04 DE SETEMBRO DE 2021 - COLUNA JCF - TRADIÇÃO E CULTURA - TEMA "A CIVILIZAÇÃO MAIA" - JCF
A civilização Maia, quando sofreu a invasão espanhola, já estava em decadência por diversos motivos discutidos entre historiadores. Iremos trabalha-los agora. Um dos problemasl que levou a degradação das cidades Maias defendido aqui é a agricultura.
Com modo de produção tributário, era necessário retirar da terra o alimento para o sustento e manutenção da classe-Estado. Tendo em vista que o solo da planície do Yucatan era pobre foi necessário aplicar uma rotatividade de plantios, para possibilitar o descanso da terra. O problema que aí encontramos foi o grande crescimento populacional.
A exigência de novas terras para cultivar, no Novo Império, provocou a crise do sistema e a guerra, como forma de estender o controle das cidades sobre um território maior. Com a guerra entre as cidades-Estado a civilização Maia entrou em decadência.
Segundo alguns houve outros fatos que só pioraram a situação da população além das guerras como terremotos e pestes, mas estes fatos usados para explicar a decadência giram em torno do aqui demonstrado: a falta de terras para o cultivo. Assim a dominação espanhola foi facilitada pela decadência das cidades Maias, que já estavam abaladas.
Dentro da religião maia,
julgava-se que os sacrifícios humanos eram importantes para garantir que os
deuses estivessem satisfeitos e garantissem o funcionamento do universo. Esse
povo costumava sacrificar prisioneiros de guerra e pessoas que entregavam-se
voluntariamente ao sacrifício. O arqueólogo Nicholas J. Saunders afirma que os
governantes dessa sociedade organizavam milícias com o propósito único de
aprisionar grandes guerreiros de cidades vizinhas para sacrificá-los.
Representação
moderna de Chac, deus da chuva para os maias, e uma provável manifestação de
Itzamná.
Os sacrifícios
aconteciam em rituais bastante violentos e as formas mais comuns de sacrifícios
eram a decapitação e a retirada do coração enquanto a pessoa estivesse viva. As
cerimônias religiosas dos maias também eram marcadas pelo consumo de
substâncias alucinógenas. Uma das bebidas alucinógenas era o balche, composta por
bebida alcoólica feita de mel, cascas de árvore e cogumelos alucinógenos. Os
rituais de transe, por sua vez, eram restritos à elite da sociedade.
Alguns dos deuses
maias que podem ser citados são Itzamná, o deus
criador do Universo; Ix Chel, a senhora do arco-íris; Kinich Ahau deus Sol,
entre outros. Muitos outros deuses Hunab Ku e Chac eram
entendidos como outras manifestações de Itzamná.
Sociedade e cultura
Os maias possuíam uma sociedade hierarquizada, isto é, dividida em
grupos sociais muito bem definidos, cada qual com funções distintas. O grupo
mais numeroso da sociedade era dos camponeses, os
responsáveis pela agricultura e pelo abastecimento de sua cidade. A elite era a
responsável pela administração das cidades-estado e pelas funções religiosas. A
autoridade máxima e topo da pirâmide social maia era o rei de cada cidade, chamado de ajaw.
Os maias enxergavam o mundo como um local que funcionava de
maneira cíclica, isto é, em ciclos de fases que iriam repetir para sempre.
Dentro dessa visão, possuíam um sistema duplo de calendário em que um era
composto por 365 dias (chamado Haab) e
outro era composto por 260 (era chamado de Tzolkin).
Acreditavam
que a Terra era plana e que ela possuía quatro direções sagradas, cada qual
possuindo uma cor respectiva. Utilizavam de desenhos de animais para
representarem suas ideias filosóficas e outras áreas do conhecimento, como a
Astronomia.
Ruínas da cidade maia de Tikal, localizadas na atual Guatemala.
