29 JULHO 2021 - COLUNA JCF - TRADIÇÃO E CULTURA - NL Nº 0188 - O MORRO0 DA FORCA - SÃO JOÃO DEL REI - MG...JCF
1970COLUNA
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11/05/2015
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
0188-2021
– O MORRO DA FORCA-
28/07/2021 - FUI MORADOR DA
BELA E HISTÓRICA SÃO JOÃO DEL REI DESDE MEUS PRIMEIROS PASSOS, DESDE MEUS
PRIMEIROS ANOS DE IDADE ATÉ A DÉCADA DE
70 QUANDO DE LÁ VIM PARAR NO NORTE E O PRIMEIRO BAIRRO QUE ALI RESIDI
TEM O SINISTRO NOME DE “morro da forca”, mas como sou curioso e fuçador na
internet para suprir minha COLUNA JCF TRADIÇÃO E CULTURA nesta edição nº 0188-2021
que ora inicio vou registrar a origem deste nome mui sinistro e consegui algum
resultado das minhas pesquisas vou registrar o que até agora consegui e veremos
no que vai dar.
Notas sobre o Bairro do Bonfim . Antônio
Gaio Sobrinho
Descrição
O morro situado a leste de São João del-Rei, contrastando
humildemente com a Serra do Lenheiro a oeste, teve inicialmente o macabro nome
de Morro da Forca, em virtude de ter sido ali que, em tempos do absolutismo
colonial e imperial, se erguia o patíbulo da forca, muitas vezes usado como
destino final da vida de tantos infelizes.
Em 1769, José Garcia de Carvalho, devoto do Senhor do Bonfim e para sua
maior veneração, impetrou do Senado da Câmara terreno para construção de uma
capelinha para se celebrar missa. Aos 10 dias de maio do mesmo ano, foi-lhe
passado o competente ato de posse, tendo, a partir daí iniciada a construção.
Inaugurada a capela, o Morro da Forca começou a ser também conhecido como Morro
do Bonfim, e o casario com arruamento foi-se formando. Semelhante fenômeno de
povoamento estava também ocorrendo na Vargem do Porto, que se transformou em
Matosinhos.
O entorno da capela recebeu ultimamente uma boa remodelação, prejudicada apenas
por um cruzeiro luminoso que ali foi posto em 1938, quando do centenário da
cidade. No lado oposto, por iniciativa do cônego Almir de Resende Aquino, a ideia
da ereção de alto monumento a Nossa Senhora do Pilar, foi
concretizada em 2 de janeiro de 1967 e benzido no dia 12 de outubro desse
mesmo ano.
Pelo Morro da Forca, entrou na cidade, em
1717, o governador da capitania, Dom Pedro de Almeida, conde de Assumar, tendo
sido, ali mesmo, recepcionado pelas autoridades e povo da Vila, ao som de uma
banda de música, regida pelo maestro Antônio do Carmo. Do que se concluem duas
coisas: que era pelo Morro da Forca uma das mais antigas entradas da cidade e
que São João del-Rei, de fato, merece o título de Cidade da Música.
O Arraial das Cabeças situado nas
imediações da atual Rua Antônio de Abreu e da Várzea do Faria, que, desde 1777,
conserva o nome de Joaquim Faria, deve o seu nome ao fato de na segunda metade
do séc. XIX a Câmara Municipal haver escolhido aquele como local de enterramento
de animais mortos na cidade. Daí a possibilidade de que algumas ossadas como os
crâneos destes animais viessem 'a tona gerando nos moradores o nome Arraial das
Cabeças.
Durante a Guerra dos Emboabas, a primitiva
capela de Nossa Senhora do Pilar foi incendiada, pelo que uma segunda igreja da
mesma denominação foi erguida no Morro da Forca, nas imediações da atual Escola
Estadual Inácio Passos. Nessa capela, que permaneceu como matriz até a
reedificação da atual no mesmo local da que fora queimada, se erigiu a
Irmandade do Santíssimo Sacramento, em 1711, e se recepcionou com solene
Te-Deum o já mencionado Conde de Assumar.
Durante o tempo em que ali esteve em
funcionamento a dita igreja matriz, isto é, de 1710 até 1724, a atual Rua da
Prata e seu prolongamento pela Rua Ribeiro Bastos se chamou Rua Direita de
Baixo, segundo um costume cristão de dar o nome de Rua Direita à principal via
pública de acesso à matriz, como fora antes e seria depois a atual Rua
Getúlio Vargas.
Para se ir ao Bonfim, houve sempre três
percursos: a) – a Rua Direita de Baixo, que depois se chamou também Rua
do Morro da Forca e Rua do Bonfim, e que, desde 1913, se chama Ribeiro Bastos;
b) – a Rua da Intendência, que subia pelas atuais Gabriel Passos e João
Salustiano; c) – a Rua da Independência, atual José Bastos, que sobe por entre
as anteriores, pelo que também se chamou Rua do Meio. No sentido horizontal,
destacaram-se dois becos: o Beco dos Pinheiros, atual Rua Mourão Filho e o Beco
do Progresso, que, hoje, homenageia o músico e compositor são-joanense do
século XVIII, o negro João da Matta. A Praça do
Bonfim tomou, em 1938, o nome do médico e
engenheiro são-joanense, Guilherme Milward, que foi professor da
Universidade de Medicina de São Paulo, em cujo salão nobre tem busto de autoria
de Tarcila do Amaral. Nessa praça, existe um belo cruzeiro, remanescente
daqueles que missionários costumavam plantar em encerramento das famosas
missões populares, que ocasionalmente ocorriam, nas paróquias, até
meados do século XX. Junto dele, em 1º de março de 1903, segundo
informação de O Combate, houve festas, com missa pela manhã e leilão de
prendas, à tarde, ao som da banda de música do Asilo São Francisco.
