14 DE JUNHO DE 2021 - COLUNA JCF TRADIÇÃO E CULTURA - NL Nº 0148-2021...JCF
COLUNA
JCF
DESDE
11/05/2015
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
0148/2021
– OS NATIVOS ZULU
10/05/2021- NESTA EDIÇÃO Nº 0148- 2021 FAREI O REGISTRO DAS MINAS DO REI SALOMÃO
1ª FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Zulus
Zulus
Os zulus ou zulus são
um povo do sul da África que vive em territórios
correspondentes à África do Sul, Lesoto, Essuatíni, Zimbábue e Moçambique. Embora, hoje, tenham expansão e poder
político restritos, os bosquímanos guerreiros
rebeldes da tribo zulu foram, no passado, uma tribo de bosquímanos rebeldes que
atacou fortemente os colonos britânicos, bôeres e portugueses durante as épocas
coloniais, resistindo ao desbravamento e a colonização britânica, portuguesa e bôere da Zululândia entre os
séculos XIV e XIX e início do século XX.
A população de zulus na África
do Sul foi estimada em 8 778 000 em 1995, correspondendo a 22,4% da
população total do país, segundo a revista The Economist. Nos restantes países, o número de
zulus é estimado em cerca de 400 mil.
A província sul-africana do KwaZulu-Natal é considerada a sua pátria original.
A língua dos zulus é
denominada isiZulu, e,
em sua língua, os zulus são chamados amaZulu.
História
Os zulus eram originalmente um
grande clã onde hoje é o norte do kwaZulu-Natal. O clã foi fundado por Zulu
kaNtombhela. Em 1816, os zulus formaram um poderoso estado sob liderança de Shaka.
Dada compreensão da África
dividida pelo conferência de Berlim (1885), tem-se a concepção de que
inicialmente o reino Zulu, outrora dividido em clãs situava-se quase ao norte
da África na região da república centro africana atualmente. Outras tribos
pouco descritas pelas fontes de história geral das civilizações, se sentiam
pertencentes aos Zulus após seus domínios e conquistas. Contudo, elas foram
analisadas segundo a ótica de um outro povo, portador de uma cultura diversa,
com valores diferentes e por isso parciais.
Os Zulus possuíam uma
mobilidade relativamente grande, contudo, os deslocamentos não ocorriam por
simples nomadismo e sim por motivos diversos, como a exaustão da terra, a
necessidade de novas áreas de caça, ameaça de inimigos, enfim. Dessa forma um
guerreiro em particular se destacou, seu nome era Shaka ele foi o responsável em transformar um
poderoso estado: o grande clã fundado por Zulu kaNtombhela.
Grandes Guerreiros
Nos meados do século XVIII
começaram a culminar guerras entre tribos africanas, na região da atual África
do Sul, pela posse de terras. Era necessário que as tribos se expandissem para
terem espaço suficiente para a pastorícia e agricultura, tal feito ocorreria no
estreito corredor entre a cordilheira do Drakensberg e o mar. Os rios que descem da
cordilheira formavam fronteiras naturais, por conseguinte formaram-se três
grandes grupos de tribos Ngoni. Os Ngwane, encontravam-se desde o rio Temble
até o rio Pongola,
comandados por Sobuza; Os Ndwandwe entre o rio Pongola e o rio Mfolozi e
comandados por Zwide e os Mthethwa do rio Mfolozi até ao rio Tugela, comandados
por Cetshwayo. As lutas entre estas tribos eram
muito frequentes e por essa razão começou-se aprimorar a organização militar,
articulando exércitos na base de grupos da mesma idade.
Por volta de 1790 nasce na
tribo Zulu Shaka, fruto de
uma gravidez antecedente a circuncisão, algo proibido na tribo Zulu e por isso
não era considerado herdeiro do trono. Durante sua adolescência Shaka foi
incorporado no exército de Cetshwayo onde tornou-se o guerreiro favorito do
rei e passou a comandar um regimento do exército no grupo de sua idade. A
posição de Shaka no exército de Cetshwayo fizeram com que o grande chefe
expansionista de Mthethwa o ajudasse a tomar o trono pela força, após
morte de seu pai em 1816.
