20JULHO2021 - COLUNA JCF TRADIÇÃO E CULTURA - NL Nº 0180-2021 ROMA ANTIGA - JCF
COLUNA
JCF
DESDE
11/05/2015
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
0180/2021
– ROMA ANTIGA
10/05/2021- NESTA EDIÇÃO Nº 0115- 2021 FAREI O REGISTRO DA ROMA ANTIGA
1ª FONTE: https://www.todamateria.com.br/roma-antiga/
Roma Antiga
Juliana Bezerra
Professora de História
A cidade de Roma nasceu
como uma pequena aldeia e se tornou um dos maiores impérios da Antiguidade.
Situada na Península Itálica,
centro do Mediterrâneo europeu, Roma era o centro da vida política e econômica
da região.
Fundação de
Roma
A fundação de Roma está envolta
em lendas. Segundo a narrativa do poeta Virgílio, em sua obra Eneida, os
romanos descendem de Enéias, herói troiano, que fugiu para a Itália após a
destruição de Troia pelos gregos, por volta de 1400 a.C.
Reza a lenda que os gêmeos
Rômulo e Remo, descendentes de Enéias, foram jogados no rio Tibre, por ordem de
Amúlio, usurpador do trono.
Detalhe da pintura de Rubens que retrata Rômulo e Remo amamentados por uma loba
Amamentados por uma loba e
depois criados por um camponês, os irmãos voltam para destronar Amúlio.
Os irmãos receberam a missão de
fundar Roma, em 753 a.C. Rômulo, após desentendimentos, assassinou Remo e se
transformou no primeiro rei de Roma.
Na realidade, Roma formou-se da
fusão de sete pequenas aldeias de pastores latinos e sabinos situadas às margens
do rio Tibre. Depois de conquistada pelos etruscos chegou
a ser uma verdadeira cidade-Estado.
Monarquia
Romana (753 a.C. a 509 a.C.)
Na Roma monárquica, a sociedade
era formada basicamente por três classes sociais:
·
os patrícios, a classe dominante, formada por nobres e
proprietários de terra;
·
os plebeus, que eram constituídos por comerciantes, artesãos,
camponeses e pequenos proprietários;
·
os clientes, que viviam da dependência dos patrícios e os plebeus,
e eram prestadores de serviços.
Na monarquia romana,
o rei exercia funções executiva, judicial e religiosa.
Era assistido pela Assembleia
Curiata, que estava formada por trinta chefes de famílias do povo. Sua função
mudou ao longo dos séculos, mas eram responsáveis por elaborar leis, recursos
jurídicos e ratificar a eleição do rei. Em certos períodos a Assembleia Curiata
deteve mais poder que o Senado.
O Senado, composto pelos patrícios, assessorava o rei e tinha o poder de
vetar as leis apresentadas pelo monarca.
As lendas narram os acontecimentos dos sete reinados da época. Durante o
governo dos três últimos, que eram etruscos, o poder político dos patrícios
declinou.
A aproximação dos reis com a plebe descontentavam os patrícios. Em 509
a.C., o último rei etrusco foi deposto e um golpe político marcou o fim da
monarquia.
República
Romana (509 a.C. a 27 a.C.)
A implantação da república
significou a afirmação do Senado, o órgão de maior poder político entre os
romanos. O poder executivo ficou a cargo das magistraturas, ocupadas pelos
patrícios.
A república romana foi marcada
pela luta de classes entre patrícios e plebeus. Os patrícios lutavam para
preservar privilégios e defender seus interesses políticos e econômicos,
mantendo os plebeus sob sua dominação.
Entre 449 e 287 a.C. os plebeus
organizaram cinco revoltas que resultaram em várias conquistas: Tribunos da
plebe, Leis das XII tábuas, Leis Licínias e Lei Canuleia. Com essas medidas, as
duas classes praticamente se igualaram.
Durante a Guerra Púnica foram utilizados elefantes como animais de combate
A primeira etapa das conquistas romanas foi marcada pelo domínio de toda
a Península Ibérica a partir do século IV a.C.
A segunda etapa foi o início das Guerras de Roma contra Cartago,
chamadas Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.). Em 146 a.C. Cartago foi totalmente
destruída. Em pouco mais de cem anos, toda a bacia do Mediterrâneo já era de
Roma.
Crise da
República
Na República romana, a
escravidão era a base de toda produção e o número de escravos ultrapassava os
de homens livres. A violência contra os escravos causou dezenas de revoltas.
Uma das principais revoltas
escravos foi liderada por Espártaco entre 73 a 71 a.C. À frente das forças
rebeldes, Espártaco ameaçou o poder de Roma.
Para equilibrar as forças políticas,
em 60 a.C., o Senado indicou três líderes políticos ao consulado, Pompeu,
Crasso e Júlio César, que formaram o primeiro Triunvirato.
Após a morte de Júlio César, foi
instituído o segundo Triunvirato constituído
por Marco Aurélio, Otávio Augusto e Lépido.
As disputas de poder eram frequentes. Otávio recebeu do senado o título
de Prínceps (primeiro cidadão) foi a primeira fase do império disfarçado de
República.
Mapa dos territórios dominados pelo Império Romano por volta de 70 d.C.
O imperador Otávio Augusto (27 a.C. a
14) reorganizou a sociedade romana. Ampliou a distribuição de pão e trigo e de
divertimentos públicos - a política do pão e circo.
Depois de Augusto, várias dinastias se sucederam. Entre os principais
imperadores estão:
·
Tibério (14 a 37);
·
Calígula (37 a 41);
·
Nero (54 a 68);
·
Tito (79 a 81);
·
Trajano (98 a 117);
·
Adriano (117-138);
·
Marco Aurélio (161 a 180).
Decadência do
Império Romano
A partir de 235, o Império
começou a ser governado pelos imperadores-soldados, cujo principal objetivo era
combater as invasões.
Do ponto de vista político, o
século III caracterizou-se pela volta da anarquia militar. Num período de
apenas meio século (235 a 284) Roma teve 26 imperadores, dos quais 24 foram
assassinados.
Com a morte do imperador
Teodósio, em 395, o Império Romano foi dividido entre seus filhos Honório e
Arcádio.
Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, capital Roma, e Arcádio
ficou com o Império Romano do Oriente, capital Constantinopla.
Em 476, o Império Romano do Ocidente desintegrou-se e o imperador Rômulo
Augusto foi deposto. O ano de 476 é considerado pelos historiadores o marco
divisório da Antiguidade para a Idade Média.
Da poderosa Roma, restou apenas o Império Romano do Oriente, que se
manteria até 1453.
Curiosidades
·
Devido à expansão territorial, durante o império, os romanos passaram a
representar 25% da população mundial.
·
Os canhotos eram vistos como pessoas de má-sorte e não confiáveis. Esta
crença permaneceu até pouco tempo quando as crianças eram obrigadas a escrever
com a mão direita.
·
Os romanos prezavam muito pela higiene. As classes abastadas tinha água
encanada em casa e os pobres possuíam fontes perto de suas residências.
Igualmente, iam regularmente aos banhos públicos.
·
A urina era aproveitada para diversos fins por conta do ácido e outros
componentes: usavam para clarear os dentes, lavar a roupa e fazer moedas.
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