05 DE SZETEMBRO DE 2021 - NL Nº 0229 - 2021 TEMA: "A SAGA DE LAMPIÃO. JCF
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0229
- 2021 – A SAGA DE LAMPIÃO
– 05/09/2021 ESTA EDIÇÃO Nº 0229-2021 – 2021
FAREI O REGISTRO DA SAGA DE LAMPIÃO
1ª fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lampi%C3%A3o_(cangaceiro)
Virgulino Ferreira da Silva,
vulgo Lampião (Serra Talhada, 4 de
junho de 1898 — Poço
Redondo, 28 de julho de 1938), foi
um cangaceiro brasileiro que
atuou no sertão nordestino. Segundo o seu biógrafo
Cicinato Ferreira Neto, o apelido "Lampião" foi lhe dado devido à sua
facilidade em manejar o rifle, "que, de tanto atirar, mais
parecia um candeeiro aceso nas escuras noites da caatinga”.
Conhecido como Rei do
Cangaço, Lampião foi provavelmente o líder banditista de maior sucesso do Século
XX. Por parte das autoridades, Lampião simbolizava a brutalidade,
o mal, uma doença que precisava ser cortada. Para uma parte da população do
sertão, ele encarnou valores como a bravura, o heroísmo e o senso da honra. Por
conta disso, suas façanhas o transformaram em um herói popular no Brasil,
principalmente na região nordeste do país, lhe rendendo uma reputação
equivalente a Jesse James e a Pancho
Villa[.
Biografia
Origem
Virgulino Ferreira da Silva, 1927.
Há controvérsia sobre a data de
nascimento de Lampião. As mais citadas são:
·
4 de
junho de 1898: data que consta em sua certidão de batismo, uma
das mais citadas na literatura de cordel. Este dia é geralmente aceito
por muitos devido ao costume das regiões do semiárido de
primeiro batizar as crianças e registrá-las tempos depois, devido a um misto de
religiosidade e desconfiança em relação ao poder civil constituído e a um
"enquadramento administrativo" por parte deste.
·
12 de
fevereiro de 1900: data dada segundo Antônio Américo de Medeiros pelo
próprio Lampião em entrevista ao escritor cearense Leonardo
Mota, em 1926, em Juazeiro do Norte.
A questão de sua data de
nascimento torna-se ainda mais relevante no contexto em que se instituem datas
comemorativas em seu nome (18 de
julho), e 7 de
julho, que corresponde ao dia do seu registro civil, como o "Dia
do Xaxado",
pelo projeto da Câmara Municipal de Serra
Talhada.
Nascido na cidade de Vila Bela,
atual Serra Talhada, no semiárido do estado
de Pernambuco, foi o terceiro filho de José Ferreira dos
Santos e Maria Sucena da Purificação.
Até os 21 anos de idade
trabalhou como artesão. Era alfabetizado e usava óculos para leitura,
características bastante incomuns para a região sertaneja e pobre onde ele
morava. Uma das versões a respeito de seu apelido é que sua capacidade de
atirar seguidamente, iluminando a noite com seus tiros, fez com que recebesse o
apelido de lampião.
Sua família travava uma disputa
com outras famílias locais, geralmente por limites de terras, até que seu pai
foi morto em confronto com a polícia em 1919.
Virgulino jurou vingança, e junto de mais dois irmãos, passou a integrar o
grupo do cangaceiro Sinhô Pereira.
Em 1922, tornou-se líder do
bando até então comandado por Sinhô
Pereira em Pernambuco. No
mesmo ano matou o informante que entregou seu pai à polícia, e realizou o maior
assalto da história do cangaço àquela altura, contra a Baronesa de Água Branca em Alagoas.
Além do grupo principal,
Lampião tinha o comando de diversos subgrupos paralelos, designando outros
cangaceiros à frente, a exemplo de Corisco e
Antônio de Engracia.
Em 1930 se junta afetivamente a Maria
Bonita na Bahia. No
mesmo ano, aparece no jornal The New York Times. Em 1936, seu cotidiano na
caatinga é fotografado e filmado por Benjamin Abrahão Botto.
