23 DE JANEIRO DE 2022 - COLUNA JCF - EDIÇÃO Nº 0013-2022 - 4ª TEMPORADA COM O TEMA: FISCALIZAÇÃO SOBRE AS MINERADORAS...JCF
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11/05/2015
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pela historia e cultura
0013-2022
– FISCALIZAÇÕES SOBRE AS MINERADORAS
1311/01/2022 – NESTA EDIÇÃO Nº 0013-2022
FAREI O REGISTRO DA FISCALIZAÇÃO SOBRE AS MINERADORAS NO PERIODO COLONIAL NO BRASIL ......JCF
A partir do
momento em que os portugueses souberam da descoberta do ouro em terras
brasileiras, a necessidade de controle sobre a exploração das jazidas aumentou
substancialmente. Os problemas com o tráfico de pedras e metais preciosos e as
disputas em torno da propriedade das minas acarretaram na criação de vários
órgãos oficiais que deveriam regulamentar o desenvolvimento no espaço colonial.
Em 1702, a metrópole oficializou a criação da
Intendência das Minas, órgão que deveria administrar as regiões auríferas
respondendo pelo policiamento, a cobrança de impostos e julgamento dos crimes
ocorridos nessas localidades. Entre outras funções, a Intendência realizava a
divisão das jazidas em lotes (ou datas) que mediam cerca de sessenta e seis
metros de cada lado. A doação de uma data para um minerador só acontecia depois
que uma primeira se esgotava.
Além do
controle do uso, também cuidava da arrecadação do quinto, tributo onde vinte
por cento de todos os metais e diamantes eram recolhidos pelos mineradores. Com
a permanência dos diversos problemas com fraudes e tráfico, a Coroa Portuguesa
decidiu também criar as casas de fundição. Nesse lugar, todo o ouro encontrando
em forma de pepita ou pó deveria ser transformado em barras e marcado com o
símbolo do governo metropolitano. Dessa maneira, a cobrança do quinto seria
facilitada e o tráfico coibido com maior eficiência.
O visível crescimento da mineração e a
permanência de algumas atividades fraudulentas levaram Portugal a criar outra
tributação. Dessa vez, a finta estabeleceu uma cobrança de 30 arrobas anuais
junto aos mineradores de cada região controlada pela Intendência. Com o passar
do tempo, a grande disponibilidade de metais preciosos e a crescente demanda de
Portugal pelos recursos motivou uma nova reforma no sistema de tributação
vigente.
A partir de então, a cobrança do quinto fora
estabelecida junto ao sistema de capitação. Segundo esse novo imposto, cada um
dos mineradores deveria pagar uma quantidade de imposto proporcional ao número
de escravos aptos para o trabalho que estivesse em seu nome. Caso um minerador
não fosse proprietário de escravo, a cobrança era realizada sobre ele mesmo.
Com o passar
do tempo, a redução dos minérios disponíveis entrou em choque com a constante
demanda de Portugal. Não reconhecendo a diminuição do volume produtivo da
atividade, a administração colonial decidiu buscar outras formas de cobrança
junto aos mineradores. A partir de então, a derrama seria um novo imposto que
saldaria as dívidas acumuladas pelos mineradores que deixavam de cumprir o
pagamento dos impostos.
A pressão exercida pelos portugueses junto aos
mineradores motivou uma série de conflitos entre os colonos e as autoridades
metropolitanas. A escassez de metais e pedras foi sistematicamente respondida
com o enrijecimento da fiscalização lusitana. Em contrapartida, a insatisfação
dos mineradores acabou deflagrando uma ampla série de revoltas. Uma das mais
reconhecidas foi a Inconfidência Mineira de 1789, que marcou a crise da
atividade mineradora no Brasil.
21 de abril – Dia de Tiradentes
ia 21 de
abril é feriado no Brasil, porque se comemora o Dia de Tiradentes. A data remete ao dia da morte do mineiro Joaquim José da Silva
Xavier, o que ocorreu em 21 de abril de 1792. Joaquim José foi um dos líderes da Inconfidência
Mineira. Era conhecido pelo apelido “Tiradentes” e foi
tido por muitos como um “herói nacional”.
Quem foi
Tiradentes?
Tiradentes nasceu
na Capitania de Minas Gerais, em 12 de novembro de 1746, na
época do período
colonial do Brasil. Entre as muitas profissões que exerceu, estava a de dentista
amador, por isso recebeu o apelido de “Tiradentes”, pelo qual se tornou
conhecido.
Foi, porém, na carreira militar
que Tiradentes fixou-se como profissional. Ele fez parte
da Cavalaria de Dragões Reais de Minas, no posto de alferes –
uma patente abaixo da de tenente. Os Dragões eram uma companhia militar formada
por portugueses e brasileiros que estava submetida à autoridade da Coroa
lusitana e atuava na Colônia.
