.

Em meio aos problemas financeiros e à seca, seu Francisco conta que ao ver os amigos se alistando para vir à Amazônia, lembrou-se do sonho de morar em um lugar onde chovesse muito. Apesar de a mãe contar histórias sobre os perigos com feras e onças.

Francisco da Rocha, o Mossoró, vive há mais de 70 anos no município.

No Rio Grande do Norte, a situação era difícil para a família. "Sabe qual era a situação de ter o produto, mas não ter pra quem vender? Tínhamos muitas criações no Nordeste, mas ninguém tinha dinheiro para comprar nossas mercadorias", relata.

Em meio aos problemas financeiros e à seca, seu Francisco conta que ao ver os amigos se alistando para vir à Amazônia, lembrou-se do sonho de morar em um lugar onde chovesse muito. Apesar de a mãe contar histórias sobre os perigos com feras e onças.

 

Viagem para Porto Velho
Francisco se alistou para se tornar um soldado da borracha na Amazônia com a promessa de mandar dinheiro para a família, mas a história mudou. “Quando saí do alistamento, dei de cara com meu pai, que disse que eu só iria se ele fosse. Meu pai tinha 62 anos e passou nos exames. Disseram que ele era um coroa sadio e que nós íamos ser felizes”, conta.

O pai de Francisco decidiu que toda a família iria embora, a mãe e três irmãos também foram. O caminho do Rio Grande do Norte até Porto Velho foi complicado. Mossoró diz que ao todo a viagem durou três meses. Tudo começou em um caminhão "pau de arara" até Fortaleza, em seguida foram de navio para Belém. Na capital do Pará, ele ficou internado por cerca de 20 dias após contrair sarampo e catapora. Quando melhorou seguiram viagem para Rondônia. "Era uma embarcação muito lenta, demorava muito e tinha que parar à noite", diz.

Exército


  lembranças de Belém não foram boas, o pai contraiu malária e chegou doente a Porto Velho. Quando desembarcaram em Rondônia, Mossoró ao invés de ir para o seringal se alistou no Exército. "Um amigo disse que servir ao Exército era o mesmo que cortar seringa e sempre tive sonho de vestir farda, achava bonita”, comenta. Ele serviu à 3ª Companhia de Fronteira por seis meses, até receber a notícia da morte do pai em consequência da malária. “Na época não tinha remédio e as pessoas morriam todo dia", lamenta.

Vida no seringal
Com a morte do pai, Francisco, que era o mais velho, acabou pedindo licença do Exército para ficar com a família. Após a saída, foram quatro meses até a ida para o seringal.  "Era uma vida muito triste e solitária. Morava num barraquinho de 2x2, fechado com madeira e paxiúba e onças esturrando em volta da casa”, relata. A rotina era sair cedo para extrair o látex, voltar meio dia para defumar o leite e tomar um banho para almoçar a comida feita no dia anterior.

Devido a distância, os seringueiros não recebiam visitas. Quem aparecia mensalmente era o "comboieiro", que buscava a borracha para pesar no barracão. "No final do mês tinha festinha, mas não tinha mulher. Já vi homem dançar com homem. Eu nunca dancei, só observei", garante. Foi assim durante um ano e seis meses, em um seringal de Porto Velho, no Rio Mucuim. “Até eu ver que aquilo não era vida. Pedi ao patrão para ir a cidade ver minha mãe e meu saldo. Ele perguntou se eu voltava e eu disse que sim”, afirma.

Seu Francisco ganhou 12 mil réis por um ano e seis meses de trabalho, ao chegar a Porto Velho, recebeu uma bronca da mãe que se preocupava com o filho dentro de um seringal. "Fui pra casa e fiquei pensando ‘eu volto ou não?’. Não voltei mais", diz.

Sempre visito

Bairro Agricolândia

Sem o seringal, Mossoró começou a vida no bairro Arigolândia, local onde vive até hoje. O bairro tem o nome em homenagem aos "arigós", como eram chamados os nordestinos. Ele arrendou uma pequena propriedade e iniciou o plantio de uma horta e depois trabalhou com pesca. "Quando eu cheguei nesse bairro, não tinha rua, só barro. Eu tinha ideia de ir embora, mas pensei aqui é que eu estava sendo abençoado", pontua.

Após mais de 70 anos na capital rondoniense, seu Francisco desistiu de voltar para sua terra natal. "Vi muita coisa acontecer em Rondônia, resolvi ficar e sou muito feliz na vida. Fui pegando gosto por aqui. Sempre visito o Nordeste, gosto de lá, mas eu amo Porto Velho e quero ser enterrado aqui. Sou nordestino só porque nasci lá", finaliza.

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ASSIM FINALIZO ESTA HISTORIA REAL DE UM EX-SOLDADO DA BORRACHA RELATANDO TUDO QUE OICORREU ATÉ CHEGAR EM RONDÔNIA,,,JCF

 

 

 

 

 

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