30 de maio de 2022 - coluna jcf tradição e cultura - JCF

JCF Clovis -  Tradição e Cultura

Viajando pela história e cultura

00261-2022-

Nesta edição nº 0261-2022 vou fazer o registro DOS INDÍGENAS MUNDURUNCUS –

Nesta Edição nº 00261/2022 farei o registro dos indígenas MUNDURUNCUS- Cultura e Costumes Com imagens

1ª fonte: Mundurucus – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)


Mundurucus

Os Mundurucus, também chamados MundurukuWeidyenyePaiquizePariMaytapu e Caras-Pretas, e autodenominados Wuyjuyu ou Wuy jugu, são um grupo indígena brasileiro que habita as áreas indígenas Cayabi, Munduruku, Munduruku II, Praia do Índio, Praia do Mangue e Sai-Cinza, no sudoeste do estado do Pará; as terras indígenas Coatá-Laranjal e São José do Cipó, no leste do estado do Amazonas; e a Reserva Indígena Apiaká-Kayabi, no oeste do estado do Mato Grosso. Têm uma população de 11 630 (Fundação Nacional de Saúde, 2010 ou mais indivíduos, distribuídos em cerca de trinta aldeias.

História

Segundo seu mito de origem, os mundurucus foram criados por Karosakaybo na aldeia Wakopadi, próximo às cabeceiras do rio Krepori. Na segunda metade do século XVIII, começaram os primeiros contatos registrados com os não índios. Nessa época, os mundurucurus dominavam o vale do rio Tapajós, região que era conhecida como Mundurucânia. na mesma época os mundurucus iniciaram uma perseguição sistemática aos índios mura, que habitavam o baixo Rio Madeira, levando estes a buscarem abrigo junto aos portugueses. Tornaram-se conhecidos pelos colonizadores como caçadores de cabeças, aterrorizando as primeiras vilas portuguesas na área, o que levou os administradores locais a solicitar à Coroa armas e proteção militar. Foram cogitadas expedições punitivas, mas sua terra de origem, o Alto Tapajós, ainda era pouco acessível e uma intervenção direta se revelou inviável. Por isso os portugueses preferiram a estratégia de formar alianças.

 

Falam a língua mundurucu, a qual pertence à família linguística mundurucu e ao tronco linguístico tupi. O nome "mundurucu" é o nome com que um grupo rival dos mundurucus, os parintintins, os denominam. Significa "formigas vermelhas" e é uma referência ao ataque em massa que os mundurucus costumavam realizar sobre seus inimigos.

Foi estabelecido um acordo de paz, e então os mundurucus se tornaram importantes aliados dos portugueses em suas lutas contra outros povos indígenas, além de os auxiliarem de outras formas, fornecendo alimentos e extraindo borracha. Em função desta condição de aliados, os mundurucus puderam preservar uma notável autonomia durante o período colonial.

Seu povo foi impactado pela revolta da Cabanagem (1835-1840), quando índios foram perseguidos e mortos e muitos buscaram refúgio em lugares afastados. Nesta época o Estado mudava seu tratamento dos mundurucus, passando a vê-los como inimigos ou indesejados e procurando desalojá-los de suas terras. A partir de então a perseguição, o desrespeito e a violência marcariam suas relações com os brasileiros...


 João, o chefe dos mundurucu em 1862. Ilustração de Auguste François Biard


Ilustração de índio mundurucu em 1828, por Hércules Florence


Por outro lado, segundo Scopel, Dias-Scope & Langdon, "a demarcação da terra indígena dinamizou a memória coletiva e impulsionou os diversos segmentos da sociedade Munduruku à ação, à participação e à colaboração, reforçando coesivamente sua própria coletividade. [...] A reconquista do território, segundo os próprios Munduruku da TI Kwatá Laranjal, é vista como um passo importante para a garantia de sua reprodução biossocial. Nesse processo, os indígenas estabeleceram e adquiriram habilidade em diversas práticas de organização social, que permitiram efetivar tal reprodução, a exemplo da organização de conselhos de líderes e de reuniões, da participação dos jovens etc. Conclui-se que o envolvimento coletivo em atividades políticas se constituiu como uma estratégia coletiva de sobrevivência".


FINALIZANDO.......JCF







 

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