18 DE JUNHO DE 2021-COLUNA JCF - CLOVIS NL Nº 0152-2021 - TEMA "CAPÃO DA TRAIÇÃO" - JCF

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0152/2021 –  CAOÃO DA TRAIÇÃO

 

17/06/2021- NESTA EDIÇÃO  Nº 0152- 2021 FAREI O REGISTRO RESUMIDO DO EPISODIO CONHECIDO COMO “CAPÃO DA TRAIÇÃO”

1ª FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Emboabas

Guerra dos Emboabas foi um confronto travado de 1707 a 1709 pelo direito de exploração das recém-descobertas jazidas de ouro na região do atual estado de Minas Gerais, no Brasil. O conflito contrapôs os desbravadores vicentinos e os forasteiros que vieram depois da descoberta das minas. O primeiro grupo, formado pelos bandeirantes paulistas, havia descoberto a região das minas e, por esta razão, reclamava a exclusividade de explorá-las. Já o grupo heterogêneo composto de portugueses provenientes da Europa e migrantes das demais partes do Brasil, sobretudo da costa leste nordestina, liderado por Manuel Nunes Viana, era pejorativamente apelidado de "emboabas" pelos paulistas.

Em novembro de 1708Cachoeira do Campo, hoje distrito de Ouro Preto, foi um dos palcos do sangrento conflito envolvendo os direitos de exploração de ouro na futura Capitania de Minas Gerais. Este episódio não foi todo esclarecido ainda, sendo que, nele, várias passagens permanecem obscuras. Uma das teses levantadas é a que diz que tudo começa quando a frente luso-nordestina se choca com os paulistas subindo o rio São Francisco com seu gado.

Contexto

A corrida pelo ouro atraiu, para a região, cerca de 50 mil pessoas "que fervilhavam à beira dos rios e caminhos, nos sertões distantes e inóspitos".[2] Os bandeirantes se achavam com maiores direitos sobre o ouro das minas, seja por eles terem sido os descobridores do lugar, seja por aquela região fazer parte da capitania de São Vicente, seja pela debilidade recente demonstrada pela coroa portuguesa ao ter de recorrer à ajuda dos bandeirantes paulistas para vencer a Guerra dos Palmares e a Confederação dos Cariris.[4] Prova disso foi petição da Câmara de São Paulo, de 7 de Abril de 1700, que requereu que a outorga do território aurífero fosse dada exclusivamente pelas autoridades dessa capitania. Teve papel, no conflito, o protetor de Manuel Nunes VianaPascoal da Silva Guimarães.

Enquanto isso, os colonos da Bahia e de Pernambuco estavam muito mais ligados aos reinóis portugueses que aos colonos paulistas. Os nomes que trocaram entre si mostravam suas diferenças. Os da terra eram chamados de "nômades", ou "bandoleiros sem lei"; estes, por sua vez, apelidaram os estrangeiros e os vindos de outras capitanias brasileiras de "emboabas".

Para os paulistas, aqueles que não participaram dos esforços na procura de ouro não deveriam ter os mesmos direitos na exploração. A tensão entre os paulistas (também chamados de vicentinos) e os demais exploradores crescia, motivada pelo aumento no fluxo populacional e pela insistência dos paulistas e emboabas de controlarem a região[2].

Apesar de se misturarem pelas regiões povoadas das minas, paulistas e emboabas não se uniam: ao contrário, se juntavam cada grupo com um representante. O ex-bandeirante Manuel de Borba Gato era o líder dos paulistas, enquanto os emboabas eram liderados por Manuel Nunes Viana, português que veio para Bahia jovem, e era conhecido por atos de coragem que o trouxeram para a região onde era proprietário de lucrativas minas.

Outra causa da guerra seria o alto preço dos mantimentos, inclusive pela limitada oferta em ocasião do aumento da demanda.[2] Os comentários de Antonil em 1709 o provam e se tornou clássico o trecho em que relata: "a abundância de mantimentos e de todo o usual que hoje há nas Minas e do pouco caso que se faz dos preços extraordinariamente altos: um alqueire de farinha em São Paulo custava 640 réis, mas em Minas 43 000 réis! E assim por diante, uma libra de açúcar 120 réis em São Paulo e 1 200 nas Minas, uma galinha de 160 para 4 000 réis etc." Eliane Teixeira Lopes cita, em sua obra, um ensaio de Eduardo Frieiro, "Feijão, angu e couve", de 1966, que corrobora os acontecimentos. E J. Soares de Mello, em seu livro "Emboabas", de 1979, página 48, comenta: "Foi na época da fome como medida de prudência que Artur de Sá concedeu a Amaral Gurgel o estanco ou monopólio dos açougues. Não tardaram nada os abusos. O povo foi esmagado. E quando o monopólio chegou aos seus anos derradeiros e veladamente começaram as transações para o prorrogar, os paulistas se levantaram."

Por carta, o rei, para suprir a falta de gado, ordenara a dom Álvaro conceder a maior parte possível das terras entre o Rio de Janeiro e a serra dos Órgãos "com a obrigação de cada um dos donatários de pôr um curral de gado dentro de dois e até três anos no sitio que se lhes der, por se entender que com a fertilidade destas terras abundarão as capitanias em gado." Mas nada era assim tão simples. Em 1702, o governador dom Álvaro da Silveira e Albuquerque fizera doação, aumentando o domínio de Muribeca, no Espírito Santo, propriedade do colégio dos jesuítas do Rio de Janeiro, fundado no século XVII em terras doadas pelo Conde de Castelo Melhor, e que em 1701 possuía apenas 1 630 cabeças de gado - enquanto isso, suas fazendas no Rio e em Santa Cruz, Campos dos Goitacases e Campos Novos de São João em 1701 teriam 20 mil.

ATÉ A PRÓXIMA...JCF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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