O quinto e
a derrama
O posto militar de Tiradentes lhe permitiu ter algumas posses, como
terras e escravos, e transitar entre as principais lideranças políticas e
intelectuais da Capitania de Minas, à época insatisfeitas com a arbitrariedade
da Coroa portuguesa. O ponto mais discutido com relação a essa arbitrariedade
era a questão da cobrança de impostos sobre o ouro extraído em Minas. À
coroa os mineiros tinham de repassar o chamado quinto, isto é,
cerca de 20% do que era produzido. A partir da década de 1760, a produção
aurífera regrediu na Capitania de Minas, mas o quinto continuou
sendo cobrado na mesma proporção.
reconhecidas
foi a Inconfidência Mineira de 1789, que marcou a crise da atividade mineradora
no Brasil.
21 de abril – Dia de Tiradentes
ia 21 de
abril é feriado no Brasil, porque se comemora o Dia de Tiradentes. A data remete ao dia da morte do mineiro Joaquim José da Silva
Xavier, o que ocorreu em 21 de abril de 1792. Joaquim José foi um dos líderes da Inconfidência
Mineira. Era conhecido pelo apelido “Tiradentes” e foi
tido por muitos como um “herói nacional”.
Quem foi
Tiradentes?
Tiradentes nasceu
na Capitania de Minas Gerais, em 12 de novembro de 1746, na
época do período
colonial do Brasil. Entre as muitas profissões que exerceu, estava a de dentista
amador, por isso recebeu o apelido de “Tiradentes”, pelo qual se tornou
conhecido.
Foi, porém, na carreira militar
que Tiradentes fixou-se como profissional. Ele fez parte
da Cavalaria de Dragões Reais de Minas, no posto de alferes –
uma patente abaixo da de tenente. Os Dragões eram uma companhia militar formada
por portugueses e brasileiros que estava submetida à autoridade da Coroa
lusitana e atuava na Colônia.
O quinto e a derrama
O posto militar de Tiradentes lhe permitiu ter algumas posses, como
terras e escravos, e transitar entre as principais lideranças políticas e
intelectuais da Capitania de Minas, à época insatisfeitas com a arbitrariedade
da Coroa portuguesa. O ponto mais discutido com relação a essa arbitrariedade
era a questão da cobrança de impostos sobre o ouro extraído em Minas. À
coroa os mineiros tinham de repassar o chamado quinto, isto é,
cerca de 20% do que era produzido. A partir da década de 1760, a produção
aurífera regrediu na Capitania de Minas, mas o quinto continuou
sendo cobrado na mesma proporção.
Dada a escassez de ouro, a cobrança do quinto não mais
satisfazia as necessidades dos lusitanos. Como solução a esse problema, a Corte
portuguesa autorizou os governadores da Capitania de Minas a cobrarem a
derrama, uma forma de imposto que compensava o deficit do quinto.
Não havendo o cumprimento do saldo do quinto, cobrava-se o restante
deficitário com tributos sobre outras posses que os mineiros tivessem.
Quaisquer bens estavam sujeitos à imposição da derrama.
Inconfidência Mineira
Tiradentes fez parte da Cavalaria de Dragões
Reais de Minas, ocupando o posto de alferes.
Morte e
heroificação
Por ser militar (que devia
obediência à Coroa) e por ter assumido a culpa, a pena dada a Tiradentes foi a
mais cruel. Depois de três
anos preso, o alferes, no dia 21 de abril de 1792, foi“enforcado, decapitado e esquartejado. Para que os súditos da Coroa nunca
se esquecessem da lição, a cabeça de Tiradentes foi encravada num estaca e
exposta em praça pública em Vila Rica, e seus membros, espalhados pela estrada
que levava ao Rio de Janeiro.”
Com o tempo, sobretudo após
a Independência, sua imagem passou a ser usada
como símbolo de luta pela liberdade no Brasil, tanto na fase
imperial quanto na fase
republicana. Como diz o historiador Boris Fausto, em seu livro História do Brasil:
“[…] Existia uma base real para isso.
Há indícios de que o grande espetáculo, montado pela Coroa portuguesa para
intimidar a população da Colônia, causou efeito oposto, mantendo viva a memória
do acontecimento e a simpatia pelos inconfidentes. A atitude de Tiradentes,
assumindo toda a responsabilidade pela conspiração, a partir de certo momento
do processo, e o sacrifício final facilitaram a mitificação de sua figura, logo
após a Proclamação da República. O 21 de abril passou a ser feriado, e
Tiradentes foi cada vez mais retratado com traços semelhantes às imagens mais
divulgadas de Cristo. Assim se tornou um dos poucos heróis nacionais, cultuado
como mártir não só pela direita e pela esquerda como pelo povo da rua.”
O dia 21 de abril tornou-se
feriado nacional em 9 de dezembro de 1965. Isso foi feito pelo presidente
marechal Castelo
Branco por meio da Lei
N. 4.897. Tal lei também instituiu o título de “Patrono da Nação Brasileira”
a Tiradentes.
ASSIM ENCERRO ESTA EDIÇÃO Nº
013-2022 NA QUAL RELATEI IMPORTANTES PERIODOS DA NOSSA HISTORIA QUE CULMINOU NO
NOSSO HERÓI JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER QUE SUA BRAVURA E HEROISMO FICOU
CONHECIDO POR “TIRADENTES”...JCF
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