10 DE OUTUBRO DE 2021 - COLUNA JCF - TRADIÇÃO E CULTURA- JCF
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Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
0267-2021
– TRILHANDO NA HISTORIA – PORTO VELHO
28/09/2021 – É sabido que resido nesta
Rondônia e mais precisamente na Capital Porto velho esta edição 0267-2021
iniciarei recontando historia de Rondônia e claro que como abertura desta série
de “Rondônia nos trilhos da historia na Historia...JCF
Borracha, ferro,
suor e sangue: Conheça a História de como Porto Velho começou
A capital
completa 105 anos nesta quarta-feira (2). O G1 entrevistou historiadores para
relembrar a história local.
Por Ana Kézia Gomes,
G1 RO
02/10/2019
08h00 Atualizado há um ano
Os navios e embarcações no Porto Velho com farol à noite - Imagem em Alta Resolução
Porto Velho completa 105 anos de
"criação" neste 2 de outubro de 2019. A história da cidade é quase
sempre contada a partir da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, mas
outro ponto de partida pode ser traçado: 40 léguas* acima da cidade de Santo
Antônio, onde existia o núcleo de povoamento São João Batista do Crato.
Segundo o historiador Dante Fonseca, a
comunidade de Crato foi criada em 1798 para dar apoio aos viajantes durante as
expedições de navegação no Rio Madeira. As pesquisas do historiador apontam que
em 1866 quase 6 mil pessoas moravam no distrito de Crato.
Já Santo Antônio surgiu devido a produção
extrativista da borracha que gerou crescimento na navegação. Com o passar do
tempo, por causa da maior comodidade, ela virou favorita no roteiro de viagens
pelo Rio Madeira, no lugar de Crato.
Ainda de acordo com Dante, em Santo Antônio
foram construídos galpões para guardar as mercadorias. Além disso foi criado um
comércio para equipar as tripulações de embarcações durante a espera pelas
cargas que subiam e desciam o Madeira.
O monumento tombado que resiste até hoje é
a Capela de Santo Antônio de Pádua, a primeira construída no estado de Rondônia
e se diferencia de uma igreja por não possuir pia batismal.
Capela Santo Antônio de
Pádua em Porto Velho — Foto: Ana Kézia Gomes/G1
Porto Velho
Quando a última tentativa de construção da
Estrada de Ferro Madeira-Mamoré começou, em 1907, Porto Velho surgiu como novo
núcleo de povoamento.
Crato deu lugar a Santo Antônio, e esse deu
lugar a Porto Velho - criado oficialmente como município em 2 de outubro de
1914.
Cidade construída também a partir da lenda
do Eldorado, ela é indígena, boliviana, inglesa, africana, norte-americana,
grega, peruana, libanesa, caribenha muitas outras.
Tudo começou a partir do desejo de
transportar o líquido branco que saia das seringueiras. O interesse e o capital
estrangeiro perceberam que seria mais fácil levar a borracha sob o ferro do que
pela natureza selvagem dos trechos encachoeirados.
Porém o trabalho internacional não foi suficiente
para vencer a floresta, como mostram as duas primeiras tentativas de construção
da EFMM.
Secadores da borracha em
Porto Velho — Foto: IBGE/ Arquivo
Na primeira, em 1872, a Public Works que
não conhecia o território, nem a fauna e flora, por isso perdeu para a
natureza. O placar ficou 2 a 0 quando a empresa P.&T. Collins, contratada
pelo coronel Church, foi encarregada da segunda tentativa de construção da
ferrovia. Dessa vez, principalmente, as revoltas dos trabalhadores provocadas
pela falta de pagamento levou o empreendimento ao fracasso.
Somente em 1907 a terceira tentativa
acontece. O responsável pela execução foi Percival Farquhar, um engenheiro
norte-americano que trabalhava para a Madeira-Mamoré Railway CO.
Com maior experiência técnica do local e
com estratégia a ferrovia foi aos poucos, dormente por dormente, fazendo Porto
Velho surgir.
Locomotiva na Estrada de Ferro Madeira-Mamoré — Foto:
IBGE/ Arquivo
"
Porto Velho foi nascendo, assim,
estrangeira, alienígena, no dizer de alguns, por conter em seu território um
número significativo de trabalhadores estrangeiros e por tentar impor uma nova
ordem à selva e a seus habitantes. A cidade que aos poucos ia se esboçando
tentou abandonar de imediato todos os símbolos impeditivos ao projeto de
construção da ferrovia. Um exemplo claro é o fato de Porto Velho nascer à beira
do rio, porém de costas para ele", explica a historiadora Mara Centeno.
Não há registros oficiais precisos sobre a
quantidade de pessoas que morreram durante a construção da Ferrovia do Diabo,
há quem acredite que cada dormente representa um trabalhador morto na estrada.
Mas é certo que os cemitérios
de Porto Velho também ajudam a contar essa história.
ATÉ A PRÓXIMA...JCF
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