03 DE SETEMBRO DE 2021 - COLUNA JCF TRADI~ÇÃO E CULTURA - NL Nº 0226-2021 - TEMA: "A CIVILIZAÇÃO MAIA"...JCF
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– CLOVIS TRADIÇÃO E CULTURA
0226 – 2021 OS MAIAS
03/09/2021 – NESTA EDIÇÃO Nº 0226-2021 FAREI
UM RESUMO BIOGRÁFICO DOS POVOS MAIAS JCF
Fonte: https://www.historiadomundo.com.br/maia
CIVILIZAÇÃO MAIA
As ruínas de Chichén Itzá são
consideradas um dos principais sítios arqueológicos dos maias.
Os maias formavam uma
civilização que foi desenvolvida na região conhecida como Mesoamérica e que ficava localizada
na América Central, em sua maior parte, e América do Norte, apenas em parte do
território em que hoje está localizado o México.
A
civilização maia teve seus principais centros localizados na Guatemala e no
México, mas vestígios dessa civilização também foram encontrados em El
Salvador, Belize, Honduras etc. São conhecidos por serem uma civilização
pré-colombiana e também uma civilização mesoamericana.
Religião
A primeira informação de relevância sobre a religião maia é que
eles acreditavam em mais de um deus, portanto, eram politeístas. Eles, assim como outros povos
mesoamericanos, consideravam que os seus deuses habitavam em um local chamado Tamoanchan, um paraíso mitológico.
Esse povo acreditava que os acontecimentos do mundo natural eram
regidos por forças espirituais e pelo poder dos ancestrais. Além disso, pensava-se que os
locais da natureza eram locais sagrados. As cavernas, por exemplo, eram
enxergadas como portas para o mundo sobrenatural e eram lugares nos quais uma
série de rituais eram realizados.
Dentro da religião maia, julgava-se que os sacrifícios humanos
eram importantes para garantir que os deuses estivessem satisfeitos e
garantissem o funcionamento do universo. Esse povo costumava sacrificar
prisioneiros de guerra e pessoas que entregavam-se voluntariamente ao
sacrifício. O arqueólogo Nicholas J. Saunders afirma que os governantes dessa
sociedade organizavam milícias com o propósito único de aprisionar grandes
guerreiros de cidades vizinhas para sacrificá-los.
Representação moderna de Chac, deus da chuva para os maias, e uma provável manifestação de Itzamná.
Os sacrifícios aconteciam em
rituais bastante violentos e as formas mais comuns de sacrifícios eram a
decapitação e a retirada do coração enquanto a pessoa estivesse viva. As
cerimônias religiosas dos maias também eram marcadas pelo consumo de
substâncias alucinógenas. Uma das bebidas alucinógenas era o balche,
composta por bebida alcoólica feita de mel, cascas de árvore e cogumelos
alucinógenos. Os rituais de transe, por sua vez, eram restritos à elite da
sociedade.
Alguns dos deuses maias que podem ser citados são Itzamná,
o deus criador do Universo; Ix Chel,
a senhora do arco-íris; Kinich Ahau deus
Sol, entre outros. Muitos outros deuses Hunab Ku e Chac eram
entendidos como outras manifestações de Itzamná
ESTATUA DE UM ANTIGO MAIA...JCF
Sociedade e cultura
Os maias possuíam uma sociedade hierarquizada, isto é, dividida em
grupos sociais muito bem definidos, cada qual com funções distintas. O grupo
mais numeroso da sociedade era dos camponeses, os
responsáveis pela agricultura e pelo abastecimento de sua cidade. A elite era a
responsável pela administração das cidades-estado e pelas funções religiosas. A
autoridade máxima e topo da pirâmide social maia era o rei de cada cidade, chamado de ajaw.
Os maias enxergavam o mundo como um local que funcionava de
maneira cíclica, isto é, em ciclos de fases que iriam repetir para sempre.
Dentro dessa visão, possuíam um sistema duplo de calendário em que um era
composto por 365 dias (chamado Haab) e
outro era composto por 260 (era chamado de Tzolkin).
Acreditavam
que a Terra era plana e que ela possuía quatro direções sagradas, cada qual
possuindo uma cor respectiva. Utilizavam de desenhos de animais para
representarem suas ideias filosóficas e outras áreas do conhecimento, como a
Astronomia.
