06 de OUTUBRO DE 2021 - COLUNA JCF - TRADIÇÃO E CULTURA...EDIÇÃO Nº 0260-2021...JCF

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0260/2021 –  O GRANDE MASSACRE DE AGOSTO DE 1854

06/10/2021 – NESTA EDIÇÃO Nº 0260-2021 TEREMOS O REGISTRO DO GRANDE MASSACRE DE AGOSTO DE 1854 NO OESTE AMERICANO...JCF

1ª FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Genoc%C3%ADdio_ind%C3%ADgena_nos_Estados_Unidos

O Genocídio dos povos indígenas no Brasil 

 

 Genocídio dos povos indígenas dos Estados Unidos durante o século XIX, que resultou no massacre de milhões e na destruição irreversível de várias culturas, feito sob a alegação de uma guerra justa, ou guerra indígena, teve características próprias, que diferem o que aconteceu nos Estados Unidos do que aconteceu no restante da América. A limpeza étnica do oeste americano tornou-se política oficial do governo americano, que passou a declarar guerra às tribos indígenas sob qualquer pretexto. Assim os apaches foram destruídos pela ação do exército americano após a entrada de mineiros e bandidos no território dos apache. A eliminação dos índios também foi defendida por dificultarem o trabalho dos empreiteiros e empresários de ferrovias que construíam e cortavam suas terras com a nova malha viária, ou como uma forma de se desobstruir o solo das planícies, destruindo suas culturas de subsistência, substituídas por lavouras comerciais em contato com os mercados consumidores através do novo sistema ferroviário. Os indígenas foram paulatinamente empurrados pelo governo americano para territórios cada vez mais áridos, inférteis, isolados e diminutos. O antigo "Território Indígena", que cobria a superfície de 4 estados da União, acabou sendo abolido e trocado por pequenas e esparsas reservas indígenas. Em um discurso diante de representantes dos povos indígenas americanos em junho de 2019, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, pediu desculpas pelo genocídio cometido em seu estado. Newsom disse: "Isso é o que foi, um genocídio. Não há outra maneira de descrevê-lo. E é assim que ele precisa ser descrito nos livros de história.



História

Estimam-se mais de 25 milhões de índios na América do Norte e cerca de 2 mil idiomas diferentes. Ao fim das chamadas "guerras indígenas", restavam 2 milhões, menos de 10% do total. Para o etnólogo americano Ward Churchill, da Universidade do Colorado, esse mais de um século de extermínio e, particularmente, o ritmo com que isso ocorreu no século XIX, caracterizaram-se "como um enorme genocídio, o mais prolongado que a humanidade registra".

O genocídio nos EUA foi um processo com apoio declarado dos setores que deslumbravam a possibilidade de lucros com o extermínio generalizado dos índios e sua substituição por áreas integradas ao sistema de comércio, que renderia dividendos a banqueirosfazendeiros, industriais das ferrovias e implementos agrícolas e outros capitalistas.

 

Genocídio nos EUA em comparação com os genocídios latino-americanos

OS genocídios indígenas abaixo do Rio Grande em sua ampla maioria foram frutos das ações particulares locais e descoordenadas: fazendeiros que ampliavam seus domínios de terras e servos (América Espanhola) ou escravos (Brasil) e que para tanto precisavam destruir a população nativa.

Quando o Estado tomou as rédeas do processo de extermínio, sempre pretendeu caçar um único grupo ou tribo, perfeitamente definido quanto à etnia e ao território, como o decreto contra os botocudos elaborado por D. João IV, ou as guerras contra os Kaigang em Guarapuava, ou a questão dos índios araucanos no Chile e os mapuches na Argentina. Muitas vezes a pretensão tanto de particulares como de governos era não o extermínio completo das tribos, mas a sua interiorização e afastamento das novas áreas arrancadas à civilização ocidental, como foi o caso das investidas mexicanas contra os apache logo após a independência em 1821 - situação bem diferente da dizimação imposta pelo exército dos EUA poucos anos depois, principalmente dos índios navajo, que quase desapareceram por completo.

Nos EUA o extermínio foi preferencialmente obra de particulares até o século XIX. Durante dois séculos, os colonos que arranhavam a costa leste precisavam se defender das incursões indígenas – em que algumas tribos que se auto-identificavam como guerreiros violentos, pretendiam apagar os primeiros núcleos colonizadores – o que de fato fizeram no século XVI. A expansão da fronteira para regiões densamente habitadas por índios, como Albany, na segunda metade do século XVIII, empurraram a participação dos colonos das Treze Colônias na Guerra dos Sete Anos, uma vez que os indígenas se cindiram entre aqueles que estavam com os franceses e aqueles que estavam com os ingleses e os colonos.

