30 DE ABRIL DE 2022- TRADIÇÃO E CULTURA - COLUNA JCF - EDIÇÃO Nº 0232-2022...

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JCF Clovis -  Tradição e Cultura

Viajando pela história e cultura

00231-2022—4  LENDAS VDA NOSSA FLORESTA AMAZÓNICA

 

Nesta edição nº00231-2022  vou fazer o registro DE 4 (QUATRO) LENDAS DA NOSSA FLORESTA AMAZÓNICA JCF

Fonte: 10 lendas amazônicas que você não conhecia – Ah Duvido

Olá amigos, hoje vou compartilhar 4 (QUATRO) lendas amazônicas que eu ainda não conhecia. Algumas são bem assustadoras e muitos acreditam ser reais e outras são bem curiosas e fantasiosas. A verdade é que nossa região amazônica sempre foi marcada por lendas, por mitos e seres mágicos. Estas histórias que vou compartilhar são contadas em rodas de conversa ou a beira de um rio. Confira:

OBS: ESTA EDIÇÃO DE Nº 00175-2022 É UMA COMPLEMENTAÇÃO DA EDIÇÃO Nº 00174 ONDE FICOU REGISTRADAS 6 (SEIS) LENDA E A FONTE ACIMA REFERIA-SE A 10(DEZ)...JCF

 

7 – LENDA DO MONTE RORAIMA

2ª fonte: Lenda Baré, uma história de amor - No Amazonas é Assim (noamazonaseassim.com)


Lenda Baré, uma história de amor

 

A lenda baré é uma linda história de amor pouco conhecida pelos amazonenses. Como toda boa lenda, mistura-se entre fatos reais e imaginário coletivo.

A lenda conta que o território da tribo Baré estendia-se de Manaus a todo o médio e alto rio Negro e pelo canal do Casiquiare, até algumas aldeias no rio Pacimoni. Situava-se nos limites dos antigos impérios espanhol e português, região que foi cenário de contínuas migrações e disputas territoriais.

Compreendia do Amazonas ao delta do Orenoco, controlando o alto rio Negro. Oriundos da família lingüística Aruak, hoje falam uma ?língua geral? difundida pelos carmelitas no período colonial, o Nheengatu, forma simplificada do Tupi antigo, adaptado e amplamente difundido pelos primeiros missionários.

Os Baré integram a área cultural conhecida como nordeste amazônico, que abrange a linha fronteiriça entre o Brasil e a Colômbia e faz um desenho que lembra uma cabeça de cachorro, habitada tradicionalmente há pelo menos dois mil anos por etnias que falam idiomas pertencentes a três famílias lingüísticas: Aruak, Maku e Tukano.

A despeito do multilingüismo e de diferenças culturais, as 27 etnias que habitam a região ? 22 presentes no Brasil ? compõem uma mesma área cultural, estando em grande medida articuladas numa rede de trocas identificadas no que diz respeito à cultura material, à organização social e à visão de mundo. Para certos estudiosos, Baré significa ‘companheiro’, enquanto outros opinam que a palavra poderia derivar de ‘bari’, que significa ‘homens brancos’.

Para esta etnia, no princípio do mundo, tudo era assexuado, inclusive as estrelas. Mudanças políticas e culturais nessa sociedade deram origem aos grupos arahuacos de hoje, os warekena, os wakuénai, os baré e os baniwa.

Origem do povo BARÉ

Segundo narrativa de Braz de Oliveira França, ex-presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) e atual administrador-adjunto regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) de São Gabriel da Cachoeira, ?antigamente, ainda no início do mundo, entrou no rio Negro, vindo do rio maior um grande navio, cheio de gentes no seu interior e cada um com seu par.

Apenas um homem viajava neste mesmo navio, pelo lado de fora, pois o mesmo não foi aceito dentro por não estar acompanhado. Ao passar pela foz do rio Negro viajava tão próximo das margens do rio, que os passageiros viram que havia muitas pessoas na margem, inclusive o homem que viajava pelo lado de fora, o qual não resistindo à tentação, logo se jogou para fora e nadou para a margem do rio.

