25 DEZEMBRO DE 2021 - COLUNA JCF TRADIÇÃO E CULTURA - EDIÇÃO Nº 0325-2021 TEMA: GENERAL CUSTER E O MAIOR GENOCIDIO DO SÉCULO 19...JCF

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DESDE 11/05/2015

                             JCF Clovis -  Tradição e Cultura                            

Viajando pela historia e cultura

0325/2021 –  SIOUX AS VÍTIMAS DO MAIOR GENOCIDIO DO SÉCULO 19

23/12/2021 – NESTA EDIÇÃO Nº 0325 REGISTRAREI A HISTORIA DO MAIOR GENOCIDIO DO SÉCULO 19 COM OS SIOUX COMO VÍTIMAS...JCF

1ª FONTE: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/sioux-vitimas-genocidio.phtml

SIOUX: VÍTIMAS DO MAIOR GENOCÍDIO DO SÉCULO 19

Eles resistiram antes de morrer: a vitória na batalha de Little Bighorn inspirou Hollywood em muitos filmes de bangue-bangue

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0325/2021 –  SIOUX AS VÍTIMAS DO MAIOR GENOCIDIO DO SÉCULO 19

23/12/2021 – NESTA EDIÇÃO Nº 0325 REGISTRAREI A HISTORIA DO MAIOR GENOCIDIO DO SÉCULO 19 COM OS SIOUX COMO VÍTIMAS...JCF

1ª FONTE: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/sioux-vitimas-genocidio.phtml

SIOUX: VÍTIMAS DO MAIOR GENOCÍDIO DO SÉCULO 19

Eles resistiram antes de morrer: a vitória na batalha de Little Bighorn inspirou Hollywood em muitos filmes de bangue-bangue


O dia 25 de junho de 1876 amanheceu com cheiro e gosto de glória para o general George Armstrong Custer e seus 647 homens da 7ª Cavalaria. Finalmente, a caça aos índios que haviam se rebelado contra o governo dos Estados Unidos tinha chegado ao fim. Ao longo do vale do rio Little Bighorn, no atual estado de Montana, repousava o maior acampamento indígena já visto naquelas bandas.

Na frente dos olhos da soldadesca, uma infinidade de tendas projetava-se num raio de mais cinco quilômetros. Estavam amontoados ali sioux oglalas, hunkpapas, sans arcs, minneconjous, brulés e cheyennes. Ao todo, cerca de 10 mil almas, sob o comando dos chefes sioux Touro Sentado e Cavalo Louco.

A luta que se seguiu, conhecida como a batalha de Little Bighorn, entrou para a história da conquista do Oeste americano. E, claro, inspirou Hollywood em muitos filmes de bangue-bangue.

Segundo o plano original, Custer teria de encontrar os índios rebeldes, mandar um aviso para o forte, esperar pela chegada de outras duas colunas do Exército e, só então, avançar. Mas "Cabelos-longos", como era chamado pelos índios, transbordava de ambição. Em depoimento ao jornalista John Finerty, que, em 1890 publicou o livro War-Path and Bivouac ("Em Pé de Guerra e Bivaque"), o general John Gibbon afirmou ter alertado Custer para que aguardasse por reforços.

E o comandante teria dito: "Não, eu não esperarei". A vitória sobre os índios seria sua glória pessoal. "Ele era implacável. Mudava de opinião o tempo todo e sempre achava que estava certo. Nunca pedia palpite a seus oficiais. A nós, restava obedecer", relatou James Horner, cabo da 7ª Cavalaria e um dos sobreviventes do massacre, também em depoimento a Finerty.

A obediência ao chefe custou caro. Ao avistar o acampamento, o general ordenou o ataque sem pestanejar. De fato, foi um dia de glórias. Mas não para Custer. E, sim, para as nações indígenas. Como um formigueiro, mais de 3 mil guerreiros atiraram-se sobre os pouco mais de 600 soldados da 7a Cavalaria. Um pequeno grupo conseguiu fugir.

