30 DE ABRIL DE 2022 - COLUNA JCF - TRADIÇÃO E CULTURA - EDIÇÃO Nº 0230-2022 TEMA:
CÃNDIDO PORTINARIA E SUAS DEZ TELAS MAIS BELAS E VISITADAS - JCF
COLUNA
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Clovis - Tradição e Cultura
Viajando
pela história e cultura
00230-2022
Nesta
edição nº 0230-2022 vou fazer o registro biográfico de CANDIDO PORTINARI E SUAS
MELHORES OBRAS
Fonte- Cândido Portinari:
biografia, carreira artística e obras - Toda Matéria (todamateria.com.br)
Candido
Portinari
Laura
Aidar
Arte-educadora e artista visual
Candido
Portinari foi um
importante artista plástico brasileiro da fase modernista.
Reconhecido
mundialmente, recebeu diversos prêmios e participou de inúmeras exposições.
Além da pintura,
Portinari também se dedicou à ilustração, gravura e à docência, sendo professor
de artes plásticas.
À esquerda, autorretrato de Portinari. À direita, retrato
Candido Portinari nasceu no dia 30 de dezembro
de 1903 em uma fazenda de café, na cidade de Brodowski, interior de São Paulo.
Filho de italianos, Portinari veio de uma
família humilde e era o segundo filho de doze irmãos.
Mesmo com formação escolar apenas até o ensino
primário, ele participou da elite intelectual brasileira da década de 1930.
Portinari deixou São Paulo aos 15 anos e fixou
residência no Rio de Janeiro, onde se matricula na "Escola Nacional de
Belas Artes". Aos 20 anos, Candido já é prestigiado pela crítica nacional.
Contudo, será em 1928, quando conquistou o
"Prêmio de Viagem ao Estrangeiro" da Exposição Geral de Belas-Artes,
que Portinari ganhará o mundo.
Morou em Paris e outras cidades europeias,
onde conheceu artistas como Van Dongen e Othon Friesz, além de Maria
Martinelli, uruguaia com quem se casou e viveu toda a vida.
Regressou ao Brasil em 1931 e nessa época
passou a valorizar mais as cores em seus trabalhos, abandonando os conceitos de
volume e tridimensionalidade.
A TELA ACIMA
EXPOSTA...JCF
Descoberta da Terra (1941), pintura mural em
Washington, EUA
Contudo,
será na década de 40 que este processo de reconhecimento irá se consolidar. O
pintor participa da "Mostra de arte latino-americana" no Riverside Museum, em Nova
York.
Além
disso, destacou-se com sua exposição individual no Instituto de Artes de
Detroit e no Museu de Arte Moderna de Nova York. Tudo isso ao lado de outros
grandes artistas consagrados mundialmente.
Nesse
momento, Candido Portinari terá o primeiro livro dedicado a sua pessoa, a
obra Portinari, His
Life and Art, da Universidade de Chicago.
Em
1941, o artista produz os murais na Fundação Hispânica da Biblioteca do
Congresso em Washington, sempre enaltecendo a temática latino-americana.
Mais tarde, o pintor é convidado por Oscar Niemeyer, em 1944, a contribuir com suas obras para o complexo arquitetônico da a contribuir com suas obras para o complexo arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte (MG).
Nesse
projeto, destacaram-se as composições sacras São Francisco e Via Sacra na Igreja
da Pampulha.
A
primeira exposição de Portinari na Europa será em 1946, quando o pintor
regressa à Paris e expõe na renomada Galerie
Charpentier no ano seguinte, 1947.
Suas obras terão lugar no salão Peuser, em Buenos Aires,
bem como nos salões da Comissão Nacional de Belas Artes, em Montevidéu.
2ª fonte: Obras de Candido
Portinari: 10 quadros analisados - Cultura Genial
Obras de Candido
Portinari: 10 quadros analisados
Candido Portinari
(1903-1962) foi um dos maiores pintores brasileiros de todos os tempos.
O artista, modernista, recebeu uma série de
prêmios nacionais e internacionais e retratou, como ninguém, muito da dura
realidade brasileira eternizando imagens como as presentes em Retirantes e GUERRA
Epaz
1. Retirantes (1944)
nome
escolhido para o quadro - Retirantes - denuncia
a condição e fala do anonimato de uma família que representa tantas outras.
Os personagens encontram-se em pele e osso, escurecidos pelo
sol, frágeis, vítimas da aridez nordestina. Um dos meninos mais novos apresenta
a barriga distendida provocada pelos vermes (chamada também de barriga d'água).
Há um clima fúnebre na imagem ressaltado pelos tons utilizados
(cinza, marrom e preto). No chão observamos carcaças, uma paisagem desértica,
sem vegetação, com urubus sobrevoando ao fundo que parecem esperar pela morte
da família.
