22/FEV/2020
Sebastião Curió
Primeiros anos
Vida militar
Interventor federal da Serra Leste
E
MAIS Rondônia Com Você e Ponto
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
1697
– SERRA PELADA E O MAJOR CURIÓ
26JAN2020 - Edição 1697 terá
o registro da imensa área NO Estado do Pará que tornou o maior garimpo mundial
a céu aberto na serra hoje denominada “Serra Pelada” e falando de Serra Pelada
temos quase obrigação de citar o Major Curió e sua importância naquele
garimpo...
Sebastião Curió
Sebastião Curió Rodrigues de
Moura (São Sebastião do Paraíso, 15 de
dezembro de 1934), mais conhecido como Major Curió (hoje coronel da
reserva), Sebastião Curió e pelo nome de
guerra Marco Antônio Luchinni, é um ex-militar, ex-pugilista, engenheiro, jornalista e político brasileiro. A
alcunha Curió foi posteriormente anexada de maneira formal ao seu nome.
Foi um dos fundadores da cidade
de Curionópolis, no sul do Pará e
integrante das forças do exército que combateram a Guerrilha do Araguaia na Amazônia entre
1972 e 1974.
Como militar, foi para o sul
da Amazônia para combater o movimento armado
da guerrilha do Araguaia, nas décadas de 1960 e 1970, e
nunca mais retornou, virando liderança política na região.
CURIÓ MILITAR COM A PATENTE DE "TENENTE" DA RESERVA PELAEXPERIÊNCIA OBTIDA E POR AMIGO DO EX-PRESIDENTE ERNESTO GEISEL FOI INTERVENTOR DO GARIMPO SERRA PELA, PORTANTO NO GARIMPO NADA SE FAZIA E NADA ACONTECIA SE NÃO PASSASSE PELO CLIVO DO INTERVENTOR CURIÓ...JCF
Biografia
Primeiros anos
Filho de Heitor Rodrigues Pimenta
e Antônia Moura Pimenta, nasceu em 15 de dezembro de 1934, em São Sebastião do Paraíso, Minas
Gerais. Seu pai era barbeiro e sua mãe comerciante de uma tradicional
família do município.
Na década de 1940, fez seus
estudos primários no Externato Santo Antônio, e; iniciou os secundários no
tradicional Ginásio Paraisense, enquanto estagiava no Banco do
Brasil de Paraíso.
Em 1952, dado os problemas de
saúde de seu pai Heitor, a família muda-se para Ribeirão
Preto, onde montam uma pequena pensão para estudantes. Seu pai morre
no mesmo ano.
A partir desse momento, tenta
várias formas de trabalho, indo desde jogador das categorias de base do Botafogo e
do extinto Palmeiras de Ribeirão Preto, até trabalhar como jornalista no Diário
de Notícias da Diocese de Ribeirão Preto.
Concomitantemente estudava na Escola Estadual Guimarães Jr.
Vida militar
No ano de 1952 passa na prova
da Escola Preparatória de
Cadetes do Exército (EsPCEx), rumando para Fortaleza, onde
havia uma unidade filial da escola. Foi ali que ganhou o apelido de
"Curió", que posteriormente juntaria oficialmente a seu nome. Os
colegas de turma o viam lutando boxe para
juntar dinheiro para si no tempo da EsPCEx, onde, segundo eles o jeito de luta
de Moura mais parecia um "passarinho Curió numa
rinha". A alcunha Curió foi formalmente anexada ao seu nome quando
elegeu-se prefeito.
Terminado o período na EsPCEx,
Curió seguiu para a Academia Militar das Agulhas
Negras (AMAN), em Resende, no Rio de Janeiro, onde
formou-se oficial tenente, com especialização em engenharia. Preferiu servir
em Lins, para
ficar mais perto da sua até então namorada (posteriormente esposa), Maria de
Lourdes, que ainda residia em Paraíso.
ESTE FORMIGUEIRO ERA O GARIMPO, MELHOR DIZENDO, É O RETRATO DO MAIOR GARIMPO A CÉU ABERTO DO MUNDO - SERRA PELADA...JCF
Guerrilha do Araguaia
De acordo com estudos
divulgados pelo Partido Comunista do Brasil, Curió
foi o responsável pelo trabalho de inteligência militar
no combate à guerrilha, utilizando informações obtidas de guerrilheiros
capturados por meio de tortura. Foi
também amparado pelo próprio governo vigente da época, que lhe forneceu uma identidade
falsa, vez com o nome de Marco Antônio Luchinni, vez com os nomes de Paulo e
Tibiriçá. Segundo sua documentação forjada era assistente técnico reconhecido
pelo Ministério
da Agricultura, além de também ter sido considerado repórter da Rede
Globo na década de 1980.