Só que o general foi cercado. O índio Cavalo Vermelho, em depoimento recuperado em 1893 por Garrick Mallery, do Bureau Norte-Americano de Etnologia, contou que "136 sioux morreram". A 7ª Cavalaria, porém, pagou um preço bem mais alto: 263 soldados morreram.

Custer também foi assassinado. Essa batalha, entretanto, estava longe de ser decisiva. E os sioux estavam bem perto de seu fim como povo. "Essa rebelião indígena tem relação direta com a colonização do Oeste. Até por volta de 1840, os sioux, líderes da revolta, desfrutavam de uma boa convivência com os homens brancos", diz o professor Michael Tate, especialista em nativos americanos, da Universidade de Nebraska, no Estados Unidos.

Antes de os colonizadores rumarem para o Oeste americano, os sioux viviam em paz com a natureza e com os búfalos que dominavam aquelas planícies. Caçadores nômades, desfrutavam de total comunhão com os animais. Comiam sua carne e usavam sua pele para confeccionar as tendas, chamadas de tipis.

Os búfalos tinham importância fundamental na cultura sioux. Uma índia, por exemplo, só era considerada uma boa mulher se soubesse esquartejar um búfalo, extrair sem danificar a pele e ainda preparar o pemicãn, uma iguaria feita da carne.

Já para os homens a caça ao búfalo era um ritual de passagem da adolescência para a idade adulta. Não é à toa que a tribo ganhou o nome siuks dos outros índios que habitavam os Estados Unidos. A palavra significa homens-búfalo e virou sioux na versão dos colonos franceses.

O búfalo fazia parte ainda dos mitos daqueles índios. Eles acreditavam que, no início dos tempos, o povo sioux vivia no centro da terra com os búfalos. Quando vieram para a superfície, Wakan Tanka, o Grande Espírito, ordenou aos animais que servissem de alimento para a tribo. Mas advertiu os últimos: não deveriam caçar de forma desenfreada, pois no dia em que os animais desaparecessem da face da terra, os sioux também se extinguiriam.


Retrato de um Sioux / Crédito: Domínio Público

 

A profecia tão improvável se cumpriu, de certa forma. Calcula-se que, em 1575, quando os colonizadores travaram o primeiro contato com os sioux, o número de búfalos nas pradarias americanas superava 75 milhões de cabeças. O explorador francês Jacques Cartier (1491-1557) relata em suas memórias que, numa ocasião, ele presenciou um estouro de manada que demorou um dia inteiro para passar diante de seus olhos.

Em 1890, ano da derrocada sioux, os búfalos da planície não somavam mais do que 3 mil cabeças. "O processo de destruição dos índios americanos ocorreu de forma gradual. Começou em 1834, quando o governo empurrou todos os índios para oeste do Mississipi, decretando que, do rio em diante, a terra seria deles para sempre, o que não aconteceu", diz o professor Tate.

O acordo não durou muito. Em 1843, cerca de mil colonos abriram a trilha do Oregon, violando o território indígena. Pouco depois, em 1846, os Estados Unidos declararam guerra ao México e suas tropas utilizaram as terras destinadas aos índios para chegar na área do conflito. Dois anos depois, foi descoberto ouro na Califórnia, e uma enxurrada de aventureiros em carroções penetrou em território indígena novamente.

Durante este período, os colonizadores foram abocanhando o território das tribos e criaram os estados da Califórnia, Kansas e Nebraska. "Como resultado, no início de 1860, havia cerca de 300 mil índios nos Estados Unidos, pressionados por pelo menos 30 milhões de brancos", escreveu o historiador Dee Brown, autor do clássico Enterrem meu Coração na Curva do Rio.

Vitória vermelha,

 

O ano de 1862 marcou, de fato, o fim do sossego dos sioux, quando foi descoberto ouro nas montanhas Rochosas, em Montana, território da tribo. Em questão de dias, uma multidão de mais de mil mineiros garimpava as margens do riacho Gold Creek, perto da atual cidade de Salt Lake City. Para abastecê-los, uma rota de suprimentos acabou sendo aberta, o caminho Bozeman, assim chamado em homenagem ao pioneiro explorador da região, John Bozeman. A rota passava exatamente pelos campos de caça de sioux, cheyennes e arapahos.