As ações do governo estadunidense se dirigiam para um limpeza étnica geral e irrestrita quanto aos grupos indígenas. Já não faziam mais distinção entre os grupos amistosos ou mesmo aliados e os mais hostis e agressivos.

 

Durante a Corrida do Ouro da Califórnia, o governo do estado entre 1850 e 1859 financiou e organizou unidades de milícia para caçar e matar nativos americanos no estado. Entre 1850 e 1852, o Estado destinou quase um milhão de dólares para as atividades dessas milícias e, entre 1854 e 1859, o Estado destinou outros US $ 500.000, dos quais quase a metade foi reembolsada pelo governo federal. O historiador contemporâneo Benjamin Madley documentou o número de índios da Califórnia mortos entre 1846 e 1873; Ele estima que durante este período pelo menos 9.492 a 16.094 índios da Califórnia foram mortos por não-índios. A maioria das mortes ocorreu no que ele definiu como mais de 370 massacres (definidos como a "morte intencional de cinco ou mais combatentes desarmados ou não-combatentes desarmados, incluindo mulheres, crianças e prisioneiros, seja no contexto de uma batalha ou de outra forma "). Os colonos também costumavam invadir aldeias indígenas para seqüestrar seus filhos por trabalho escravo, pois Benjamin Madley calcula que pelo menos entre 3 mil e 4 mil crianças indianas foram transferidas de seus pais dessa maneira. Algumas fontes afirmam que o propósito de sequestrar muitas meninas indianas era usá-las como escravas sexuais, e devido a isso 1/4 da população feminina da tribo Yuki contraiu doenças venéreas.

 

O extermínio foi feito através da disseminação de doenças ou de longuíssimas marchas forçadas, ou marchas da morte, que atravessavam um ou vários estados inteiros da União, nas quais todos os índios – crianças de colo, mulheresidosos, enfermos - eram obrigados a fazer, e muitos morriam aos milhares pelo caminho. Essas marchas se destinavam às reservas delimitadas pelo governo americano, que eram os piores pedaços de terra de todo o país, que simplesmente não encontrariam interessados do Homestead Act de 1862, que eram também diminutas, onde muitos índios iriam simplesmente morrer de inanição ou com o impacto de morar em um clima e local totalmente estranhos ao que conheciam, sem que tivessem qualquer tecnologia para se adaptar às novas condições. Esses locais não deviam nada aos campos de trabalho forçados no meio do nada criados pela Rússia Imperial, com a diferença de que estes eram destinados a criminosos e não aos nativos do país que seriam expulsos de suas terras visando o lucro; ou aos campos de concentração nos Estados Unidos (que seriam recriados para aprisionar toda a população de ascendência nipônica nos EUA durante a Segunda Guerra). O extermínio ocorreu também por matança pura e simples, através de ataques ocasionais ou grandes operações de limpeza étnica empreendidas pelo exército, ou ainda nesse critério, através de ações de subsídios e gratificações para os particulares que se unissem ao esforço de extermínio, como pagamentos por cada índio morto

 

As rotas das tribos Choctaw, Seminole, Muscogee/Creeks, Chickasaw e Cherokee nas remoções indígenas no sudeste americano (Legendas em Inglês)

O extermínio foi feito através da disseminação de doenças ou de longuíssimas marchas forçadas, ou marchas da morte, que atravessavam um ou vários estados inteiros da União, nas quais todos os índios – crianças de colo, mulheresidosos, enfermos - eram obrigados a fazer, e muitos morriam aos milhares pelo caminho. Essas marchas se destinavam às reservas delimitadas pelo governo americano, que eram os piores pedaços de terra de todo o país, que simplesmente não encontrariam interessados do Homestead Act de 1862, que eram também diminutas, onde muitos índios iriam simplesmente morrer de inanição ou com o impacto de morar em um clima e local totalmente estranhos ao que conheciam, sem que tivessem qualquer tecnologia para se adaptar às novas condições. Esses locais não deviam nada aos campos de trabalho forçados no meio do nada criados pela Rússia Imperial, com a diferença de que estes eram destinados a criminosos e não aos nativos do país que seriam expulsos de suas terras visando o lucro; ou aos campos de concentração nos Estados Unidos (que seriam recriados para aprisionar toda a população de ascendência nipônica nos EUA durante a Segunda Guerra). O extermínio ocorreu também por matança pura e simples, através de ataques ocasionais ou grandes operações de limpeza étnica empreendidas pelo exército, ou ainda nesse critério, através de ações de subsídios e gratificações para os particulares que se unissem ao esforço de extermínio, como pagamentos por cada índio morto.

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200 anos de resistência e genocídio indígena

 

 

 

 

 

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