26 DE MARÇO DE 2022 - COLUNA JCF - TRADIÇÃO E CULTURA - EDI~]AO Nº 0198-2022 - TEMA:  A ORIGEM DOS POVOS...JCF

 

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00198-2022 – OS INDÍGENAS SHOSHONES

 

26/MARÇO/2022 – EDIÇÃO Nº 00198-2022...JCF REGISTRAR A CULTURA E COSTUMES DOS INDÍGENAS SHOSHONES

1ª fonte   Shoshone - Wikipedia

 

Os shoshones foram algumas vezes chamados de indios Serpente por tribos vizinhas e pelos primeiros colonizadores europeus.


Shoshone



Os povos indígenas brasileiros são um conjunto de diferentes grupos étnicos que habitam o país desde antes da colonização portuguesa. Estima-se que existiam cerca de 3 milhões de indígenas divididos em mil povos. No entanto, esse número caiu no século XX e 80 povos indígenas desapareceram. Atualmente, mais de 817 mil pessoas se declaram indígenas.

De acordo com linguistas e historiadores, existem mais de 270 línguas indígenas no Brasil que têm origem em quatro grupos linguísticos: o tupi, o macro-jê, o aruaque e o caribe. Além disso, também existem diversas línguas isoladas, que não se encaixam em nenhum grupo.

Além de línguas semelhantes, os indígenas brasileiros compartilhavam culturas parecidas em certos pontos. As sociedades indígenas, em sua maioria, eram baseadas no coletivismo, na ausência de política e de moeda, em religiões politeístas e na falta de língua escrita.

Por causa disso, indígenas eram vistos como inferiores pelos colonizadores europeus. Na visão europeia, os povos nativos não tinham civilização e não eram capazes de progredir. Contudo, diversos antropólogos e sociólogos se dedicaram a estudar esses povos para mostrar a diversidade da cultura indígena, que não deve ser considerada inferior por causa das suas diferenças com a cultura atual.

Características da cultura indígena


Os Povos Ameríndios

Quando chegaram ao continente americano, os conquistadores europeus encontraram povos que, embora possuíssem certa unidade étnica, apresentavam enormes diferenças sociais e culturais. A dispersão geográfica e os contextos históricos diversos faziam com que civilizações complexas em todos os aspectos (como os astecas e os incas) coexistissem com tribos nômades de organização e modo de vida muito simples (como os peles-vermelhas), e até com comunidades primitivas de características ainda do mesolítico (como a maior parte dos índios brasileiros).São chamados de ameríndios quase todos os representantes daqueles povos que já existiam nas Américas antes dos descobrimentos do século XVI e da colonização europeia. A exceção indiscutível são os esquimós, de traços étnicos estritamente mongólicos e que têm seu habitat tanto nas costas árticas da América quanto na Ásia.

A antiga divisão da espécie humana em quatro raças – brancos, negros, amarelos e vermelhos -, que teve longa tradição de uso na    Europa, tornou-se obsoleta depois de importantes contribuições da antropologia contemporânea. Os povos ameríndios, que eram classificados como de raça vermelha, na verdade têm parentesco étnico com os habitantes do leste e do sudeste asiáticos. Fica claro, atualmente, que a denominação “peles-vermelhas”, usada pelos exploradores europeus, deve-se à tinta vermelha com que os primeiros nativos da América por eles encontrados pintavam o rosto.

Embora todos os povos ameríndios sejam essencialmente mongolóides, há grandes diferenças de traços físicos entre uns e outros, às vezes no mesmo subcontinente. A estatura varia entre baixa-mediana e alta, sendo geralmente alta entre os índios das pradarias da América do Norte e os patagões do extremo meridional da América do Sul, e baixa ou mediana na maioria dos outros casos (1,55 a 1,60m em média entre os maias e outros povos centro-americanos, 1,70 a 1,74m entre os yumas e certos índios das pradarias da América do Norte, 1,68 a 1,80m entre os patagões).

Outras características notórias dos ameríndios é a tendência a terem as mãos e os pés pequenos, a cintura pouco marcada, a coloração da pele geralmente pardo-amarelada (embora em alguns casos chegue ao amarelo quase branco), o cabelo preto e escorrido, pouca pilosidade facial e corporal. Não é comum a calvície ou cabelos brancos. O rosto, de modo geral, é largo: as populações ameríndias são braquicéfalas, exceto alguns grupos do leste da América do Norte e das selvas amazônicas, predominantemente mesocéfalos, ou os fueguinos e uru-chipayas, quase dolicocéfalos. O nariz é carnudo e as maçãs do rosto, acentuadas. Os olhos, de um castanho ora mais claro, ora escuro, nem sempre apresentam nos adultos o característico formato mongólico.

