15 DE JULHO DE 2021 - COLUNA JCF TRADIÇÃO E CULTURA - NL Nº 0174/2021 TEMA "O ANTIGO BAIRRO DO MORRO DA FORCA EM SÃO JOÃO DEL REI/MG"
1970COLUNA
JCF
DESDE
11/05/2015
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
0174-2021
– COLUNA JCF – TRADIÇÃO E CULTURA-
FUI MORADOR DA BELA E HISTÓRICA
SÃO JOÃO DEL REI DESDE MEUS PRIMEIROS PASSOS, DESDE MEUS PRIMEIROS ANOS DE
IDADE ATÉ A DÉCADA DE 70 QUANDO DE LÁ
VIM PARAR NO NORTE E O PRIMEIRO BAIRRO QUE ALI RESIDI TEM O SINISTRO NOME DE “morro
da forca”, mas como sou curioso e fuçador na internet para suprir minha COLUNA
JCF TRADIÇÃO E CULTURA nesta edição nº 0174-2021 que ora inicio vou registrar a
origem deste nome mui sinistro e consegui algum resultado das minhas pesquisas
vou registrar o que até agora consegui e veremos no que vai dar.
Notas sobre o Bairro do Bonfim . Antônio
Gaio Sobrinho
Descrição
O morro situado a leste de São João del-Rei, contrastando
humildemente com a Serra do Lenheiro a oeste, teve inicialmente o macabro nome
de Morro da Forca, em virtude de ter sido ali que, em tempos do absolutismo
colonial e imperial, se erguia o patíbulo da forca, muitas vezes usado como
destino final da vida de tantos infelizes. Em 1769, José Garcia de Carvalho, devoto do Senhor do Bonfim e
para sua maior veneração, impetrou do Senado da Câmara terreno para
construção de uma capelinha para se celebrar missa. Aos 10 dias de maio do
mesmo ano, foi-lhe passado o competente ato de posse, tendo, a partir daí
iniciada a construção. Inaugurada a capela, o Morro da Forca começou a ser
também conhecido como Morro do Bonfim, e o casario com arruamento foi-se formando.
Semelhante fenômeno de povoamento estava também ocorrendo na Vargem do Porto,
que se transformou em Matosinhos. O entorno da capela recebeu ultimamente uma boa remodelação,
prejudicada apenas por um cruzeiro luminoso que ali foi posto em 1938, quando
do centenário da cidade. No lado oposto, por iniciativa do cônego Almir de
Resende Aquino, a ideia da ereção de alto monumento a Nossa Senhora do
Pilar, foi concretizada em 2 de janeiro de 1967 e benzido no dia 12
de outubro desse mesmo ano.
Pelo Morro da Forca, entrou na cidade, em
1717, o governador da capitania, Dom Pedro de Almeida, conde de Assumar, tendo
sido, ali mesmo, recepcionado pelas autoridades e povo da Vila, ao som de uma
banda de música, regida pelo maestro Antônio do Carmo. Do que se concluem duas
coisas: que era pelo Morro da Forca uma das mais antigas entradas da cidade e
que São João del-Rei, de fato, merece o título de Cidade da Música. O Arraial das Cabeças situado nas imediações
da atual Rua Antônio de Abreu e da Várzea do Faria, que, desde 1777, conserva o
nome de Joaquim Faria, deve o seu nome ao fato de na segunda metade do séc. XIX
a Câmara Municipal haver escolhido aquele como local de enterramento de animais
mortos na cidade. Daí a possibilidade de que algumas ossadas como os crâneos
destes animais viessem 'a tona gerando nos moradores o nome Arraial das Cabeças. Durante a Guerra dos Emboabas, a primitiva capela
de Nossa Senhora do Pilar foi incendiada, pelo que uma segunda igreja da mesma
denominação foi erguida no Morro da Forca, nas imediações da atual Escola
Estadual Inácio Passos. Nessa capela, que permaneceu como matriz até a
reedificação da atual no mesmo local da que fora queimada, se erigiu a
Irmandade do Santíssimo Sacramento, em 1711, e se recepcionou com solene
Te-Deum o já mencionado Conde de Assumar. Durante o tempo em que ali esteve em funcionamento
a dita igreja matriz, isto é, de 1710 até 1724, a atual Rua da Prata e seu
prolongamento pela Rua Ribeiro Bastos se chamou Rua Direita de Baixo, segundo
um costume cristão de dar o nome de Rua Direita à principal via pública de
acesso à matriz, como fora antes e seria depois a atual Rua Getúlio
Vargas. Para se ir ao Bonfim, houve sempre três percursos:
a) – a Rua Direita de Baixo, que depois se chamou também Rua do Morro da
Forca e Rua do Bonfim, e que, desde 1913, se chama Ribeiro Bastos; b) – a
Rua da Intendência, que subia pelas atuais Gabriel Passos e João Salustiano; c)
– a Rua da Independência, atual José Bastos, que sobe por entre as anteriores,
pelo que também se chamou Rua do Meio. No sentido horizontal, destacaram-se
dois becos: o Beco dos Pinheiros, atual Rua Mourão Filho e o Beco do Progresso,
que, hoje, homenageia o músico e compositor são-joanense do século XVIII, o
negro João da Matta. A Praça do Bonfim
tomou, em 1938, o nome do médico e
engenheiro são-joanense, Guilherme Milward, que foi professor da
Universidade de Medicina de São Paulo, em cujo salão nobre tem busto de autoria
de Tarcila do Amaral. Nessa praça, existe um belo cruzeiro, remanescente
daqueles que missionários costumavam plantar em encerramento das famosas
missões populares, que ocasionalmente ocorriam, nas paróquias, até meados
do século XX. Junto dele, em 1º de março de 1903, segundo informação de O
Combate, houve festas, com missa pela manhã e leilão de prendas, à tarde, ao
som da banda de música do Asilo São Francisco.