As hostilidades entre brancos e peles-vermelhas tornaram-se então inevitáveis. Porém, a gota d´agua para os sioux, na época liderados pelo chefe Nuvem Vermelha, veio quando os invasores atraiçoaram Chaleira Preta, chefe dos cheyennes, que havia decidido não lutar mais e concordado em ir para a reserva indígena de Sand Creek. Lá, sua tribo, indefesa, acabou massacrada sob as ordens do coronel Chivington, um militar linha-dura que costumava dizer que índio bom era índio morto.

A matança, ocorrida em 29 de novembro de 1864, foi tão injustificada que até mesmo o governo dos Estados Unidos instaurou um processo contra o coronel. Para os índios, no entanto, o julgamento já havia sido feito. Eles iriam à guerra, liderados por Nuvem Vermelha.

Ele conduziu uma guerra de guerrilha que fechou a rota Bozeman e obrigou o governo dos Estados Unidos a negociar. Em 1866, os dois lados sentaram-se na mesa de conversações. O local escolhido para o fechamento do acordo de paz foi o forte Laramie, no atual estado do Wyoming. No meio das negociações, Nuvem Vermelha presenciou a chegada de uma grande caravana de soldados armados.

Irritado, levantou-se e declarou guerra sem trégua: "O Grande Pai Branco nos manda presentes e quer que nós lhe cedamos a estrada. Mas o Chefe Branco vem com mais soldados para roubá-la, antes que os índios digam sim ou não. A partir de hoje, enquanto eu viver, lutarei. Lutarei até a morte pelo último campo de caça de meu povo", disse o guerreiro, conforme registrado por testemunhas em relato publicado posteriormente por John Finerty em sua obra.

E o chefe indígena não estava blefando. Nuvem Vermelha reuniu 3 mil guerreiros, entre eles dois jovens líderes: Touro Sentado e Cavalo Louco. O governo revidou à mobilização indígena construindo três fortes para vigiar a rota Bozeman. A situação ficava cada dia mais tensa, até a chegada do tenente-coronel William Fetterman.

 

Em 21 de dezembro de 1866, o militar ordenou um ataque contra guerreiros indígenas que haviam capturado um comboio de madeira na rota Bozeman. O que o tenente não sabia é que os índios haviam lançado uma isca para atraí-lo até o acampamento.

Cercado por mais de 2 mil guerreiros, Fetterman e seus homens foram mortos. Um ano depois, em 1888, o governo dos Estados Unidos, desgastado pela recente Guerra Civil (1861-1865), clamou novamente pela paz, chamando Nuvem Vermelha para conversar.

O líder sioux impôs seus termos: a estrada Bozeman seria fechada, os índios teriam direito a um grande território em Dakota do Sul para caçar e os fortes desapareceriam da paisagem. E mais: ocupariam as montanhas chamadas de Black Hills, ou Colinas Negras, o lugar sagrado dos ancestrais dos sioux.

 O dia 25 de junho de 1876 amanheceu com cheiro e gosto de glória para o general George Armstrong Custer e seus 647 homens da 7ª Cavalaria. Finalmente, a caça aos índios que haviam se rebelado contra o governo dos Estados Unidos tinha chegado ao fim. Ao longo do vale do rio Little Bighorn, no atual estado de Montana, repousava o maior acampamento indígena já visto naquelas bandas.

Na frente dos olhos da soldadesca, uma infinidade de tendas projetava-se num raio de mais cinco quilômetros. Estavam amontoados ali sioux oglalas, hunkpapas, sans arcs, minneconjous, brulés e cheyennes. Ao todo, cerca de 10 mil almas, sob o comando dos chefes sioux Touro Sentado e Cavalo Louco.

A luta que se seguiu, conhecida como a batalha de Little Bighorn, entrou para a história da conquista do Oeste americano. E, claro, inspirou Hollywood em muitos filmes de bangue-bangue.

