07 DE FEVEREIRO DE 2021 - COLUNA JCF - TRADIÇÃO EW CULTURA - EDIÇÃO Nº 044 - 2021 - OS INDIOS HUAROMI - JCF
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MAIS Rondônia Com Você e Ponto
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
044
- 2021 – OS INDIOS HUAORAMI
06/02/2021 – EDIÇÃO Nº 044 – 2021 TERÁ O
REGISTRO DOS COSTUMES E CULTURA DOS INDIOS HUAORAMI
Eles já não limpam a terra mas plantam
colheitas de raízes e milho sob tetos para evitar que sejam destruídos pelos
helicópteros. Eles cozinham tarde à noite, para que a fumaça que sai de seus
fogões não os delate. Eles estão o tempo todo em movimento, procurando sempre
caça silenciosa e melhores esconderijos.
1ª fonte: https://observatorio3setor.org.br/carrossel/luta-dos-povos-indigenas-para-preservar-sua-cultura/
CULTURAS EM TRANSFORMAÇÃO
os índios e a civilização
Resumo: A partir da
experiência de um grupo indígena brasileiro, este artigo realiza uma reflexão
sobre as transformações culturais e o perigo de perda cultural e de identidade.
Para isso, retomam-se os conceitos de cultura e civilização tais como
concebidos e pela antropologia e no senso comum, contrapondo-os às noções
indígenas de cultura e tradição, com o objetivo de entender como elas lidam com
a permanência e a mudança cultural.
Muito se comenta, e se
lamenta, que os índios estão perdendo sua cultura. Um índio calçado e vestido
com calça jeans, falando português, utilizando gravadores e vídeos ou morando
em uma favela em São Paulo aparece aos olhos do público como menos índio. Eles
deveriam seguir suas tradições, se diz. E nós deveríamos deixá-los em paz,
devolvê-los ao isolamento, para que possam seguir seus caminhos.
É claro que devemos muito aos nossos
índios, e precisamos deixá-los em paz. A questão é como fazer isso. Certamente
não é devolvendo-os a um isolamento que nunca conheceram, pois nós somos apenas
mais um dos outros povos com que cada povo indígena manteve contato ao longo da
história, seja através de trocas amistosas, seja de forma bélica. Por outro
lado, não somos "apenas" mais um povo; nossa tecnologia nos faz
especialmente perigosos e, ao longo desses 500 anos, a história não tem sido
fácil para os índios, que tiveram que lutar para sobreviver a epidemias,
guerras, escravidão, aldeamentos e esforços de integração à população
nacional ¾ e foram poucos os que conseguiram. Como, então, sem
isolá-los, mantendo-os em uma redoma de vidro, podemos contribuir para sua
sobrevivência física e cultural?
A questão da sobrevivência física impõe
iniciativas objetivas: atendimento médico; garantia de território; punições a
práticas de genocídio. Já a sobrevivência cultural apresenta problemas de outro
tipo, sendo que o primeiro é defini-la. Para tanto, propõe-se, nesse artigo,
fazer uma reflexão do que se entende por "cultura" e "tradição"
e, portanto, por sobrevivência cultural, contrapondo essas concepções aos modos
como algumas etnias indígenas as entendem e utilizam, em especial os Xikrin,
grupo Kayapó que vive no Pará.
A
IDÉIA DA CULTURA
O conceito de cultura tem uma longa
história e sua origem é anterior ao esforço da antropologia de estudar e
compreender povos com costumes e modos de vida diferentes. Como mostra Elias
(1990), cultura e civilização são conceitos
que surgem na Europa e que, já de início, ganham significados diversos entre as
várias populações nacionais nascentes. Grosso modo, porém, esses termos parecem
conotar a unidade ocidental e as diferenças internas a ela: se civilização é um
resultado final de um processo que culmina no Ocidente, cultura designa as
particularidades das populações ocidentais ¾ os modos franceses,
ingleses, alemães.
Na antropologia evolucionista de fins
do século XIX, uma história comum a todos os povos culminaria na civilização
ocidental, ápice da evolução, e as diferenças culturais ficavam subordinadas a
uma concepção de estágios, ou estados, que deveriam ser ultrapassados. Funda-se
então a missão civilizatória ocidental. Com a crítica aos evolucionistas e a
admissão da relatividade cultural, a antropologia norte-americana, de um lado,
e a inglesa, de outro, recusam o que foi chamado de pseudo-história ou história
conjectural e buscam entender a diferença cultural. Está em jogo, aqui, uma
oposição entre diferença e desigualdade.
