11 DE OUTUBRO DE 2021 - COLUNA JCF - TRADIÇÃO E CULTURA - EDIÇÃO Nº 0267 - JCF
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11/05/2015
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
0267/2021
– A INCRIVEL DÉCADA DE 60 – NUNCA MAIS
09/10/2021 – NESTA EDIÇÃO Nº 0267-2021
FAREI O REGISTRO DA INCRIVEL DÉCADA DE 60 – OUTRA IGUAL NUNCA MAIS...JCF
1ª FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rock_no_Brasil
Rock no Brasil
Década de 1960
Em 1960,
surgira até a Revista do Rock, que
elegeu o estreante Sérgio
Murilo como "Rei do Rock" brasileiro.
Roberto Carlos chegou a tentar
uma carreira como cantor de bossa nova, agenciado por Carlos Imperial, em 1961
lança seu primeiro álbum Louco por
Você, que foi um fracasso, até que dois anos depois, lança um disco
de rock, Splish
Splash. A faixa-título, versão de uma canção de Bobby
Darin, e Parei na Contramão rapidamente tornam-se
hits. O álbum traz outras canções dele, Erasmo e Luiz
Ayrão. Erasmo e os Snakes gravam o compacto Calypso Rock, surgem
também os cantores Demétrius, Eduardo
Araújo, Ronnie Cord, Albert Pavão entre outros. O cantor
e compositor Baby Santiago, é um dos raros artistas
negros do rock brasileiro da época, foi gravado por artistas como George
Freedman, Demetrius, Wilson
Miranda e Tony
Campello.
O começo da década também foi
marcado pelo surgimento de grupos de rock
instrumental e surf
music como The Jet
Blacks, The Jordans e The Clevers (futuros Os Incríveis), e do cantor Ronnie
Cord, que lançaria dois "hinos": Biquíni de
Bolinha Amarelinha, versão de Hervé Cordovil para Itsy
Bitsy Teenie Weenie Yellow Polkadot Bikini e a rebelde Rua Augusta. Em 1962, o The Jet
Blacks lança o álbum "Twist", aclamado como o melhor
álbum de rock instrumental do Brasil por muitos colecionadores nacionais e
estrangeiros.
Roberto Carlos se tornaria o
maior ídolo do Rock Brasileiro dos anos 60 e, posteriormente,
o maior nome da música brasileira. Em 1964,
obteve mais sucessos como É Proibido Fumar (mais
tarde regravada pelo Skank) e O Calhambeque. Aproveitando o sucesso, a Rede
Record lançou o programa Jovem Guarda,
apresentado por Roberto ("Rei"), seu amigo Erasmo
Carlos ("Tremendão") e Wanderléa ("Ternurinha").
Só nas primeiras semanas, atingiu 90% da audiência.
Seguindo o sucesso do programa Jovem Guarda , surgem outros artistas, Renato e seus Blue Caps, Golden Boys, Jerry Adriani e Dick Danello, que tinham seu som inspirado nos Beatles (o gênero apelidado "iê-iê-iê") e no rock primitivo (rock and roll e rockabilly). A Jovem Guarda também levou a todo tipo de produto e filmes como Roberto Carlos em Ritmo de Adventura (seguindo a trilha de A Hard Day's Night e Help! dos Beatles). O chamado "Som da Jovem Guarda" é marcado pelo uso do Órgão Hammond por Lafayette.
Apesar disso, os artistas
da MPB "declararam
guerra" ao iê-iê-iê da Jovem Guarda, chegando a um
protesto de Elis Regina, Jair
Rodrigues, entre outros, conhecido "Marcha contra a Guitarra
Elétrica". A guitarra elétrica já era usada no Brasil na
década de 1940, no bloco carnavalesco de Dodô e
Osmar, em Salvador. Eles inventaram o famoso "pau
elétrico", a primeira guitarra elétrica sem microfonia, com sua
característica típica de cor aguda e som sustentado, semelhante aos modelos
jazzísticos anteriores (então eles desenvolveram outro com dois braços) e, em
1949, tocaram canções de carnaval com esse violão pela primeira vez em um carro
aberto chamado então "Trio
Elétrico" nas ruas de Salvador.
O programa Jovem Guarda
terminaria em 1968, com a saída de Roberto Carlos.
Em continuidade a corrente
contrária ao estilo da jovem guarda, surgia a Tropicália, um
estilo basicamente composto por uma mistura de ritmos nacionais com o
toque único de rock psicodélico. Apesar da forte repressão por parte da
indústria musical, em 1966, uma nova banda surge, Os
Mutantes. Composta por Rita Lee, Arnaldo
Baptista e Sérgio
Dias, o grupo com seu deboche e som inovador, foi revelado no
programa de Ronnie Von, contudo, o trabalho teve pouco
impacto no mercado. Artistas como Erasmo Carlos, Eduardo Araújo e Ronnie
Von também experimentariam a psicodelia nos anos seguintes. No mesmo ano,
o cantor Serguei fez sua estreia em compactos.
Em 1967, a
dupla Caetano Veloso e Gilberto
Gil faria as canções "Alegria,
Alegria" e "Domingo no Parque", apresentadas
no III Festival da Rede Record. No ano seguinte, o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts
Club Band fascinou a dupla, levando a apresentações vaiadas em
festivais de Record e Excelsior, e ao
álbum coletivo Tropicália ou Panis et
Circensis, com Mutantes, Gal Costa, Tom Zé, Torquato
Neto, Capinan, Rogério
Duprat e Nara Leão,
considerado um dos melhores álbuns brasileiros da história.