Os maias nunca formaram um império propriamente dito, como os incas e astecas, porque sua organização política era baseada na ideia de cidades-estado. Ou seja, cada cidade era uma entidade administrativa independente, com autoridades próprias e fronteiras que eram estabelecidas pelos limites da própria cidade. No caso da civilização maia, a sua zona de ocupação é considerada como as regiões que estavam sob a influência maia.
As cidades-estado maias praticavam o comércio entre si, mas os
historiadores e arqueólogos também provaram que elas travavam guerras entre si.
Essas guerras aconteciam, porque determinadas cidades sempre tentavam impor seu
domínio sobre as cidades vizinhas. Ao longo da história maia, algumas cidades
conseguiram impor um certo domínio regional. Entre as cidades de destaque
podemos mencionar Palenque, Tikal e Calakmul.
A cidade de Chichen Itzá é
apontada por alguns historiadores como uma cidade de cultura mista de toltecas
e maias.
Como já exposto, o rei chamado pelos maias de ajaw, era a autoridade máxima da cidade e era tido
pelos súditos como uma manifestação dos deuses. O poder real era transmitido de
maneira patrilinear, isto é, seguia a linhagem do pai. Apesar dessa linhagem
patrilinear, o trono poderia ser ocupado por uma mulher nas seguintes
situações: quando o rei nomeado não tivesse a idade suficiente ou se estivesse
lutando na guerra.
Os
sacrifícios humanos tinham uma importante função na política maia. As citadas
milícias formadas pelo rei para aprisionar guerreiros de cidades vizinhas para
sacrificá-los visavam, principalmente, a guerreiros de alto nível e a
governantes. Isso porque capturar guerreiros conhecidos de outras cidades
traziam grande prestígio para o rei responsável pela captura.
Decadência dos maias
A civilização maia viveu seu auge durante o período entre 250
d.C. e 900 d.C. Após esse período, os historiadores apontam que foi iniciada a
decadência que levou ao desaparecimento deles. Esse período de declínio é
conhecido como Período
Pós-Clássico. Os motivos dessa decadência são estudados ainda pelos
historiadores, que apontam atualmente como principais causas: a falta de alimentos resultante da superpopulação e
do esgotamento da terra, desastres naturais, doenças, além das guerras.
Durante
o enfraquecimento da civilização maia, alguns locais perderam, de maneira
drástica, um grande número de habitantes. Essas pessoas mudaram-se para outros
locais da Mesoamérica em busca de melhores condições para viver. Com isso,
grande parte das cidades maias foram abandonadas e, quando os europeus chegaram
à Mesoamérica, encontraram essas cidades total ou parcialmente vazias.
Por Daniel Neves Silva
Destruição dos Maias -
História da Destruição dos Maias
A
civilização Maia, quando sofreu a invasão espanhola, já estava em decadência
por diversos motivos discutidos entre historiadores. Iremos trabalha-los agora.
Um dos problemas que levou a degradação das cidades Maias defendido aqui é a
agricultura.
Com modo de produção tributário, era necessário
retirar da terra o alimento para o sustento e manutenção da classe-Estado.
Tendo em vista que o solo da planície do Yucatan era pobre foi necessário
aplicar uma rotatividade de plantios, para possibilitar o descanso da terra. O
problema que aí encontramos foi o grande crescimento populacional.
A exigência de novas terras para cultivar, no Novo
Império, provocou a crise do sistema e a guerra, como forma de estender o
controle das cidades sobre um território maior. Com a guerra entre as
cidades-Estado a civilização Maia entrou em decadência.
Segundo alguns houve outros fatos que só pioraram
a situação da população além das guerras como terremotos e pestes, mas estes
fatos usados para explicar a decadência giram em torno do aqui demonstrado: a
falta de terras para o cultivo. Assim a dominação espanhola foi facilitada pela
decadência das cidades Maias, que já estavam abaladas.
ATÉ A
PRÓXIMA OPORTUNIDADE...JCF
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