08 FEVEREIRO 2021 COLUNA JCF -TRADIÇÃO E CULTURA - EDIÇÃO Nº 045 - 2021 - SEGUNDA PARTE DO TEMA "INDIOS HUAORAMANI
E
MAIS Rondônia Com Você e Ponto
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
045
- 2021 – OS INDIOS HUAORAMI – PARTE 2
06/02/2021 – EDIÇÃO Nº 044 – 2021 TERÁ O
REGISTRO DA SEGUNDA PARTE DOS COSTUMES E CULTURA DOS INDIOS HUAORAMI
Eles já não limpam a terra mas plantam
colheitas de raízes e milho sob tetos para evitar que sejam destruídos pelos
helicópteros. Eles cozinham tarde à noite, para que a fumaça que sai de seus
fogões não os delate. Eles estão o tempo todo em movimento, procurando sempre
caça silenciosa e melhores esconderijos.
1ª fonte: https://observatorio3setor.org.br/carrossel/luta-dos-povos-indigenas-para-preservar-sua-cultura/
CULTURAS EM TRANSFORMAÇÃO
os índios e a civilização
Resumo: A partir da
experiência de um grupo indígena brasileiro, este artigo realiza uma reflexão
sobre as transformações culturais e o perigo de perda cultural e de identidade.
Para isso, retomam-se os conceitos de cultura e civilização tais como
concebidos e pela antropologia e no senso comum, contrapondo-os às noções
indígenas de cultura e tradição, com o objetivo de entender como elas lidam com
a permanência e a mudança cultural.
Muito se comenta, e se
lamenta, que os índios estão perdendo sua cultura. Um índio calçado e vestido
com calça jeans, falando português, utilizando gravadores e vídeos ou morando
em uma favela em São Paulo aparece aos olhos do público como menos índio. Eles
deveriam seguir suas tradições, se diz. E nós deveríamos deixá-los em paz,
devolvê-los ao isolamento, para que possam seguir seus caminhos.
É claro que devemos muito aos nossos
índios, e precisamos deixá-los em paz. A questão é como fazer isso. Certamente
não é devolvendo-os a um isolamento que nunca conheceram, pois nós somos apenas
mais um dos outros povos com que cada povo indígena manteve contato ao longo da
história, seja através de trocas amistosas, seja de forma bélica. Por outro
lado, não somos "apenas" mais um povo; nossa tecnologia nos faz
especialmente perigosos e, ao longo desses 500 anos, a história não tem sido
fácil para os índios, que tiveram que lutar para sobreviver a epidemias,
guerras, escravidão, aldeamentos e esforços de integração à população
nacional ¾ e foram poucos os que conseguiram. Como, então, sem
isolá-los, mantendo-os em uma redoma de vidro, podemos contribuir para sua
sobrevivência física e cultural?
A questão da sobrevivência física impõe
iniciativas objetivas: atendimento médico; garantia de território; punições a
práticas de genocídio. Já a sobrevivência cultural apresenta problemas de outro
tipo, sendo que o primeiro é defini-la. Para tanto, propõe-se, nesse artigo,
fazer uma reflexão do que se entende por "cultura" e
"tradição" e, portanto, por sobrevivência cultural, contrapondo essas
concepções aos modos como algumas etnias indígenas as entendem e utilizam, em
especial os Xikrin, grupo Kayapó que vive no Pará.
A
IDÉIA DA CULTURA
O conceito de cultura tem uma longa
história e sua origem é anterior ao esforço da antropologia de estudar e
compreender povos com costumes e modos de vida diferentes. Como mostra Elias
(1990), cultura e civilização são conceitos
que surgem na Europa e que, já de início, ganham significados diversos entre as
várias populações nacionais nascentes. Grosso modo, porém, esses termos parecem
conotar a unidade ocidental e as diferenças internas a ela: se civilização é um
resultado final de um processo que culmina no Ocidente, cultura designa as
particularidades das populações ocidentais ¾ os modos franceses,
ingleses, alemães.
