10 DE JULHO DE 2021 - NL Nº 0170-2021 - TEMA: REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932...JCF
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11/05/2015
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0170-2021
– COLUNA JCF – TRADIÇÃO E CULTURA-REVOLUÇÃO CONSTITCIONALISTA DE 1932
08JULHO2021 – NESTA EDIÇÃO Nº 0170 SERÁ REGISTRADO A HISTORIA DA “REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932-JCF
1ª fonte: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/Revolucao1932
REVOLUÇÃO
CONSTITUCIONALISTA DE 1932
São Paulo pega em
armas: a Revolução Constitucionalista de 1932
Sem dúvida um dos
mais importantes e dramáticos acontecimentos da história republicana
brasileira. Expressão da insatisfação dos paulistas com a Revolução de 1930, o
movimento serviu, antes de mais nada, para convencer o Governo Provisório de
Getúlio Vargas da necessidade de pôr fim ao caráter discricionário do regime
sob o qual vivia o país. Isto só aconteceria quando a constituição de 1890,
tornada sem efeito, fosse substituída por outra.
Mas por quê a
decisão de pegar em armas?
Pode-se compreender, portanto, como seria difícil estabelecer, após a vitória da revolução, um novo equilíbrio de forças no estado. Deposto o presidente Washington Luís, e enquanto o país passava a ser governado por uma junta militar, o governo paulista foi assumido pelo comandante da 2ª Região Militar, general Hastínfilo de Moura. Nesse momento, o PD forneceu a maioria do novo secretariado. Mas, logo em seguida, Getúlio Vargas assumiu a chefia do Governo Provisório e, pressionado pela liderança tenentista, decidiu nomear um delegado militar para governar São Paulo, o tenente João Alberto Lins de Barros.
Ficou clara, então, a divergência entre os projetos políticos dos paulistas e dos tenentes. João Alberto governou até 13 de julho de 1931, e no período seguinte houve grande instabilidade: Plínio Barreto (paulista, civil e constitucionalista, mas fiel ao Governo Provisório e indicado por João Alberto) foi cogitado para interventor, mas desistiu; Laudo Ferreira de Camargo (também paulista e civil, apresentado como solução de compromisso, embora sem o apoio do PD e do PRP), tomou posse mas renunciou em novembro de 1931; finalmente assumiu Manuel Rabelo, que não contou com o apoio dos constitucionalistas, por ser militar e ligado aos tenentes.
Em fevereiro de
1932 a situação se agravou. O PD rompeu com Vargas e seu governo, ao mesmo
tempo que se aproximou dos antigos adversários do PRP, formando a Frente Única
Paulista (FUP), que se tornou a porta-voz das reivindicações de desconstitucionalização
e de autonomia administrativa para o estado de São Paulo. Mais do que isso, a
FUP passou a articular, junto aos meios militares e a algumas das principais
entidades de classe do patronato paulista, a preparação de um movimento armado
contra o Governo Provisório.
9 de julho: Revolução Constitucionalista de 1932
A Revolução Constitucionalista de 1932 foi o
movimento armado pelo qual o Estado de São Paulo buscava derrubar o governo
provisório do então presidente Getúlio Vargas e convocar uma Assembleia
Nacional Constituinte.
O levante armado começou de fato em 9 de
julho de 1932, após a morte de quatro jovens, durante protestos. Foi
organizado um movimento clandestino denominado MMDC (iniciais dos nomes
dos quatro jovens mortos: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo). A partir
daí, começou-se a conspirar contra o governo provisório de Vargas.
Nove de julho é o dia em que se comemora a Revolução
Constitucionalista de 1932.
O movimento está entre os maiores conflitos civis e um dos mais
importantes acontecimentos políticos da história do Brasil.
Ocorrido em São Paulo, o movimento tentou impedir a continuação
do governo provisório de Getúlio Vargas, instaurado em 1930. Os revolucionários
exigiam uma nova Constituição e eleições presidenciais. Foram três meses de
conflitos.
Atualmente, o dia 9 de
julho, que marca o início da Revolução de 1932, é feriado estadual em SP. Os
paulistas consideram a Revolução Constitucionalista como sendo o maior
movimento cívico de sua história. |
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No total, foram 3 meses de conflito – até 4 de outubro. Apesar da
derrota do movimento, algumas de suas principais reivindicações foram obtidas
posteriormente. Como por exemplo a convocação de uma Assembleia
Constituinte e a promulgação de uma nova Constituição em 1934.
O levante, claro, foi ocasionado pelo
descontentamento do povo com o rumo que o país tomava após a Revolução de 1930.
No poder, Vargas acumulava poderes desenfreadamente, anulou a Constituição de
1891, fechou o Congresso Nacional e cassou os títulos dos governadores,
colocando no lugar pessoas de sua confiança.
Com o livre-arbítrio caminhando para ser extinto no Brasil, o movimento antigo governo ganhou força principalmente em São Paulo, onde manifestações começaram a ocorrer com certa frequência. Foi em uma dessas passeatas, em 23 de maio de 1932, que quatro estudantes morreram pelas mãos de autoridades leais a Vargas. As vítimas eram Mário Martins Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade.
A revolta pelo acontecido desencadeou a criação do
movimento MMDC (nomeado a partir das iniciais de nomes e sobrenomes dos rapazes
mortos). Era aí que se iniciava oficialmente a Revolução Constitucionalista.
A
intensa guerra entre São Paulo e o governo terminou quatro meses depois, com os
paulistas se rendendo, derrotados. Oficialmente, 934 pessoas perderam suas
vidas no levante, enquanto os líderes do movimento foram deportados para
Portugal.
O legado da revolução
Mesmo com a derrota, o levante deu resultados. No ano seguinte
ao confronto, realizou-se a Assembleia Nacional Constituinte, berço da
Constituição de 1934. Além disso, o Congresso Nacional foi reaberto, e Vargas
chegou à presidência através de eleição indireta.
Por
tudo isso, São Paulo considera a Revolução Constitucionalista muito mais que “o
feriado de 9 de julho”: é o maior movimento cívico da história dos paulistas,
uma lembrança de que o povo unido sempre deve prevalecer.
Vou
bloquear e retornarei em uma próxima de edição para finalizar o tema...jcf
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