16 JULHO DE 2021 - COLUNA JCF TRAZDIÇÃO E CULTURA - NL Nº 0173/2021 TEMA "A DÉCADA DE 60 NUNCA MAIS OUTRA IGUAL...JCF
COLUNA
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11/05/2015
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
0173-2021
– COLUNA JCF – TRADIÇÃO E CULTURA-DÉCADA DE 60 – NUNCA MAIS TEREMOS OUTRA IGUAL
1ª fonte: https://www.todamateria.com.br/anos-60/
Anos 60
A década de 1960 caracterizou-se pelo
fortalecimento dos movimentos de esquerda nos países do Ocidente, tanto no
plano político, quanto no ideológico.
Nessa altura há um
desdobramento de projetos culturais e ideológicos alternativos lançados durante
os anos 50. É o caso da explosão do consumo ocasionada pela prosperidade dos
países ricos.
Cultura e
Sociedade
No Plano cultural o movimento
da contracultura irá
dominar. O surgimento do feminismo e
os movimentos civis em favor dos negros e homossexuais irão dar a tônica para
as reivindicações nos anos seguintes.
Foi assim que movimentos como
os hippies,
contrários à Guerra Fria e do Vietnã, surgem para encabeçar os ideais
pacifistas da época.
Um conjunto de manifestações surge em diversos países. Essa
manifestações decorrem dos movimentos pelos negros (black power), dos
movimentos pelos gays (gay power) e
pela igualdade de estatuto entre os gêneros (women's lib).
Sem espanto, a rebeldia dos anos 60 terá seu ápice em 1968
quando diversos movimentos estudantis pelo
globo tomam conta das ruas para contestar a sociedade vigente.
Música
Os Beatles e The Rolling Stones são os ícones
da música nos anos 60, enquanto Bob Dylan representa a
música de protesto.
No Brasil, Elis Regina inaugura
a Música
Popular Brasileira (MPB) em 1965, quando interpreta Arrastão,
de Vinícius de Moraes e Edu Lobo. O movimento é consolidado no Festival de
Música Popular Brasileira da TV Record.
Dois anos depois, em 1967, surge a Tropicália, de Caetano Veloso e Gilberto Gil e Os Mutantes, com Tom Zé e Torquato Neto.
A Jovem Guarda ditava
o figurino e fazia sucesso na televisão.
Moda
O comportamento da sociedade,
sem dúvida, influenciou a moda. Assim, é nessa altura que surgem as roupas
unissex. Exemplo disso é o smoking feminino.
A minissaia, entretanto, é a principal marca da década
de 60.
Outros modelos característicos
de 60 são os tubinhos, as roupas de estilo espacial e as botas de cano alto
brancas.
Televisão e Cinema
Outro fato importante dessa década é
a difusão mundial de TV à cores. No Brasil, a TV
Tupi faz a primeira transmissão em cores no dia 1 de maio de 1963.
Em 26 de abril de 1965 é inaugurada a Rede Globo de Televisão no Rio de
Janeiro. O cinema europeu ganhava força com a Nouvelle Vague,
especialmente com os filmes de Jean-Luc Godard e o
cinema novo brasileiro de Glauber Rocha.
Tem destaque o filme "2001, uma Odisseia no Espaço",
de Stanley Kubrick, de 1968.
Tecnologia
Do ponto de vista tecnológico,
essa é a era do uso da informática para fins comerciais, com o lançamento do
RAMAC 305, da IBM (o primeiro computador eletrônico).
Em 1964
a IBM lança com um circuito integrado (chip). Para complementar, surge o
protótipo da Internet: a Arpanet.
Conheça
a História da Internet.
Por
outro lado, continua a disputa tecnológica entre USA e URSS. Os soviéticos
enviam o primeiro homem ao espaço (Iuri Gagárin,
em 1961) e os estadunidenses, o primeiro homem a pisar na Lua, em 1969 (Neil Armstrong).
Política
No que tange aos aspectos simbólicos, podemos destacar a
construção do Muro de Berlim em agosto de 1961.
Em termos geopolíticos, o dia 5 de junho de 1967 ficou marcado
pelo ataque de Israel as forças da Síria, Egito e Jordânia, iniciando a Guerra dos Seis Dias.
No Brasil, Inaugurada a
cidade de Brasília em
21 de Abril de 1960, a nova capita. No ano seguinte, João Goulart virou o
primeiro Presidente trabalhista, mas foi deposto pelo Golpe Militar de
1964, que inaugura um novo período ditatorial na história brasileira.
Economia
A economia nos anos 60 caracterizou-se pela desaceleração
mundial e pelo fim dos anos dourados do capitalismo. Apesar disso, países como
o Japão apresentarem altas taxas de crescimento.
No Brasil, o processo
de industrialização aprofundou-se ainda mais,
especialmente após a construção de Brasília no Planalto Central. Os
investimentos em infraestrutura irão buscar interligações da capital com as
demais regiões do país.
Por outro lado, São Paulo era o polo econômico em torno do qual
se organizava a nova indústria, apesar do milagre econômico já
apresentar sinais de falência.
2ª fonte: https://www.stoodi.com.br/blog/historia/movimento-hippie/
MOVIMENTO HIPPIE A CONTRACULTURA DE 1960
A história do século XX é marcada por
grandes transformações
políticas e culturais no mundo todo. Guerras mundiais, ditadura,
revoluções, polarização das ideias e muitas mudanças de comportamento marcaram
esses cem anos.