Inovações militares, como a assegai, implantadas por Shaka
Dois anos mais tarde, em 1818,
há uma grande batalha entre Cetshwayoe e Zwide na o chefe Mthethwa foi morto,
levando Shaka tomar conta do poder e dar início a reformas militares.
Durante o tempo de serventia no
exército de Cetshwayo, Shaka
observou que as armas usadas já eram ultrapassadas para as novas tácticas
de guerra. Assim, ele introduziu o uso do escudo que protegia o corpo
inteiro e implantou a substituição a lança que se atirava por uma lança mais
curta, qual funcionava como uma espada e recebera o nome de assegai. Shaka instituiu a técnica de combate
“corpo-braço-cabeça” em que o corpo era a grande concentração de esquadrão
central e a única que os inimigos podiam ver, e cada esquadrão era
distinguido por diferentes cores dos panos de cabeça e pelos couros de gado
usados no escudo.
Foi graças a esta organização
militar de Shaka que os zulus conseguiram conquistar e derrotar numerosas
outras tribos, levando o título de Grandes Guerreiros. Ele fez todos os membros
da sociedade participarem na guerra, dividindo com precisão as funções. Todos
os homens de 16 a 60 anos serviam no exército. Era proibido aos jovens guerreiros
casar-se e o casamento só era autorizado como pagamento de serviços militares.
As mulheres e as crianças serviam também no exército, seguindo o exército com o
gado, cozinhando e carregando comida, os homens de outras tribos que eram
feitos prisioneiros tornavam-se escravos e se eram novos e fortes faziam parte
do exército.
Reino Zulu
A ascensão do reino Zulu dá-se
pela vitória ao exército Ndwandwe que
recebe o nome de A batalha
de Gokoli. O reino cresceu para dominar grande parte do que hoje é o
KwaZulu-Natal e a África Austral.
Após conflitos envolvendo a
tribo de Ndwandwe, sendo informado que Sikuniana planejava o atacar, Shaka
ordena um grande exército à combate dos Ndwandwe, dando origem a um grande
massacre e cerca de 40 mil Ndwandwe são mortos, levando os poucos que restaram
acolher-se junto de Mzilikazi e Soshagane. A tribo Ndwandwe passa a deixar de existir
como uma tribo independente.
Entretanto quando o reino entra
em conflito com o Império Britânico na
década de 1870 durante a Guerra Anglo-Zulu, é derrotado apesar da vitória do
Zulu na guerra. A área foi posteriormente absorvida pela Colônia de Natal e
mais tarde se tornou parte da União da África do Sul.
Guerra Anglo-Zulu
Em 11 de dezembro de 1878, os
britânicos entregaram um ultimato aos
onze chefes representados por Cetshwayo.
Os termos incluíam a rendição de
seu exército e aceitar a autoridade britânica. Cetshwayo recusou e a
guerra começou em 1879.]
Inicialmente, os britânicos
sofreram uma pesada derrota na Batalha de Isandlwana em
22 de janeiro de 1879 quando o exército zulu mata mais de mil soldados
britânicos em um único dia. O desdobramento zulu em Isandlwana mostrou o
sistema tático militar bem organizado que tornou o reino zulu bem sucedido por
muitas décadas. Este acontecimento constituiu a pior derrota que o exército
britânico já havia sofrido nas mãos de uma força de combate africana nativa. A
derrota provocou um redirecionamento do esforço de guerra, e os britânicos,
embora em menor número, começaram a ganhar vitórias, a virada dos britânicos
veio com a batalha em Rorke's Drift e sua vitória veio com a batalha
de Ulundi em 4
de Julho e a subsequente derrota do Reino Zulu.
Falecimento
Shaka não tinha descendentes que pudessem suceder-lhe, o
aparecimento dos primeiros cabelos brancos detonou um processo de loucura
irreversível, além de perseguições terríveis que abalaram toda a estrutura
Zulu. A mortalidade gratuita se espalhou pelo reino. No dia 22 de setembro de
1828 Shaka foi morto por uma tia e seus dois meio irmãos, terminava assim a era
do homem que impulsionou a nação Zulu.
ATÉ A PRÓXIMA EDIÇÃO PARA
CONCLUSÃO DP TEMA “ZULU”...JCF






Comentários
Postar um comentário