Ao alcançar a beira, ele foi agarrado por um grupo de mulheres guerreiras que tinham o costume de aceitar apenas mulheres em seu grupo. Quando tinham necessidade de ter filhos, aprisionavam machos de outras tribos e dessa relação, se nascesse mulher elas criavam, e se fosse homem elas matavam. Esse seria o destino do homem que nadou até a margem, para quem deram o nome de ‘Mira-Bóia’ (Gente-cobra), se não fosse sua estrutura física ser um pouco diferente das que elas já conheciam, por isso resolveram poupar-lhe a vida depois de terem submetido Mira-bóia a um rigoroso teste de masculinidade.

As guerreiras então prepararam uma grande festa na primeira Lua Cheia, grande fogueira no centro do pátio foi feita, muitas frutas e mel silvestre foram coletados. A festa com os rituais rolaram durante oito dias.

No fim da festa, o grupo tomou a seguinte decisão: Mira-bóia ficaria morando com um grupo com a condição de gerar um filho com cada uma delas. Teria que dormir três noites com uma mulher que estivesse na época do seu período fértil.

Terminando essa missão, ele seria executado, assim como todo filho que nascesse homem. Mira-bóia então passou a conviver com o grupo por um longo período, nessas condições, até que gerasse filho com a última mulher, e essa última era a ‘Tipa’ (Rouxinol), uma jovem muito bela que estava no primeiro período de menstruação.

O mesmo acontecia com Mira-bóia. Como o destino do nosso herói seria a morte, ela conseguiu convencer o seu já considerado marido para uma fuga. No primeiro período de Lua Nova ele e ela fugiram, aproveitando o momento em que as guerreiras saíram para caçar e coletar mel e frutas, o que serviria de consumo nos dias da festa da execução do homem que dera para o grupo muitas guerreiras de sua geração.

Foram viver distante dos demais grupos. Acredita-se que esse local tenha sido nas proximidades de Mura no baixo rio Negro. Depois de mais ou menos 30 anos, a família já estava grande, Tipa e Mira-bóia todos os dias pela tarde curtiam sua felicidade juntos com os filhos e filhas de sua geração.

Com isso eles viram que podiam ser uma família muito maior. Foi então que Tupana ordenou que viesse até eles o seu Mensageiro, o qual se chamou Purnaminari para lhes dizer o seguinte: “Aquilo que vocês estão pensando agrada a Tupana, por isso ele me enviou, para ensinar vocês a trabalhar e com isso garantir a comida de vocês todos os dias”. Purnaminari então passou a morar com eles por um longo período, ensinando-os a fazer canoa, remo, roça, armadilha para pegar caça, peixe e treinar o novo grupo para guerra.

Tipa e tomem todas as mulheres do antigo grupo de Tipa para serem mulheres de vocês, aí então vocês serão grandes e respeitados e conhecidos por Baré-mira (povo Baré)”. Purnaminari, o mensageiro de Tupana, voltou várias vezes para visitar e instruir seu povo.

O grupo cresceu bastante a ponto de dominar totalmente a região do baixo e médio rio Negro. Ao chegarem a Cachoeira de Tawa (São Gabriel) permaneceram ali até que Purnaminari decidisse o novo destino do seu povo.

No entanto, nessa cachoeira Kurukui e Bururi desentenderam-se e brigaram muito entre si, por isso resolveram separar-se, ficando Kurukui de um lado e Buburi de outro lado do rio. Essa separação acabou provocando desobediência às regras de Purnaminari, que ordenou ao povo não se misturar com outros grupos, porém Kurukui e Baburi acharam que para poder aumentar os seus grupos tinham que ter muitas mulheres.

Foi quando eles guerrearam com grupos menores para tomar suas mulheres e se multiplicarem. Assim Tipa e Mira-bóia fizeram e conseguiram ser pais de um grande povo que, até à chegada dos ‘brancos’, habitava o rio Negro desde a foz até às cachoeiras.

 

Quando o pequeno grupo já sabia de tudo que lhe foi ensinado, ele organizou uma grande festa com Dabucury, Adaby e Curiamã para preparar o povo na sua caminhada, dizendo: ” Agora que vocês já sabe

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ATÉ A 2ª PARTE DESTE TEMA NA EDIÇÃO Nº 0232-2022 A SER SER POSTADA EM BREVE...JCF



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