09/NOVEMBRO/2021 - COLUNA JCF TRADIÇÃO E CULTURA - EDIÇÃO Nº 0290-2021 TEMA: "ROBERTO MARX BURLE - O PAISAGISTA BRASILEIRO...JCF
COLUNA
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11/05/2015
JCF Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela historia e cultura
0290/2021
– ROBERTO MARX BURLE - PAISAGISTA
09/11/2021 – NESTA EDIÇÃO Nº 0290-2021
FAREI O REGISTRO BIOGRÁFICO DO PAISAGISTA BRASILEIRO ROBERTO MARX BURLE...JCF
1ª FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Burle_Marx
Nome completo |
Roberto Burle Marx |
Nascimento |
|
Morte |
4 de junho de 1994 (84 anos) |
Nacionalidade |
|
Principais trabalhos |
·
Jardins do Aterro do Flamengo,
no Rio de Janeiro ·
Paisagismo do Eixo Monumental, em Brasília ·
Parque do Ibirapuera,
em São Paulo ·
Praça de Casa Forte e Praça Euclides da
Cunha, no Recife |
Assinatura |
|
Roberto Burle Marx regando uma muda de pau-brasil Marcio Scavone
Roberto Burle Marx (São Paulo, 4 de agosto de 1909 – Rio de Janeiro, 4 de junho de 1994) foi um artista plástico brasileiro, renomado internacionalmente ao exercer a profissão de paisagista. Além de paisagista, era pintor, desenhista, designer, escultor e cantor.
É o responsável por ter introduzido o paisagismo modernista no Brasil. Foi um dos primeiros
paisagistas a utilizar plantas nativas brasileiras em seus projetos. Seu
trabalho teve uma grande influência mundialmente no design de jardins tropicais
no século XX, sendo que jardins aquáticos foram um tema popular em suas obras.
Burle Marx foi um dos pioneiros a reivindicar a conservação
das florestas tropicais no
Brasil. Ele organizou inúmeras expedições e excursões pelos biomas brasileiros,
sendo responsável pela descoberta de novas espécies. Mais de 30 plantas levam
seu nome.
Morou grande parte de sua vida no Rio de Janeiro,
onde estão localizados seus principais trabalhos, embora sua obra possa ser
encontrada ao redor de todo o mundo. É no Rio de Janeiro que Burle Marx
adquiriu o Sítio Santo Antônio da Bica, em Guaratiba, hoje conhecido como Sítio Roberto Burle Marx e
sob direção do IPHAN. O Sítio era usado como espaço de aclimatação
de plantas e hoje possui mais de 3 500 espécies de plantas diferentes.
Biografia
Era o quarto filho de Cecília Burle, membro da tradicional
família pernambucana de ascendência francesa Burle Dubeux, e de Wilhelm
Marx, judeu alemão nascido
em Estugarda e
criado em Tréveris. O casal, que residia no bairro da Boa Vista no Recife,
mudou-se para São Paulo quando Cecília estava grávida, tendo Roberto
nascido na capital paulista aos quatro dias do mês de agosto de 1909.
A mãe, exímia pianista e cantora, despertou nos filhos o amor
pela música e pelas plantas. Roberto a acompanhava, desde muito pequeno, nos
cuidados diários com as rosas, begônias, antúrios, gladíolos, tinhorões e
muitas outras espécies que plantava no seu jardim.
12 Projetos de Burle Marx vistos do espaço
12 12
Ida para o Rio de Janeiro
Quando os negócios começaram a ir mal em São Paulo, seu pai
resolveu mudar-se para o Rio de Janeiro em 1913. A família viveu um tempo
em casa de familiares e, quando a nova empresa de exportação e importação de
couros de Wilhelm Marx começou a ter resultados positivos, finalmente se
mudaram para um casarão no Leme. Nesse casarão, Burle Marx, então com 8 anos,
começou a sua própria coleção de plantas e a cultivar suas mudas.
Período na Alemanha
Aos 19 anos, Burle Marx teve um problema nos olhos e a família
se mudou para Alemanha em busca de tratamento. Permaneceram na Alemanha de 1928
a 1929, onde Burle Marx entrou em contato com as vanguardas artísticas. Lá
conheceu um Jardim Botânico com uma estufa mantendo vegetação brasileira, pela
qual ficou fascinado.
As diversas exposições que visitou e, dentre as mais
importantes, a de Pablo Picasso, Henri Matisse, Paul Klee e Vincent van Gogh,
lhe causaram grande impressão, levando-o à decisão de estudar pintura.
Formação acadêmica em Artes Plásticas (Belas Artes)
Durante a estada na Alemanha, Burle Marx estudou pintura no
ateliê de Degner Klemn. De volta ao Rio de Janeiro, em 1930, Lúcio Costa,
que era seu amigo e vizinho do Leme, o incentivou a ingressar na Escola Nacional de Belas Artes,
atual Escola de Belas
Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.[6] Burle
Marx conviveu na universidade com aqueles que se tornariam reconhecidos na
arquitetura moderna brasileira: Oscar Niemeyer, Hélio Uchôa e Milton Roberto,
entre outros.
Início
do paisagismo no Recife
O primeiro projeto de jardim público idealizado por Burle Marx
foi a Praça de Casa Forte, no Recife,
em 1934. Nesse mesmo ano assumiu o cargo de Diretor de Parques e Jardins do
Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco,
onde ainda lidava com um trabalho de inspiração levemente eclética,
projetando mais de 10 praças. Nesse cargo, fez uso intenso da vegetação nativa
nacional e começou a ganhar renome, sendo convidado a projetar os jardins
do Edifício Gustavo Capanema (então Ministério da
Educação e da Saúde). Em 1935, ao projetar a Praça Euclides da Cunha (a Praça do
Internacional, conhecida também como Cactário Madalena) ornamentada com plantas
da caatinga e
do sertão nordestino, buscou livrar os jardins do
"cunho europeu", semeando a alma brasileira e divulgando o
"senso de brasilidade". Seu grupo do movimento arquitetônico
modernista (junto com Luís Nunes, da Diretoria de Arquitetura e
Construção, e Attílio Correa Lima, responsável pelo Plano
Urbanístico da cidade), ganhou opositores como Mário Melo e
simpatizantes como Gilberto Freyre, Joaquim Cardozo e Cícero Dias,
com os quais sempre se reunia. Em 1937 criou o primeiro Parque Ecológico do
Recife.
Ruptura e modernidade
Praça Adhemar de Barros, com projeto de paisagismo de Burle
Marx, localizada em Águas de Lindoia, São Paulo.
Sua participação na definição da Arquitetura
Moderna Brasileira foi fundamental, tendo atuado nas equipes
responsáveis por diversos projetos célebres. O terraço-jardim que projetou para o
Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco de ruptura no paisagismo
brasileiro. Definido por vegetação nativa e formas sinuosas, o jardim (com
espaços contemplativos e de estar) possuía uma configuração inédita no país e
no mundo.
A partir daí, Burle Marx passou a trabalhar com uma linguagem
bastante orgânica e evolutiva, identificando-a muito com vanguardas artísticas
como a arte abstrata,
o concretismo, o construtivismo, entre outras. As plantas
baixas de seus projetos lembram em muitas vezes telas
abstratas, nas quais os espaços criados privilegiam a formação de recantos e
caminhos através dos elementos de vegetação nativa.
Vou \bortar esta edição nº
0290-2021 e retornar em uma próxima edição para concluir o tema e destacar as
obras mais vistas de roberto Marx BURLE...JCF
]
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