04 AGOSTO DE 2021 - COLUNA JCF TRADIÇÃO E CULTURA - NL Nº ,0192-2021 TEMA A ERA DOURADA DOS CORSÁRIOS E PIRATAS DOS SÉCULO XVII E XVIII - JCF
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JCF Clovis - Tradição e Cultura
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pela historia e cultura
0192-2021
– OS FAMOSOS E INTRÉPITOS PIRATAS DOS SÉCULOX XVII E XVIII
02/08/2021 – NESTA EDIÇÃO Nº 0192 VOU REGISTRAR UM RESUMO DOS INTRÉPIDOS DE FAMOSOS PIRATAS DOS SÉCULOS XVII E XVIII
1ª fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89poca_Dourada_da_Pirataria/
No tempo dos corsários e piratas
Época Dourada da
Pirataria
A Época Dourada da
Pirataria, (ou Época de Ouro da Pirataria, Idade do Ouro da Pirataria,
Era de Ouro da Pirataria, etc.) é uma designação comum dada geralmente a uma ou
mais explosões de pirataria na história marítima no início do período moderno.
Na sua mais ampla definição
aceitável, a Época Dourada da Pirataria ocorreu desde a década de 1650 até à
década de 1730 e abrange três grandes explosões separadas de pirataria: o
período bucaneiro aproximadamente de 1650 a 1680,
caracterizado por marinheiros anglo-franceses com base na Jamaica e
na Tortuga que
atacavam colónias
e navios espanhóis nas Caraíbas e
no leste do Pacífico; a Rota Pirata de 1690, associada com
viagens de longas distâncias das Bermudas e
Américas para roubar muçulmanos e alvos da Companhia das Índias de Leste
no Índico e no mar
Vermelho; e o período pós-Sucessão Espanhola, que se estende desde 1714
até 1726, quando marinheiros e corsários Anglo-Americanos ficaram
desempregados no fim da Guerra da Sucessão Espanhola viraram-se
em massa para a pirataria nas Caraíbas, a costa leste americana, a costa Oeste
Africana, e no Oceano Índico. Definições mais estreitas excluem por vezes o
primeiro ou o segundo período, mas a maioria das definições inclui pelo menos
uma parte do terceiro.
Houve vários fatores que
contribuíram para a pirataria durante esta época, incluindo o aumento da
quantidade de cargas valiosas enviadas para a Europa sobre vastas áreas do
oceano, a redução de navios europeus em determinadas regiões, a formação e
experiência que muitos marinheiros ganharam em navios europeus (particularmente
a Marinha Real Britânica) e a ineficácia governamental
nas colónias europeias ultramarinas. As potências coloniais da época
constantemente lutaram com os piratas, envolvendo-se em várias batalhas
notáveis e outros eventos relacionados.
A concepção moderna dos piratas
como retratados na cultura popular é derivada em grande parte, embora nem
sempre com precisão, a partir da Época Dourada da Pirataria. Ao dar um estatuto
quase mítico aos personagens mais coloridos, como os notórios Barbanegra e Calico
Jack, o livro A General History of the Pyrates (1724)
por Charles Johnson, é a fonte principal de
biografias de muitos dos conhecidos piratas da Época Dourada, influenciando por
exemplo a literatura de Robert Louis Stevenson e J. M.
Barrie. .
Historiografia
Origens do termo
Piratas a dividir o saque. Pintura a óleo por Howard
Pyle.
A Época Dourada da Pirataria é
uma designação comum dada geralmente a uma ou mais explosões de pirataria na
história marítima no início do período moderno. O
termo "Época Dourada da Pirataria" é uma invenção dos historiadores,
e nunca foi usado por qualquer pessoa que viveu durante o período que o nome
denota.
A mais antiga menção literária
conhecida de uma "Idade de Ouro" da pirataria é de 1894, quando um
jornalista inglês de nome George Powell escreveu aquilo "o que parece ter
sido a era de ouro da pirataria até a última década do século
XVII." Powell usa a frase enquanto faz a sua critica ao livro A
New and Exact History of Jamaica de Charles
Leslie. O livro que na altura já tinha mais de 150 anos, e refere-se
principalmente a eventos da década de 1660 como os ataques de Henry Morgan em Maracaibo e Portobelo e
a famosa fuga de Bartolomeu Português. Powell usa a frase apenas uma
vez.