A guerra suja deixava de ser
uma ação ostensiva para cair na clandestinidade, comandada diretamente
pelo Centro de Informações do
Exército, o CIE. Aparece na história, então, um personagem que se
tornaria célebre na região: Sebastião Curió. Major à época, Sebastião Rodrigues
de Moura, com curso de especialização no Centro de Instrução de
Guerra na Selva (CIGS), do Comando Militar da Amazônia,
ex-lutador de boxe, foi enviado ao Araguaia com o codinome de
Marco Antônio Luchini, um engenheiro florestal dos quadros do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra),
para montar uma operação de inteligência e aniquilar os últimos focos da guerrilha.
Curió montou uma rede de informantes em toda a região do Araguaia. Sua
estratégia mais bem sucedida foi a montagem de biroscas para o fornecimento de
alimentos e munição ao longo do rio
Araguaia, onde obtinha valiosas informações dos caboclos. Mais de uma
vez os agentes do CIE recrutados por Curió em quartéis da própria Amazônia -
pessoas com características físicas da região - venderam munição sabendo que
era destinada aos guerrilheiros, para angariar a confiança dos lavradores.
Dessa forma, sem pressa, Curió conseguiu identificar um a um todos os
acampamentos da guerrilha, que passaram a ser atacados por pelotões
especialmente treinados para aquele tipo de ação. Na operação mais destruidora,
Curió conseguiu executar de uma só vez dois dos principais líderes da
guerrilha: o comandante geral Maurício Grabois e Paulo Mendes Rodrigues, chefe
do Destacamento C. Os dois foram surpreendidos na manhã do dia de Natal de 1973
no acampamento da Gameleira, próximo ao rio Araguaia, junto com Guilherme Lund,
arquiteto, e Gilberto Olímpio, técnico industrial, genro de Grabois. Todos
foram mortos. Mauricio Grabois, segundo comentou Sebastião Curió com outros
militares que participaram da ação, estava praticamente cego.
Em 21 de junho de 2009 o jornal
"O Estado de S. Paulo" noticia que o coronel aposentado abriu seu
arquivo particular sobre a Guerrilha do Araguaia, afirmando que o Exército
executara 41 guerrilheiros, e não somente 25, como se sabia até então. O
lendário arquivo do militar teve notoriedade em 1982, quando o então ex-Presidente Médici afirmou
que o agente "sabia de muita coisa".
O Pacto de silêncio firmado
pelos oficiais vigorou por 30 anos, segundo O Estado de S. Paulo.
Interventor federal da Serra Leste
Em 1980, após servir no Centro de Informações do Exército (CIE)
e no Serviço Nacional de
Informações (SNI), Curió foi destacado para servir como interventor
federal na área de Serra Leste. Esta era um extenso território do município
de Marabá que compreendia o garimpo de Serra
Pelada e as vila do Trinta (posteriormente Curionópolis),
Gurita da Serra e 100 (posteriormente Eldorado do Carajás). Sua nomeação se deu tanto
por sua experiência na Guerrilha, quanto pela proximidade ao
ex-presidente Ernesto Geisel.
ESTA IMAGEM MOSTRA UM "FORMIGA" ASSIM ERA CHAMADO O PROFISSIONAL QUE FAZIA A PIOR PARTE DO GARIMPO...TRAZIA NAS COSTAS SACOS COM ATÉ 35 KG NAS COTAS E SUBIA POR ESCADAS IMPROVISADAS QUE RECEBIAM O NOME "ADEUS MAMÃE" SUBINDO DE BURACO COM PROFUNDIDADE ATÉ 30 M...
O trabalho de Curió, sob a
égide do SNI, se concentra, porém, na Serra Pelada, onde a intervenção por ele
capitaneada, põe o Governo Federal como dono da área
e define as regras que organizam a vida dos trabalhadores e sua circulação.
Para tal, especializou a Serra em um grande campo de trabalho, com entrada
permitida somente a homens com registro nos órgãos oficiais. A pequena vila do
Trinta, após forte trabalho de urbanização, torna-se o refúgio das mulheres,
famílias, além de pessoas ligadas a outras atividades econômicas não
diretamente ligadas ao garimpo.
O regime por ele implantado na
Serra Pelada era uma extensão daquilo que se observava na própria ditadura militar e
uma continuação das táticas de combate da Guerrilha do Araguaia, formando uma
tropa de "bate-paus". Os "bate-paus", antigos guias dos
militares nas operações contra guerrilheiras, serviam como força paramilitar de
Curió.
A fama de Curió tornou-se tão
grande, que os garimpeiros tratavam-no como "doutor", sendo também
conhecido como "Imperador da Amazônia". Entre as lendas que o
cercavam, estava a de que, em determinado ponto, quando o garimpo atingiu seu
auge, Curió já não pisava mais em chão de terra, visitando a Serra Pelada
somente sobrevoando a área.
Vou abortar esta edição 1697 e
continuar na edição nº 1795 com o complemento do tema o “O GARIMPO DE SERRA
PELADA”
Até a edição 1795...jcf
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