O fator sanguíneo MN é mais comum entre os ameríndios que em qualquer outro grupo racial. Apesar de haver na Ásia os maiores índices do mundo de grupo sanguíneo B, este se mostra raro nas populações ameríndias, assim como o A, que só apresenta alguma incidência na América do Norte.

De acordo com os indícios ora disponíveis e pesquisados, o povoamento da América teve início entre 40000 e 20000 a.C., quando viajantes procedentes da Ásia atravessaram o atual estreito 

de Bering no fim da glaciação de Würm, ocasião em que o nível do oceano era mais baixo e o Alasca se ligava à Sibéria por uma nesga de terra firme. Há sinais de que a ocupação humana se deu de norte a sul do continente, ao longo de 200 séculos. Entre 10000 e 5000 a.C., navegadores vindos do atual Japão, do Sudeste Asiático e da Polinésia teriam chegado casualmente às costas americanas do Pacífico, o que explicaria a excelente cerâmica do sítio arqueológico de Valdívia, no Equador. Essa cerâmica, que surgiu ao redor de 3000 a.C., assemelha-se à jômon, do neolítico, nas ilhas nipônicas. Por volta do ano 1000 da era cristã, viajantes escandinavos parecem ter chegado, por sua vez, às costas da Terra Nova e do Labrador.

Há controvérsias, entre antropólogos americanos e europeus, estes acompanhados por latino-americanos, sobre se as culturas ameríndias se desenvolveram autonomamente (opinião dos primeiros) ou sob influência desses contatos com povos de origens tão distantes. Os argumentos utilizados são igualmente discutíveis. As diferenças de traços entre diversos grupos de povoadores ameríndios constituem outro motivo de muitas hipóteses ainda não esclarecidas. O certo é que asiáticos pré-mongolóides e mongolóides chegaram em várias levas, até mais ou menos 10000 a.C. A diversidade de habitats do continente e o isolamento de muitos grupos entre si são também fatores que podem explicar as discrepâncias existentes, conforme as adaptações que se fizeram necessárias: os índios do planalto boliviano, por exemplo, têm a caixa torácica muito maior que a dos litorâneos, resultado indiscutível de sua adaptação à atmosfera rarefeita em que têm de viver.

Povos da América do Norte

Os ameríndios da América do Norte se distribuíam pelo território onde ficam hoje os Estados Unidos, o Canadá e o norte do México. Embora fosse muito variado o nível atingido pelas muitas culturas   da região, nenhuma chegou ao estágio das civilizações da América Central, que antropologicamente devem ser tratadas à parte.

Costa noroeste. A costa norte do Pacífico, do sul do Alasca ao norte da Califórnia, apresenta um traçado muito irregular, repleto de ilhas e reentrâncias, com clima úmido e relativamente temperado, o que favorece a existência de grandes bosques perto do litoral. Era o habitat de povos voltados para a pesca, especialmente do salmão. A profusão desse peixe na região gerou um fenômeno semelhante ao produzido pelo desenvolvimento da agricultura intensiva em outros povos: o excedente alimentar permitiu que alguns integrantes da comunidade se dedicassem a tarefas que não eram diretamente produtivas.

Conseqüentemente, os pescadores da costa noroeste criaram uma organização social e religiosa bastante complexa, constituindo as sociedades artisticamente mais refinadas entre todas as localizadas ao norte das civilizações centro-americanas. A principal unidade social era o povoado.

As técnicas que melhor dominaram foram as relacionadas com a pesca e o trabalho da madeira: construíam canoas capazes de acomodar várias dúzias de remadores, assim como variados utensílios de pesca; faziam barragens para a captura do salmão; conheciam as técnicas de conservação do pescado; e viviam em grandes habitações multifamiliares, feitas de troncos, com forma retangular. Quase não utilizavam peles no vestuário, se bem que ocasionalmente praticassem a caça de ruminantes. Fabricavam mantas de fibra da cortiça do cedro, que coloriam com diversas tinturas e decoravam com desenhos estilizados e complexos.

Talvez a mais conhecida de suas manifestações artísticas tenha sido o entalhe de grandes postes totêmicos.
O traço cultural mais característico desses povos era o potlatch, celebração em que se realizava uma profusa exibição de riquezas, em muitos casos destruídas no momento culminante da festa. A abastança e o prestígio social mediam-se pelo aparato com que se celebrava o potlatch.

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