Em 1897, um uso mais
sistemático da frase "Época Dourada da Pirataria" foi introduzido
pelo historiador John Fiske, que escreveu: "Em nenhum outro período na
história mundial o negócio da pirataria floresceu de uma forma grandiosa como
no século XVII e na primeira metade do século XVIII. A sua época
dourada deve ter sido desde 1650 até cerca de 1720." Fiske incluiu as
atividades dos corsários bárbaros, e os piratas de Este Asiático
na sua "Época Dourada," notando que "apesar destes piratas muçulmanos e
daqueles asiáticos estarem muito ocupados no século XVII assim como
em qualquer outra altura, o seu caso não corrobora a minha afirmação de que a
era dos bucaneiros foi a Época Dourada da
pirataria." Fiske não refere ou cita Powell ou outra fonte qualquer
para o termo "Época Dourada."
Os historiadores de piratas da
primeira metade do século XX adoptaram o termo de Fiske, "Época
Dourada," sem necessariamente adotarem as datas do seu início e fim.[ A
definição mais expansiva de uma época de pirataria foi feita por Patrick
Pringle, que em 1951 escreveu "a época mais florida na história da
pirataria . . . começou no reino da rainha Isabel I, e terminou na segunda década
do século XVIII." Esta ideia contradiz Fiske, que muito veemente
negou que figuras notáveis de Isabel, como o corsário Francis
Drake, poderiam ser piratas.
Tendências para definições mais estreitas
as definições mais recentes, Pringle tem aparentemente o leque maior, uma exceção para definições mais estreitas desde 1909 até cerca de 1990, que encurtaram a Época Dourada. Em 1924, Philip Gosse descreveu que a pirataria teve o seu pico "de 1680 até 1730." No seu livro de 1978, extremamente popular, The Pirates for TimeLife's The Seafarers, Douglas Botting definiu a Época Dourada como tendo durado "quase 30 anos, começando no final do século XVII até ao primeiro quarto do século XVIII." A definição de Botting é muito semelhante à de Frank Sherry em 1986. Num artigo académico de 1989, o professor Marcus Rediker definiu a época como tendo durado apenas desde 1716 até 1726. Angus Konstam em 1998, afirmou que durou de 1700 até 1730.
Provavelmente o último passo em
restringir a Época Dourada foi em 2005 no livro de Konstam, The History
of Pirates, na qual ele retrai uma definição sua, dizendo que se a época
fosse de 1690–1730 seria "generoso" concluindo que "O pior dos
excessos nestes piratas estava limitado a um período de oito anos, de 1714 até
1722, assim a verdadeira Época Dourada nunca se poderá chamar de 'década de
ouro.'"
Reveses recentes para uma definição mais ampla
David Cordingly, no seu
trabalho muito influente de 1994, Under the Black Flag, definiu a
"grande época da pirataria" ao dizer que durou pelo menos de 1650 até
cerca de 1725, muito perto da definição de Fiske.
Rediker, em 2004, descreveu a
mais complexa definição até à data, propondo que a "época dourada da
pirataria, que se estendeu por um período de 1650 a 1730," subdividido em
três “gerações” distintas: os bucaneiros de 1650-80, os piratas do oceano
Indico em cerca de 1690, e os piratas do período de 1716–1726.