Política
Ruínas da
cidade maia de Tikal, localizadas na atual Guatemala.
Os maias nunca formaram um
império propriamente dito, como os incas e astecas, porque sua organização política era baseada na
ideia de cidades-estado. Ou seja, cada cidade era uma
entidade administrativa independente, com autoridades próprias e fronteiras que
eram estabelecidas pelos limites da própria cidade. No caso da civilização
maia, a sua zona de ocupação é considerada como as regiões que estavam sob a
influência maia.
As cidades-estado maias praticavam o comércio entre si, mas os
historiadores e arqueólogos também provaram que elas travavam guerras entre si.
Essas guerras aconteciam, porque determinadas cidades sempre tentavam impor seu
domínio sobre as cidades vizinhas. Ao longo da história maia, algumas cidades
conseguiram impor um certo domínio regional. Entre as cidades de destaque
podemos mencionar Palenque, Tikal e Calakmul.
A cidade de Chichen Itzá é
apontada por alguns historiadores como uma cidade de cultura mista de toltecas
e maias.
Como já exposto, o rei chamado pelos maias de ajaw, era a
autoridade máxima da cidade e era tido pelos súditos como uma manifestação dos
deuses. O poder real era transmitido de maneira patrilinear, isto é, seguia a
linhagem do pai. Apesar dessa linhagem patrilinear, o trono poderia ser ocupado
por uma mulher nas seguintes situações: quando o rei nomeado não tivesse a
idade suficiente ou se estivesse lutando na guerra.
Os
sacrifícios humanos tinham uma importante função na política maia. As citadas
milícias formadas pelo rei para aprisionar guerreiros de cidades vizinhas para
sacrificá-los visavam, principalmente, a guerreiros de alto nível e a
governantes. Isso porque capturar guerreiros conhecidos de outras cidades
traziam grande prestígio para o rei responsável pela captura.
Decadência dos maias
A civilização maia viveu seu auge durante o período entre 250
d.C. e 900 d.C. Após esse período, os historiadores apontam que foi iniciada a
decadência que levou ao desaparecimento deles. Esse período de declínio é
conhecido como Período
Pós-Clássico. Os motivos dessa decadência são estudados ainda pelos
historiadores, que apontam atualmente como principais causas: a falta de alimentos resultante da superpopulação e
do esgotamento da terra, desastres naturais, doenças, além das guerras.
Durante
o enfraquecimento da civilização maia, alguns locais perderam, de maneira
drástica, um grande número de habitantes. Essas pessoas mudaram-se para outros
locais da Mesoamérica em busca de melhores condições para viver. Com isso,
grande parte das cidades maias foram abandonadas e, quando os europeus chegaram
à Mesoamérica, encontraram essas cidades total ou parcialmente vazias.
Arte e Arquitetura Maia -
História da Arte e Arquitetura Maia
Forma
de expressão social, política e ideológica de um dos povos pré-colombianos mais
desenvolvidos. Durante mais de 2 mil anos, os maias utilizaram, em suas
construções, variados materiais e técnicas. Como conseqüência, a escultura
destes povos acompanhou o desenvolvimento arquitetônico e alcançou um grau de
sofisticação não encontrado entre os demais povos da América. A arquitetura
maia tem caráter cerimonial, o que proporcionou o surgimento de estruturas
suntuosas. As grandes plataformas eram feitas de pedras. As paredes, de terra
batida e, depois, revestidas por pedra talhada ou argamassa. Os tetos tinham
forma de falsa abóbada. Os exteriores de palácios e pirâmides apresentavam
esculturas em suas decorações.
No que restou das cidades maias, os arqueólogos encontraram
vestígios de observatórios astronômicos — entre os quais o mais importante é o
El caracol, na cidade de Chichén Itzá —, praças de recreação, espaços para
jogos de bola e uma bem elaborada infra-estrutura urbana. Nas esculturas, em
estilo naturalista, chama atenção a profusão de elementos que se harmonizam com
surpreendente senso de proporção. A serpente é a representação mais encontrada
em ruínas de palácios, estádios e pirâmides.
A arte maia tem suas raízes na cultura olmeca (1200-400
a.C.) . e, posteriormente, recebeu influências da arte de
Teotihuacán e Tula.
ATÉ A PRÓXIMA EDIÇÃO...JCF
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