10 DEZEMBRO DE 2020 - EDIÇÃO Nº 2.103 - REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932 - JCF
COLUNA JCF – 11/05/2015
JCF
Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
2103
– 09/12/2020 – Nesta edição nº 2.103 registrarei o resumo RFEVOLUÇÃO
CONSTITUCIONALISTA DE 1932
1ª fonte: https://www.todamateria.com.br/revolucao-de-1932/
Revolução
Constitucionalista de 1932
Juliana Bezerra
Professora de História
A Revolução Constitucionalista de
1932 foi uma revolta ocorrida no estado de São Paulo contra o
governo de Getúlio Vargas.
As
elites paulistas buscavam reconquistar o comando político que haviam perdido
com a Revolução de 1930, pediam a convocação de eleições e a promulgação de uma
Constituição.
O dia da Revolução Constitucionalista é celebrado em 9 de julho e é feriado no estado de São Paulo.
Causas da Revolução de 1932
A Revolução de 1930 depôs o presidente Washington Luís (1869-1947) e
impediu a posse do paulista Júlio Prestes (1882-1946), levando Getúlio Vargas
ao poder.
Embora tivessem perdido sua hegemonia política, os paulistas apoiaram
Vargas com a esperança de que ele convocasse eleições para a Constituinte e
presidente.
No entanto, o tempo passava e isso não acontecia. Desta maneira, uma
forte oposição ao governo Vargas foi iniciada pelos fazendeiros paulistas.
Além disso, houve também grande participação de estudantes universitários, comerciantes e profissionais liberais, que exigiam convocação de eleições.
Assim, no dia 23 de maio de 1932, aconteceu um ato político a favor de
eleições, no centro de São Paulo. A polícia reprime um grupo de manifestantes e
causa a morte de quatro estudantes: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo.
O fato revolta a sociedade paulista e as iniciais dos jovens - M.M.D.C.
- tornam-se um dos símbolos do movimento.
Resumo da
Revolução Constitucionalista de 1932
Para muitos historiadores, o termo "revolução" para o
movimento constitucionalista de 1932 não é o mais adequado. Isso porque foi um
movimento planejado pelas elites, cabendo melhor o termo "revolta"
para descrevê-lo.
De qualquer forma, a Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista foi o primeiro grande levante
contra a administração de Getúlio Vargas. Também o último grande conflito
armado ocorrido no Brasil.
O movimento foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou
com a autonomia dos estados garantidas pela Constituição de 1891.
Os insurgentes exigiam do Governo Provisório a elaboração de uma nova
Constituição e a convocação de eleições para presidente.
Mobilização
pela Revolução Constitucionalista
A revolta se iniciou no dia 9 de julho e foi liderada pelo interventor
do estado - cargo equivalente ao de governador - Pedro de Toledo (1860-1935).
Os paulistas fizeram uma grande campanha usando jornais e rádios,
conseguindo mobilizar boa parte da população.
Houve mais de 200 mil voluntários, sendo 60 mil combatentes. Por outro
lado, enquanto o movimento ganhava apoio popular, 100 mil soldados do governo
Vargas partiram para enfrentar os paulistas.
Combates militares
Os
paulistas esperavam o apoio de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. No entanto,
ambos os estados não aderiram à causa.
Em
pouco tempo, São Paulo, que planejava uma ofensiva rápida contra a capital, se
viu cercado de tropas federais. Assim, apelaram à população para que doasse
ouro e pudessem comprar armamentos e alimentar as tropas.
No total, foram 87 dias de combates, de 9 de julho a 4 de
outubro de 1932, sendo os últimos enfrentamentos ocorridos dois dias depois da
rendição paulista.
Em 2 de outubro, na cidade de Cruzeiro, as tropas paulistas se
rendem ao líder da ofensiva federal e no dia seguinte, 3 de outubro, assinam a
rendição.
Consequências
da Revolução Constitucionalista
Foi registrado um saldo oficial de 934 mortos, embora
estimativas não oficiais reportem até 2200 falecidos. Apesar da derrota no
campo de batalha, politicamente o movimento atingiu seus objetivos.
A luta pela constituição foi fortalecida e, em 1933, as eleições
foram realizadas colocando o civil Armando Sales (1887-1945), como Governador
do Estado, em 1935.
Igualmente, em 1934 foi reunida a Assembleia Constituinte que
faria a nova Carta Magna do país, promulgada no mesmo ano. Esta seria a mais
curta das constituições que o Brasil já teve, pois foi suspendida com o golpe
que instituiu o Estado Novo, em 1937.
Até hoje, o dia 9 de julho é uma data comemorada por todo estado de São
Paulo e lembrada em diversos monumentos.
O 'Obelisco do Ibirapuera', por exemplo, é o monumento funerário do
movimento e abriga os restos mortais daqueles que morreram da revolução. Ali
também estão os corpos de Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo.
ATÉ UMA PRÓXIMA - JCF
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