Segundo o plano original, Custer teria de encontrar os índios rebeldes, mandar um aviso para o forte, esperar pela chegada de outras duas colunas do Exército e, só então, avançar. Mas "Cabelos-longos", como era chamado pelos índios, transbordava de ambição. Em depoimento ao jornalista John Finerty, que, em 1890 publicou o livro War-Path and Bivouac ("Em Pé de Guerra e Bivaque"), o general John Gibbon afirmou ter alertado Custer para que aguardasse por reforços.

E o comandante teria dito: "Não, eu não esperarei". A vitória sobre os índios seria sua glória pessoal. "Ele era implacável. Mudava de opinião o tempo todo e sempre achava que estava certo. Nunca pedia palpite a seus oficiais. A nós, restava obedecer", relatou James Horner, cabo da 7ª Cavalaria e um dos sobreviventes do massacre, também em depoimento a Finerty.

A obediência ao chefe custou caro. Ao avistar o acampamento, o general ordenou o ataque sem pestanejar. De fato, foi um dia de glórias. Mas não para Custer. E, sim, para as nações indígenas. Como um formigueiro, mais de 3 mil guerreiros atiraram-se sobre os pouco mais de 600 soldados da 7a Cavalaria. Um pequeno grupo conseguiu fugir.

Só que o general foi cercado. O índio Cavalo Vermelho, em depoimento recuperado em 1893 por Garrick Mallery, do Bureau Norte-Americano de Etnologia, contou que "136 sioux morreram". A 7ª Cavalaria, porém, pagou um preço bem mais alto: 263 soldados morreram.

Custer também foi assassinado. Essa batalha, entretanto, estava longe de ser decisiva. E os sioux estavam bem perto de seu fim como povo. "Essa rebelião indígena tem relação direta com a colonização do Oeste. Até por volta de 1840, os sioux, líderes da revolta, desfrutavam de uma boa convivência com os homens brancos", diz o professor Michael Tate, especialista em nativos americanos, da Universidade de Nebraska, no Estados Unidos.

Antes de os colonizadores rumarem para o Oeste americano, os sioux viviam em paz com a natureza e com os búfalos que dominavam aquelas planícies. Caçadores nômades, desfrutavam de total comunhão com os animais. Comiam sua carne e usavam sua pele para confeccionar as tendas, chamadas de tipis.

Os búfalos tinham importância fundamental na cultura sioux. Uma índia, por exemplo, só era considerada uma boa mulher se soubesse esquartejar um búfalo, extrair sem danificar a pele e ainda preparar o pemicãn, uma iguaria feita da carne.

Já para os homens a caça ao búfalo era um ritual de passagem da adolescência para a idade adulta. Não é à toa que a tribo ganhou o nome siuks dos outros índios que habitavam os Estados Unidos. A palavra significa homens-búfalo e virou sioux na versão dos colonos franceses.

O búfalo fazia parte ainda dos mitos daqueles índios. Eles acreditavam que, no início dos tempos, o povo sioux vivia no centro da terra com os búfalos. Quando vieram para a superfície, Wakan Tanka, o Grande Espírito, ordenou aos animais que servissem de alimento para a tribo. Mas advertiu os últimos: não deveriam caçar de forma desenfreada, pois no dia em que os animais desaparecessem da face da terra, os sioux também se extinguiriam.

Retrato de um Sioux / Crédito: Domínio Público

 

A profecia tão improvável se cumpriu, de certa forma. Calcula-se que, em 1575, quando os colonizadores travaram o primeiro contato com os sioux, o número de búfalos nas pradarias americanas superava 75 milhões de cabeças. O explorador francês Jacques Cartier (1491-1557) relata em suas memórias que, numa ocasião, ele presenciou um estouro de manada que demorou um dia inteiro para passar diante de seus olhos.

Em 1890, ano da derrocada sioux, os búfalos da planície não somavam mais do que 3 mil cabeças. "O processo de destruição dos índios americanos ocorreu de forma gradual. Começou em 1834, quando o governo empurrou todos os índios para oeste do Mississipi, decretando que, do rio em diante, a terra seria deles para sempre, o que não aconteceu", diz o professor Tate.

