25 DE MAIO DE 2021 - COLUNA JCF TRADIÇÃO E CULTURA - ODSS BARBADIANOS DE RONDÔNIA...JCF
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11/05/2015
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
0116/2021
– OS BARBADIANOS DE RONDÔNIA
10/05/2021- NESTA EDIÇÃO Nº 0116 2021 FAREI O REGISTRO DOS BARBADIANOS
DE RONDÔNIA
1ª FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Barbadiano-brasileiros
Barbadiano-brasileiros
Barbadianos é o
termo atribuído aos negros estrangeiros vindos do Caribe no início do século XX, mais especificamente das áreas de colonização inglesa (Barbados) para Porto Velho, Belém e outras cidades da Amazônia. Hoje é ainda é empregado em relação aos seus descendentes.
2ª fonte: https://www.diariodaamazonia.com.br/a-historia-da-comunidade-antilhana-em-porto-velho/
https://www.historia.uff.br/stricto/td/1369.pdf
A história da comunidade antilhana em Porto Velho
Na dissertação a gente também fala sobre a questão do
abrasileiramento. Algumas famílias como os Squaios, a família, salvo engano,..
Na dissertação a gente também fala sobre a questão
do abrasileiramento. Algumas famílias como os Squaios, a família, salvo engano,
Box, ao longo do tempo abrasileiraram os nomes. Squires virou Siqueira (Geraldo
Siqueira que na memória ficou conhecido como seu Alumínio porque era muito
negro e brilhava que nem alumínio)’
‘Estou no segundo ano de doutorado em educação pela
UNESP – Universidade Paulista e baseei meu doutorado nas MULHERES BARBADIANAS.
A única coisa que encontramos sobre a participação das mulheres na formação de
Porto Velho, é uma foto do Danna Merril com várias mulheres trabalhando
na lavanderia.
Os Barbadianos
No dia 26 de março passado, a comunidade
descendente de antilhanos, mais conhecida como “Os Barbadianos”, que vieram
para Porto Velho trabalhar na construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, se
reuniu e prestou homenagem a embaixadora de Barbados no Brasil senhora Tonika
Sealy – Thompson que atendeu convite da doutoranda Cledenice Blackman também
conhecida como Cleide.
A festa foi regada a muita música caribenha e
algumas iguarias da culinária antilhana. Um dos momentos de grande relevância
no encontro, foi quando as famílias presentes, passaram a relatar a história de
seus antepassados. O cantor Ernesto Melo – Poeta da Cidade participou,
acompanhado pelo seu irmão Ênio Melo (violão) e Sílvio Santos (percussão),
contando parte da história de Porto Velho através das letras de suas canções.
No final do evento, conversei com a Cleide sobre a possibilidade, de ela nos relatar, sobre seu trabalho de mestrado e doutorado, com a história dos Barbadianos em Porto Velho.
Cleide nos recebeu acompanha da senhora sua mãe
dona Lió em sua residência, no bairro Aponiã e nos concedeu a seguinte:
ENTREVISTA
Zk – Vamos a sua identificação?
Cledenice Blackman – Sou conhecida como Cleide mais
meu nome é Cledenice Blackman, sou descendente de barbadianos, dos negros e
negras que vieram não somente para trabalhar na Estrada de Ferro Madeira Mamoré
mais também, em outras frentes de trabalho como a extração da borracha. Nasci
em Porto Velho na maternidade Darcy Vargas, bisneta de Preston Blackman e
Constância e neta do Helton Blackman conhecido como Caetano que além de ser
ferroviário era boêmio, tocava banjo.
Zk – Há algum tempo você vem estudando a história
dos barbadianos em Porto Velho. Fala sobre essa pesquisa?
Cledenice Blackman – A gente começou esse trabalho
desde 2004. Sou egressa da Universidade Federal de Rondônia – UNIR fiz história
de 2003 a 2006 e lá, comecei um trabalho de pesquisa sobre a questão dos
barbadianos em Porto Velho e escrevi o texto: “OS BARBADIANOS E AS CONTRADIÇÕES
DA HISTÓRIA REGIONAL” e elenquei vários trabalhos de memorialistas e
historiadores. Do que eles diziam sobre barbadianos, assim também, como fontes
documentais (jornais), que encontrei no Centro de Documentação do Estado; entrevistas
dos próprios barbadianos que nasceram na primeira geração em Porto Velho e
juntei todo esse material e comecei a analisá-los e vi os contrapontos entre
eles, percebi que na verdade a nossa história era construída por pessoas, como
diz José de Souza Martins que é um autor que fala sobre essa questão; que é
construída pelo outro, pessoas que não vivenciam que não fazem parte da
comunidade. Entendo que sou a primeira descendente da quarta geração, que vem
escrevendo sobre os barbadianos, usando o termo afro antilhanos.
Zk – Outras fontes?
Cledenice Blackman – Na dissertação intitulada “Do
Mar do Caribe a Beira do Madeira – As Contradições da Historiografia Regional”
a gente fez um trabalho de reconhecimento, através de fontes documentais como
Passa Porte, Ficha Funcionais, Entrevistas dos próprios pioneiros como Norman
Jhonson e Raimundo Winter dentre outros, que conseguimos juntar no Centro de
Documentação. Confrontamos novamente o discurso da história e o discurso do
grupo e percebemos que os barbadianos, alguns, não se consideravam com a
nacionalidade barbadiana: Eles diziam, “não, eu não sou barbadiano eu vim de
Granada em 1929”, bomo Norman Jhonson. Foram essas pequenas nuances que a gente
começou a juntar e fazer uma análise de contraponto e percebemos, que o grupo
era formado por pessoas oriundas de várias ilhas. Na realidade, consegui
descobrir a nacionalidade de 29 antilhanos e negra antilhanas que vieram de
Barbados, Granada, Trinidad Tobago, Guiana Inglesa, Jamaica, São Vicente e
outras ilhas e aqui viveram no Barbadian Town onde a historiografia trata de
uma forma preconceituosa denominando-o como “Alto do Bode”


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