27/ABRIL/2020 - JCF
(Para 28/04/2020)
27/ABRIL/2020 – Edição nº 1867 terá o registro da 1ª vez de Garrincha e Pelé juntos no MARACANÃ...JCF
Há exatos 60 anos a seleção brasileira levantava a taça pela
primeira vez
(São Paulo - 28 JUN 2018 - 21:34 BRT)
No dia 15 de junho de 1958, "Dupla dos Sonhos" do
Brasil, que disputou 40 jogos com a Amarelinha e nunca foi derrotada, estreou
em mundiais na vitória por 2 a 0 sobre a União Soviética, na Suécia em 1958.
O Brasil estreou
vencendo a Áustria por 3 a 0, dois gols de Mazzola e um de Nilton Santos, mas
na partida seguinte empatou com a Inglaterra por 0 a 0. “Foi a primeira vez que
a seleção tinha planejado algo organizado, com amistosos na Europa antes do torneio
e uma equipe da área médica, mas não havia clima de favoritismo”, diz Roberto.
O resultado sem gols lembrava as participações anteriores do país, que tinha
feito campanhas modestas em 1930, 1934, 1938 e 1954, além da traumatizante
derrota para o Uruguai no 'Maracanazo', em 1950. Após o empate, conta a
história que Paulo Machado de Carvalho, que era o chefe da delegação
brasileira, reuniu Didi, meia que viria a ser o melhor jogador da Copa, Nilton
Santos e o treinador Vicente Feola para analisar o que estava dando errado. “O
time está bem armado na defesa, mas mal no ataque”, teria dito Didi, segundo
conta Benevides. “Põe o Pelé e o Garrincha’, ele sugeriu. Era o dono do time”.
BELINI ERGUENDO A PRIMEIRA TAÇA DO MUNDO - PRIMEIRA DE CINCO...JCF
ATÉ A PRÓXIMA...JCF
(Para 28/04/2020)
JCF
Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
1867
–1958 - 1ª Vez de Garrincha e Pelé Juntos
27/ABRIL/2020 – Edição nº 1867 terá o registro da 1ª vez de Garrincha e Pelé juntos no MARACANÃ...JCF
Há exatos 60 anos a seleção brasileira levantava a taça pela
primeira vez
(São Paulo - 28 JUN 2018 - 21:34 BRT)
No dia 15 de junho de 1958, "Dupla dos Sonhos" do
Brasil, que disputou 40 jogos com a Amarelinha e nunca foi derrotada, estreou
em mundiais na vitória por 2 a 0 sobre a União Soviética, na Suécia em 1958.
Por Gustavo
Garcia — Cabo Frio, RJ
15/06/2018
08h52 Atualizado
Há exatas seis décadas, no dia 29 de junho de 1958, um domingo de verão
em Estocolmo, Pelé iniciou um gol eternizado na história das Copas do Mundo: matou a bola no peito dentro da área da Suécia. Ela pingou uma vez no chão antes do craque chapelar o zagueiro
Gustavsson e concluir no canto do goleiro Svensson. Àquela altura, aos 10
minutos do segundo tempo, o Brasil abria 3 a 1 na final da Copa, de virada, contra os donos da casa.
A partida ainda teria mais três gols (acabou 5 a 2), mas o momento em que o
chute do camisa 10 entrou já provava que a taça Jules Rimet, que premiava o melhor selecionado do planeta,
merecia outro país como dono depois de uruguaios, italianos e alemães a
erguerem. Pela primeira das cinco vezes, o futebol brasileiro conquistava o
mundo. “Foi ali que nos tornamos o país do futebol”, afirma Roberto Benevides,
jornalista, curador da exposição “A Primeira Estrela: o Brasil na Copa de
1958”, abrigada pelo Museu do Futebol, em São Paulo, e uma das crianças brasileiras
que acompanharam a trajetória da seleção em 58 pelo rádio.
GARRINCHA E PELÉ- JUNTOS EM CAMPO PELA PRIMEIRA VEZ - COPA DE 1958 NA SUÉCIA...JCF
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Pelé ainda faria outro gol na final, o quinto do Brasil, antes de ser coroado com apenas 17 anos. O camisa 10 que, por acaso, ficou com a 10, já que a numeração dos jogadores brasileiros naquela Copa não foi definida de acordo com posições ou titularidade. “Dizem que foi símbolo da bagunça brasileira”, conta Benevides. “Esqueceram de mandar a lista na época e alguém preencheu usando um critério qualquer”. Gilmar, goleiro, ficou com a 3; Zózimo, zagueiro, com a 9; De Sordi, lateral-direito, com a 14. Mas Pelé ficou com a 10. “E, pela posição, seria ele mesmo o 10. Ele chegou ao Mundial contundido, por isso começou no banco, mas fazia parte dos planos de Vicente Feola o treinador. Já falavam bem dele há um ano”, comenta Roberto Benevides. Assim como o craque, Garrincha, que “tinha fama de lento e irresponsável”, e Zito, volante que “foi fundamental”, iniciaram a competição como reservas de Dida, Mazzola e Dino Sani, respectivamente.