O acordo não durou muito. Em 1843, cerca de mil colonos abriram a trilha do Oregon, violando o território indígena. Pouco depois, em 1846, os Estados Unidos declararam guerra ao México e suas tropas utilizaram as terras destinadas aos índios para chegar na área do conflito. Dois anos depois, foi descoberto ouro na Califórnia, e uma enxurrada de aventureiros em carroções penetrou em território indígena novamente.

Durante este período, os colonizadores foram abocanhando o território das tribos e criaram os estados da Califórnia, Kansas e Nebraska. "Como resultado, no início de 1860, havia cerca de 300 mil índios nos Estados Unidos, pressionados por pelo menos 30 milhões de brancos", escreveu o historiador Dee Brown, autor do clássico Enterrem meu Coração na Curva do Rio.

Vitória vermelha,

 

O ano de 1862 marcou, de fato, o fim do sossego dos sioux, quando foi descoberto ouro nas montanhas Rochosas, em Montana, território da tribo. Em questão de dias, uma multidão de mais de mil mineiros garimpava as margens do riacho Gold Creek, perto da atual cidade de Salt Lake City. Para abastecê-los, uma rota de suprimentos acabou sendo aberta, o caminho Bozeman, assim chamado em homenagem ao pioneiro explorador da região, John Bozeman. A rota passava exatamente pelos campos de caça de sioux, cheyennes e arapahos.

As hostilidades entre brancos e peles-vermelhas tornaram-se então inevitáveis. Porém, a gota d´agua para os sioux, na época liderados pelo chefe Nuvem Vermelha, veio quando os invasores atraiçoaram Chaleira Preta, chefe dos cheyennes, que havia decidido não lutar mais e concordado em ir para a reserva indígena de Sand Creek. Lá, sua tribo, indefesa, acabou massacrada sob as ordens do coronel Chivington, um militar linha-dura que costumava dizer que índio bom era índio morto.

A matança, ocorrida em 29 de novembro de 1864, foi tão injustificada que até mesmo o governo dos Estados Unidos instaurou um processo contra o coronel. Para os índios, no entanto, o julgamento já havia sido feito. Eles iriam à guerra, liderados por Nuvem Vermelha.

Ele conduziu uma guerra de guerrilha que fechou a rota Bozeman e obrigou o governo dos Estados Unidos a negociar. Em 1866, os dois lados sentaram-se na mesa de conversações. O local escolhido para o fechamento do acordo de paz foi o forte Laramie, no atual estado do Wyoming. No meio das negociações, Nuvem Vermelha presenciou a chegada de uma grande caravana de soldados armados.

Irritado, levantou-se e declarou guerra sem trégua: "O Grande Pai Branco nos manda presentes e quer que nós lhe cedamos a estrada. Mas o Chefe Branco vem com mais soldados para roubá-la, antes que os índios digam sim ou não. A partir de hoje, enquanto eu viver, lutarei. Lutarei até a morte pelo último campo de caça de meu povo", disse o guerreiro, conforme registrado por testemunhas em relato publicado posteriormente por John Finerty em sua obra.

E o chefe indígena não estava blefando. Nuvem Vermelha reuniu 3 mil guerreiros, entre eles dois jovens líderes: Touro Sentado e Cavalo Louco. O governo revidou à mobilização indígena construindo três fortes para vigiar a rota Bozeman. A situação ficava cada dia mais tensa, até a chegada do tenente-coronel William Fetterman.

 

Em 21 de dezembro de 1866, o militar ordenou um ataque contra guerreiros indígenas que haviam capturado um comboio de madeira na rota Bozeman. O que o tenente não sabia é que os índios haviam lançado uma isca para atraí-lo até o acampamento.

Cercado por mais de 2 mil guerreiros, Fetterman e seus homens foram mortos. Um ano depois, em 1888, o governo dos Estados Unidos, desgastado pela recente Guerra Civil (1861-1865), clamou novamente pela paz, chamando Nuvem Vermelha para conversar.

O líder sioux impôs seus termos: a estrada Bozeman seria fechada, os índios teriam direito a um grande território em Dakota do Sul para caçar e os fortes desapareceriam da paisagem. E mais: ocupariam as montanhas chamadas de Black Hills, ou Colinas Negras, o lugar sagrado dos ancestrais dos sioux.

 

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