Além de Os
Mutantes, outras bandas de apoio acompanharam os tropicalistas,
tais Beat Boys e Os Baobás, que acompanharam
Caetano Veloso e Os
Brazões, que acompanharam Gal Costa. Os Mutantes também criariam
carreira grandiosa, com álbuns elogiados a partir de 1968 e
chegando a ser descoberta até por Kurt
Cobain, do Nirvana. O
grupo começaria a se desmanchar com a saída de Rita Lee, em 1973.
Também em 1967 surgem as
primeiras bandas de rock psicodélico do país. Conforme a
revista do rock Senhor F, "as primeiras manifestações psicodélicas no
Brasil ocorreram em São Paulo, por meio de grupos como The Beatniks, Os Baobás e The
Galaxies, que introduziram em seus repertórios clássicos do gênero
produzido nos Estados Unidos, especialmente."
Também nesse período, canções
nos gêneros soul music e funk são
encontradas nas trabalhos de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Eduardo Araújo
e Tim Maia (recém-chegado dos Estados Unidos. Jorge Ben ficaria conhecido como criador
do samba-rock, subgênero que também chegou a ser
explorado por Erasmo Carlos.
Em 1968, o grupo baiano Raulzito e os Panteras,
liderado por Raul Seixas lança
seu único álbum de
mesmo nome, apesar disso, Raul é ajudado por Jerry Adriani, o grupo se torna banda de apoio de
cantor, que também grava algumas de suas composições de Raul, além, artistas
como Trio Ternura e Renato e Seus Blue Caps (grupo
que teve Erasmo Carlos como membro por um curto período), tiveram canções
compostas pelo artista.
No ano de 1969, a cantora Gal Costa lançava o álbum Gal (álbum de 1969) considerado
por muitos como o mais psicodélico, experimental e radical de toda a sua
carreira, graças as influências gritantes que a cantora buscou de Janis Joplin e Jimi Hendrix em meio às guitarras raivosas e
cortantes de Lanny Gordin e
às mixagens sujas propositalmente.
Também em 1969, a banda gaúcha Liverpool grava o álbum Por
Favor, Sucesso, nome tirado da canção de Carlinhos Hartlieb defendida
pelo grupo no II Festival Universitário da Música Popular, o álbum
misturava psicodelia e música brasileira, mais tarde o grupo mudaria o
nome para Bixo da Seda,
focando-se no rock progressivo.
Década de 1970
O endurecimento do Regime
militar levou Caetano e Gil ao exílio em Londres, onde viveram de 1969 a 1972.
Durante o período, gravaram dois discos considerados dos seus melhores: Transa (Caetano) e Expresso 2222 (Gil).
Após sair dos Mutantes no final de 1972, Rita Lee iniciou sua carreira solo, acompanhada
do grupo Tutti Frutti. É
nesse período que ela lança o seu mais memorável álbum: Fruto
Proibido (1975), disco este que contém os sucessos
"Agora Só Falta Você", "Esse Tal de Roque Enrow" e
"Ovelha Negra". Arnaldo Baptista também gravou o aclamado Lóki? (1974). Os Mutantes ainda atravessaram
a década convertidos ao rock progressivo, passando por várias formações e
dissolvendo-se em 1978.
Ainda em 1972, ocorre a Feira
Experimental de Música de Nova Jerusalém, um festival de música
alternativa, fora do circuito comercial, considerado o Woodstock brasileiro.
Também em 1972, a banda Lee Jackson formada por Marcos Maynard, Luiz Carlos Maluly, Cláudio Condé,
Marco Bissi e Sérgio Lopes, fez sucesso com o single "Hey Girl", que
teve uma versão em português gravada pela banda The Fevers. Em 1976, a banda lançou o álbum Bill
Haley presents Lee Jackson - featuring Rock samba. Com a participação do
veterano Bill Halley, o
álbum trazia versões de canções de rock estrangeiras com influências de samba. A
banda foi desfeita em 1979, contudo seus membros se tornaram executivos de
gravadoras e produtores musicais.
Em 1973, surgiram os Secos & Molhados, liderados por João Ricardo,
com Ney Matogrosso como
vocalista. A banda fazia a chamada "poesia musicada", gravando
canções elaboradas como "Rosa de Hiroshima" e "Prece
Cósmica", bem como canções menos poéticas e mais divertidas como "O
Vira". Dois álbuns e um ano depois, em 1974,
o grupo com sua formação clássica (João, Ney e Gerson Conrad) se desfez.
Também em 1973, Raul Seixas inicia uma carreira solo, chegando a
vender 600.000 compactos de "Ouro de Tolo" em poucos dias. Seixas se
tornaria "o bardo dos hippies" com músicas debochadas
como "Mosca na Sopa" e "Maluco Beleza", esotéricas como "Eu Nasci Há Dez Mil Anos
Atrás" e "Gita", e motivacionais como "Metamorfose Ambulante"
(composta pelo músico aos 14 anos) e "Tente Outra Vez".
RAUL SEIXAS
A DÉCADA DE 60 FOI UMA BRASA –
MORA!!!ESQUECER???JAMAIS...JCF
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