Período Bucaneiro, c. 1650–1680
Historiadores, como John Fiske,
marcaram o início da Época Dourada da Pirataria em cerca de 1650, quando nos
finais das guerras europeias de religião permitiram
aos países europeus voltar a desenvolver os seus impérios coloniais. Tal
acontecimento aumento consideravelmente as trocas marítimas, e uma certa
melhoria económica: havia dinheiro para ser feito - ou roubado - e grande parte
dele viajava por navios.[17][18]
Os bucaneiros franceses
estabeleceram-se na zona norte da Ilha de São Domingos (ou Hispaniola), mais ou
menos em 1625,[19] vivendo inicialmente mais da caça do
que do roubo; a sua transição para a pirataria a tempo inteiro foi gradualmente
motivada pelos esforços espanhóis em tentar eliminar tanto os bucaneiros como
os animais de que eles dependiam. A migração dos bucaneiros da Hispaniola
para Tortuga, uma
ilha fora da costa e mais defensiva, acabou por limitar os seus recursos
acelerando as suas atividades de pirataria. De acordo com Alexandre Olivier Exquemelin, um
bucaneiro e historiador que permanece uma grande fonte deste período, o
bucaneiro de Tortuga Pierre Le Grand, liderou os ataques dos colonos em galeões
fazendo a viagem de volta para a Espanha.[17]
O aumento de bucaneiros em
Tortuga foi devido à captura da Jamaica aos
espanhóis pelos ingleses em 1655. Os primeiros governadores ingleses da Jamaica
enviavam livremente cartas de
corso para os bucaneiros de Tortuga e para os seus próprios
compatriotas, enquanto o crescimento de Port
Royal, dava a estes invasores um lugar muito mais rentável e
agradável para poderem vender o seu espólio.[20] Na década de 1660, o novo governador
francês da Tortuga, Bertrand d'Ogeron, dava semelhantes comissões de corso,
tanto para os próprios colonos como para os assassinos ingleses de Port Royal.
Tais condições levaram os bucaneiros das Caraíbas ao seu apogeu.
Rota Pirata, c. 1693–1700
Um certo número de fatores
levou a que os piratas anglo-americanos, alguns cortaram os dentes durante o
período bucaneiro, fossem procurar tesouros nas Caraíbas no início da década de
1690. Com a queda do período da Casa de
Stuart (1603-1714), restaurou-se a inimizade tradicional entre
a Inglaterra e a França, terminando assim a colaboração proveitosa entre a Jamaica
inglesa e a Tortuga francesa. A devastação de Port Royal por um terremoto em
1692 reduziu ainda mais as atrações das Caraíbas, destruindo o mercado dos
piratas por pilhagens vedadas.[22] Os governadores coloniais das
Caraíbas começaram a descartar a política tradicional de "não há paz para
lá da Linha," sobre qual era entendido que a guerra iria continuar (e,
portanto, seriam concedidas cartas de corso) nas Caraíbas independentemente dos
tratados de paz assinados na Europa;
doravante, as comissões seriam dadas apenas em guerra, e as suas limitações
seriam rigorosamente aplicadas. Além disso, grande parte do território espanhol
estava esgotado; só Maracaibo já tinha sido saqueado pelo menos três vezes
entre 1667 e 1678,[23] enquanto Río de la Hacha tinha sido roubado cinco vezes
e Tolú oito.[24]
Ao mesmo tempo, as colónias
menos favorecidas de Inglaterra,
incluindo Bermuda, Nova
Iorque e Rhode Island,
ficaram com dependência de dinheiro devido aos Actos de Navegação.
Comerciantes e governadores, ansiosos por moedas, estavam dispostos a ignorar e
até mesmo a subscrever viagens de piratas; um oficial das colónias defendeu um
pirata, porque ele pensou que "muito duro pendurar pessoas que trazem ouro
para estas províncias."[25]
Apesar de alguns destes piratas
operarem fora da Nova
Inglaterra e das Colónias Médias (actualmente alguns dos Estados do
nordeste americano), virando-se a partir de 1690 para as colónias espanholas
mais remotas do oceano Pacífico, o oceano
Indico era um alvo mais rico e tentador.[24] Durante
aquele período, a economia da Índia aumentou
conseguindo encolher a europeia, especialmente em produtos de alto valor como
a seda e
o calicô, ideal para o saque pirata;[26] ao
mesmo tempo, nenhuma marinha poderosa navegava pelo Oceano Indico, deixando
vulneráveis a ataques tanto os barcos locais bem como os da Companhia das
Índias de Leste. Tal abriu porta a famosos pirateamentos de Thomas
Tew, Bartholomew Roberts, Henry
Every, Robert Culliford e
(apesar da sua culpa permanecer controversa) William
Kidd.
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