Na antropologia evolucionista de fins
do século XIX, uma história comum a todos os povos culminaria na civilização
ocidental, ápice da evolução, e as diferenças culturais ficavam subordinadas a
uma concepção de estágios, ou estados, que deveriam ser ultrapassados. Funda-se
então a missão civilizatória ocidental. Com a crítica aos evolucionistas e a
admissão da relatividade cultural, a antropologia norte-americana, de um lado,
e a inglesa, de outro, recusam o que foi chamado de pseudo-história ou história
conjectural e buscam entender a diferença cultural. Está em jogo, aqui, uma
oposição entre diferença e desigualdade.
Na antropologia americana, cultura
passa a ser definida como um conjunto de traços que podem ser perdidos ou
tomados de empréstimo de populações vizinhas, enquanto a antropologia britânica
a pensa como um sistema de partes articuladas entre si, cuja lógica própria
deve ser entendida. Porém, essa visão de "traços culturais" que podem
ser perdidos acaba por levar à noção de aculturação, ou seja, de um processo
regressivo de perda cultural, a que os povos nativos (não-ocidentais, "primitivos")
de todo o mundo estariam especialmente sujeitos. Passa-se, então, a se
preocupar com o desaparecimento da diversidade cultural.
As discussões a respeito da etnicidade
reviram essa definição reificadora da cultura, como traços ou elementos que
podem ser perdidos, e focaram as fronteiras que delimitam uma
cultura (Barth, 1969). Nessa acepção, o que define uma cultura não são seus
traços constitutivos, mas sim o estabelecimento da fronteira entre um e outro,
o que é feito pela atribuição da diferença, pelos traços diacríticos (Carneiro
da Cunha, 1986). Assim, o que importa não é a manutenção dos traços em si, mas
da diferença que origina a identidade e que é estabelecida contextualmente por
meio de traços maleáveis e flexíveis. A cultura não deve se manter em uma suposta
integridade; o que deve ser preservada é sua diferenciação em relação às
outras, são as fronteiras, e essas são traçadas por elementos que têm origem
cultural, mas são escolhidos em contexto.
Mais do que isso, as
culturas foram percebidas em suas transformações. Todas as culturas estão na
história, o que diverge entre elas é o modo como lidam com a história com que
se defrontam e se transformam (Sahlins, 1991). Portanto, a mudança cultural
deixa de ser percebida como um fantasma que assombra os nativos do mundo todo e
passa a ser entendida como um meio de reprodução social que é pautada também
pela história.
2ª fonte: https://www.todamateria.com.br/cultura-indigena/
Cultura Indígena
A cultura indígena abarca a produção material e
imaterial de inúmeros e distintos povos em todo o mundo.
É importante destacar que não há uma cultura indígena, mas várias, e
cada povo desenvolveu suas próprias tradições religiosas, musicais, de festas,
artesanatos, dentre outras.
História do
Índios
Grosso modo, as populações
indígenas foram aquelas dominadas escravizadas durante o período colonial e
neocolonial, mas que, a despeito disso, preservaram, em muitos casos, sua
continuidade histórica e social até os dias atuais.
A palavra “índio” foi uma
criação europeia para designar aqueles que viviam no Extremo Oriente, portanto,
a “identidade indígena” somente surgiu em oposição à europeia após o advento do
colonialismo.
Muitos costumes indígenas
assombraram os colonizadores, tal qual o canibalismo, a feitiçaria, o incesto e
o infanticídio neonatal.
Estrutura
Social dos Índios
De modo geral, as sociedades
indígenas são sociedades sem propriedade privada, de habitação coletiva,
igualitárias, descentralizadas politicamente e com status social distinto
segundo a divisão do trabalho.
Normalmente,
os homens se encarregam da construção da aldeia, da guerra, caça e pesca, da
liderança tribal e dos rituais xamânicos, enquanto as mulheres lidam do plantio
e da colheita, preparam os alimentos e produzem tecidos, adornos e utensílios.
