30 JANEIRO DE 2021 - COLUNA JCF - EDIÇÃO Nº 030 - 2021 - AMITA GAROBALDI- HEROÍNA DE DOIS MUNDOS - JCF
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030-2021
– ANITA GARIBALDI
23/JANEIRO/2021 – EDIÇÃO Nº 030-2021
RETRATAREI UM RESUMO BIOGRÁFICO DE ANITA GARIBALDI...JCF
1ª fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Anita_Garibaldi
ANITA GARIBALDI HERÓINA DE
DOIS MUNDOS
Anita Garibaldi
Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais
conhecida como Anita Garibaldi (Laguna, atual localidade de Morrinhos em Tubarão, 30 de
agosto de 1821 – Ravena, Itália, 4 de
agosto de 1849) foi uma revolucionária, conhecida por seu envolvimento direto
na Revolução Farroupilha e no processo de unificação da Itália, junto com o revolucionário e
marido Giuseppe Garibaldi. Por esse motivo, é
conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos".
A controvérsia sobre o local de nascimento
Alguns estudiosos alegam que
Anita Garibaldi teria nascido em Lages, que
na cúria metropolitana daquela cidade estaria o registro dos irmãos mais velho e
mais novo dela, e que teria sido retirada do livro a folha do registro de Ana
Maria de Jesus Ribeiro. Em 1998,
entidades representativas da sociedade civil de Laguna promoveram uma ação judicial para obter o registro de
nascimento tardio de Anita Garibaldi. A ação tramitou na primeira vara da
comarca de Laguna, sendo instruída com diversos documentos que comprovariam que
Anita nasceu no município de Laguna. Assim, em 5 de
dezembro de 1998, proferiu-se:
Ante o
exposto, julgo procedente o pedido inicial, a fim de determinar o registro de
nascimento de Ana Maria de Jesus Ribeiro, nascida em 30 de agosto de 1821, na cidade de Laguna, filha de Bento Ribeiro da Silva,
natural de São José dos Pinhais, Paraná, e de Maria Antônia de
Jesus Antunes, natural de Lages, Santa Catarina, sendo seus
avós paternos Manuel Collaço e Ângela Maria da Silva e avós maternos Salvador
Antunes e Quitéria Maria de Sousa, o que faço embasado no artigo 50, § 4º
combinado com o 52, § 2º, da Lei n.º 6.015/73. (Ação de Registro de
Nascimento Tardio n.: 040.98.000395-4).
Vida familiar e primeiro
casamento
Anita Garibaldi, descendente de
portugueses imigrados dos Açores na
província de Santa Catarina no século
XVIII, provinha de uma família modesta. O pai Bento era comerciante em Lages e
casou-se com Maria Antônia de Jesus. Anita era a terceira de 10 filhos (6
meninas e 4 meninos).
Após a morte do pai e o
casamento da irmã mais velha, Anita cedo teve que ajudar no sustento familiar
e, por insistência materna, casou-se, em 30 de
agosto de 1835, aos 14 anos, com Manuel Duarte de Aguiar, na Igreja
Matriz Santo Antônio dos Anjos da Laguna. Depois de somente três anos de
matrimônio, o marido alistou-se no exército imperial,
abandonando a jovem esposa.
No
Brasil
Durante a Revolução Farroupilha
ou Guerra dos Farrapos, o guerrilheiro italiano Giuseppe Garibaldi, a serviço da República Rio-Grandense, participa da tomada do porto
de Laguna, na então província de Santa
Catarina, onde conheceu Anita, por quem se apaixonou, decidindo
lutar pela independência gaúcha e de outros territórios. Eles ficaram juntos
pelo resto da vida de Anita, que seguiu Garibaldi em seus combates em Santa
Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai (Montevidéu)
e Itália. Eles
tiveram quatro filhos.
O encontro com Giuseppe Garibaldi
Anita tinha 18 anos quando
encontrou-se com Giuseppe Garibaldi. Com 32 anos, Garibaldi tomava parte das
tropas farroupilhas de David
Canabarro, em julho de 1839, que chegaram para tomar Laguna e formar a República Juliana.
Ao chegar a Laguna, a bordo da
embarcação "Itaparica", tomada do inimigo e armada com sete canhões,
Garibaldi observava com uma luneta as casas da barra de Laguna. Observou então,
em um grupo de moças que passeava, uma jovem cujo rosto conquistou sua
imaginação e seu coração. Providenciou um barco, foi até a margem e depois até
o local onde a tinha visto, porém não a encontrou.
Tinha perdido a esperança de
encontrá-la, quando um habitante local o convidou a ir a sua casa para um café.
Garibaldi aceitou e na casa encontrou a jovem que procurava. Assim Garibaldi
relata o encontro em suas memórias:
Entramos, e a primeira pessoa que se aproximou era aquela cujo aspecto me tinha feito desembarcar. Era Anita! A mãe de meus filhos! A companhia de minha vida, na boa e na má fortuna A mulher cuja coragem desejei tantas vezes. Ficamos ambos estáticos e silenciosos, olhando-se reciprocamente, como duas pessoas que não se vissem pela primeira vez e que buscam na aproximação alguma coisa como uma reminiscência. A saudei finalmente e lhe disse: 'Tu deves ser minha!'. Eu falava pouco o português, e articulei as provocantes palavras em italiano. Contudo fui magnético na minha insolência. Havia atado um nó, decretado uma sentença que somente a morte poderia desfazer. Eu tinha encontrado um tesouro proibido, mas um tesouro de grande valor.
Em 20 de
outubro de 1839, Anita decide seguir Garibaldi, subindo a bordo de seu navio
para uma expedição militar.[1]
Em Imbituba recebeu
o batismo de fogo, quando a expedição corsária foi
atacada pela marinha imperial do Brasil. Dias depois, em 15 de
novembro, Anita confirma sua coragem sem fim e seu amor heroico a
Garibaldi na famosa batalha naval de Laguna, contra Frederico
Mariath, na qual se expõe a grande risco de morte, atravessando uma
dúzia de vezes a bordo da pequena lancha de combate para trazer munições em
meio a uma verdadeira carnificina. Anita também combateu ao lado de Garibaldi
em Santa Vitória. Depois passou o Natal de 1839 em Lages.
Na próxima edição nº 038 – 2021
veremos o legado deixado pela Heroína de dois mundos
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