30 DE MARÇO DE 2022 - COLUNA JCF - TRADIÇÃO E CULTURA - EDÇÃO Nº 0202-2022 TEMA UM RESUMO OBRE A CIDADE DE TIMBUKT EDIÇÃO Nº 0202-2022 - JCF...
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0202-2022 – TIMBUKTU
28//MARÇO/2022 – EDIÇÃO Nº 0202-2022...JCF
VOU FAZER O REGISTRO DA CIDADE DE TIMBUKTU...JCF
1ª fonte Timbuktu
- Enciclopédia da História Mundial (worldhistory.org)
Timbuktu é uma cidade localizada próxima ao Rio Níger onde hoje fica Mali, na África
Ocidental. A área ao redor de Timbuktu havia sido habitada
desde o Período Neolítico como evidenciado por túmulos da Idade do Ferro,
megalíticos e vestígios de vilarejos abandonados.
Tombuctu
Tombuctu (em francês: Tombouctou; em songai: Tumbutu; também conhecida por seu
nome em inglês, Timbuktu) é uma cidade no centro do Mali,
capital da região de mesmo nome.
Apesar de não mostrar o esplendor da sua época áurea, no século XIV, e estar a ser engolida pela areia
do deserto do Saara,
ainda tem uma importância tão grande, como depósito de saber, que foi inscrita
pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO), em 1988, na lista do Patrimônio Mundial.
A prestigiada universidade corânica de Sancoré, onde 50 000 sábios
muçulmanos ajudaram a espalhar o Islão através da África Ocidental,
ainda funciona, embora com um número mais reduzido: 15 000 estudantes.
Tombuctu alberga, ainda, o famoso Instituto Ahmed Baba,
com a sua colecção de 20 000 manuscritos árabes antigos,
que retratam mais de um milénio de conhecimento científico islâmico e
vários madraçais. A
cidade tem três mesquitas principais: Djingareiber, construída de barro em
1325, Sancoré e Sidi Iáia.
Tombuctu foi inscrita em 1990 na Lista do
Patrimônio Mundial em Perigo.
Resumo histórico
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Pátio da mesquita Djingareiber |
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Critérios |
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Referência |
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16º46'24"N 2º59'58"O |
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Histórico de inscrição |
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Inscrição |
1988 (12.ª sessão) |
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Tombuctu foi fundada cerca do ano 1100 pela sua proximidade com
o rio Níger para servir às caravanas que traziam
sal das minas
do deserto do Saara para trocar por ouro e escravos trazidos do sul por aquele rio. Em
1330, Tombuctu fazia parte do poderoso império do Mali,
que controlava o lucrativo negócio do sal por ouro em toda a região, estando
ligada à cidade de Jené através do comércio do sal,
de cereais e do ouro. A sua função comercial era acompanhada de uma função
militar. Dois séculos mais tarde, Tombuctu atingiu o seu apogeu sob o Império Songai, tornando-se um paraíso para os
estudiosos e a capital espiritual dos finais da dinastia de Ásquia (r. 1493–1591).
Tombuctu, que foi habitada por muçulmanos, cristãos e judeus durante centenas de anos, foi sempre um
centro de tolerância religiosa e racial.
As culturas locais - songai, tuaregue e árabe– misturaram-se, mas conservaram as suas
distintas tradições. Essa idade de ouro terminou no século XVI, quando um
exército marroquino destruiu o Império Songai. O domínio
do comércio com África pelos navegadores europeus foi mais uma razão para o declínio de
Tombuctu. O plano atual da cidade é do século XIX. Cinco bairros
repartem-se no espaço urbano rodeado por uma muralha de cinco quilómetros.
Nesta cidade comercial, é dada uma grande importância ao espaço dedicado aos
mercados e aos lugares públicos. Uma parte da cidade de Tombuctu já caiu devido
às tempestades de areia do Saara.
A desertificação e a acumulação de areia trazida pelo vento
seco harmattan já destruíram a vegetação, o abastecimento em
água e muitas estruturas históricas da cidade. Depois de Tombuctu ter sido
inscrita na lista do Património Mundial em Perigo, a UNESCO iniciou um programa
para conservar e proteger a cidade.
Centro de aprendizagem
Durante o começo do século XV, foram criadas várias instituições islâmicas. A
mais famosa delas é a mesquita de Sancoré, conhecida atualmente por Universidade de
Sancoré. Enquanto o islamismo era praticado nas cidades, nas zonas rurais
locais a maioria não seguia as tradições muçulmanas. Seus líderes eram
muçulmanos, interessados no avanço econômico, ao passo que a maioria da
população era de "tradicionalistas".
Universidade de Sancoré
Mesquita de Sancoré
No centro da comunidade escolar islâmica, a Universidade de
Sancoré se organizava de forma diferente das escolas medievais
europeias, sem uma administração central, registros de estudantes, ou cursos
prescritos para estudo. Era composta, basicamente, por outras escolas ou
"faculdades" independentes, cada qual com seu mestre. Os estudantes
ligavam-se a um único professor e os cursos eram oferecidos em pátios abertos
dentro das instalações da instituição ou em residências fechadas. As escolas
dedicavam-se a ensinar o Alcorão e outros campos de conhecimento, tais como a
lógica, a astronomia e a história. A venda e compra de livros chegou a ser mais
lucrativa do que o comércio de ouro e escravos. Entre os melhores alunos, professores
e pedagogos, estava Amade Baba, personagem histórico frequentemente citado no História do Sudão e em outros livros.
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