Uma indígena
waorani caminha pela selva em Gareno, a 17 quilômetros ao sul de Quito
(Equador), em 7 de dezembro. Três grupos étnicos procedentes do Equador, Peru e
Brasil concordaram em mudar seus hábitos para proteger a biodiversidade, no
mesmo ano em que foi fechado o acordo sobre o clima na Cúpula de Paris (COP21).
No
Equador, os waroani deixaram de caçar em 2010 e optaram por colher cacau. No
Brasil, começaram a se dedicar à criação de peixes de água doce e, no Peru,
estão estabelecendo pequenos governos autônomos para defender o território da
extração de recursos. Na foto, uma indígena waorani de Gareno.
Especialistas já
alertaram inúmeras vezes: um aquecimento superior a 1,5 grau pode acabar com a
floresta. Falar da Amazônia é falar sobre água, sobre dióxido de carbono. É
falar sobre o rio mais longo e volumoso, largo e mais profundo, com uma das
maiores reservas de água doce do planeta. Na foto, uma paisagem de Gareno.
Diante
da quantidade de carne de animais silvestres vendida para o mercado, a
Associação de Mulheres Waorani da Amazônia Equatoriana (Amwae) criou um projeto
de entrega de mudas de cacau a mulheres indígenas para o cultivo e, em troca,
os homens deviam deixar a caça. Na imagem, duas índias waorani provam a fruta
do cacau.
Minha mãe e eu levamos o
evangelho aos assassinos de meu pai”
A história dos missionários que morreram assassinado pelos índios
Huaorani, uma tribo isolada da selva amazônica de Equador, já foi tema de
livros e até de um filme. Valery Sheppard, filha de Jim Eliott, um desses
missionários, contou recentemente ao programa Witness, da BBC, como a família
reagiu depois da tragédia.
Além de
Elliot, Nate Saint, Ed McCully, Peter Fleming e Roger Youderian decidiram levar
o evangelho para os Huaorani (também conhecidos como aucas), mas não foram bem
recebidos.
A tribo
guerreira os avisou que não desejava contato com o homem branco. Eles
insistiram e pagaram com a vida, sendo mortos com golpes de lança. Mesmo
estando armados, os americanos não se defenderam.
Valery
conta que apesar da dor do luto, as esposas dos obreiros falecidos decidiram
insistir em fazer contato com os mesmos homens que mataram seus maridos.
“Acho que
Deus permitiu isso para que fôssemos testemunhas do que significa seguir a
Cristo”, diz Valery. Após da morte de seu pai, ela e a mãe Elisabeth Elliot
conseguiram permissão para entrar na tribo e ali levaram adiante sua missão.
Elas conseguiram que a mensagem do Evangelho fosse aceita pelos huaranies.
Juntou-se a elas irmã de Nate, Rachel Saint.
Elisabeth
conta hoje: “Nossa filha Valery tinha 10 meses de idade quando Jim foi
assassinado. Continuei trabalhando na região quando, graças à providência
divina, conheci a duas mulheres aucas. Elas ficaram morando comigo durante um
ano. Eram a chave para que pudesse ir viver com a tribo que tinha matado os
cinco missionários”, relatou.
Tudo isso
aconteceu na década de 1950 e até hoje existem igrejas no Equador fundadas
pelas esposas hoje viúvas dos missionários. Toda a trajetória foi contada no filme
“Terra Selvagem.
Especialistas
já alertaram inúmeras vezes: um aquecimento superior a 1,5 grau pode acabar com
a floresta. Falar da Amazônia é falar sobre água, sobre dióxido de carbono. É
falar sobre o rio mais longo e volumoso, largo e mais profundo, com uma das
maiores reservas de água doce do planeta. Na foto, uma paisagem de Gareno.
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Vou abortar e retornar em outra oportunidade para concluir o tema dos índios HUAORAMI...JCF
ATÉ A PRÓXIMA...JCF
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