A vida escolar do Bairro já está documentada
em 1913, quando o padre José Pedro da Costa Guimarães, residente na Rua do
Meio, dirigia ali o Ginásio São Pedro de Alcântara. A Escola Estadual do
Bairro, criada em 1965, tem por patrono Inácio Ferreira de Resende Passos, que
foi pai de Gabriel de Resende Passos e ex-aluno da primeira Escola João dos
Santos, na Prainha.
A inauguração do filtro de água deu-se no dia
19 agosto de 1888, com música da Banda Lyra Sanjoanense e ali se ergueu também
a comprida antena da ZYI-7 = Rádio São João del-Rei, inaugurada em 18 de maio
de 1947. Em 13 de outubro de 1935, fundava-se a Conferência Vicentina do
Bonfim.
Em 1818 visitou São João os sábios alemães
Spix e Martius que testemunharam: o morro do Bonfim é muito escarpado e, por
isso, extremamente penoso de subir para as bestas cargueiras... De seu cume,
goza-se esplêndido panorama de todo o vale do rio, e, logo que se desce pela
outra extremidade, descortina-se estendida ao pé da montanha, igualmente nua,
do Lenheiro, a Vila de São João del-Rei. Depois, em 1868, foi a vez de Richard
Burton acrescentar: mais ao sul, e com uma linda vista, está a modesta capela
do Senhor Bom Jesus do Bonfim, tem em frente quatro palmeiras, e o morro que
lhe dá acesso é coberto de capim do campo e graminha, ambos amarelos de fome e
sede. Por aquele caminho, em 17 de junho de 1842, os revolucionários marcharam,
vindo do Elvas, e tiveram a cidade à sua mercê. Um mês depois os deputados
provinciais ali se reuniram e aprovaram solenemente o movimento. É aqui que, no
dia 7 de setembro, a Sociedade Ypiranga se reúne para festejar o Dia da
Independência.
Em 1859, José Antônio Rodrigues já se
referira aos mesmos festejos na capela, dizendo que: ultimamente, os patriotas
a escolheram para o festejo da Independência, pelo seu lugar
desafrontado: há dois anos que daquela eminência retumbam, no dia 7 de
setembro, os instrumentos músicos, e fogos que erguem ao ar anunciam a reunião
da Sociedade Ypiranga: a voz do sacerdote entoa o hino sagrado Te-Deum
Laudamus.
Quando Dom Pedro II, em 1881, esteve na
cidade, subiu à capela do Bonfim, onde exclamou: é verdadeiramente bela, vista
daqui, a cidade de São João del-Rei. Tendo também eu feito igual experiência,
posso terminar, convidando com o poeta são-joanense Franklin de
Magalhães: quereis ver
maravilhas sem fim, ide ao Bonfim!
Celebrando 250 anos, Igreja do Bonfim abrirá
as portas para visitação na Semana Santa
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12 de abril de
2019
CAPELA DOM BOM FIM – NO ENTÃO MORRO DA FORCA
HOJE DENOMINADO BAIRRO BOM –FIM-JCF
Construída em 1769 no antigo Morro da
Forca, onde eram executados os condenados à morte no Período Colonial, a Capela
dedicada ao Senhor Bom Jesus do Bonfim abrirá as portas para visitação durante
a Semana Santa desse ano. O motivo vem das comemorações dos 250 anos de
construção do pequeno templo.
Fruto da devoção de José Garcia
de Carvalho a capela do Bonfim é hoje, uma parte rica de histórias de São João
del-Rei, além de berço devocional para São Sebastião e São Benedito. “Tantas
subidas e descidas, vão ao longo do caminho sendo contada as historias deste
povo tão fervoroso na fé”, destaca Ronald Lellis, um dos organizadores.
As
visitas irão acontecer na quinta e sexta-feira santa, quando os são-joanenses e
visitantes se prestam a perambular pelas igrejas do centro histórico para
visitar “passinhos” e recordar cenas da paixão de Cristo. “Será montado uma
exposição de crucificados de diversos devotos e templos religiosos de nossa
redondeza, homenageando Nosso Senhor Bom Jesus do Bonfim, padroeiro da nossa
capelinha. É uma boa forma de celebrar os 250 anos em período de muita
visitação e espiritualidade por todos os fiéis”, conclui Thiago Soares que
também integra a equipe de organização.
ASSIM DOU POR ENCERRADA ESTA EDIÇÃO Nº 0174/2021 DANDO-ME POR SATISFEITO
ESTA BELA NARRATIVA SOBRE O ENTÃO BAIRRO BEM ANTES DENOMINADO MORRO DA FORCA,
QUANDO NOS TEMPOS COLONIAIS E IMPERIAIS EXISTIA REALMENTE UM PATÍBULO DA FORCA
MUITAS VEZES USADO COMO FINAL DE VIDA DE MUITOS INFELIZES...JCF
“LENDA DA MÃE DE OURO”
Mãe do ouro
Descrição
Descrição
Mãe de ouro é
um mito que conta que supostamente existe uma bola de fogo que com sua presença
mostra a localização de jazidas de ouro. Existe uma variação do mito que diz
que esta bola se transforma numa bela mulher, loira que reflete a luz do sol e
tem um vestido de seda branco que voa pelos ares. Wikipédia
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