No campo cultural, o movimento hippie foi responsável por propor
mudanças no comportamento social e pelo rompimento com as formas tradicionais
de organizar a vida cotidiana. Muitas coisas que vivemos hoje são consequências
desse momento.
O que foi o movimento Hippie?
O movimento Hippie surgiu nos anos 1960,
quando os jovens conscientes mostraram que não estavam dispostos a viver da
mesma forma tradicional e conservadora da maioria das famílias naquela época.
Foi a década mais contestadora do
século passado. O objetivo era
atacar o sistema, ou seja, uma sociedade que produzia miséria, violência,
guerras e angústia. A origem desse termo deriva da palavra “hipster”, usada
para classificar ativistas do movimento negro.
Esse processo teve origem nos Estados Unidos, foi impulsionado
por artistas e músicos e se espalhou por vários países do mundo. Os Beatles foi
uma banda que surgiu nesse contexto e foi responsável pela difusão da contracultura em todo o planeta.
Características do movimento Hippie
Nos Estados Unidos, durante a Guerra do Vietnã valia tudo: passeatas,
ovos podres em políticos reacionários, ficar nu em frente à Casa Branca,
camisetas com o lema “Faça amor, não faça guerra”, etc.
Muitos estudantes norte-americanos se tornaram militantes de
esquerda — denunciaram a existência de milhões de pessoas passando fome no país
capitalista mais rico do mundo e repudiavam o dinheiro e a
mercantilização da vida humana. Outros jovens acreditavam na
não-violência e na vida espiritual, em oposição ao materialismo proposto pelo
capital. Muitos se tornaram hippies.
Entre as características do movimento hippie podemos
citar roupas coloridas, homens de barba e cabelo compridos, moças com flores no
cabelo, músicas com violão e acampamentos. Em suma, os hippies recusavam a
sociedade de consumo e a família tradicional. Além disso, admiravam a cultura
do Oriente, vestiam batas indianas e apreciavam a alimentação natural.
Tinham algo de socialista utópico e de anarquista pacifista,
porque repudiavam o Estado e o capital, optando pela vida
comunitária em vez do individualismo. Preferiam a natureza
à fumaça das cidades, o rock ao barulho das metralhadoras, o sexo à violência
da polícia, o amor à sociedade de consumo.
O movimento Hippie foi
importante para as mudanças culturais e de
comportamento. Até então, as mulheres ocupavam um papel de
submissão ao homem e sua principal função era cuidar dos afazeres domésticos.
Foi nesse contexto de rebeldia, proposto pelos hippies, que elas começaram a
queimar sutiãs em praças públicas, o que, simbolicamente, significa que as
mulheres não eram apenas um objeto sexual. Assim, o movimento
feminista ganhou as ruas para dizer não ao machismo.
Movimento Hippie: Woodstock
O Festival Woodstock aconteceu nas imediações
da cidade de Bethel, nos Estados Unidos, em agosto de 1969. Foi um dos
principais festivais de música da história, pois representou o auge da
contracultura e da efervescência cultural do momento.
Mais de 400 mil pessoas participaram do evento. A cidadezinha
não deu conta de suprir todas as demandas por comida e água e as cidades
vizinhas tiveram que dar suporte. A ideia dos organizadores era reunir os principais nomes da contracultura, como Janis Joplin, Jimi Hendrix, The Who e Joe
Cocker. Outras bandas como The Doors, Bob Dylan, Led
Zeppelin e John
Lenon foram convidados, mas não participaram do festival.
O público viveu três dias de
muita agitação cultural, quando pôde colocar em prática os ideais de
comportamento e de vida. O uso de drogas, como a maconha, o LSD e a mescalina
acontecia naturalmente. A liberdade para brincar, dançar e fazer sexo esteve
presente. A ideia era viver uma vida de “paz e
amor”, como pregavam os hippies.
Movimento Hippie e Flower Power
Flower Power (Poder
das Flores) foi um lema utilizado pelos hippies como símbolo da não-violência e repúdio à Guerra do Vietnã. O
termo foi criado pelo poeta Allen Ginsberg, em 1965, e objetivava incentivar a
vida em comunidade, livre das dominações capitalistas.
Vários artistas aderiram à causa. A cidade de São Francisco tornou-se o ponto de
encontro das bandas de rock que comandaram toda a agitação cultural. O músico
Scott Mackenzie, por exemplo, estourou com a canção “San Francisco” que dizia:
“Se você estiver indo a São Francisco, não se esqueça de colocar flores em seu
cabelo”.
Os hippies do movimento
Flower Power reivindicavam mais liberdade, igualdade de direitos,
defesa dos animais e do meio ambiente, o fim da Guerra do Vietnã e a luta
contra as armas.
O movimento Hippie no Brasil
Vivendo durante a Ditadura Militar, os jovens do Brasil também
tinham objetivos
parecidos com os hippies norte-americanos:
igualdade de direitos, liberdade de comportamento, fim do machismo e das
arbitrariedades dos governos militares.
Muitos artistas e estudantes foram perseguidos, presos e até
mortos por divulgar
ideais que eram considerados rebeldes. Na música, grandes nomes
como Tom Zé, Rita Lee, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Sérgio Sampaio,
entre outros, deram o recado.
Estudar história é mesmo incrível, não é? Por meio dela,
podemos aprender muito sobre os dias atuais. Graças ao movimento hippie, tivemos muitos avanços nas
questões comportamentais e sociais que estão vigentes ainda hoje.
Vou abortar esta edição nº
0173/2021...jcf
ATÉ A PRÓXIMA...JCF
Movimento Hippie: entenda tudo sobre a
contracultura de 1960!
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