20 DE NOVEMBRO DE 2020 - EDIÇÃO Nº 2083 REAL FORTE PRÍNCIPE DA BEIRA
COLUNA
JCF – DESDE 11/05/2015
JCF
Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
2083
– REAL FORTE PRINCIPE DA BEIRA - RO
18/11/2020 – EDIÇÃO º 2083
TERÁ O REGISTRO
DO REAL FORTE PRÍNCIPE DA
BEIRA TAMBÉM CONHECIDO COMO FORTALEZA DO PRÍNCIPE DA BEIRA...
1ª fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Real_Forte_Pr%C3%ADncipe_da_Beira
MARGEM DIREITA DO RIO GUAPORÉ NA MARGEM ESQUERDA ESTÁ DIVISA DA BOLIVIA...JCF
Real Forte Príncipe da Beira
O Real Forte Príncipe
da Beira, também referido como Fortaleza do Príncipe da Beira,
localiza-se na margem direita do rio
Guaporé, atual município de Costa
Marques, no estado de Rondônia,
no Brasil.
Em posição dominante na
fronteira com a Bolívia, esta fortaleza é
considerada a maior edificação militar portuguesa construída
fora da Europa no Brasil
Colonial, fruto da política pombalina de
limites com a coroa espanhola na América
do Sul, definida pelos tratados firmados entre as duas coroas
entre 1750 e 1777.
O Forte Príncipe da Beira é
muito parecido com a Fortaleza de São José de
Macapá, sua contemporânea, é Distrito do município de Costa Marques e
acolhe uma comunidade remanescente de quilombolas certificada pela Fundação
Palmares em 19/08/2005.
História
“ |
A soberania e o respeito de
Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos
homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e
por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se
cumprir. Origem do nome
"Príncipe do Brasil" era então o título do
herdeiro ou herdeira da Coroa Portuguesa,
assim como "Príncipe da Beira" era o título do seu
primogênito ou primogênita (i.e., privativo dos netos primogênitos sucessores
presuntivos na coroa dos Reis de
Portugal). Assim, o forte, iniciou seu processo de construção no dia
19 de abril de 1775, vale salientar que em 1776 foi lançada a pedra
fundamental do projeto já iniciado no ano anterior, sendo batizado em homenagem
a D. José de Bragança (futuro
Príncipe do Brasil), que então era ainda apenas Príncipe da Beira, título que
manteve brevemente até sua mãe, D. Maria I de Portugal, subir ao trono no ano
seguinte (1777),
quando ele próprio passou a Príncipe do Brasil. O Príncipe D. José morreu
novo, não chegando a reinar, pelo que lhe sucedeu como Príncipe do Brasil o
seu irmão menor, o futuro Rei D. João VI. O Príncipe da Beira, D. José era neto
materno do Rei D. José I, e neto paterno de D. João V, avós esses que eram pai e filho,
respectivamente, pois a rainha D. Maria I foi casada com um tio, o Duque de
Beja, depois D. Pedro III de Portugal. O Príncipe da Beira,
e depois do Brasil, D. José, foi casado, sem descendência, com uma tia, a
infanta D. Maria Francisca
Benedita, filha irmã mais nova de D. Maria I. Antecedentes: a geopolítica de Portugal na
Amazônia
A construção do Real
Forte Príncipe da Beira, bem como a dos demais fortes a Oeste da raia
do Tratado de Tordesilhas,
exemplifica a visão geopolítica da diplomacia portuguesa
no século XVIII, que, aproveitando-se
do Tratado de Madri (1750),
procurou assegurar a posse do território e, a despeito de outros tratados que
o anulariam posteriormente, garantiu em linhas gerais a atual fronteira do
país. Durante o reinado de D. José I (1750-1777), o primeiro-ministro
português Sebastião José de
Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, lançou um projeto efetivo de colonização
da Amazônia. Sob sua orientação, decisões
estratégicas de grande alcance foram tomadas, destacando-se a construção de
um verdadeiro cordão de fortes e fortalezas, a
fim de barrar as vias de penetração que, pelo Norte e pelo Oeste atingiam
a bacia amazônica. Visando à consolidação do
domínio português na calha do rio
Guaporé devido à aproximação dos espanhóis,
desde 1743, o
seu antecessor, D. João V (1706-1750), tendo em vista a
exploração de ouro na região, criou a capitania do Mato Grosso,
nomeando como seu primeiro Governador e Capitão-General, a D. Antônio Rolim de Moura
Tavares. Este fundou Vila Bela da Santíssima
Trindade, às margens do rio Guaporé que passou a ser a sede da
Capitania. Paralelamente à exploração de
ouro por portugueses e paulistas, os espanhóis procuravam o mesmo objetivo,
estabelecendo missões jesuítas ao longo do Guaporé e seus
afluentes, gerando uma série de conflitos. Em virtude destes atritos e
para garantir a soberania portuguesa na região, foi construído, em 1769,
o Presídio de Nossa Senhora
da Conceição, cuja fragilidade levou os espanhóis a tentar sua conquista,
só não obtendo êxito em virtude de terem sido vítimas de febres e outros
males. Em 1772,
assume funções Luís de Albuquerque de
Melo Pereira e Cáceres, quarto Governador e Capitão-general da
Capitania do Mato Grosso. Conforme determinação da Coroa, em seus planos
encontra-se o de dominar ambas as margens do Guaporé, afastando os
Castelhanos e assegurando o integral controle das minas dos Guarujus,
entre o Paragaú e o Tanquinhos (atual Mateguá), garantindo caminho seguro
via Guaporé, Mamoré e Madeira para o monopólio da Companhia
Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão. Para esse fim, em viagem
descendo o rio Guaporé ao final de 1773, no
desempenho das ordens régias que lhe haviam sido confiadas, inspecionou e
aprovou o local na margem direita, para uma construção "de pedra
e cal",
em substituição à anterior, o Forte de Bragança, então arruinado pela
enchente do Guaporé em 1771, e do qual distava cerca de dois quilômetros. A pedra fundamentalO termo de lançamento da sua
pedra fundamental, reza: "Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo
de 1776, aos vinte
dias do corrente mês de junho, vindo o Ilmo. e Exmo. Sr. Luiz de Albuquerque
de Mello Pereira e Cáceres a este lugar, situado na margem oriental ou
direita do rio Guaporé, desta Capitania, em distância de mil braças pouco
mais ou menos da antiga Fortaleza da
Conceição: o qual lugar tinha sido
escolhido e aprovado pelo mesmo Sr., depois de circunspectamente(cautelosamente)
o reconhecer, ouvindo a vários Engenheiros, com particularidade o Ajudante de
Infantaria, com o dito exercício Domingos
Sambuceti, a quem pela sua
inteligência, tem cometido a direção principal das obras, para nele se fundar
outra nova Fortaleza que Sua Majestade ordenou, assim porque está livre das
maiores excrescências do dito rio, como porque o terreno é naturalmente o
mais sólido e o mais acomodado em todos os sentidos que podia desejar-se: aí
por Sua Exa. foi pessoalmente lançada a primeira pedra nos alicerces, depois de
se lhe gravar a inscrição seguinte: Josepho I / Luzitaniae et Braziliae Rege Fidelissimo /
LUDIVICUS ALBUQUERQUIUS A MELLO PARERIUS CACERES / Regiae Majestatis a Concillis
/ Amplissimae Hujus Matto Grosso Provinciae / Gobernator ac Dux Supremus /
Ipsius Fidelissimae Regis Nutu / Sub Augustissimo Beirensis Principis Nomine
/ Solidum Hujus Arcis Fundamentum Jaciendum / Curavit / Et Primus Lapidem
Posuit / ANNO CHRISTI MDCCLXXVI / DIE XX MENSIS JUNII [Sendo José I, Rei Fidelíssimo de Portugal e do Brasil,
Luiz Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, por escolha da Majestade Real,
Governador e Capitão-General desta vastíssima Província do Mato Grosso,
planejou para ser construída a sólida fundação desta Fortaleza sob o Augustíssimo
nome do Príncipe da Beira com o consentimento daquele Rei Fidelíssimo e
colocou a primeira pedra no dia 20 do mês de junho do ano de Cristo de 1776 AQUI VEMOS PARTE INTERNA DA FORTALEZA EM RUÍNA...JCF cuja pedra de beira ou pedra do Gama, foi com efeito posta no alicerce do ângulo flanqueado no baluarte em que de presente se trabalha, cujo ângulo, com pequena diferença, olha para o Poente; e determinou o dito Sr. que a mesma Fortaleza, de hoje em diante, se denominasse - Real Forte do Príncipe da Beira - consagrando-se os quatro Baluartes em que há de consistir, a saber: a Nossa Senhora da Conceição, o referido em que se trabalha, com direção geral ao Poente; a Santa Bárbara, o outro que vira para o Sul, ambos adjacentes ao rio; e a Santo Antônio de Pádua e Santo André Avelino, os outros dois, que devem corresponder-lhes; o que tudo se faz sendo presentes o Capitão de Dragões da Capitania de Goiás José de Mello Castro de Vilhena e Silva; o referido Engenheiro Domingos Sambuceti; o Tenente de Dragões José Manoel Cardoso da Cunha; o Tenente em segundo de Artilharia Tomé José de Azevedo; o Alferes de Dragões Joaquim Pereira de Albuquerque; o Capitão Joaquim Lopes Poupino, Intendente das Obras, de que se fez este Auto com mais quatro cópias em que o dito Senhor Governador e Capitão General assinou, e da mesma forma os sobreditos, com as pessoas que abaixo constam; e eu Antônio Ferreira Coelho, Escrivão da Fazenda Real que o escrevi. Luiz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, José de Mello Castro de Vilhena e Silva, Domingos Sambuceti, José Manoel Cardoso da Cunha, Tomé José de Azevedo, Joaquim Pereira de Albuquerque, Joaquim Lopes Poupino, Inácio Pedro Jácome de Souza Magalhães, Belchior Alz. Pereira, João Magalhães Coutinho, José da Cunha Morais, Joaquim de Matos." (GARRIDO, 1940:8) Durante as obras, Sambucete
faleceu vítima de malária entre
o período de janeiro a setembro de 1777, sendo substituído pelo Capitão de
Engenheiros Ricardo Franco de Almeida
Serra, responsável mais tarde pela nova fortificação de Coimbra (Forte
Novo de Coimbra, 1797). Entre 1766 e 1776,
nela sempre se trabalhou "ao menos com duzentas pessoas e daí para
mais." (Informe do governador e Capitão General da Capitania do Mato
Grosso, em janeiro de 1786. Foi visitada, em 1789 pela
expedição do naturalista Alexandre Rodrigues
Ferreira. Poterna
do Forte do Príncipe da Beira, 1930. Nas suas dependências
funcionava em 1797 um Armazém Real, depósito
de armas, munições, fardamentos, ferramentas, alimentos, equipamentos
náuticos, e tudo o mais necessário ao uso das forças militares da Coroa ou
mesmo das suas repartições civis.JCF ______________________________________________________________________VOU
ABORTAR E CONTINUAR NA EDIÇÃO Nº 2084...JCF |
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