O retrato da miséria foi
pintado por Portinari em Petrópolis e eterniza aqueles que vivem em condições
sub-humanas e precisam emigrar para conseguirem sobreviver.
A tela, que está em exibição no MASP, foi pintada a óleo e mede
190 por 180 cm.
Se
quiser uma análise aprofundada da obra mais famosa de Portinari recomendamos o
artigo Quadro Retirantes, de Candido Portinari.
2. Guerra e paz (1955)
1.
Em Guerra e
paz o pintor faz uso de formas geométricas e linhas retas, empregando
personagens sobrepostos e povoando as telas com muitas pessoas.
2.
A leitura da imagem
referente à paz e da imagem referente à guerra pode ser feita pela expressão
das personagens que vão desde o medo (na guerra) até o alívio (na
paz). Os tons usados nas duas representações também são diferentes.
3.
Na guerra, Portinari
resolveu inovar e, ao invés de simbolizar o combate através da representação de
soldados em batalha, como tradicionalmente era feito, escolheu retratar uma
série de imagens do povo em sofrimento.
4.
A encomenda foi feita
ao pintor em 1952. A obra enorme (cada painel tem 14 metros de altura por 10 de
largura e pesa mais de 1 tonelada) foi um presente do governo brasileiro para a
sede da ONU em Nova Iorque.
5.
Guerra e Paz representem
sem dúvida o melhor trabalho que já fiz. Dedico-os à humanidade.
1.
Candido Portinari (1957)
Portinari tinha um espaço disponível de 280 metros quadrados
para criação e começou o planejamento do seu maior projeto fazendo 180 estudos
com desenhos e maquetes. No dia 6 de setembro de 1957 os caixotes com a obra
foram oficialmente entregues em cerimônia oficial à ONU.
3. O lavrador de café (1934)
Entre os temas mais frequentes de Portinari estavam os
trabalhadores rurais nas suas atividades cotidianas. E O
lavrador de café é das obras mais consagradas dessa linhagem
de produções.
Repare como o pintor destaca as características físicas e
a força desse trabalhador do café através da valorização dos membros - os
braços e pernas apresentam contornos musculosos, de quem trabalha na lide do
campo diariamente.
O protagonista anônimo é um operário do café retratado no seu
local de trabalho com a sua ferramenta - a enxada - na mão direita, como se
tivesse fazendo uma pausa da lavoura.
Ao invés de olhar para o retratista, porém, o trabalhador
desconhecido mira a paisagem. Atrás do seu corpo vemos, ao fundo, a plantação
de café.
A tela pintada a óleo encontra-se abrigada no MASP e tem 100 por
81cm.
Para saber mais sobre essa obra, leia: Análise
de O lavrador de café, de Candido Portinari
4. Mestiço (1934)
O jovem não identificado está provavelmente no seu local de trabalho, ao fundo observamos uma paisagem rural desabitada com plantações e bananeiras. O homem encara o pintor e, consequentemente, o espectador. As suas feições são fechadas, assim como a sua postura corporal imponente, de braços cruzados.
Portinari teve especial atenção nessa pintura para os detalhes, repare como os músculos são torneados e como há uma atenção na sombra, no jogo de luz e até em pormenores como as rugas nos dedos das mãos.
Mestiço é um
óleo sobre tela com 81 por 65 cm e pode ser visto na Pinacoteca do Estado de
São Paulo.
5. O café (1935
Portinari
foi contemporâneo e testemunhou o período áureo do café no Brasil, muitas das
suas telas registram, portanto, esse momento da nossa história.
Além
de fazer retratos de trabalhadores individuais, o pintor criou composições como
a acima, coletivas, flagrando diferentes momentos da produção no cafezal.
Aqui
os pés e as mãos dos trabalhadores são desproporcionais quando comparados ao
resto do corpo, isso foi feito intencionalmente pelo pintor, que queria enfatizar
a questão da força da mão de obra braçal envolvida nesse tipo de
ofício.
A
tela O café foi premiada internacionalmente (foi o primeiro
prêmio internacional do pintor) depois de ter sido exibida na Exposição
Internacional de Arte Moderna em Nova Iorque.
O
trabalho é um óleo sobre tela de 130 por 195 cm e faz parte do acervo do Museu
Nacional de Belas Artes, no Rio De Janeiro.
6. Criança morta (1944)
Com
uma temática e um estilo parecido com Retirantes, a tela Criança
morta foi pintada no mesmo ano que a obra mais famosa de Candido
Portinari.
Nessa
composição o público também é apresentado a uma família que precisa encarar
a fome, a miséria e a seca no sertão nordestino.