GARRINCHA E PELÉ- JUNTOS EM CAMPO PELA PRIMEIRA VEZ - COPA DE 1958 NA SUÉCIA...JCF
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Pelé ainda faria outro gol na final, o quinto do Brasil, antes de ser coroado com apenas 17 anos. O camisa 10 que, por acaso, ficou com a 10, já que a numeração dos jogadores brasileiros naquela Copa não foi definida de acordo com posições ou titularidade. “Dizem que foi símbolo da bagunça brasileira”, conta Benevides. “Esqueceram de mandar a lista na época e alguém preencheu usando um critério qualquer”. Gilmar, goleiro, ficou com a 3; Zózimo, zagueiro, com a 9; De Sordi, lateral-direito, com a 14. Mas Pelé ficou com a 10. “E, pela posição, seria ele mesmo o 10. Ele chegou ao Mundial contundido, por isso começou no banco, mas fazia parte dos planos de Vicente Feola o treinador. Já falavam bem dele há um ano”, comenta Roberto Benevides. Assim como o craque, Garrincha, que “tinha fama de lento e irresponsável”, e Zito, volante que “foi fundamental”, iniciaram a competição como reservas de Dida, Mazzola e Dino Sani, respectivamente.
O Brasil estreou
vencendo a Áustria por 3 a 0, dois gols de Mazzola e um de Nilton Santos, mas
na partida seguinte empatou com a Inglaterra por 0 a 0. “Foi a primeira vez que
a seleção tinha planejado algo organizado, com amistosos na Europa antes do torneio
e uma equipe da área médica, mas não havia clima de favoritismo”, diz Roberto.
O resultado sem gols lembrava as participações anteriores do país, que tinha
feito campanhas modestas em 1930, 1934, 1938 e 1954, além da traumatizante
derrota para o Uruguai no 'Maracanazo', em 1950. Após o empate, conta a
história que Paulo Machado de Carvalho, que era o chefe da delegação
brasileira, reuniu Didi, meia que viria a ser o melhor jogador da Copa, Nilton
Santos e o treinador Vicente Feola para analisar o que estava dando errado. “O
time está bem armado na defesa, mas mal no ataque”, teria dito Didi, segundo
conta Benevides. “Põe o Pelé e o Garrincha’, ele sugeriu. Era o dono do time”.
A SELEÇÃO DA COPA DE 1958...JCF
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DO COLUNISTA
DIZEM OS HISTORIADORES QUE O TÉCNICO DA SUIÇA EXCLAMOU AINDA EM JOGO...
"SELEÇÃO BRASILEIRA ESTA MOSTRANDO COMO SE JOGA UM FUTEBOL VITORIOSO...ESTOU QUASE TORCENDO PARA O BRASIL...JCF
Os dois, mais Zito,
entraram no último jogo da primeira fase, contra a União Soviética. Em três
minutos de jogo, Pelé acertou a trave, Garrincha também carimbou o poste e Vavá
abriu o placar. “Os três minutos mais impressionantes da história do futebol”,
escreveu Gabriel Hanot, jornalista francês editor do jornal L’Equipe na época.
Vavá ainda marcou outro na vitória por 2 a 0. “Foi o jogo mais simbólico, que
consolidou a confiança da equipe”, diz Benevides. Depois da URSS, o Brasil
venceu o País de Gales por 1 a 0, com golaço de Pelé, e a França por 5 a 2, com três gols
do Rei, antes de enfrentar a Suécia na final.
OS HERÓIS DE 1958...JCF
OS HERÓIS DE 1958...JCF
Anfitriões, os suecos
jogariam de amarelo, mesma cor do escrete canarinho. O Brasil, então,
precisaria arrumar um uniforme com uma cor diferente, de última hora, para
entrar em campo. “Já se usavam camisas azuis nos treinos, mas não as mesmas que
foram utilizadas na final”, conta Roberto. “Paulo Machado de Carvalho ficou com
medo da superstição dos jogadores, porque eles não iriam jogar com o uniforme
com qual chegaram até ali. Por isso, inventou o recurso psicológico de arrumar
camisas azuis e falar que era a cor do manto da padroeira do Brasil”, afirma
Benevides, se referindo ao azul usado pela Nossa Senhora Aparecida. “Parece que
funcionou”.
A Suécia, de amarelo, saiu
na frente logo aos quatro minutos, gol de Liedholm. Didi, o "dono do time", foi
quem buscou a bola no fundo do gol e levou até o meio-campo para que os
brasileiros, vestindo azul, reagissem. Vavá empatou e virou, Pelé fez o seu,
Zagallo aumentou, Simonsson diminuiu e Pelé, de novo, completou. "A
seleção brasileira era tão boa que eu temia começar a torcer por ela",
afirmou o treinador sueco, George Raynor, após o apito final. O 5 a 2 também
não abalou o público presente no estádio Rasunda, que invadiu o campo para
comemorar com os brasileiros e viu os jogadores darem uma volta olímpica com a
bandeira sueca pelo gramado. Garrincha resumiu sua irreverência ao comparar o
Mundial
com campeonatos nacionais, em frase que também
ficou famosa logo após o título: "Campeonatinho mixuruco, nem tem segundo
turno!".
Bellini, por ser o capitão, foi o
encarregado de receber o troféu de campeão. Incomodada por não conseguir as
melhores fotos no meio da comemoração, a imprensa pediu para que o zagueiro
levantasse a Jules Rimet acima da cabeça, em um gesto nunca antes feito pelos
vencedores. E foi assim que, com numeração confusa, uniforme improvisado e um
craque de 17 anos, o Brasil ergueu, literalmente, sua primeira taça da Copa do
Mundo.
ATÉ A PRÓXIMA...JCF
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