Durante quase 20 anos, Lampião
viajou com seu bando de cangaceiros, todos a cavalo e em trajes de couro,
chapéus, sandálias, casacos, cintos de munição e calças para protegê-los dos
arbustos com espinhos típicos da vegetação caatinga. Para
proteger o "capitão" (como Lampião era chamado) e realizar ataques a
fazendas e municípios, todos usavam sempre um poder bélico potente. Como não
existiam contrabandos de armas para se adquirir, as mesmas eram, em sua
maioria, roubadas da polícia e de unidades paramilitares. A espingarda Mauser e
uma grande variedade de pistolas semiautomáticas e revólveres também eram
adquiridos durante confrontos. A arma mais utilizada era o rifle Winchester. O bando chamava os integrantes das
volantes de "macacos" - uma alusão ao modo como os soldados fugiam
quando avistavam o grupo de Lampião: "pulando".
Lampião e seu bando atacaram
fazendas e cidades em sete estados além de praticar roubo de gado, saques,
sequestros, assassinatos, torturas, mutilações e estupros. Sua passagem causava
terror e indignação nos moradores, fato citado amplamente na imprensa local:
Cruzes marcando o local da morte de Lampião e seu bando, em Poço Redondo, Sergipe
As cabeças dos cangaceiros incluindo Lampião (no primeiro
degrau) e Maria Bonita (ao centro, no segundo degrau) na cidade de Piranhas em Alagoas.,
No dia 27 de julho de 1938, o
bando acampou na fazenda Angicos, situada no sertão de Sergipe,
esconderijo tido por Lampião como o de maior segurança. Era noite, chovia muito
e todos dormiam em suas barracas. A volante chegou tão silenciosamente que nem
os cães perceberam. Por volta das 5:00h do dia 28, os cangaceiros levantaram
para rezar o ofício e se preparavam para tomar café; quando um cangaceiro deu o
alarme, já era tarde demais.
Não se sabe ao certo quem os
traiu. Entretanto, naquele lugar mais seguro, o bando foi pego totalmente
desprevenido. Quando os policiais do Tenente João Bezerra e
do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva abriram fogo com metralhadoras
portáteis, os cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de
defesa.
O ataque durou cerca de vinte
minutos e poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos trinta e quatro
cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo. Lampião foi um dos primeiros a
morrer. Logo em seguida, Maria Bonita foi
gravemente ferida. Alguns cangaceiros, transtornados pela morte inesperada do
seu líder, conseguiram escapar. Bastante eufóricos com a vitória, os policiais
apreenderam os bens e mutilaram os mortos. Apreenderam todo o dinheiro, o ouro
e as joias.
A força volante, de maneira
bastante desumana para os dias de hoje, mas seguindo o costume da época,
decepou a cabeça de Lampião. Maria Bonita ainda estava viva, apesar de bastante
ferida, quando foi degolada. O mesmo ocorreu com Quinta-Feira, Mergulhão (os
dois também tiveram suas cabeças arrancadas em vida), Luís Pedro, Elétrico,
Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete (2) e Macela. Um dos policiais, demonstrando
ódio a Lampião, desfere um golpe de coronha de fuzil na sua cabeça,
deformando-a. Este detalhe contribuiu para difundir a lenda de que Lampião não
havia sido morto e escapara da emboscada, tal foi a modificação causada na
fisionomia do cangaceiro. "Feito isso, salgaram os seus troféus de
vitória e colocaram em latas de querosene, contendo aguardente e cal."] Os
corpos mutilados e ensanguentados foram deixados a céu aberto, atraindo urubus.
Para evitar a disseminação de doenças, dias depois foi colocada creolina sobre
os corpos. Como alguns urubus morreram intoxicados pela creolina, este fato
ajudou a difundir a crença de que eles haviam
sido envenenados antes do ataque, com alimentos entregues pelo coiteiro
traidor.
Cruzes marcando o local da morte de Lampião e seu bando, em Poço Redondo, Sergipe
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