Vemos
ao centro da imagem o cadáver de um membro da família que perdeu a vida,
provavelmente devido às condições extremas a que o corpo foi submetido. A alta
mortalidade infantil eternizada por Portinari foi relativamente frequente
durante um longo período na região norte do Brasil.
Com
uma temática e um estilo parecido com Retirantes, a tela Criança
morta foi pintada no mesmo ano que a obra mais famosa de Candido
Portinari.
Nessa
composição o público também é apresentado a uma família que precisa encarar
a fome, a miséria e a seca no sertão nordestino.
Vemos
ao centro da imagem o cadáver de um membro da família que perdeu a vida,
provavelmente devido às condições extremas a que o corpo foi submetido. A alta
mortalidade infantil eternizada por Portinari foi relativamente frequente
durante um longo período na região norte do Brasil.
No
quadro Criança morta todos sofrem a perda e choram, mas o
adulto que carrega o corpo nem sequer consegue olhar para a frente, a sua
expressão corporal é de absoluto desespero.
Criança morta pode ser admirada pelo público que visita o MASP. A tela,
pintada com tinta a óleo, tem 182 por 190 cm.
7. A primeira missa no Brasil (1948)
Candido
Portinari tomou a liberdade de fazer uma interpretação livre da
primeira missa em solo brasileiro e não se preocupou em se limitar
pelos registros históricos daquela que teria sido a primeira celebração no
país.
Na sua
leitura desse evento, o pintor escolheu abusar de cores vivas fazendo uso de
linhas geométricas. A tela foi criada quando esteve no Uruguai, exilado por
motivos políticos (Portinari era comunista e foi perseguido pelo governo
brasileiro).
A peça
foi uma encomenda feita em 1946 por Thomaz Oscar Pinto da Cunha Saavedra para a
sede do Banco Boavista (banco que presidia). O quadro, enorme, deveria ficar
abrigado na mezzanine de um prédio projetado por Niemeyer situado no centro do
Rio de Janeiro.
Em
2013, o trabalho, que passava alheio aos olhos do grande público, foi comprado
pelo governo e passou a fazer parte do acervo do Museu Nacional de Belas Artes.
O painel tem 2,71 m por 5,01m e foi realizado com tinta a óleo.
8. Paisagem com bananeiras (1927)
Com
uma linguagem bastante diferente e pouco conhecida pelo grande público, Paisagem
com bananeiras acabou por cair no esquecimento por se distanciar
esteticamente do resto do trabalho do pintor brasileiro.
Portinari
pintou essa tela ainda no princípio da carreira usando traços simples de
modo a retratar uma paisagem rural tipicamente brasileira com bananeiras.
Para
dar vida a sua tela fez uso de uma gama de cores mais restrita (passando do
azul para o verde e então o tom de terra), optando por uma composição mais lisa
e plana.
Na tela
não há seres animados - nem homens, nem animais - deixando a vista para o
espectador apenas uma bucólica paisagem natural vazia.
O
quadro a óleo tem 27 por 22cm e faz parte de uma coleção particular.
10-
10. Baile na roça (1927
Baile na roça é de suma importância na obra do pintor porque foi a primeira
tela com temática nacional. Ela foi criada quando Portinari tinha apenas 20
anos e estava estudando na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.
O
fundo liso e escuro destaca os personagens - coloridos dançarinos a pares e
componentes da banda.
Na
imagem encontramos um típico baile popular, de camponeses, da sua cidade,
Brodósqui, no interior de São Paulo. Sobre a criação da tela restou um relato,
encontrado na correspondência do pintor:
"Quando
comecei a pintar senti que devia fazer a minha gente e cheguei a fazer o
"baile na Roça"."
A
obra que Portinari tanto estimava chegou a ser recusada no Salão Oficial da
Escola de Belas Artes de 1924 porque não era compatível com a estética do seu
tempo. Frustrado, o jovem resolver partir para outro gênero de pintura, mais
dedicada aos retratos acadêmicos.
O
trabalho ficou desaparecido por mais de cinquenta anos para tristeza do
pintor. Baile na roça é um óleo sobre tela com 97 por 134 cm e
pertence a uma coleção particular._____________________________________________________________________________COM
A BELA TELA DE 1927 – O BAILE NA ROÇA TERMINO ESTA EDIÇÃO EDIÇÃO Nº 0230-2022
DE C^NDIDO PORTINARI E DE IMEDIATO SÓ TENHO A ESCLAMAR: UMA EDIÇÃO ESTUPENDA RECHEADA DE DEZ OBRAS CLÁSSICAS RETRATANDO NOSSA TERRA E NOSSA GENTE....FALAR MAIS O QUE,
NÃO PRECISA AS TELAS DESTACADAS FALAM
POR SI SÓ...JCF
ATÉ A PRÓXIMA...JCF
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