A vida escolar do Bairro já está documentada
em 1913, quando o padre José Pedro da Costa Guimarães, residente na Rua do
Meio, dirigia ali o Ginásio São Pedro de Alcântara. A Escola Estadual do
Bairro, criada em 1965, tem por patrono Inácio Ferreira de Resende Passos, que
foi pai de Gabriel de Resende Passos e ex-aluno da primeira Escola João dos
Santos, na Prainha. A inauguração do filtro de água deu-se no dia 19
agosto de 1888, com música da Banda Lyra Sanjoanense e ali se ergueu também a
comprida antena da ZYI-7 = Rádio São João del-Rei, inaugurada em 18 de maio de
1947. Em 13 de outubro de 1935, fundava-se a Conferência Vicentina do Bonfim. Em 1818 visitou São João os sábios alemães Spix e
Martius que testemunharam: o morro do Bonfim é muito escarpado e, por isso,
extremamente penoso de subir para as bestas cargueiras... De seu cume, goza-se
esplêndido panorama de todo o vale do rio, e, logo que se desce pela outra
extremidade, descortina-se estendida ao pé da montanha, igualmente nua, do
Lenheiro, a Vila de São João del-Rei. Depois, em 1868, foi a vez de Richard
Burton acrescentar: mais ao sul, e com uma linda vista, está a modesta capela
do Senhor Bom Jesus do Bonfim, tem em frente quatro palmeiras, e o morro que
lhe dá acesso é coberto de capim do campo e graminha, ambos amarelos de fome e
sede. Por aquele caminho, em 17 de junho de 1842, os revolucionários marcharam,
vindo do Elvas, e tiveram a cidade à sua mercê. Um mês depois os deputados
provinciais ali se reuniram e aprovaram solenemente o movimento. É aqui que, no
dia 7 de setembro, a Sociedade Ypiranga se reúne para festejar o Dia da
Independência.
Em 1859, José Antônio Rodrigues já se
referira aos mesmos festejos na capela, dizendo que: ultimamente, os patriotas
a escolheram para o festejo da Independência, pelo seu lugar
desafrontado: há dois anos que daquela eminência retumbam, no dia 7 de
setembro, os instrumentos músicos, e fogos que erguem ao ar anunciam a reunião
da Sociedade Ypiranga: a voz do sacerdote entoa o hino sagrado Te-Deum Laudamus. Quando Dom Pedro II, em 1881, esteve na cidade,
subiu à capela do Bonfim, onde exclamou: é verdadeiramente bela, vista daqui, a
cidade de São João del-Rei. Tendo também eu feito igual experiência, posso
terminar, convidando com o poeta são-joanense Franklin de Magalhães: quereis ver maravilhas sem
fim, ide ao Bonfim!
Celebrando 250 anos, Igreja do Bonfim abrirá
as portas para visitação na Semana Santa
CAPELA DOM BOM FIM – NO ENTÃO MORRO DA FORCA
HOJE DENOMINADO BAIRRO BOM –FIM-JCF
Construída em 1769 no antigo Morro da
Forca, onde eram executados os condenados à morte no Período Colonial, a Capela
dedicada ao Senhor Bom Jesus do Bonfim abrirá as portas para visitação durante
a Semana Santa desse ano. O motivo vem das comemorações dos 250 anos de
construção do pequeno templo.
Fruto da devoção de José Garcia
de Carvalho a capela do Bonfim é hoje, uma parte rica de histórias de São João
del-Rei, além de berço devocional para São Sebastião e São Benedito. “Tantas
subidas e descidas, vão ao longo do caminho sendo contada as historias deste
povo tão fervoroso na fé”, destaca Ronald Lellis, um dos organizadores.
As
visitas irão acontecer na quinta e sexta-feira santa, quando os são-joanenses e
visitantes se prestam a perambular pelas igrejas do centro histórico para
visitar “passinhos” e recordar cenas da paixão de Cristo. “Será montado uma
exposição de crucificados de diversos devotos e templos religiosos de nossa
redondeza, homenageando Nosso Senhor Bom Jesus do Bonfim, padroeiro da nossa
capelinha. É uma boa forma de celebrar os 250 anos em período de muita
visitação e espiritualidade por todos os fiéis”, conclui Thiago Soares que
também integra a equipe de organização.
ASSIM DOU POR ENCERRADA ESTA EDIÇÃO Nº 0174/2021 DANDO-ME POR SATISFEITO
ESTA BELA NARRATIVA SOBRE O ENTÃO BAIRRO BEM ANTES DENOMINADO MORRO DA FORCA,
QUANDO NOS TEMPOS COLONIAIS E IMPERIAIS EXISTIA REALMENTE UM PATÍBULO DA FORCA MUITAS
VEZES USADO COMO FINAL DE VIDA DE MUITOS INFELIZES...JCF
“LENDA DA MÃE DE OURO”
Mãe do ouro
Descrição
Descrição
Mãe de ouro é
um mito que conta que supostamente existe uma bola de fogo que com sua presença
mostra a localização de jazidas de ouro. Existe uma variação do mito que diz
que esta bola se transforma numa bela mulher, loira que reflete a luz do sol e
tem um vestido de seda branco que voa pelos ares. Wikipédia
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