Na antropologia americana, cultura
passa a ser definida como um conjunto de traços que podem ser perdidos ou
tomados de empréstimo de populações vizinhas, enquanto a antropologia britânica
a pensa como um sistema de partes articuladas entre si, cuja lógica própria
deve ser entendida. Porém, essa visão de "traços culturais" que podem
ser perdidos acaba por levar à noção de aculturação, ou seja, de um processo
regressivo de perda cultural, a que os povos nativos (não-ocidentais,
"primitivos") de todo o mundo estariam especialmente sujeitos.
Passa-se, então, a se preocupar com o desaparecimento da diversidade cultural.
As discussões a respeito da etnicidade
reviram essa definição reificadora da cultura, como traços ou elementos que
podem ser perdidos, e focaram as fronteiras que delimitam uma
cultura (Barth, 1969). Nessa acepção, o que define uma cultura não são seus
traços constitutivos, mas sim o estabelecimento da fronteira entre um e outro,
o que é feito pela atribuição da diferença, pelos traços diacríticos (Carneiro
da Cunha, 1986). Assim, o que importa não é a manutenção dos traços em si, mas
da diferença que origina a identidade e que é estabelecida contextualmente por
meio de traços maleáveis e flexíveis. A cultura não deve se manter em uma
suposta integridade; o que deve ser preservada é sua diferenciação em relação
às outras, são as fronteiras, e essas são traçadas por elementos que têm origem
cultural, mas são escolhidos em contexto.
Mais do que isso, as
culturas foram percebidas em suas transformações. Todas as culturas estão na
história, o que diverge entre elas é o modo como lidam com a história com que
se defrontam e se transformam (Sahlins, 1991). Portanto, a mudança cultural
deixa de ser percebida como um fantasma que assombra os nativos do mundo todo e
passa a ser entendida como um meio de reprodução social que é pautada também pela
história.
2ª fonte: https://www.todamateria.com.br/cultura-indigena/
Cultura Indígena
A cultura indígena abarca a produção material e imaterial
de inúmeros e distintos povos em todo o mundo.
É importante destacar que não há uma cultura indígena, mas várias, e
cada povo desenvolveu suas próprias tradições religiosas, musicais, de festas,
artesanatos, dentre outras.
História do
Índios
Grosso modo,
as populações indígenas foram aquelas dominadas escravizadas durante o período
colonial e neocolonial, mas que, a despeito disso, preservaram, em muitos
casos, sua continuidade histórica e social até os dias atuais.
A
palavra “índio” foi uma criação europeia para designar aqueles que viviam no
Extremo Oriente, portanto, a “identidade indígena” somente surgiu em oposição à
europeia após o advento do colonialismo.
Muitos
costumes indígenas assombraram os colonizadores, tal qual o canibalismo, a
feitiçaria, o incesto e o infanticídio neonatal.
Estrutura
Social dos Índios
De modo
geral, as sociedades indígenas são sociedades sem propriedade privada, de
habitação coletiva, igualitárias, descentralizadas politicamente e com status
social distinto segundo a divisão do trabalho.
Normalmente,
os homens se encarregam da construção da aldeia, da guerra, caça e pesca, da
liderança tribal e dos rituais xamânicos, enquanto as mulheres lidam do plantio
e da colheita, preparam os alimentos e produzem tecidos, adornos e utensílios.
Uma indígena
waorani caminha pela selva em Gareno, a 17 quilômetros ao sul de Quito
(Equador), em 7 de dezembro. Três grupos étnicos procedentes do Equador, Peru e
Brasil concordaram em mudar seus hábitos para proteger a biodiversidade, no
mesmo ano em que foi fechado o acordo sobre o clima na Cúpula de Paris (COP21).
No Equador, os waroani deixaram
de caçar em 2010 e optaram por colher cacau. No Brasil, começaram a se dedicar
à criação de peixes de água doce e, no Peru, estão estabelecendo pequenos
governos autônomos para defender o território da extração de recursos. Na foto,
uma indígena waorani de Gareno.
Especialistas já
alertaram inúmeras vezes: um aquecimento superior a 1,5 grau pode acabar com a
floresta. Falar da Amazônia é falar sobre água, sobre dióxido de carbono. É
falar sobre o rio mais longo e volumoso, largo e mais profundo, com uma das
maiores reservas de água doce do planeta. Na foto, uma paisagem de Gareno.
Diante da quantidade de carne
de animais silvestres vendida para o mercado, a Associação de Mulheres Waorani
da Amazônia Equatoriana (Amwae) criou um projeto de entrega de mudas de cacau a
mulheres indígenas para o cultivo e, em troca, os homens deviam deixar a caça.
Na imagem, duas índias waorani provam a fruta do cacau.
UMA INDÍGENA HUANOMANI - JCF
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